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PsiFala

Dislexia - Avaliação e
Intervenção

PsiFala
Dislexia

• É actualmente aceite que o conceito


designa uma dificuldade de distinç
distinção e
memorizaç
memorização de letras ou grupos de letras
e problemas de ordenaç
ordenação, ritmo e de
estruturaç
estruturação das frases, afectando tanto
leitura como escrita.

• Para a generalidade das crianç


crianças a leitura e
escrita surgem de forma normal, mas não
para estas.

• As crianç
crianças apresentam um ní
nível de
desenvolvimento normal nas outras áreas.

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PsiFala
Dislexia

• Inicialmente associava-
associava-se o termo
somente a perturbaç
perturbação neuroló
neurológica
provocada por traumatismo que
afectava estruturas do cé
cérebro
(Dislexia Adquirida).
Adquirida).

• Quando a perturbaç
perturbação não está
está
relacionada com traumatismos, ní nível
intelectual, ní
nível socio-
socio-econó
económico, ou
métodos pedagó
pedagógicos errados
(Dislexia de Desenvolvimento).
Desenvolvimento).

Dislexia PsiFala

• Dislexia de Desenvolvimento pode ser designada como:

“Uma perturbaç
perturbação que se manifesta na
dificuldade em aprender a ler, apesar
do ensino ser convencional,
a inteligência adequada e as oportunidades
socioculturais suficientes.
suficientes. Deve-
Deve-se a uma
incapacidade cognitiva fundamental,
de origem constitucional.”
constitucional.”

As crianç
crianças dislé
disléxicas não têm falta de capacidade,
necessitam sim de
uma maior flexibilidade e estimulaç
estimulação.

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Dislexia PsiFala

• Definiç
Definição Geral:

– A dislexia é uma desordem a ní


nível de desenvolvimento da
linguagem cuja principal caracterí
característica consiste numa
dificuldade permanente em processar informaç
informação de ordem
fonoló
fonológica.

– Esta dificuldade envolve codificar, recuperar e usar de


memó
memória cócódigos fonoló
fonológicos e implica dé
défices de consciência
fonoló
fonológica e de produç
produção de discurso.

– Esta desordem está


está presente desde a nascenç
nascença e persiste ao
longo da vida, reflectindo-
reflectindo-se quer na leitura quer na escrita.

Dislexia PsiFala

Aspectos chave na Definiç


Definição:

– Define a desordem de acordo com as caracterí


características
especí
específicas (codificaç
(codificação, recuperaç
recuperação e consciência
fonoló
fonológica) em vez de afirmar que se trata de uma
deficiência ao ní
nível da leitura;

– Ao especificar a natureza do processamento fonoló


fonológico a
definiç
definição exclui os indiví
indivíduos cujos problemas de leitura se
devem a outros factores (perda de audiç
audição, problemas
visuais ou intelectuais);

– A definiç
definição não se estende a outros domí
domínios de
funcionamento cognitivo,
cognitivo, como a compreensão ou o
raciocí
raciocínio.

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Dislexia PsiFala

Os erros mais comuns nos processos de leitura e escrita são:

• Confusão entre letras com formas idênticas. Assim podem


aparecer erros nos seguintes conjuntos: p-q; d-b; p-d; q-b; m-
w; n-u.

• Inversão de letras em palavras (escrita em espelho);

• Substituiç
Substituição de umas letras por outras (para alé
além das
enumeradas no nº
nº1);

• Omissão de letras, pode afectar outras consoantes e até


até
vogais;

Dislexia PsiFala

• Omissão de palavras em ditados e có


cópias;

• Uniões e separaç
separações indevidas de palavras (ex. guar-
guar-dachuva);
dachuva);

• Vacilaç
Vacilações (o leitor demora mais tempo que o habitual a ler);

• Adiç
Adição de letra no final da palavra (ex. colhere)
colhere)

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O Processo de Leitura envolve:

- Percepç
Percepção Visual, com identificaç
identificação de grafemas
(representaç
(representação grá
gráficas dos sons);

- Aná
Análise desses grafemas atravé
através do reconhecimento de
símbolos;

- Descodificaç
Descodificação de grafemas em fonemas (sons que
constituem as palavras);

- Consciência Fonoló
Fonológica;

- Transformaç
Transformação em algo com sentido do que é lido.

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Consciência Fonoló
Fonológica

• Habilidade de tomada de consciência das caracterí


características formais
da linguagem. Esta habilidade compreende dois ní
níveis:

1. A consciência de que a lílíngua falada pode ser segmentada


em unidades distintas, ou seja, a frase/ palavras/ fonemas/
sílabas/ letras.

2. A consciência de que essas mesmas unidades repetem-


repetem-se em
diferentes palavras faladas.

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Consciência Fonoló
Fonológica

- Tem sido identificado como a funç


função mais afectada na dislexia, e
pode ser identificada desde cedo em crianç
crianças que:

- Não conseguem identificar rimas;


- Não conseguem identificar o som inicial das palavras;
- Não conseguem identificar o som final das palavras;
- Juntar ou retirar sons a palavras;

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Descodificaç
Descodificação de Sí
Símbolos envolve:

A leitura é uma forma altamente complexa de descodificaç


descodificação de
símbolos, é um processo que envolve:

- Atenç
Atenção;

- Memó
Memória;
(Memó
(Memória de Trabalho)

- Imagem mental
(imaginar o que está
está a ser lido)

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Rotas de Aquisiç
Aquisição da Leitura PsiFala

Rota “Fonoló
Fonológica”
gica”- anteriormente designada de
Ortográ
Ortográfica

– Consiste em discriminar os sons correspondentes de cada um


dos grafemas. Assim podemos ler palavras pouco frequentes,
desconhecidas e pseudopalavras;
pseudopalavras;

– Esta é assim a rota que nos abre a perspectiva de lermos tudo


o que se apresente escrito nos nossos caracteres.

