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Curso de Licenciatura em Administração Pública
2º Ano 1º Semestre
Pós-Laboral
Cadeira: Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais
Discente: Docente:
Gabriela José Bata Prof. Doutor Alberto Togarepe
3. Conclusão.................................................................................................................................. 14
Todo o processo de pesquisa científica deve conter métodos para assegurar que os seus
resultados sejam fiáveis e válidos. Para que haja pesquisa científica Marconi e Lakatos (2007),
afirmam que é preciso o emprego de métodos científicos. Assim, “pode-se definir método como
caminho para se chegar a um determinado fim. E método científico como o conjunto de
procedimentos intelectuais e técnicas adoptadas para se atingir o conhecimento” (Gil, 1995:27).
Existe outro conceito intrinsecamente ligado ao de método, o de metodologia - que pode ser
considerado como o estudo do método - ou seja, é a “ordem a que se deve impor aos diferentes
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processos necessários para atingir um fim dado. É o caminho a seguir para chegar à verdade nas
ciências” (Marconi & Lakatos, 2009:45). Na mesma senda, Zanella (2009:61), define
metodologia como o estudo de caminhos a serem percorridos para se realizar uma pesquisa, o
caminho que o pesquisador percorre em busca da compreensão da realidade de um facto ou
fenómeno.
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2. Elementos dos Trabalhos Académicos
Segundo Guambe (2011:33), os trabalhos académicos possuem uma estrutura padronizada, que
abrange elementos pré-textuais1 (que consistem em aspectos de apresentação e ordenação dos
conteúdos do trabalho), textuais2 (o corpo do trabalho propriamente dito) e pós-textuais3
(elementos de fechamento do trabalho, considerados importantes para a compreensão dos
mesmos).
Superior: 3 cm;
Inferior: 2 cm;
Esquerda: 3 cm;
Direita: 2 cm.
Quanto à entrelinha, ela deve ser 1,5 para o corpo do texto, à excepção dos resumos, notas de
rodapé, indicações de título e fonte das figuras e das citações longas, destacadas do texto, em que
se deve usar a entrelinha simples. Títulos e subtítulos de secção devem ser separados do texto
precedente e do sucedente por duas entrelinhas de 1,5 (Idem.).
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Ou seja, os elementos pré-textuais que são os que antecedem o corpo do trabalho propriamente dito, com
informações que ajudam na identificação e utilização do trabalho (Fonseca, et al., 2005:14).
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Ou seja, os elementos textuais que compõe o corpo do trabalho, isto é, a parte onde está a exposição da matéria e
que deve ter, fundamentalmente três partes: a Introdução, o Desenvolvimento e a Conclusão (Idem.).
3
Ou seja, os elementos pós-textuais são aqueles que complementam o trabalho e aparecem após o corpo
propriamente dito (Idem.).
3
A paginação do documento segue uma regra simples: todas as páginas, a partir da folha de rosto,
devem ser contadas para a numeração em algarismos arábicos. Vale à pena observar que não se
exige mais que os elementos pré-textuais sejam numerados independentemente dos textuais em
algarismos romanos, em conformidade com Harvard Standards. O cuidado que deve ser tomado
é que os elementos pré-textuais não devem apresentar os números de páginas, portanto, estes só
serão apresentados no documento a partir da primeira página dos elementos textuais (a primeira
página da Introdução). Os números de página devem ser colocados no canto superior direito da
folha, a 2 cm da borda direita do papel e a 2 cm da borda superior. Quando há a apresentação de
anexos e/ou apêndices, sua numeração deve ser sequenciada em relação à dos elementos textuais
e, na hipótese de o trabalho abranger mais de um volume, deve-se manter a sequência da
numeração nos volumes subsequentes (Guambe, 2011:33).
Títulos indicativos de secção devem ser numerados progressivamente (por exemplo, 1 para
introdução, 1.1 para contextualização do tema, 1.1.1 para justificativa), separando-se o título da
numeração por intermédio de um espaço. As secções primárias devem iniciar uma nova página e
o número desta página deve ficar aculto. O alinhamento do título segue a margem esquerda. Os
títulos de secção que não recebem numeração, como o resumo, o sumário, as listas de ilustrações
e as referências bibliográficas, devem ser centralizados; todos os demais devem estar alinhados
com a margem esquerda. Quanto ao destaque dos títulos, usa-se maiúscula e negrito para
identificar um título principal (como os capítulos), maiúscula para a secção e maiúsculas e
minúsculas para as subsecções (Ibid.:34).
