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ÃOMACKENSIE
ECONÔMICA
Agribusiness
NEJAMENTO FINANCEIRO 2011
NOVA EDIÇÃO
esultado empresarial está
mentado em um bom
sso de planejamento
mentário”.
aujo – CFO Mackensie Agribusiness
Nosso Negócio é Planejamento
Operacional-Financeiro e a Gestão de Custos
Uma Empresa de Alta Performance no Agronegócio
ABRIL DE 2017 |1
artigo
2 | ABRIL DE 2017
MACKENSIE AGRIBUSINESS
ÍNdICE
Índice
ÍNdICE
> A retomAdA do setor suCroenergétiCo __________________ 4
Gestão de Custos - Custo Padrão e Margem de Contribuição .............................................. 06
> A retomAdA do setor suCroenergétiCo __________________ 4
> d estAbilizAção à reCuperAção eConômiCA __________________ 6
Planejamento AOperacional no Agronegócio .............................................. 08
> dA estAbilizAção à reCuperAção eConômiCA __________________ 6
Tomada
> Custos: um desAfio pArA A gestãode __________________ 810
Decisão ..............................................
no AgronegóCio
> CustosProdutividade
: um desAfio pArA Axgestão
Lucratividade __________________ 813
no AgronegóCio ..............................................
> modelo de gestão __________________ 14
Era da Informação: Vamos analisar os dados .............................................. 23
> modelo de gestão __________________ 14
> indiCAdores de produtividAde no setor CAnAvieiro __________________ 17
Gestão Estruturada de Custos .............................................. 25
> indiCAdores de produtividAde no setor CAnAvieiro __________________ 17
Big do
> Custo-pAdrão, A melhor respostA pArA gestão Data Farms
proCesso - Revolução
produtivo naoperACionAl
e efiCiênCiA __________________ 2128
Gestão ..............................................
> Custo-pAdrão, A melhor respostA pArA gestão do proCesso produtivo e efiCiênCiA operACionAl __________________ 21
> Crise globAl, umA Crise de gestão __________________ 24
> Crise globAl, umA Crise de gestão __________________ 24
> progrAmA de redução de Custos __________________ 27
> progrAmA de redução de Custos __________________ 27
> A Crise de gestão, A voltA As origens __________________ 29
> A Crise de gestão, A voltA As origens __________________ 29
> gAnhos de produtividAde e resultAdo operACionAl no AgronegóCio __________________ 32
> gAnhos de produtividAde e resultAdo operACionAl no AgronegóCio __________________ 32
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Agribusiness
Agribusiness
MACKENSIE Agribusiness
Agribusiness
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artigo
4 | ABRIL DE 2017
MACKENSIE AGRIBUSINESS
SController e CFO.
umário daS QualificaçõeS
Economista com especialização em economia empresarial e finanças; Douto-
rando em Engenharia de Produção – Otimização do Planejamento Operacional
•e Especialista
Financeiro; em Agribusiness - Gestão Empresarial, Finanças e
Na Mackensie Agribusiness desenvolve e implementa projetos de planejamento
Controladoria;
•operacional
Capacitação e financeiro; como consultor da TOTVS atua nas várias cadeias do
em Gestão Empresarial nos USA e Canadá;
agronegócio;
• Atuação como executivo em empresas nacionais e multinacionais:
Na gestão de custo desenvolveu o modelo técnico do custo padrão e margem
Copersucar, Unifrax,
de contribuição, TI Automotive,
alcançando ABC
efetiva redução dosGroup;
custos agroindustriais. Capaci-
•tação técnica
Sólido em gestão empresarial
“background” em “startup no Canadá e US;
operations” e reestruturação
Atuou como
empresarial; executivo na Copersucar, Unifrax, TI Automotive e ABC Group.
ABRIL DE 2017 |5
artigo
Gestão de Custos
Custo Padrão e Margem de Contribuição:
“Eficiência e Eficácia de Gestão”
A
metodologia de dos talhões – entende-se por ambiente
custo padrão, é a de produção - “O Centro de Tecnolo-
técnica adequada gia Canavieira (CTC), desde o início
para determinar da década de 80, vem trabalhando
o custo do produ- no mapeamento dos solos cultivados
to, porque consi- com cana-de-açúcar, possuindo uma
dera uso adequa- metodologia de Levantamento de So-
do dos fatores de los específica para a cultura da cana.
produção (máquinas e equipamen- Nesse sistema, os solos são classifica-
tos, insumos, mão de obra, tecnolo- dos de acordo com suas características
gia e capital), determinado através morfológicas, químicas e texturais, em
de uma abordagem técnica específi- diferentes unidades de mapeamento
ca (especialistas), além de identificar (tipos de solos). A carta de solos tem Se adicionar os custos, independente do
as causas das variações entre o cus- diferentes finalidades dentro da cultura ambiente de produção, o tomador de de-
to orçado e realizado, completando da cana-de-açúcar, sendo as principais: cisão está sendo conduzido ao erro e não
como uma técnica de identificar as manejo de variedades, conservação de determinando o custo efetivo do talhão.
causas das variações e análise de per- solos, preparo de solos e cultivo, adu- Estão somando laranja com banana.
formance. Adicionando vantagem do bação, época de plantio e de colheita e Como avaliar a performance: no exem-
custo padrão, é o modelo ideal para sistematização de talhões”1. Integrando plo abaixo, foi definido no orçamento,
o Planejamento Operacional e Finan- o ambiente de produção com os fatores a compra de um insumo ao preço de
ceiro da empresa. de produção tais como o uso compatível R$ 9,75/t e na compra houve uma que-
de máquinas e equipamentos, e quanti- da de preço para R$ 9,50/t; por outro
Como adotar o custo padrão dade e qualidade de insumos agrícolas lado foi definido a aplicação destes in-
Metodologia adotada tem por premis- determinando assim o custo ideal em sumos em uma quantidade de 85 tone-
sa, identificar o ambiente de produção condições normais de operação”. ladas e foram utilizadas 90 toneladas.