Rotas de Aquisiç
Aquisição da Leitura PsiFala

Rota “Léxical”
xical”- visual
– É caracterizada por nos fazer chegar as palavras no seu todo,
sem a necessá
necessária decomposiç
decomposição nas suas partes constituintes;
– Faz uso de conhecimentos especí
específicos da pronuncia das
palavras e permite ler correctamente palavras de excepç
excepção
(exemplo e muito);
– É uma via mais rá
rápida que a anterior, é uma base de dados
que possuí
possuímos e à qual recorremos para acelerar o
processo de leitura.

Enquanto leitores há
hábeis utilizamos as duas rotas de
forma automá
automática mantendo o sentido do que
estamos a ler.

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Problemas no Acesso às Rotas PsiFala

• Rota Fonoló
Fonológica
– É necessá
necessário trabalhar as habilidades de correspondência
grafema-
grafema- fonema;
– É considerado um desvio relativo ao normal desenvolvimento
da leitura.
leitura.

• Rota Léxical
– Poder-
Poder-se-
se-á trabalhar com cartões imagens na qual a palavra é
apresentada como um todo e a partir daí
daí fazer derivaç
derivações
desse exercí
exercício.
– Considerado um desenvolvimento lento da leitura.

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Modelo da Dupla Via

Dislexia Fonológia
Dificuldade na
Transformação
de Sons em Letras

Pseudo-palavras Palavras Irregulares Palavras Regulares

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Modelo da Dupla Via

Dislexia Superfície
Dificuldade na
memorização
de palavras

Pseudo-palavras Palavras Irregulares Palavras Regulares

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Dislexia-
Dislexia- origem
Atrasos na Maturaç
Maturação Neuroló
Neurológica

- Desenvolvimento do hemisfé
hemisfério esquerdo de forma irregular,
originados por anomalias neuroanató
neuroanatómicas,
micas, como
malformaç
malformações do tecido neuronal, nomeadamente
deslocamento de cé
células designado de ectopia;
ectopia;

Atrasos na Maturaç
Maturação Psicoló
Psicológica

- Atrasos no desenvolvimento perceptivo - visual;

- Atrasos na aquisiç
aquisição do esquema corporal;

- Atrasos no desenvolvimento da coordenaç


coordenação.

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Evidências
Factores Neuroló
Neurológicos

• Os dislé
disléxicos apresentam tal como os não dislé
disléxicos uma
dominância do hemisfé
hemisfério esquerdo para o processamento
linguí
linguístico.
• No entanto o grupo dos dislé
disléxicos evidência uma taxa de
processamento de informaç
informação inferior - têm uma organizaç
organização
lexical menos eficaz.
eficaz.

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Principais Dé
Défices Cognitivos
1- Défices Perceptivos

– Problemas perceptivos quando existem estí


estímulos verbais.
• Ex. No desenho de memó
memória de figuras que lhes eram
apresentadas visualmente os sujeitos com dificuldade na
leitura apresentavam problemas quando estavam
associados itens verbais aos estí
estímulos a recordar.

2- Défice de Memó
Memória

– Não conseguem memorizar com tanta facilidade e


consequentemente recorrer à informaç
informação guardada quando
se trata de novas palavras.

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PsiFala
Principais Dé
Défices Cognitivos
3- Défices Fonoló
Fonológico

– Compreensão de leitura deficiente, quando lêem recordam-


recordam-
se essencialmente as cadeias de palavras letra-
letra-a-letra não
conseguindo lembrar-
lembrar-se dos termos exactos nem dos seus
significados;

– Vocabulá
Vocabulário reduzido, menor fluidez nas descriç
descrições verbais
e uma elaboraç
elaboração sintá
sintáctica (formaç
(formação de frases) menos
complexa.

PsiFala

Os dislé
disléxicos não têm dificuldades no processamento verbal
geral, uma vez que são capazes de utilizar e compreender a
linguagem.

O seu problema reside na codificaç


codificação fonoló
fonológica dado que
fracassam em tarefas de soletraç
soletração, leitura e escrita.

O problema emerge pois no momento em


que têm de transformar letras ou palavras
num código.

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2- Escolares
• Disciplinas onde surgem problemas especí
específicos:
– Histó
História-
ria- Problemas em captar as sequências cronoló
cronológicas;
– Línguas;
– Geografia-
Geografia- Dificuldade no estabelecimento de coordenadas;

• Caracterí
Características da Leitura:
– Lenta, sem ritmo;
– Leitura parcial de palavras;
– Perda de linha que está
está a ser lida;
– Confusão quanto à ordem das letras (ex. Sacar em vez de
Sacra);
– Mistura de sons.

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Problemas no Quotidiano
• As crianç
crianças podem apresentar dificuldade:
– Diferenciarem esquerda de direita;
– Problemas de orientaç
orientação (decorrentes do acima
mencionado);

• Estas dificuldades são decorrentes de disfunç


disfunções neuroló
neurológicas
leves de que são exemplo problemas ligeiros de coordenaç
coordenação e
de maturaç
maturação que se manifestam:
– Atrasos da marcha;
– Atrasos de linguagem;
– Percepç
Percepção visual;
– Percepç
Percepção auditiva;
– Memó
Memória.

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Detecç
Detecção Precoce PsiFala

Aspectos de detecç
detecção precoce a ní
nível fala ou linguagem e
psicomotricidade, para a faixa etá
etária dos 4 aos 6 anos:

• Fala e Linguagem:
Linguagem:
– Problemas articulató
articulatórios: confusão entre fonemas,
inversões;
– Vocabulá
Vocabulário Pobre;
– Falta de Expressão;
– Compreensão Verbal Deficiente.