Notas de rodapé são numeradas sequencialmente, podendo ter numeração independente, ou seja,
cada novo capítulo “zera” a numeração das notas, ou usando uma única numeração ao longo de
todo o texto. Elas devem ser digitadas ou datilografadas dentro das margens, em fonte de
tamanho menor (10 é o recomendável), em entrelinha simples, e com um filete de 3 cm a partir
da margem esquerda separando-as do texto (Idem.).
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colocado o mais próximo possível do texto a que se refere, ficando a critério do autor o projecto
gráfico; isso significa, entre outras coisas, que não há uma exigência em termos de separação da
figura do resto do texto (Guambe, 2011:33).
Capa
A capa é obrigatória em qualquer trabalho académico, ao identificar o trabalho, seu autor, o local
em que ele foi ou será apresentado, bem como o ano em que ele foi elaborado, além de servir de
protecção para o mesmo. Os elementos da capa são os seguintes:
Nome do autor;
Título;
Subtítulo (caso exista);
Número do volume (caso o trabalho esteja dividido em volumes);
Cidade (local onde a instituição está situada);
Ano da entrega do trabalho (Ibid.:35).
Por sua vez, Fonseca, et al. (2005:15), sustentam que a capa é a cobertura externa confeccionada
de material flexível (brochura) ou rígido (capa dura ou cartonada), impressa em papel, cartolina,
couro ou outro material que envolva as folhas que constituem o trabalho. O projecto gráfico da
capa deve ser configurado nas seguintes cores básicas: azul para Monografias de graduação e
especialização; verde para Dissertações de Mestrado e vermelho para Teses de Doutorado, e
conter as seguintes informações, na ordem indicada: a) o nome da instituição; b) o nome da
unidade acadêmica; c) o nome do curso; d) o nome do autor; e) o título; f) o número do volume
(se houver); g) a nota indicando a natureza acadêmica (grau, área e/ou disciplina); h) o nome
do(s) orientador(es); i) o local; e j) o ano.
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Declaração de Autoria
A declaração4 de autoria regista-se em página única, a seguir à página de capa, devendo o autor
após a sua assinatura:
“Eu, Gabriela José Bata, declaro, por minha honra, que o presente trabalho
é da minha autoria e que nunca foi anteriormente apresentado para avaliação
em alguma Instituição de Ensino Superior, Nacional ou de outro País”.
Índice
4
Regulamento de Avaliação do Trabalho de Conclusão de Licenciatura e da Dissertação de Mestrado.
5
Idem.
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Os títulos das secções primárias e suas subdivisões são apresentados na ordem em que
surgem no texto, com indicativo numérico (quando houver) alinhado à esquerda, títulos
separados do indicativo por um espaço e com uma linha pontilhada ligando o título ao
número da página inicial, esta alinhada com a margem direita;
Os últimos elementos apresentados no índice são os pós-textuais, apresentados sem
indicação numérica acompanhando o título, alinhados à margem esquerda, escritos em
maiúsculas negritadas e ligados ao número inicial de página (alinhado com a margem
direita) por uma linha pontilhada;
Os títulos principais (capítulos) são grafados em maiúsculas e negrito, os subtítulos
(secções), em maiúsculas, e as subsecções, em maiúsculas e minúsculas. Cada número de
capítulo, secção ou subsecção deve ser separado do respectivo título por dois espaços,
não sendo recomendável usar pontos ou parênteses como elementos separadores no
índice (Iskandar, 2003).
Agradecimentos
Segundo Fonseca, et al. (2005:15), os agradecimentos (opcional) são menções que o autor faz a
pessoas e/ou instituições dos quais tenha recebido apoio e que concorreram, de maneira
relevante, para o desenvolvimento do trabalho. No mesmo diapasão, Guambe (2011:37), defende
que os agradecimentos, também é opcional, e consiste na listagem de pessoas e instituições que
porventura tenham contribuído de alguma forma para a realização do trabalho.
Dedicatória
Epígrafe
O sétimo elemento é a epígrafe, também é opcional; esta consiste numa citação, com seu autor
devidamente identificado, que está relacionada com a matéria tratada pelo trabalho. Se o autor do
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trabalho desejar, também poderá apresentar epígrafes nas folhas de abertura de novas secções ou
capítulos do trabalho (Guambe, 2011:37).
Por seu turno, de acordo com Fonseca, et al. (2005:23), a dedicatória é a inscrição de um trecho
em prosa ou composição poética que, de certa forma, embasou a construção do trabalho, seguida
da indicação de autoria.