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Planejamento
Operacional no
Agronegócio
E
Premissas: mentos. O controle de produção as- Primordialmente, estes conceitos
m uma Usina segura que a equipe de produção seja devem incorporar-se na cultura em-
produtora de capaz de atingir as metas definidas, presarial para em seguida envolver-
açúcar, etanol e maximizando os recursos e a redução -se em uma visão de longo prazo do
energia elétri- continua de custos por unidade pro- planejamento de produção.
ca, a integração duzida. Consequentemente, os objetivos de
do processo de Planejamento e controle são com- planejamento de produção são os se-
planejamento e ponentes essenciais para sucesso de guintes:
controle da pro- uma unidade agroindustrial. • Preservar a quantidade e qualida-
dução é essen- Os pontos fortes do planejamento e de da matéria-prima, equipamentos e
cial para torná-la eficiente, eficaz e controle: etc.; estarem disponíveis durante os
economicamente sustentável. • Assegura a utilização ótima da ca- períodos de safra;
O planejamento de produção e pos- pacidade de produção dos recursos, • Assegurar que a utilização da ca-
terior controle orienta as característi- devidamente planificado; pacidade produtiva está em sintonia
cas da produção agrícola e industrial • Garante que os níveis de estoque se- com a demanda prevista em todo o
– do início do processo até os produ- rão mantidos em níveis econômicos ciclo operacional – safra e entressafra;
tos finais, ou seja, do preparo do solo, no período determinado, ou seja, não
plantio, tratos culturais e colheita até há excesso e nem falta dos recursos; Um planejamento de produção bem
a produção de açúcar, etanol e ener- • Preserva que o tempo de produção elaborado assegura que o ciclo con-
gia elétrica. será mantido em um nível ótimo e tinuo do processo seja simplificado,
Manter elevados e constantes os ín- não haverá volatilidade de produção; fornecendo os seguintes benefícios:
dices de produtividade, são os obje- Uma vez estabelecido todos os aspec- • Garante com precisão diária a ne-
tivos do planejamento e controle da tos da produção, a qualidade e produ- cessidade de cana para a produção
operação, otimizando o uso dos fa- tividade serão sempre preservados. de açúcar e etanol;
tores de produção (terra, máquinas • Certifica junto aos fornecedores as
e equipamentos, insumos, capital de Planejamento de produção necessidades de máquinas e equipa-
giro e tecnologia). Uma característica Os conceitos básicos da economia es- mentos agrícolas para o preparo do
não muito abordada nas usinas é a tão fundamentados em: solo, plantio, tratos culturais e colheita;
questão dos estoques.
O Planejamento de produção é rele- 1) O que produzir; O planejamento da produção reduz o
vante para a programação, expedi- 2) Quanto produzir; custo total de produção por induzir a
ção, inspeção, gestão da qualidade, 3) Quando produzir e eficiência e o melhoramento continuo
suprimentos, máquinas e equipa- 4) Para quem produzir; da operação, ou seja, duas estratégias
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MACKENSIE
MACKENSIE AGRIBUSINESS
AGRIBUSINESS
O planejamento
da produção
reduz o
custo total
de produção
básicas para a qualidade de gestão e
por induzir a outra, mesmo na mesma região. Há
planejamento do processo. O plane- eficiência e o outros fatores que devemos conside-
jamento de produção é composto em rar: natureza de operação (a) incluir
três diferentes níveis dependentes do
melhoramento o CCT ou não; b) cana própria ou de
tempo, ou seja, planejamento de lon- continuo da terceiros); tamanho da operação: O
go prazo que trata de planejamento planejamento de produção de uma
da infraestrutura e formação do cana-
operação, unidade de moagem de 2 mil tonela-
vial que exige investimento de capi- ou seja, duas das é diferente de uma moagem de 6
tal. O planejamento de médio alcance mil toneladas.
com previsão de demanda tais como
estratégias
expansão do canavial e determinação básicas para Conclusão:
do complexo varietal visa abastecer O planejamento da produção e seu
a usina no início, meio e fim de safra.
a qualidade controle, garante a utilização máxima
O planejamento de curto prazo tem de gestão e dos fatores de produção tais como
como foco a gestão das operações di- matéria prima, mão de obra, maqui-
árias no campo e indústria.
planejamento nas e equipamentos, capital de giro
do processo.” e tecnologia.
Controle de produção Todas as informações relacionadas
Tem como eixo o foco de utilizar com a produção devem ser registra-
várias metodologias e técnicas de das afim de estabelecer o controle de
controle para alcançar o melhor de- As vantagens de um controle sólido entrada e saída a partir da matéria
sempenho do sistema de produção da produção são como se segue: prima até produto acabado, para ob-
para atingir as metas empresariais. a) Fluxo continuo de todos os pro- ter eficiência e otimizar a utilização
Sintetizando os objetivos de controle cessos de produção; dos fatores de produção. •
de produção são as seguintes: b) Economias de custo de produção re-
1) Manter uniforme o fluxo de maté- duzindo perdas do processo e recursos;
ria prima e produtos em processo e c) Manter um padrão de qualidade
produto final; através de cada etapa do processo e
2) Sistematiza os cronogramas de do produto.
produção; O controle de produção não pode
3) Aplicação ótima dos recursos e ser igual em todas as usinas porque
processo de produção e regularizar os parâmetros técnicos, clima e solo CARLOS ARAUJO
os desvios; são diferentes de uma empresa para CFO - Mackensie Agribusiness
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artigo
Tomada
de Decisão
Premissas: Cada decisão que fazemos (ou não fazemos) molda o nosso futuro.