Detecç
Detecção Precoce PsiFala

• Psicomotricidade:
Psicomotricidade
– Atraso na estruturaç
estruturação e no conhecimento do esquema
corporal;
– Confusão entre cores, forma tamanhos e posiç
posições;
– Dificuldades motoras na execuç
execução de exercí
exercícios manuais e
grafismos;
– Tendência para a escrita em espelho: (p em vez de q, b em
vez de d) a partir da escolarizaç
escolarização.
ão.

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Despiste da Dislexia por Idade
• Crianç
Crianças Pré
Pré-Escolar (pré
(pré dislexia)
– Histó
História familiar de problemas de
dislexia;
– Atraso na aprendizagem da fala com
clareza (ex. inversão de fonemas);
– Confusão entre a pronunciaç
pronunciação de
palavras semelhantes foneticamente;
– Dificuldade em recordar nome de coisas
(ex. cores, formas);
– Confusão em aspectos corporais que
têm que ver com orientaç
orientação espacial;
– Maior habilidade manual que linguí
linguística;
– Dificuldade em identificar palavras que
rimam ou cantilenas com rimas;
– Dificuldade em sequenciar acç
acções.

Despiste da dislexia por idade PsiFala

• Crianç
Crianças dos 6 até
até aos 9 anos
– Particular dificuldade para aprender a ler e a escrever;
– Confusão em letras/ palavras que se assemelham na sua forma
escrita e na forma falada;
– Falta de ritmo na leitura;
– Falta de sincronia entre respiraç
respiração e leitura;
– Tendência para a escrita em espelho / orientaç
orientação inadequada;
– Tendência para omissão, inversão, repetiç
repetição na escrita e leitura;
– Mistura de letras maiú
maiúscula e minú
minúsculas;
– Dificuldade para distinguir esquerda de direita;
– Dificuldade na aprendizagem do alfabeto, palavras novas;
– Dificuldade para reter sequências (meses do ano, dias da semana,
nome dos dedos da mão);
– Dificuldade na concentraç
concentração;
– Frustraç
Frustração nas tarefas escolares;

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Despiste da dislexia por idade
• Crianç
Criança entre os 9 e os 12 anos
– Erros contí
contínuos na leitura;
– Incorrecç
Incorrecção na utilizaç
utilização dos tempos verbais;
– Leitura mecânica e com pouco ní
nível de compreensão;
– Forma estranha de escrever (omissões de letras ou inversão de
ordem);
– Dificuldade em seriar alfabeto;
– Dificuldade na utilizaç
utilização do dicioná
dicionário;
– Dificuldade em realizar có
cópias;
– Demoram muito tempo a escrever;
– Dificuldade em seguir instruç
instruções orais;
– Baixa tolerância à frustraç
frustração;
– Problemas na compreensão da linguagem oral e escrita;
– Problemas de conduta: impulsividade, falta de atenç
atenção, imaturidade.

Despiste da dislexia por idade PsiFala

• Dos 12 anos em diante

– Inconsistências gramaticais e erros ortográ


ortográficos;

– Dificuldade para planificar e redigir composiç


composições;

– Tendência para confundir nú


números de telefone e instruç
instruções
verbais;

– Baixa auto-
auto-estima;

– Baixa compreensão leitora;

– Aversão à leitura e escrita.

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PsiFala
Guia Geral de Sinais de Dislexia

• Haverá
Haverá Sempre:
Sempre:
– Dificuldades com a interpretaç
interpretação da linguagem escrita;
– Dificuldades em escrever;
– Problemas sé
sérios com a ortografia;
– Lentidão na aprendizagem da leitura.

• Haverá
Haverá Muitas Vezes:
Vezes:
– Dificuldades com a matemá
matemática, sobretudo na assimilaç
assimilação de
símbolos e padrões como a tabuada;
– Problemas com a memó
memória a curto prazo e organizaç
organização;
– Dificuldade em seguir indicaç
indicações de trajectos espaciais e em executar
sequências de tarefas complexas;

PsiFala
Guia Geral de Sinais de Dislexia

• Haverá
Haverá por Vezes:
Vezes:
– Dificuldades com a linguagem falada;
– Problemas na apreciaç
apreciação das distâncias e com a percepç
percepção do
espaç
espaço;
– Confusão entre esquerda e direita.

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Disgrafia

• É uma desordem na escrita que é independente do ní


nível de
leitura ou e não se relaciona com qualquer dé
défice intelectual do
sujeito.

• Definida como: Desordem da expressão escrita, que


manifestamente está
está abaixo do que a pessoa poderia produzir
para a idade, ní
nível intelectual e de escolaridade.

PsiFala
Disgrafia
• Sujeitos com esta condiç
condição conseguem produzir trabalho
escrito até
até certo ponto de “entendimento”
entendimento” e podem não ter
uma dominância estabelecida de qual a mão com que
escrevem. Usualmente têm dificuldade em tarefas motoras fina
tais como apertar os atacadores.

• Os sintomas que apresentam podem ser similares aos da


dislexia com confusão em determinadas letras e com
dificuldade de soletraç
soletração e elevado nú
número de erros.

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PsiFala
Disgrafia
• Escrita onde se evidencia uma enorme desproporç
desproporção entre o
tamanho das letras, espaç
espaçamento, e dificuldade na correcç
correcção
dessas dificuldades, mesmo quando orientadas por um adulto.

• Um indicador fundamental para a identificaç


identificação desta desordem
é a inexistência de quaisquer outros problemas nas
aprendizagens.

• Esta desordem pode ainda coexistir em pessoas com Asperger,


Asperger,
Hiperactividade e Dé
Défice de Atenç
Atenção.