Lista de tabelas7 deve ser elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item
designado por seu número e nome específicos acompanhado do número da página.
6
A lista de ilustrações (listagem ou listagens de elementos como quadros, gráficos, organogramas, desenhos,
gráficos apresentados no trabalho, seguidos dos respectivos números de páginas) (Guambe, 2011:38).
7
A lista de tabelas (que relaciona as tabelas incluídas no texto) (Idem.).
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Tabelas são elementos sintéticos de demonstração de ideias ou conteúdos necessários para a
compreensão do trabalho. As informações nas tabelas são tratadas estatisticamente. A
apresentação das tabelas segue algumas regras:
Sumário Executivo
Um bom resumo deve apresentar até 100 palavras para notas científicas e comunicações breves,
até 250 palavras nos casos de monografias e artigos e até 500 palavras para os relatórios,
dissertações e teses. O resumo não deve ser uma simples enumeração de tópicos, mas sim uma
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sequência logicamente ordenada de frases (ou seja, trata-se de um “texto corrido”, redigido da
mesma forma que o texto do trabalho), redigidas na voz activa e na terceira pessoa do singular. A
primeira frase deve explicar o tema principal do documento e, em seguida, explicar a categoria
de tratamento (memória científica, estudo de caso, análise da situação, etc.). Alguns aspectos
devem ser relevados quando da apresentação do resumo, a saber:
Deve-se identificar os métodos e técnicas pelos quais o problema tratado no trabalho foi
abordado, bem como as fontes e tratamentos dos dados;
Ao se identificar os resultados das pesquisas, deve-se destacar o surgimento de factos
novos, descobertas, teorias anteriores, contradições, novas relações e efeitos verificados;
Se for o caso, devem ser apresentados os valores numéricos observados, limites de
precisão e graus de validade;
Deve-se evitar a redundância ao apresentar os resultados obtidos;
Novos aspectos, como métodos aplicados, documentos e fontes de dados recém
descobertos devem ser indicados no resumo, mesmo que não tenham relação directa com
o tema tratado;
O resumo não deve ser apresentado sob a forma de parágrafos, devendo também evitar
símbolos ou siglas que não sejam correntes e a apresentação de fórmulas ou diagramas, a
não ser que sejam imprescindíveis; neste caso, deve-se definir os elementos constantes
dos mesmos (Guambe, 2011:38).
O resumo em língua estrangeira deve ser a tradução do resumo em vernáculo, devendo ser
escolhido o idioma comumente utilizado para a divulgação de trabalhos científicos. Embora não
exista nenhum critério para a definição da língua estrangeira a ser usada para o resumo, as mais
comuns são o inglês (abstract), francês (résumé) e alemão (zusammenfassung); a critério do
autor, é possível apresentar mais de um resumo em língua estrangeira. Após cada resumo, deve-
se apresentar uma lista de palavras-chave (keywords em inglês), que permitem identificar quais
são os termos essenciais para a compreensão ou utilização dos trabalhos. Não existe norma que
regule quantos desses termos devem ser apresentados num trabalho, mas deve-se procurar
aquelas que sejam representativas ou significativas para o entendimento do texto, e não aquelas
que mais são utilizadas no mesmo. Palavras-chave são importantes para trabalhos indexados em
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bases de dados, permitindo mais facilidade de acesso aos mesmos, portanto, devem ser
escolhidas com extremo cuidado.
Essas três partes estão logicamente encadeadas: na introdução, anuncia-se o que se pretende
fazer; no desenvolvimento, a ideia anunciada na introdução é trabalhada; na conclusão, resume-
se o que se alcançou e fecha-se o trabalho (Guambe, 2011:40).
Introdução
A introdução visa contextualizar o trabalho académico (ou seja, que tipo de trabalho foi
realizado, qual é sua área do conhecimento e o tema abordado), apresentar o problema de
pesquisa cuja investigação e solução foram tratadas ao longo do mesmo, definir seus objectivos
(geral e específicos) e limitações (estas são opcionais), delinear o quadro teórico no qual o
trabalho foi desenvolvido, bem como apresentar uma indicação de sua importância ou
relevância; ou seja, em linhas gerais, a introdução pode ser considerada como uma espécie de
apresentação do trabalho. Não existe nenhum padrão em termos de número de páginas, devendo
a introdução ser elaborada de maneira equilibrada em relação ao conteúdo do trabalho (ou seja,
trabalhos muito curtos não devem ser antecedidos por uma introdução muito longa) (Idem.).