T
odo mundo ten- no resultado da tomada de decisão das em informações confiáveis e
ta tomar boas para garantir um bom resultado; dados verificáveis, tempo adequado
decisões. No 2. Objetivos - Uma compreen- deve ser utilizado para pesquisar
entanto, é fácil são clara dos resultados desejados minuciosamente as opções e as suas
esquecer um orienta a tomada de decisão e faz implicações. Decisões tomadas sem
fator importan- com que seja mais fácil, lógico, e fundamentos, são difíceis de defen-
te, perder uma menos estressante. (os executivos der e encontra obstáculos inespera-
opção desejá- evitam tomar decisões em função dos quando implementado.
vel, ou basear a da falta de objetivos claros.) A tomada de decisão requer tempo.
decisão em informações confiáveis. 3. Opções - Esforços relevantes O tempo e esforço despendido deve
Além disso, o medo de fazer uma devem ser feitos para avaliar as ser proporcional à importância da
escolha errada pode levar-nos a opções disponíveis, estudar como decisão.
adiar as decisões, levando à perda cada uma pode ser implementada
de oportunidades. Um processo de e quais os resultados que irão pro- A sequência de um passo a passo do
tomada de decisões estruturado, ga- duzir. Demasiadas vezes, as pessoas processo de decisão deve ser docu-
rante que as decisões importantes limitam-se a algumas escolhas ób- mentado para cada etapa da tomada
sejam feitas na hora e são alicer- vias, e não exploram ideias inovado- de decisões, ajudando a esclarecer
çados em fatos, pesquisa e análise. ras ou inéditas. o pensamento e assegurando o pro-
Este artigo, descreve os componen- 4. Critérios - Os critérios empre- gresso sustentado rumo a uma boa
tes básicos das decisões e um pro- gados para selecionar as melhores decisão.
cesso de tomada de decisão passo a opções possíveis são determinados
passo. Este processo pode ser facil- pelo contexto e os objetivos. Crité- Processo de tomada de
mente adaptado e utilizado diaria- rios rígidos são condições que de- decisão
mente. vem ser satisfeitas, a fim de ter uma Um processo de decisão eficaz, ga-
decisão útil, como o orçamento ou rante que todos os quatro compo-
Elementos das Decisões restrições de tempo. Critérios fra- nentes sejam analisados. Os mode-
O aspecto mais importante da toma- cos são as condições que requerem los são usados para simplificar o
da de decisões estruturado é reco- uma avaliação subjetiva, e, por con- trabalho e lembrar-nos de aspectos
nhecer e analisar os componentes seguinte, podem ser mais difíceis importantes de cada componente.
básicos de decisões. de aplicar. Exemplos são o nível de Os passos são normalmente conclu-
1. Contexto - Descreve a situação conflito organizacional e satisfação ídos de uma forma sequencial. No
em torno da decisão. Por exemplo, do colaborador. entanto, é aceitável para avançar e
o prazo e quem estará envolvido Decisões bem-sucedidas são apoia- rapidamente anotar algumas infor-
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AGRIBUSINESS
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artigo
Ao trabalhar
Várias técnicas estão disponíveis
com as etapas ções. As estratégias podem ser de-
para analisar as opções, a fim de de decisão no senvolvidas para gerir esses riscos.
compreender as suas implicações.
• Mapa mental pode ser usado para
papel, você Limitações de tempo
analisar as inter-relações das opções. vai saber que Frequentemente, limitações de tem-
• Uma análise SWOT pode ser usada po nos obrigam a tomar decisões
para determinar as forças, fraque-
informação antes de nós sentirmos que temos
zas, oportunidades e ameaças para está faltando, todas as informações necessárias.
cada opção. Ao trabalhar com as etapas de de-
As opções são analisadas para obter
as possíveis cisão no papel, você vai saber que
uma compreensão clara das suas im- consequências informação está faltando, as possí-
plicações antes de aplicar os critérios veis consequências de uma decisão
de tomada de decisão. Isto é, para as-
de uma errada, e os riscos envolvidos se a
segurar que as opções não são des- decisão errada, decisão for adiada. Esta informação
cartadas prematuramente e que uma permite-lhe decidir se tomar a deci-
análise exata pode ser aplicada.
e os riscos são agora, adiá-la, ou começar a im-
envolvidos se plementar algumas opções durante
Passo 5: Estabelecer critérios a coleta de informações e feedback
de decisão
a decisão for para finalizar a decisão.
Analise profundamente seus objeti- adiada.”
vos, como você irá desenvolver o con- Conclusão
junto de critérios que serão utilizados A estruturação da tomada de decisão,
para avaliar as opções. Os critérios terminada pela soma da classificação requer uma análise completa dos fa-
devem ser claros e efetivos para as ponderada para todos os critérios. tores de decisão - contexto, objetivo,
tomadas de decisão ou requerem Este” Matrix” de opções de critérios é opções, e critérios. A análise deve ser
uma análise subjetiva ou qualitativa. particularmente útil para avaliar cri- avaliada com base em dados verda-
Atribuir uma classificação é essencial térios mais substanciais. É também deiros. Seguindo um processo de
a cada critério. chamado de uma Matriz de Prioriza- tomada de decisão passo a passo e
ção ou Matrix de Decisão. trabalhando nos dados e opções, te-
Passo 6: Avaliar as opções em remos todas as informações necessá-
função dos critérios Passo 7: Selecione as opções rias para apresentar e justificar suas
Quando as opções e critérios forem para prosseguir decisões, bem como para começar a
estabelecidos, um modelo de decisão Examine a Matrix de Decisão para implementá-las e colher resultados. •
é desenhado com as opções listadas determinar se algumas das opções
nas linhas e os critérios enumerados podem ser combinadas para criar
nas colunas. Cada opção é avaliada uma solução melhor. Resuma as op-
para cada critério e o valor escrito ções selecionadas para a implemen-
na célula correspondente da tabela. tação e suas consequências.