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Etiologia

• Apesar de ser pouco estudada consegue-


consegue-se encontrar um
padrão gené
genético que propicia a disgrafia quando manifestada
na infância.

• Na idade adulta normalmente é o resultado de traumatismos


cerebrais ou doenç
doenças degenerativas.

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PsiFala
Tipos de Disgrafia

• Disgrafia dislé
disléxica
– Trabalho realizado de forma espontânea é normalmente
ilegí
ilegível, se bem que se for resultado de uma có
cópia será
será
bastante melhor. Apesar do nome, o sujeito pode não ser
dislé
disléxico.

– Em prova de despiste de lesão cerebral como “Bater com o


dedo na mesa em diferentes ritmos”
ritmos” está
está no ní
nível normal.

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Tipos de Disgrafia

• Disgrafia Motora
– É devido a uma falta de competências motoras finas, baixa
dextricidade,
dextricidade, baixo tónus muscular e uma generalizada falta
de capacidade motora.
– O trabalho escrito é na generalidade muito imperfeito,
mesmo na có cópia, sendo que trabalho escrito que seja
legí
legível é realizado com extrema dificuldade e com elevado
esforç
esforço fí
físico, exigindo um longo perí
período de tempo.
– A realizaç
realização de exercí
exercícios de soletraç
soletração não está
está afectada,
contudo a colocaç
colocação do lá
lápis na mão é incorrecta e o
resultado na prova de “Bater com o dedo na mesa em
diferentes ritmos”
ritmos” está
está abaixo do nínível normal.

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PsiFala
Tipos de Disgrafia

• Disgrafia Especial

– Resulta de uma dificuldade na colocaç


colocação espacial dos
símbolos escritos, assim sendo o trabalho escrito
espontâneo e copiado é na generalidade ilegí
ilegível, mas
apresentam ní
níveis normais de soletraç
soletração e na prova de
bater com o dedo de forma ritmada.

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Sintomas de Disgrafia
– Formas de letras irregulares;
– Mistura irregular de letras maiú
maiúsculas e minú
minúsculas;
– Letras incompletas;
– Elevado ní
nível de erros;
– Estranha forma de prensão manual;
– Dificuldade em utilizar a escrita como forma de expressão;
– Dor ao escrever (que se espalha do antebraç
antebraço para o resto do
corpo);
– Velocidade de escrita irregular (ou muito rá
rápido ou muito lento);
– Colocaç
Colocação do braç
braço de forma peculiar (ex. na forma de um L);
– Ansiedade / Stress associado à tarefa de escrita;
– Relutância em escrever.

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PsiFala
Estraté
Estratégias para Professores

– Uso de lá
lápis pequenos, e preferencialmente em forma triangular,
de forma propiciar uma pega mais ergonó
ergonómica;

– Assegurar que o desenho de letras pelo aluno é feito de forma


correcta e estandardizada;

– Instruir os alunos em como utilizar folhas de rascunho para


elaborarem ideias;

– Utilizar cadernos de instruç


instrução (para a escrita) para os alunos
praticarem a escrita dentro de limites bem definidos;

– Possibilitar tempo extra aos alunos de forma que eles possam


escrever mais pausadamente e não estar sobre pressão;

PsiFala
Estraté
Estratégias para Professores

– Permitir aos alunos a apresentaç


apresentação de trabalho escrito em
computador;

– Permitir o uso de gravadores na sala de aula para quando o


aluno necessite de tirar notas e não consiga acompanhar o
ritmo do resto da turma;

– Proporcionar ao aluno a oportunidade de apó


após a aula poder
esclarecer com o professor elementos que ficaram
incompletos.

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PsiFala
Discalculia
É uma desordem especí
específica de aprendizagem de origem inata que
afecta a compreensão da matemá
matemática envolvendo os sí
símbolos,
memorizaç
memorização de tabuada, dificuldade em realizar operaç
operações mentais.

Visão Geral
– Desordem de origem hereditá
hereditária que afecta a capacidade da pessoa
entender, lembrar ou manipular núnúmeros ou operaç
operações numé
numéricas
(ex. tabuada). Pode ainda se traduzir numa inabilidade geral para
para
lidar de forma abstracta com quantidades, distâncias, dimensões.

– O ní
nível intelectual dos sujeitos é normal, e em casos mais especí
específicos
pode implicar dificuldades com as noç
noções de tempo e raciocino
espacial.

PsiFala
Discalculia
– Confusão nos sinais aritmé
aritméticos: +; -; x; ÷

– Dificuldade com tarefas rotineiras como verificar troco e ver horas


horas
em reló
relógios de ponteiros;

– Dificuldade na compreensão de planeamento financeiro ou


elaboraç
elaboração de um orç
orçamento (ex. calcular o valor de uma refeiç
refeição
com base na ementa);

– Dificuldade com noç


noções bá
básicas como ligar o nº
nº 5 com os 5 dedos da
mão;

– Podem atingir elevado ní


nível de sucesso em ciências ou geometria
desde que apenas envolvam ló lógica, mas quando lidam com cá
cálculos
o desempenho ressente-
ressente-se;

22
PsiFala
Discalculia
– Dificuldade em estimar o tempo (ex. podem chegar sempre
atrasados);

– Dificuldade em colocar um mapa na posiç


posição correcta e na sua
aná
análise em geral;

– Dificuldade na estimativa da distância de um objecto;

– Dificuldade em manter a noç


noção de um resultado quando
envolve muitos pontos (ex. jogo de basquetebol);

– Elevada ansiedade em disciplinas que envolvam noç


noções
matemá
matemáticas.