Desenvolvimento
Outros capítulos que podem ser apresentados no desenvolvimento são a metodologia, na qual o
autor classifica o trabalho de acordo com critérios previamente definidos e apresenta os métodos
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e técnicas utilizados para a recolha, análise e tratamento dos dados constantes do trabalho, a
caracterização da empresa, nos trabalhos como os relatórios de estágio e os estudos de caso ou
pesquisas em empresas, o diagnóstico da situação, sempre que for importante contextualizar o
problema de pesquisa dentro de uma compreensão global da realidade, análise e tratamento dos
dados, em que os dados obtidos na pesquisa são trabalhados de modo a proporcionarem
informações e conhecimentos ao pesquisador e aos leitores, e as recomendações, que constam
dos trabalhos em que há uma proposição de um curso de acção para uma organização ou grupo
social (recomendações podem ser apresentadas na conclusão do trabalho; de facto, alguns
autores sugerem que elas sejam colocadas nesta). Outros elementos podem ser agregados de
acordo com as necessidades do trabalho; nem todos os elementos aqui tratados farão parte de
todos os trabalhos (Guambe, 2011:40).
Conclusão e Recomendações
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trabalho. Mesmo que corram o risco de serem repetitivas, devem apenas trazer o que já foi
tratado no trabalho (Guambe, 2011:41).
Naturalmente, as dimensões dos elementos textuais num trabalho académico são muito variáveis.
Relatórios de estágio, por exemplo, devem ter dimensões bem maiores que trabalhos
apresentados para uma disciplina, pois trabalham com maior número de elementos. Os principais
cuidados devem ser tomados com a redacção do texto. Severino (2000) lembra que o autor de um
trabalho deve cuidar de sua linha de argumentação, redigindo parágrafos e construindo secções
em que os conteúdos sejam logicamente encadeados, permitindo ao leitor acompanhar o
raciocínio do autor.
Os elementos pós-textuais são todos aqueles cuja apresentação é considerada, pelo autor, como
importante para a compreensão do trabalho, mas não tão fundamental que exijam sua colocação
ao longo do desenvolvimento do mesmo. São, na maior parte, elementos opcionais, que serão
utilizados com economia e cuidado pelo autor para ilustrar, aprofundar ou destacar temas e
assuntos tratados nos capítulos que formam o desenvolvimento (Guambe, 2011:42).
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apresentadas de acordo com os padrões definidos pela APA, permitindo ao leitor identificar e
consultar as fontes originais sobre as quais se baseou o trabalho. É importante diferenciar
bibliografia de referências bibliográficas: aquela consiste numa lista de obras consultadas para a
realização de pesquisa, ao passo que estas apresentam somente as obras efectivamente citadas ao
longo do texto. Devido à importância deste assunto, ele será tratado em capítulo específico deste
trabalho (Guambe, 2011:42).
Os anexos, por sua vez, são documentos não elaborados pelo autor, e são usados para
fundamentar, comprovar ou ilustrar a argumentação deste. Seu sistema de identificação é
semelhante ao dos apêndices. Veja-se o exemplo:
Apêndices e anexos devem ser antecedidos por lista específica, na qual eles são devidamente
identificados. Na hipótese de serem apresentadas, como anexos, cópias de documentos, nas quais
não seja possível acrescentar um título, é conveniente antecedê-las por uma folha de
identificação. As páginas dos anexos são numeradas em sequência aos elementos textuais. No
índice, a página inicial das secções apêndices e anexos deve ser colocada de acordo com a regra
de apresentação do índice, já referida anteriormente (Guambe, 2011:43).
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3. Conclusão
Depois das leituras feitas no contexto da realização do presente trabalho, conclui que os
elementos pré-textuais são os que antecedem o corpo do trabalho propriamente dito, com
informações que ajudam na identificação e utilização do trabalho, os elementos textuais
compõem o corpo do trabalho, isto é, a parte onde está a exposição da matéria e que deve ter,
fundamentalmente três partes: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão e, por fim, os
elementos pós-textuais que são aqueles que complementam o trabalho e aparecem após o corpo
propriamente dito.
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4. Referências Bibliográficas
Gil, A. (1995), Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 4ª Edição, Atlas Editora: São Paulo.
Iskandar, J. I. (2003). Normas da ABNT: Comentadas para trabalhos científicos. 2ª Ed. rev. E
ampl. Curitiba: Juruá.
Severino, A. J. (2000). Metodologia do trabalho científico. 21ª Ed., rev. e ampl. São Paulo:
Cortez.
Vergara, S. C. (2000). Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3ª. Ed. São Paulo:
Atlas.
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