Em seguida, a cada critério é dada
uma classificação de importância nu- Passo 8: Analisar os riscos
mérica. A matriz final é gerada pela Todas as decisões envolvem uma va-
multiplicação e classificação de cada riável de risco. “Force Field Analysis”
opção por um critério de avaliação de é útil para descobrir os riscos envol-
importância dos critérios. Avaliação vidos ou dificuldades que precisam CARLOS ARAUJO
completa de uma opção é então de- ser superadas na aplicação das op- CFO - Mackensie Agribusiness
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artigo MACKENSIE
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AGRIBUSINESS
Produtividade
x
Lucratividade
O
presente “paper”, visa trata-se um recurso importante para nentemente real, inclui todas as ati-
identificar fatores- a gestão. Produtividade, é a capaci- vidades da organização, que devem
-chave da produtivi- dade do capital investido valorizar a ser estruturadas em conjunto para
dade empresarial e, atividade empresarial. Indica a capa- efeito de desempenho continuamen-
expandir a produti- cidade da empresa para atingir um te crescente.
vidade no processo determinado nível da operação em- Para cumprir este objetivo, é fun-
operacional. Almeja- presarial estabilizada. damental elaborar um sistema de
-se também, definir Produtividade está fortemente ligada métricas técnicas que impactam na
um modelo de produtividade e lucra-
tividade. O uso das informações in-
ternas e externas são relevantes para
Interligação entre diagnóstico e produtividade
conduzir o sucesso empresarial.
A aplicação do modelo de produtivi-
Diagnósticos da empresa Produtividade da empresa
dade de uma empresa, define o lucro
Inclui a avaliação e É o resultado de aplicação
líquido como o indicador natural para
Identificando toda os das operações e processos,
validar o aumento de produtividade. processos da empresa sob resultando na otimização
Qual é a pré-condição que leva a em- uma visão sistêmica. e lucro.
presa ao lucro e ao crescimento a
longo prazo?
Figura 1: Relação bilateral entre diagnóstico e produtividade
INTRODUÇÃO
O diagnóstico do processo de gestão, a outra categoria econômica, a maxi- produtividade, análise, avaliação de
identifica se a empresa caminha den- mização dos fatores de produção (ca- resultados e proposições para o me-
tro dos objetivos estabelecidos. Esta pital, terra, máquinas e implementos, lhoramento continuo. Esse é o foco
análise, inclui organização, planeja- tecnologia e gestão). do diagnóstico. Os resultados dos
mento, tomada de decisão, controle A relação descrita, demonstra um processos operacionais, apresentam
e liderança. processo de transformação em que a situação atual da empresa e identi-
A pré-condição inevitável das fun- os inputs se transformam em ou- ficam o potencial não utilizado.
ções de gestão acima, é a informação; tputs. Os outputs determinam o nível A Figura 1 acima, expressa a relação
recentemente caracterizada por uma de produtividade da empresa. O au- mútua entre diagnóstico e produti-
acumulação rápida devido ao uso de mento da produtividade é a condição vidade. Com a crise mundial e prin-
tecnologias de informação e comuni- prévia para o seu crescimento do va- cipalmente no Brasil, tornou-se rele-
cações on-line. lor da empresa. vante aumentar a produtividade das
A informação sobre produtividade, A produtividade é um tópico perma- empresas.
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artigo
Diagnóstico da Produtividade plo: relevância de um problema e ur- dos fatores de produção (capital, ter-
O diagnóstico, é um processo que in- gência de sua solução, assim como, ra, máquinas e equipamentos, tecno-
clui atividades relativamente distin- suas principais causas. logia e gestão).
tas e relacionadas entre si: fase intro- O processo de diagnóstico é concluí- Os produtos resultantes da quanti-
dutória, descrição da situação atual. do com a apoio e elaboração do rela- dade utilizada dos fatores de produ-
O desenvolvimento do objeto, o teste tório final para fornecer propostas de ção, devem ser remunerados e gerar
de diagnóstico, a análise diagnóstica, resolução dos problemas e garantir a um excedente, ou seja, a produção
a síntese e a fase final, serão demons- sua eficácia deve ser maior do que o volume de
trados na Figura 2. entrada.
A ideia principal da fase introdutória Produtividade da empresa Neste artigo, a transformação de
é a seleção de um diagnóstico do pro- A produtividade é atualmente uma processos demonstra os fundamen-
cesso, neste caso, a produtividade e dos termos mais utilizados global- tos econômicos e o processo de pro-
a definição de parâmetros operacio- mente. Seu conteúdo não é exata- dução, que podem ser fisicamente ou
nais. Verifica-se após, uma descrição mente definido, depende do modo de financeiramente quantificados mo-
da situação e da evolução da produ- interpretação sobre os parâmetros netariamente.
tividade por meio do instrumento de quantificados e qualificados. Entradas e saídas é o assunto da con-
diagnóstico.