PsiFala
Como Detectar a Dislexia
• Para uma avaliaç
avaliação completa deve-
deve-se ter em conta
aspectos relativos:

– Neuropsicologia (Lateralidade, percepç


percepção
visuoauditiva,
visuoauditiva, psicomotricidade) que se considera
estarem relacionados com os problemas na leitura
e escrita;

– Psicolinguí
Psicolinguística (fonologia, sintaxe e semântica)
que se considera estarem implicados na leitura e
escrita.

23
PsiFala
Intervenç
Intervenção no Processamento Visual
• A descodificaç
descodificação dos sí
símbolos visuais é mais fá
fácil que a
descodificaç
descodificação auditiva a crianç
criança aprende melhor quando associa
representaç
representação grá
gráfica à palavra.

A intervenç
intervenção deve-
deve-se situar ao ní
nível de:

1 - Discriminaç
Discriminação de Sí
Símbolos

• Diferenciaç
Diferenciação e explicitaç
explicitação de histó
histórias ilustradas em livros
infantis;
• Identificaç
Identificação de formas, nú
números e letras;
• Discriminaç
Discriminação de diferenç
diferenças iniciais e finais de palavras (gato /
fato /mato);

PsiFala
Realizaç
Realização de um Diagnó
Diagnóstico

• Determinaç
Determinação do Ní
Nível Funcional de Leitura;

• Determinaç
Determinação da Capacidade e Potencial de Leitura;

• Determinaç
Determinação da Extensão da Inaptidão para Leitura;

• Determinar deficiências especí


específicas na habilidade de leitura;

• Determinar disfunç
disfunção neuropsicoló
neuropsicológica;

• Determinar Factores Associados;

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PsiFala
Determinaç
Determinação do Ní
Nível Funcional de Leitura

• Compreensão do material que a pessoa está


está a ler, quer na
leitura silenciosa, quer oral;

• A crianç
crianças está
está a ter o desempenho esperado quando é capaz
de ler um texto para a sua idade com 100 palavras
demonstrando pelo menos 70% de compreensão e menos de
20 erros sejam eles foné
fonéticos, omissões ou derivaç
derivações;

• Pode ser realizado com qualquer livro do seu ano de


escolaridade ou com textos padronizados;

PsiFala
Determinaç
Determinação da Capacidade e Potencial de Leitura

• Normalmente crianç
crianças que tenham um ní
nível aceitá
aceitável de
entendimento da mensagem, mesmo evidenciando um
velocidade de leitura lenta têm bom potencial de leitura;

• Esta componente pode ser avaliada por testes especí


específicos:
Peabody Picture Vocabulary Test;
Test; WISC.

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Determinaç
Determinação da Extensão da InaptidãoPsiFala
para Leitura
• É um julgamento significativo da discrepância entre o ní
nível de leitura
funcional da crianç
criança e o seu potencial ou a sua capacidade de leitura;

• Durante 5 minutos a crianç


criança lê um texto para a sua idade, no final
somam-
somam-se as palavras lidas e divide-
divide-se por 5, obtendo quantas palavras
leu por minuto.

• Atravé
Através do cá
cálculo da Idade Cronoló
Cronológica e do tipo de texto lido
chegamos a uma ideia de qual o ní
nível em que o sujeito se situa;

• Se houver um desfasamento de mais de 2 anos, esse dado alerta para


para
problemas a serem alvo de intervenç
intervenção.

PsiFala
5 Competências a Desenvolver na Aná
Análise de
Palavras

• Reconhecimento de Letras;

• Consciência Fonoló
Fonológica;

• Reconhecimento de sí
sílabas;

• Uso de pistas contextuais;

• Palavras que não são familiares.

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PsiFala
Reconhecimento de Letras
• Consiste na identificaç
identificação e reconhecimento de letras do alfabeto.

• Objectivo é ser capaz de aprender a ler, escrever e comunicar


atravé
através da representaç
representação grafé
grafémica.
mica.

• Deve-
Deve-se fazer um levantamento do que o aluno sabe e está
está em
falta, nomeadamente na identificaç
identificação e escrita das diferentes
letras, na soletraç
soletração do abecedá
abecedário.

• Havendo necessidade de consolidar estes conhecimentos os


professores devem utilizar estraté
estratégias (canç
(canções, rimas) e materiais
apelativos: livros coloridos, letras de diferentes cores, tamanhos
tamanhos e
texturas, escrita em diferentes materiais (ex. areia, quadros
interactivos).

PsiFala

Consciência Fonológica
• Capacidade de fazer correspondência grafema-
grafema- fonema com o
objectivo de ler e soletrar palavras.

• Actividade designada de Caixas Elkonianas onde é utilizada uma


estraté
estratégia multissensorial, onde depois de ser lida uma histó
história na
aula, o professor realiza o seguinte usando palavras da Narrativa:
Narrativa:
– Entregue à crianç
criança a imagem de um objecto familiar e simples
(um gato, um barco ou um autocarro) que tenha surgido na
histó
história;
– Pronuncie a palavra lentamente para a crianç
criança, articulando-
articulando-a de
forma deliberada. A crianç
criança deve observar os lá
lábios do
professor;
– Peç
Peça à crianç
criança que pronuncie a palavra em voz alta e que a
diga lentamente.

27
PsiFala

Consciência Fonológica

• Capacidade de fazer correspondência grafema-


grafema- fonema
com o objectivo de ler e soletrar palavras.

• Actividade designada de Caixas Elkonianas,


Elkonianas, onde depois
de ser lida uma histó
história na aula, realiza o seguinte:
– Entregue à crianç
criança a imagem de um objecto familiar
e simples (um gato, um barco ou um autocarro) que
tenha surgido na histó
história;
– Pronuncie a palavra lentamente para a crianç
criança,
articulando-
articulando-a de forma deliberada. A crianç
criança deve
observar os lá
lábios do professor;
– Peç
Peça à crianç
criança para identificar os sons, letras ou
sílabas.