O teste de diagnóstico ainda inclui
comparar e avaliar a produtividade
efetiva, com os padrões técnicos ope-
racionais e financeiros identificando
anormalidades e definição dos pro-
blemas existentes.
Figura 3: Processo de Produção
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Problemas resultantes do
diagnóstico de produtividade
1) Redução das receitas;
2) Redução do lucro por unidade de
produção;
3) Redução de market share;
4) Redução da produtividade
operacional;
5) Redução do volume operacional;
6) Redução do Patrimônio Líquido;
7) Redução do lucro por ação;
Figura 4: Indicadores Financeiros para determinar a Produtividade
8) Queda do valor de mercado;
9) Baixa qualidade;
Estes indicadores são ilustrados na f) transparência; 10) Problemas com P&D e inovação.
Figura 4, e devem ser analisados sob g) definição simples e coleta de
duas visões: dados para processamento; Análise do diagnóstico e síntese
• Indicadores de produtividade da da empresa
empresa; Após descrição da situação e análise A condição primária para uma aná-
• Indicadores de produtividade dos do diagnóstico, o processo continua lise do diagnóstico bem sucedido é:
acionistas; com o teste de diagnóstico, que in- • a alta precisão;
Os indicadores não financeiros, são clui: • descrição operacional atual;
métricas baseadas no valor e no pro- • definição e seleção dos critérios re- • evolução da produtividade.
cesso operacional. Eles incluem tem- comendados;
po de entrega, qualidade, serviço, • comparação da situação real com Teste do diagnóstico
satisfação do cliente, inovação, etc. os critérios recomendados; O conteúdo da análise do diagnós-
Ao criar o conjunto de princípios • identificação de problemas. tico é o exame da produtividade da
para a medição da produtividade Os critérios de validação são entra- empresa, indicadores, quantidade
da empresa, é necessário manter os das predeterminadas que expressam dos fatores de produção utilizados,
princípios primários da seguinte for- um objetivo a ser alcançado. O nível estoque de matéria prima e de pro-
ma: real de produtividade de uma empre- dutos acabados.
a) quantidade adequada; sa está documentado na demonstra- Especificamente, os seguintes itens
b) mensurável; ção de resultados e no fluxo de caixa. são investigados no campo diagnos-
c) capacidade de influenciar; O balanço inclui informações sobre ticado:
d) capacidade de agregação os ativos e passivos da empresa. • Periodicidade ou aleatoriedade do
e) possibilidade de conjunção Com base na avaliação de receitas e aumento / diminuição da produti-
up-to-down; custos no período, o fluxo de caixa vidade da empresa; expressas por
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meio de métricas financeiras e não b) Satisfazer as necessidades e dese- expressivo para utilizar e, comprovar
financeiras; jos dos clientes por meio de serviços a produtividade.
• Intensidade (níveis de) aumento / de qualidade; Como qualquer outro modelo, fornece
diminuição de indicadores; um conteúdo simplificado da realida-
• Frequência de mudanças; 2. Medidas de exploração dos pontos de econômica de acordo com critérios
• Influência da variação de preços, da fortes dos concorrentes: definidos e responde às questões que
capacidade de produção, dos custos a) Maior qualidade; surgem durante seu desenvolvimento.
fixos e variáveis que influenciam o au- b) Preço justo; A base do modelo é o lucro líquido.
mento / diminuição da produtividade; c) Pacotes de serviços. Lucro líquido da empresa, é um in-
• Razões para a diminuição da pro- dicador de quantidade de fatores de
dução - alteração do preço, escala de 3. Receitas em queda: produção da empresa e é expressa
produção; a) Introdução de novas tecnologias; como uma margem entre as receitas
b) Melhoria da organização e da e custos totais. Se as receitas exce-
A síntese do diagnóstico agrega e re- gestão; derem os custos, o lucro é realizado,
sume os conhecimentos adquiridos
c) Aumento do nível técnico-cultural caso contrário, ocorre a perda.
pela análise efetuada. Descreve tam-
dos funcionários. O objetivo de aprender a estrutura
bém a gravidade do problema, a ur-
econômica da renda e a análise dos
gência da sua solução e as suas prin-
Modelo de diagnóstico: fatores, é descobrir possíveis inefici-
cipais causas.
Produtividade ências no processo de transformação,
A síntese do diagnóstico resulta na
O modelo de diagnóstico da produtivi- o que pode diminuir o potencial de lu-
validação do diagnóstico, verificado
dade inclui determinadas atividades e cro. Informações sobre lucros e preju-
em exemplos fundamentados em to-
suas consequências, apresenta o que ízos é muito valiosa para o sucesso da
das as atividades realizadas nas fases
é relevante, como e qual o indicador gestão da produtividade.
anteriores do processo do diagnósti-
co; o status quo da produtividade da
empresa também é descoberto, es-
pecialmente os problemas essenciais
na produtividade da empresa, que
incluem:
• Diminuição das receitas da empresa;
• A produção não atinge o ponto de
equilíbrio operacional e financeiro,
elevando o custo fixo;
• Queda da produtividade da mão de
obra, matéria-prima;
• Queda da satisfação do cliente;
• Crescimento das despesas e redução
nas receitas.
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AGRIBUSINESS
Além do lucro como objetivo do em- relevante para a tomada de decisão em formas de aumentar o lucro: por meio
preendedor, empresários, outros ob- uma empresa. O nível de lucro está as- da redução de custos (isto é, eficiên-
jetivos monetários (segurança patri- sociado a certo nível de risco. cia), por meio do aumento das receitas,
monial, maximização dos resultados Quanto maior o lucro esperado (capi- ou por meio de ambos. Ambas as vari-
de negócios, etc.) e não-monetárias tal investido e rentabilidade), maior o áveis são importantes e são influencia-
(alcance do poder econômico, lide- nível de risco. O gestor deve buscar das por diversos fatores.
rança de mercado, independência e o maior lucro possível, pois o lucro é Uma empresa, obtém receita por meio
consolidação da marca), são valores a principal fonte de crescimento da de suas operações, elas são refletidas
relevantes para o negócio. empresa e do aumento da renda do no crescimento do ativo e redução dos
O lucro e a produtividade são fatores empresário. passivos. Os custos da empresa repre-
decisivos para a tomada de decisões. O lucro é a diferença entre as receitas sentam fontes efetivamente utilizadas
A maximização do lucro, é um critério e os custos das empresas. Existem três para obter receita.
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CONCLUSÃO
Em uma economia globalizada, as tec- as relações e conexões do evento eco-
nologias da informação possibilitam nômico diagnosticado. Também sua
retornos no curto prazo, otimizando avaliação, pode ser utilizada como
processos e extraindo atividades que critérios de teste e avaliações de com-
não agregam valor ao produto e em- paração.
presa. Ocorre também, uma redução A aplicação do modelo de diagnóstico
da lealdade dos clientes, pressão so- geral da produtividade da empresa,
bre os concorrentes e praticamente com foco no lucro líquido, apontou
uma relação on-line entre empresa- para um problema frequente na prá-
-fornecedores e consumidor final. tica empresarial.
Critérios importantes para uma em- Este é o problema da demonstração
presa ter sucesso e sobreviver no do lucro, é uma pré-condição inevi-
mercado, incluem alta qualidade e tável para desenvolvimento e cresci-
baixos custos, que juntamente com mento da empresa a longo prazo. O
valor agregado ao cliente, além de fle- diagnóstico possibilita o acesso à pro-
xibilidade, rapidez nos processos de dutividade da empresa, que permite o
vendas, pagamentos e logística. reconhecimento de problemas espe-
Este diagnóstico é analisado como cíficos, em maior detalhe, que resulta
uma ciência que conduz a um proces- no diagnóstico de cada processo da
so contínuo de aumento de produtivi- empresa.
dade da empresa. É condição prévia O modelo foi testado com dados empí-
para suportar o desenvolvimento da ricos e, demonstrou ser uma excelente
empresa a ter sucesso no mercado. É ferramenta para a tomada de decisão
necessário ressaltar, que os diagnós- na busca da melhoria contínua da pro-
ticos não são análise econômica. O dutividade e, do crescimento do lucro
diagnóstico corporativo inclui todas líquido no longo prazo.
CARLOS ARAUJO
CFO - Mackensie Agribusiness
22
10 | ABRIL
ABRIL DE
DE 2017
2017
artigo MACKENSIE AGRIBUSINESS
Era da informação:
Vamos analisar os dados
A
s usinas produ- competitiva que as grandes empresas 2. Estratégia de monetização
toras de açúcar, possuem no uso da análise e, está de- Desenvolver estratégias de monetiza-
etanol e ener- saparecendo à medida que o custo de ção como valiosos ativos corporati-
gia, como as acesso, processamento e armazena- vos. Uma estratégia de monetização é
demais empre- mento de dados, está despencando. um plano para alcançar uma ou mais
sas da cadeia Grandes equipes de cientistas de da- metas de negócios, por meio de táti-
produtiva do dos e milhões de dólares, não são mais cas ou ações que melhorem a última
agronegócio, necessários para direcionar “insights” linha do DRE, aumentando a receita
devem conside- dos ativos de dados de uma empresa. ou reduzindo custos. Da mesma for-
rar o uso de um volume de grandes da- Métodos analíticos e ferramentas, es- ma, uma usina pode desenvolver KPIs
dos analíticos, e ainda, entender como tão se tornando mais onipresentes e para ajudar a gerenciar e entender o
a análise dos dados tem um impacto menos onerosos, nivelando desta for- desempenho do negócio. As estraté-
direto na estratégia corporativa e nos ma, o “campo do jogo” para grandes e gias de monetização que impulsionam
processos operacionais. pequenas empresas. uma vantagem competitiva, devem ser
Dados e análises, redefiniram a for- Os executivos que sabem liderar esta desenvolvidas continuamente e com-
ma de como competimos no mer- nova era de análise de dados, ultra- partilhadas em toda a empresa.
cado interno e no mercado global passarão a concorrência. Isso exigirá
de commodities. Os dados, são um uma mudança na forma como você vê 3. Desenvolver informações e
ativo corporativo crítico, no qual as a análise e a importância que a empre- capacidades escalonáveis
empresas que estão começando a ge- sa se coloca na construção de capaci- Construir soluções analíticas, tem
rar receita, precisam atuar de novas dades analíticas. Existem cinco chaves sido a norma na América do Norte
formas objetivando estar à frente de para liderar na era da análise: corporativa. Horas são derramadas
sua concorrência. em resolver problemas difíceis para
As empresas que alavancam os dados 1. Análises como uma capturar uma oportunidade de re-
para impulsionar o desempenho das estratégia corporativa ceita, apenas para ter a análise; uma
decisões operacionais no campo, na Incorporar capacidades analíticas vez desenvolvido para apoiar planos
indústria, na logística e no comércio e estratégicas em seus objetivos de negócio.
internacional; estão avançando em corporativos. Ter uma visão clara Os líderes devem procurar desen-
uma taxa mais rápida do que as de- de ganhar. Por meio dessa análise, volver estratégias de monetização e
mais empresas do setor. é essencial fornecer uma direção e análises automatizadas, repetíveis e
Uma tendência alarmante para as energia organizacional para o de- escaláveis em toda a empresa. Esta
grandes corporações, é que o tamanho senvolvimento dessas capacidades. abordagem, levará a análises que
da organização, não é mais uma bar- É por meio destes novos métodos, são escalonadas em toda a organi-
reira competitiva para produzir aná- ferramentas e técnicas, que iremos zação e, que outros departamentos,
lises de classe mundial. Esta direção desenvolver novos produtos, servi- podem se alavancar, ao invés de
emergente no mercado, é a vantagem ços, mercados e oportunidades. construir suas próprias soluções.