PsiFala

Reconhecimento de Sílabas
• Utilizando o recurso a rimas podemos fomentar e trabalhar este
aspecto essencial da aná
análise de palavras.

• Ao trabalhar com rimas devemos pedir à crianç


criança que identifique
as palavras que rimam e se identificam uma certa musicalidade
no texto.

28
PsiFala

Pistas Contextuais
• São indicadores que existem numa histó
história e que revelam o
significado das palavras. O objectivo das pistas é a identificaç
identificação
e compreensão durante a leitura.

• Pode-
Pode-se realizar a seguinte actividade:
– Selecciona-
Selecciona-se um livro para ler à turma, este deve ser
apelativo e acessí
acessível;
– Professor lê o livro em voz alta e depois dá
dá aos alunos para
ler em leitura silenciosa;
– Professor transcreve o texto deixando espaç
espaços em totalmente
em branco, ou só
só com a primeira letra acessí
acessível;
– O aluno lê o texto e preenche os espaç
espaços em branco com
palavras que faç
façam sentido.

PsiFala

Palavras que não são Familiares


• Estraté
Estratégias a utilizar para a leitura de palavras pouco familiares:
– Lê a frase onde se encontra a palavra e usa as pistas do texto,
as imagens ou outras palavras da frase para descobrires o
significado da palavra que não conheces;
– Repara nas sí
sílabas que te são familiares e tenta pronunciá
pronunciá-las;
– Divide a palavra em sí
sílabas, usando um dedo. Tenta pronunciar
cada sí
sílaba separadamente e relê a frase com a palavra em
causa.
– Quando se trata de palavras longas, procura dentro delas
palavras mais pequenas que te sejam familiares. Por exemplo
dentro de inteligente existe a palavra gente.
– Salta a palavra, continua a ler e tenta descobrir o seu significado
significado
com a ajuda do texto;
– Verifica a importância da palavra para o sentido do texto.

29
PsiFala

Consciência Fonoló
Fonológica
• Apresente um cartão com divisões cujo nú
número de quadrados seja
igual ao nú
número de sons da palavra. (Ex. na palavra Gato utilizar 4
quadrados um para cada som). Articule a palavra lentamente e
coloque uma ficha ou botão e cada um dos quadrados do cartão som
a som.

• Peç
Peça à crianç
criança que repita a palavra lentamente, que a pronuncie e
coloque cada som num quadrado à medida que cada som é
pronunciado.

• Peç
Peça ao aluno que leia a frase da histó
história onde se encontra a palavra
e pratique o mesmo procedimento.

• Seleccione outra palavra da mesma histó


história, entregando outra
imagem ao aluno e repetindo o mesmo procedimento.

PsiFala
Determinaç
Determinação do Ní
Nível Funcional de Leitura

TIL e Teste DR. Simon

30
PsiFala

PsiFala
Determinaç
Determinação de Deficiências Especí
Específicas em
Habilidade de Leitura
• Devem ser detectadas tanto na aná
análise de tarefas quanto de
testes;

• O professor verá
verá problemas:

– Nas habilidades de desmembramento de palavras (sí


(sílabas,
letras);
– Aná
Análise contextual;
– Atenç
Atenção;
– Compreensão.

31
PsiFala
Determinaç
Determinação de Disfunç
Disfunções Neuropsicoló
Neuropsicológicas

• Ex. de tarefas:
– Movimento rá
rápido das mãos virando-
virando-as para cima e para
baixo com velocidade crescente;

– Toque em partes do corpo com os olhos fechados;

– Caminhar com pé
pé encostado atrá
atrás do outro;

– Estereognosia,
Estereognosia, dizer o que está
está na mão, com o sujeito de
costas;

– Estudo da lateralidade (mão, olho, pé


pé, perna);

– Preferência de ouvido atravé


através do sussurro e repetiç
repetição

PsiFala
Determinaç
Determinação de Factores Associados

• Averiguar os principais factores associados que produzem


desordens primá
primárias de leitura como sejam:

– Falta de motivaç
motivação;
– Desinteresse pela escola;
– Desincentivo da leitura;
– Baixas expectativas;
– Pouco reconhecimento pelo seu esforç
esforço;
– Ansiedade.

32
Avaliaç
Avaliação Psicolinguí
Psicolinguística PsiFala

• Esta avaliaç
avaliação baseia-
baseia-se na elaboraç
elaboração de uma sé
série de
tarefas:

– Vocalizaç
Vocalizações;

– Decisão Lexical;

– Decisão Semântica;

– Processamento Visual;

PsiFala
1- Tarefas de Vocalizaç
Vocalização
O sujeito deverá
deverá ler em voz alta as palavras apresentadas:
- Palavras curtas (3 grafemas)-
grafemas)- vez, ter, ser, cor.
- Palavras mais longas (até
(até 8 grafemas)-
grafemas)- pássaro, gato, corredor.
- Misturar palavras de alta frequência (sim, não, talvez) com
palavras de baixa frequência (embaixador, inovar, legislar).
- Esta categoria deve incluir termos concretos, abstractos, verbos,
verbos,
adjectivos.
- Deve-
Deve-se acrescentar termos inexistentes na nossa lílíngua.

• 2- Tarefas de Decisão Lexical


– Seleccionar um nú
número idêntico de palavras de alta e baixa
frequência assim como pseudopalavras;
pseudopalavras;
– Estas serão apresentadas visual e auditivamente ao sujeito;
– Identificar se essas expressões são ou não palavras.

33
PsiFala
• 3- Tarefas de Decisão Semântica
– Os estí
estímulos que compõem estas tarefas dividem-
dividem-se
igualmente em palavras de alta e baixa frequência;
– Cada grupo integra diversas categorias (ex. Nomes de
Animais, Pessoas e Marcas);
– A apresentaç
apresentação é visual e auditiva devendo o sujeito decidir
a qual categoria semântica pertence cada palavra.