Grandes equipes
de cientistas de
dados e milhões
de dólares,
não são mais
necessários
4. Big Data é mais do que para direcionar dações sobre compras, venda cruza-
apenas grande análise de dados “insights” dos da produtos, ou resolver problemas
Se sua organização não começou o ca- de consumo.
minho para a construção de um gran-
ativos de dados A questão principal para um líder
de ambiente de dados, você encontra- de uma empresa.” analítico é: Como alavancar I.A? E
-se atrás da curva. Os grandes dados, ainda: Por onde começar?
estão aqui para ficar e oferecer vários Fora do mundo de varejo, a indústria
benefícios e novas capacidades. determinar os níveis de estocagem está começando a usar os avanços
Um dos principais impulsionadores direito de vários produtos com base em I.A, na automatização de pesqui-
da primeira onda de implementa- em padrões de pesquisa do cliente. Se sas e especialmente, no campo médi-
ções, trata a redução da estrutura de os consumidores dentro de um certo co e em campos legais.
custos, no que tange ao armazena- raio estão pesquisando mais em cami- No Agronegócio, as perspectivas são
mento de um oceano de dados que as nhões, eles são capazes de otimizar os imensas, desde a determinação do
organizações estão nadando, dentro níveis de estoque para atender a de- melhor e produtivo plantel varietal,
de plataformas de dados tradicionais manda antecipada dos consumidores. integração do consumo de combustí-
caras e que, não fornecem uma solu- vel por equipamento determinando o
ção econômica para armazenar enor- 5. Inteligência Artificial ponto de equilíbrio de cada colhedo-
mes quantidades de informações. Como líderes, compreender as ca- ra ou trator, associação do consumo
Ao alavancar um hardware de baixo pacidades atuais da Inteligência Ar- e produtividade; até a identificação
custo, as empresas podem armaze- tificial, o que ela pode trazer para a do melhor ambiente de produção,
nar petabytes de informações a um sua empresa e, onde começar a sua sua respectiva variedade.
custo razoável. trajetória; serão questões-chave para Tudo isso objetivando e tornando
Uma vez que as organizações têm solucionar estas indagações. principalmente, a gestão eficaz e a
reunido um grande número de con- Há diversas alternativas para a utili- tomada de decisão eficiente, ou seja,
juntos de dados diferentes, eles são zação da Inteligência Artificial – I.A um objetivo excelente. •
capazes de conduzir novos “insights” e, quão rápido ele irá automatizar
que eram anteriormente dificílimos trabalhos. A verdade, é que estamos
ou caros para produzir. muito longe das massas perdendo
Isso inclui, menor nível de dados gra- seus empregos para a IA, mas exis-
nulares, informações de mídia social, tem várias maneiras de começar a
dados de pesquisa, imagens e ainda, explorar essa tecnologia emergente.
manter um histórico mais rico de in- Um ponto importante que devemos
formações. Um exemplo deste tipo de considerar, é que a I.A não é nova.
análise, é o uso de grandes dados por Ela tem sido alavancada em sites da
concessionárias de automóveis que empresa de varejo desde o final dos CARLOS ARAUJO
estão utilizando dados de busca, para anos 90, ajudando a fazer recomen- COO, Mackensie Agribusiness
Gestão
Estruturada de
Custos
O
impacto da desa- Medidas de controle de custos, fatores de custo e, tomar medidas
celeração da eco- são frequentemente negligencia- para gerenciar os custos de manei-
nomia no Bra- das, além do desinvestimento na ra sustentável.
sil nos últimos própria cultura da cana-de-açúcar Algumas dos pontos relevantes
anos, já é consi- (custos fixos que geram prejuízo para a gestão de custos, incluem:
derado a maior no investimento em canaviais que gestão do capital de giro, da efici-
crise econômica geram lucro), incluindo a não reno- ência operacional e da cadeia de
ocorrida desde vação dos canaviais; acarretando suprimentos.
1929 e, muitas quedas de produtividade, produção No atual estágio do mercado bio-
empresas não estavam preparadas ociosa e abaixo da capacidade ope- energético, a questão significativa
para um impacto tão severo. racional, assim como, uma gestão não é “onde podemos ganhar” e
Iniciamos um processo lento de re- que deixa a desejar em seus pro- sim, “onde estão as perdas”.
cuperação; especificamente no setor cessos operacionais.
bioenergético. Na safra 2016/2017, Uma abordagem estruturada para a Gestão de capital de giro
as receitas operacionais e custos gestão de custos, significa entre ou- É um componente vital de um ne-
operacionais se igualaram. Alguns tros, pensar além da economia de gócio sustentável. O principal obje-
grupos econômicos com atuação custos no curto prazo para avaliar tivo, é concentrar-se no capital de
no setor, obtiveram um lucro mar- e questionar os modelos de negó- giro e, garantir um fluxo de caixa
ginal em função do cambio referen- cios subjacentes. Concentrando-se para os processos de produção,
te a venda de açúcar e o retorno da em algumas das principais dimen- vendas; garantindo, desta forma,
CIDE (Contribuição de Intervenção sões do negócio, as usinas líderes a liquidez continua e a redução
no Domínio Econômico). podem identificar os principais da dependência e exposição das
No plantio da cana-de-açúcar,
o cultivo mínimo expandiu-se,
novos processos de plantio estão
no mercado, com a muda pré-
brotada (MPB), onde que, o uso
de drones, informa em tempo real
o que ocorre na lavoura.”
necessidades de financiamento no
curto prazo.
Adotar políticas de exposição e ris-
co nas contas a receber, contas a
pagar e gerenciamento de estoque,
bem como gerenciamento liquido
do caixa, apresentam desafios dife- Processos operacionais mentando a produtividade. Além da
rentes para atender às necessidades e introdução de novas usina flex, utilizam a cana e o milho
de liquidez, atestando processos e tecnologias para a produção de etanol durante
ciclos mais eficientes e abraçando Ao longo das últimas décadas, as 365 dias do ano, reduzindo o custo
também, novas tecnologias e ava- funções de compras evoluíram signi- fixo da usina e, elevando o lucro.
liação da qualidade do capital de ficativamente até o ponto em que as
giro no balanço patrimonial. empresas de “melhores práticas”, con- Cadeia de suprimentos,
sideram-na, um componente compe- manutenção agrícola e
Eficiência operacional titivo e estratégico em seus negócios. industrial
O foco das empresas, tem sido no Com o aumento dos custos, muitas As empresas precisam reconfigurar
crescimento estratégico e muitas equipes de suprimentos enfrentam suas cadeias de suprimentos para
vezes, resulta em um foco reduzido pressão crescente. Isso pode impli- maximizar o capital de giro e, res-
em processos e eficácia operacional. car uma atenção mais estratégica, ponder às alterações nas formas de
Empresas bem-sucedidas, com- consolidação de fornecedores e realizar negócios com clientes, for-
preendem que a força financeira melhoria da gestão de contratos, necedores e funcionários.
é construída a partir de uma pla- assim como, estoques por meio da As ineficiências nas redes de gestão
taforma operacional coesa e bem eficácia do processo de compras. e distribuição de canais, precisam
gerenciada. No entanto, como as No plantio da cana-de-açúcar, o cul- ser identificadas e compreendidas
empresas enfrentam uma desace- tivo mínimo expandiu-se, novos pro- para otimizar os ganhos ao longo
leração no crescimento e maiores cessos de plantio estão no mercado, da cadeia de suprimentos.
custos operacionais, essas inefici- com a muda pré-brotada (MPB), onde A capacidade da empresa, necessi-
ências tornam-se grandes riscos. que, o uso de drones, informa em ta definir adequadamente seu esco-
Eliminar as ineficiências do processo, tempo real o que ocorre na lavoura. po e gerenciar as mudanças. É um
melhora os custos e a posição da em- Na indústria, tecnologias desenvolvi- pré-requisito para a efetivação de
presa para um futuro crescimento. das para elevar o teor alcoólico, au- vantagem competitiva.
É
tempo de co- Uma frente de corte pode alcan- que o servidor de uma usina não
lheita – ca- çar até 3.500 toneladas ha, ou pode suportar com o crescimento
minhões ca- R$ 300.000,00 em matéria-prima, constante das informações e a ne-
navieiros, além do capital investido na colhe- cessidade de tomada de decisão,
colhedoras e dora, transbordo, tratores, cami- em função dos dados operacionais
tratores para nhões e mão de obra. da usina.
transbordo, Estas estruturas operacionais para José Caetano Ribeiro, gerente de
cruzam a fa- a colheita da cana-de-açúcar, são produção e tecnologia de uma usina,
zenda para le- apenas uma pequena parte, de um descreve que dentre suas responsa-
var matéria-prima para a unidade grande volume de informações, bilidades, sua macro atividade prin-
indústria. Do outro lado, inicia-se cipal, é manter o controle de tudo.
a renovação dos canaviais com ele- “A forma como as coisas se comuni-
vado número de caminhões e trato- cam agora e interagem mudou mui-
res transportando mudas e adubos to nos últimos anos”, disse Caetano.
para o plantio. É uma verdadeira O crescimento das usinas foi rele-
operação de guerra, onde não há vante, há uma década atrás eram
espaço para erros, seja em função 2.000 ha, hoje atinge 36.000 ha.
de parar a produção de açúcar, eta- A forma como Quando a fazenda era menor e as
nol e/ou energia. No mesmo sen- “nuvens” ainda significavam ape-
tido, o atraso no plantio tem con-
as coisas se nas coisas inchadas brancas no
sequências desastrosas nas safras comunicam céu, os dados das fazendas eram
futuras. Nestas operações, a análise armazenados no local. Agora, tudo
do teor de sacarose, brix, produtivi-
agora e pode ser transmitido para um ser-
dade e qualidade da cana-de-açúcar interagem vidor em nuvem.
são alguns dos fatores registrados. “Toda a tecnologia que usamos é
Estas são algumas das informações
mudou muito para nos tornar os melhores”, disse
de uma frente de corte, muitas nos últimos Caetano.
mais seguiram e, com muito mais A fazenda usa drones (Aeromode-
dados a serem armazenados para a
anos”, disse los) e VANTs (Veículos Aéreos Não
produção industrial. Caetano Tripulados) para imagens aéreas.
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ABRIL DE 2017
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MACKENSIE
MACKENSIE AGRIBUSINESS
AGRIBUSINESS
ABRIL DEDE
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artigo
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