• 4- Tarefas de Processamento Visual


– Escolher termos de alta e baixa frequência que são
apresentados na forma Horizontal, Vertical e Ziguezague;
– Proceder à leitura dos termos apresentados nas três posiç
posições
espaciais.

PsiFala
Intervenç
Intervenção

• Para intervir na dislexia devemos


tomar em consideraç
consideração:

– As perturbaç
perturbações que a crianç
criança
apresenta;

– Conhecer as suas
potencialidades, apoiando-
apoiando-nos
nelas e fomentando-
fomentando-as ao
máximo.

34
PsiFala
Intervenç
Intervenção no Processamento Visual
1- Localizaç
Localização de Sí
Símbolos

As habilidades necessá
necessárias no rastreamento visual que são
essenciais para a leitura são:

• Determinar sequências de histó


histórias ilustradas;

• Encontrar letras numa sequência simbó


simbólica;

• Seguir frases;

• Passar os olhos e localizar palavras, frases e pará


parágrafos.

PsiFala

35
Intervenç
Intervenção no Processamento Visual PsiFala

2- Organizaç
Organização Visual

As habilidades necessá
necessárias na organizaç
organização visual que são essenciais
para a leitura são:

• Completar letras e palavras incompletas;


• Emparelhar letras em maiú
maiúsculas e minú
minúsculas;
• Apagar letras ou sí
símbolos;
• Relacionar sí
símbolos de palavras com outros sí
símbolos de palavras
semelhantes.

Estas actividades devem preferencialmente ser realizadas com


material com significado e que faç
façam apelo a capacidade
Multissensoriais.

PsiFala

36
PsiFala
Intervenç
Intervenção no Processamento Visual

3- Memó
Memória Visual

A retenç
retenção de sí
símbolos visuais aprendidos tais como letras,
palavras e sinais de pontuaç
pontuação é um aspecto importante no
processo de leitura.

Quatro habilidades no desenvolvimento da memó


memória visual:

- Lembrar sequências de estó


estórias ilustradas;
- Lembrar o desenho e padrões de palavras sem sentido;
- Lembrar sequências de dí
dígitos e letras;
- Lembrar sí
sílabas, palavras e frases.

PsiFala

37
PsiFala
Intervenç
Intervenção no Processamento Auditivo

• Abordaremos aqui 4 componentes fundamentais desta


dimensão:

– Recepç
Recepção Auditiva;
– Descodificaç
Descodificação Auditiva;
– Memó
Memória Auditiva;
– Síntese auditivo-
auditivo-vocal.
vocal.

PsiFala
Recepç
Recepção Auditiva

• Basicamente compreende a
capacidade de receber
estí
estímulos auditivos;

• Num ní
nível mais acessí
acessível
compreende exercí
exercícios de
reconhecimento de palavras
que rimam;

38
PsiFala

PsiFala
Descodificaç
Descodificação Auditiva

• A descodificaç
descodificação auditiva pode ser definida como discriminaç
discriminação
de sons finos e sua associaç
associação de modo a que faç
façam sentido;

• Sequência possí
possível de treino nesta área:

– Repetiç
Repetição de frases curtas de forma exacta;
– Ouvir e obedecer a ordens;
– Marchar e danç
dançar ao ritmo;
– Seguir sequência de instruç
instruções;
– Misturar sons.

39
PsiFala

PsiFala
Memó
Memória Auditiva

• A capacidade para reter e organizar sons é essencial na leitura;

• A padronizaç
padronização e organizaç
organização sequencial de sons é uma
habilidade difí
difícil de ser adquirida por crianç
crianças dislé
disléxicas;

• A memó
memória de trabalho (curto prazo) tende se mostrar mais
deficitá
deficitária, palavras aprendidas recentemente podem não ser
evocadas pelo sujeito com facilidade.

40
PsiFala

PsiFala
Síntese Auditivo-
Auditivo- Vocal
• É a capacidade mais complexa de ser aprendida por uma crianç
criança
dislé
disléxica;

• É justamente a habilidade mais importante no processo de


leitura;

• Compreende a integraç
integração de sí
símbolos visuais de letras
(grafemas) com os seus correspondentes sons (fonemas) numa
sequência vocal com significado.

• Alguns tipos de exercí


exercícios:
– Predizer e formular palavras quando faltam sí
sílabas;
– Identificar nú
número de sí
sílabas em palavras de comprimentos
diferentes;

41
PsiFala

PsiFala
Métodos Multisensoriais de Leitura

4 Grandes Categorias

- Associaç
Associação Simultânea;

- Impressão Psiconeuroló
Psiconeurológica;
gica;

- Impressão Quinesté
Quinestética;
tica;

- Impressão Perceptivo-
Perceptivo- Motora.

42
PsiFala
Associaç
Associação Simultânea

• O mé
método correctivo compreende uma sequência de actividades que
fazem apelo a uma sé
série de estí
estímulos, visuais, tá
tácteis e auditivos
desenvolve-
desenvolve-se da seguinte forma:

PsiFala
Associaç
Associação Simultânea
– Mostra-
Mostra-se ao aluno a letra impressa e ele repete o seu nome apó
após o
professor;

– O professor diz o som da letra e o aluno repete;

– O estudante observa o professor escrever a letra e em seguida decalca


decalca
o modelo;

– O estudante copia o modelo do professor;

– O estudante escreve a letra ou palavra de memó


memória;

– O estudante escreve o sí
símbolo no ar com os olhos fechados;

– O estudante escreve o sí
símbolo em tamanho natural em papel comum;

– O professor diz o nome da letra e o estudante responde com o som da


letra.

43
PsiFala
Método de Impressão Psiconeuroló
Psiconeurológica

• O procedimento é de 15 minutos diá


diários de instruç
instrução especial e contempla:

– Escolha um livro de leitura de aproximadamente um ano abaixo do


seu ní
nível actual;

– O instrutor senta-
senta-se ao lado do aluno e começ
começa a ler em voz alta
frases, sublinhando cada palavra com um dedo à medida que esta é
pronunciada;
pronunciada;

– De seguida o instrutor relê o material à medida que o aluno segue


com o dedo o que está
está a ser lido;

– Palavras, frases, pará


parágrafos são então repetidos até
até que seja
possí
possível estabelecer um padrão normal e fluido de leitura.

PsiFala
Método de Impressão Psiconeuroló
Psiconeurológica

• Este mé
método enfatiza sobretudo a fluidez e padronizaç
padronização da
leitura, nenhuma tentativa é feita para ensinar sons de letras ou
palavras nem para corrigir o aluno;
aluno;

• À medida que o aluno começ


começa a desenvolver confianç
confiança, outros
materiais de leitura são colocados à disposiç
disposição, num ní
nível
crescente de complexidade mas preferencialmente abordando
maté
matérias do quotidiano (jornais) ou que despertem interesse no
aluno;

• Esta abordagem é sobretudo uma ajuda para crianç


crianças com
inaptidão para a leitura;

44
PsiFala
Métodos Quinesté
Quinestéticos

• Algumas crianç
crianças aprendem melhor quando tocam, sentem e
experimentam quinesté
quinestéticamente os sons ou as palavras;

• Estudos demonstram que se for possí


possível às crianç
crianças dislé
disléxicas
traç
traçar letras, mover os lá
lábios ou envolverem-
envolverem-se em respostas
motoras utilizando os dois lados do corpo, isto facilita as
aprendizagens;

PsiFala
Métodos Quinesté
Quinestéticos
• Atravé
Através destes mé
métodos crianç
crianças com inaptidão para a leitura foram
capazes de conseguir ganhos altamente significativos.

– Numa folha de papel escreve-


escreve-se a palavra a ser aprendida com letras
de 5 cm;

– O instrutor diz a palavra ao aluno e pronuncia cada sí


sílaba;

– O estudante traç
traça com o dedo a palavra, vocalizando-
vocalizando-a ao mesmo
tempo;

– O estudante copia a palavra e pronuncia-


pronuncia-a;

– O estudante escreve a palavra de memó


memória e pronuncia-
pronuncia-a.

45
PsiFala
Métodos Quinesté
Quinestéticos
• Não é permitido apagar pois o mé
método baseia-
baseia-se na
aprendizagem das palavras como um todo;

• Posteriormente a crianç
criança monta um arquivo de palavras e cria
histó
histórias.

• Podemos realizar adaptaç


adaptações com caixas de areia onde a crianç
criança
desenha palavras;

• Dactilografar palavras de modo a que o aluno se centre na


identificaç
identificação das letras e da palavra;

PsiFala
Métodos Perceptivo-
Perceptivo- Motores

• Um programa perceptivo-
perceptivo-motor inclui:

– Letras em papel lixa;


– Quadros magné
magnéticos;
– Cartões coloridos de letras;
– Listas de palavras bá
básicas;
– Leitura de materiais de interesse do sujeito;
– Escrita de estó
estórias.
rias.

46
Técnicas Multissensoriais PsiFala

• Converse com a crianç


criança sobre os seus interesses e experiências,
faç
faça uma lista de palavras que elas gostariam de aprender;

• Escreva cada palavra numa grande folha de papel 20 por 30 cm;

• Mostre a palavra escrita para a crianç


criança e pronuncie-
pronuncie-a enquanto a
traç
traça com o dedo;

• Peç
Peça à crianç
criança para a pronunciar a palavra enquanto a desenha;

• Peç
Peça à crianç
criança para utilizar a palavra em frases curtas “eu gosto
de jogar futebol”
futebol”;

Técnicas Multissensoriais PsiFala

• Faç
Faça com que a crianç
criança represente a palavra com movimentos
do seu corpo;
• Faç
Faça com que a crianç
criança desenhe a palavra com lá
lápis de cor;
• Peç
Peça à crianç
criança para no verso de um cartão onde desenhou a
palavra, cole uma imagem relacionada com a palavra;
• Peç
Peça à crianç
criança para contar uma breve estó
estória acerca da
palavra;
• Ajude a crianç
criança a arquivar o cartão num ficheiro por ordem
alfabé
alfabética;
• Peç
Peça à crianç
criança para escrever a palavra de memó
memória 3 vezes;
• Durante a escrita peç
peça-lhe para ela dividir em sí
sílabas a
palavra;

47
Técnicas Multissensoriais PsiFala

• Faç
Faça com que a crianç
criança escolha uma das seguintes formas
multissensoriais de escrever palavras, quadro negro, pintura a
dedo, bandeja de areia, lá
lápis de cor e apó
após isso ela deve:
– Dizer a palavra e escrevê-
escrevê-la: futebol;
– Dizer as sí
sílabas e escrever a palavra: fu-
fu-te-
te-bol;
bol;
– Dizer o nome das letras e escrever a palavra: f-u-t-e-b-o-l;
– Voltar a dizer e a escrever a palavra.

• Apó
Após terem alguns cartões ilustrados peç
peça à crianç
criança para que
os combine e conte uma estó
estória,
ria, que pode ser escrita por
outra pessoa;

• Forneç
Forneça à crianç
criança letras em cartão, madeira para auxiliar as
tarefas de construç
construção de palavras;

PsiFala
Esquema Aprendizagem Secundá
Secundário (mapas visuais)

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