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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE CIÊNCIA SOCIAIS E DA SAÚDE


Curso de Enfermagem

Enf 1089 - Gerências dos Serviços de Enfermagem e de Saúde

Acadêmico 1
Acadêmico 2
Acadêmico 3
Acadêmico 4

Globalização

Goiânia
2023
Acadêmico 1
Acadêmico 2
Acadêmico 3
Acadêmico 4

Globalização

Estudo desenvolvido através da revisão


bibliográfica da disciplina Enf1089 - Gerência
dos Serviços de Enfermagem e de Saúde com o
objetivo de complementar a nota de N1.
Orientadora: Maria Madalena Lacerda da Silva

Goiânia
2023
1. RESUMO
Este estudo traz algumas considerações das seguintes teorias administrativas: teoria de
sistemas; contingencial; APO; DO. O presente trabalho foi construído visando analisar a
evolução das mesmas, identificar a relevância de obter conhecimento sobre as teorias essas
teorias administrativas e por fim, analisar o aprimoramento das diferentes formas de
administrar.
2. SUMÁRIO

3. INTRODUÇÃO
O presente trabalho é apresentado através de revisões bibliográficas, tendo como foco
principal 4 teorias administrativas de 4 autores: Teoria de Sistemas, de Ludwig, Teoria
Contigencional, de Lawrence e Larsh e APO, de Peter e Drucker juntamente com DO, de
Bradford.
Dessa forma, iniciamos com uma visão de onde o pensamento sobre administração se iniciou,
e como evoluiu se tornando importante para a sociedade. As teorias administrativas não só se
destacam na área profissional mas também nas tarefas, estruturas, pessoas, ambiente e
tecnologia, com isso também surgem críticos que vão nos mostrar que ao longo dos anos este
conceito poderia ser melhor desenvolvido com o passar dos anos, um complementando as
outras.
Em seguida através dos estudos de artigos, livros e pesquisas por fora, entramos em Teoria de
Sistemas que foi desenvolvida na década de 1960 por Bertalanffy, que nos diz que o sistema é
um conjunto de unidades reciprocamente relacionadas, que se caracteriza pela proposição de
objetivos, globalismo ou totalidade do sistema, entropia e homeostasia. Sua teoria é
encontrada também na enfermagem complementada por outras teorias.
A Teoria Contingencional, de Lawrence e Larsh, surgiu através de pesquisas que mostraram
que uma empresa pode funcionar de várias formas e condições. Nesta teoria acredita que a
tecnolgia é indispensável, mostrando a eficiência dos meios utilizados e a eficácia de seus
resultados. Na enfermagem não integra o referencial teórico sobre administração em cursos
de formação de enfermeiros.
Para Peter e Drucker, a Teoria por Objetivos (APO), é um sistema de planejamento, controle
e como o nome já diz, objetivos, fazendo com que superiores e subordinados trabalhem
juntos com o estabelecimento de metas individuais contribuindo assim, para alcançar
objetivos maiores. E DO, de Bradford tem uma relação de grupo se concentram em tarefas
desenvolvidas em conjunto.

4. DESENVOLVIMENTO
Nos tempos passados a administração evoluiu dando pequenos passos e de forma bem lenta.
Só após o surgimento e a consolidação da economia capitalista industrial que ela ocorreu de
forma bem gradual. Com isso, logo depois de perceber que o poder real e absoluto dos
monarcas atrasa seu crescimento, essa mesma classe passou a defender teorias do liberalismo
econômico até conseguir consolidar seu poder.

A palavra administração vem de origem Latim (ad: direção, gerência) e (minister:


subordinação, obediência). A definição de administração é o ato de trabalhar com e através de
pessoas para realizar os objetivos tanto da organização quanto seus membros, é o ato de
gerenciar pessoas e recursos a fim de alcançar objetivos.No entanto, o pensamento
administrativo só teve início após uma maior modernização na sociedade e diante desta visão
em meados do século XIX e XX que o Estados Unidos se tornou uma grande potência
industrial, foi aí que coincidentemente começaram a surgir as teorias da administração.
Lembrando que as Teorias da Administração elas podem ser reunidas em seus destaques
como: nas tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e na tecnologia, e estas teorias administrativas
foram surgindo no decorrer dos anos com finalidade de uma complementar a outra, por isso
houve surgimento de críticas a fim de ocorrer melhoria no processo de gerenciamento.
Com as constantes mudanças e formas de se gerir uma empresa, é de grande importância
compreender o papel das teorias administrativas nesse processo. Apesar das mudanças que
aconteceram no campo administrativo, as teorias da administração como: (científica, teoria
clássica, teoria das relações humanas teoria estruturalista, teoria neoclássica, teoria
comportamental e teoria contingencial), ainda influenciam no segmento industrial, comercial
e prestação de serviços no contexto atual (RODRIGUES, 2016).
Vale destacar que a administração é um ramo das ciências humanas que se caracteriza pela
aplicação prática de um conjunto de princípios, normas e funções. Dentro das organizações é
praticada, sejam elas públicas, privadas, mistas ou outras.
Em uma organização, o ato de administrar significa: planejar , organizar, coordenar,
direcionar, executar e controlar tarefas, visando alcançar produtividade, bem - estar dos
trabalhadores e lucratividade, além de outros objetivos definidos pela organização.
Porém a enfermagem desde o início da Era Cristã e todo o período da Idade Média, o trabalho
da enfermagem era baseado no modelo religioso, que se restringia à caridade e ao conforto da
alma dos doentes. Mas, a partir do século 19 na Inglaterra, a enfermeira Florence Nightingale
com seu dom para cuidar dos doentes, sua determinação para institucionalizar a profissão de
enfermagem e a experiência que adquiriu durante os estágios que desenvolveu com as
diaconisas de Kaiserwerth na Alemanha, configurou um outro processo de trabalho para a
enfermagem, a partir das suas ideias de reorganização dos hospitais militares, implementadas
durante a guerra da Criméia.
Além disto, esta enfermeira institucionalizou o ensino de enfermagem, criando a primeira
escola em 1860, que formava as ladies nurses para se responsabilizar pela administração dos
hospitais e as nurses para prestarem assistência aos pacientes.

Trazendo estas teoria para a realidade do gerenciamento em Enfermagem, seja em


instituições hospitalares, seja no âmbito da saúde coletiva, constitui-se de atividade complexa
e polêmica visto que, cada vez mais, exige dos profissionais competências (cognitivas,
técnicas e atitudinais) na implementação de estratégias adequadas às atuais tendências
administrativas contemporâneas que convergem para os anseios da organização e de seus
gestores. Essa intervenção crítica e reflexiva efetuar-se-á mediante interação entre teoria e
prática, ao relacionar o cotidiano do gerenciamento em enfermagem às experiências, às
dificuldades enfrentadas, enfim, às inovações isoladas ocorridas e ao conhecimento
produzido na academia.

O enfermeiro tem basicamente quatro atividades essenciais que norteiam a sua profissão:
assistencial, gerencial, educativa e de pesquisa. No dia a dia de trabalho, estas atividades não
podem ser desenvolvidas individualmente, pois a intersecção entre elas é um fator importante
para prestar assistência de enfermagem de forma segura e com minimização de riscos à
população.
Nos diversos serviços de saúde, especificamente no âmbito hospitalar, a gerência em
enfermagem tem assumido fundamental importância na articulação entre os vários
profissionais da equipe, além de organizar o processo de trabalho da enfermagem, buscando
concretizar as ações a serem realizadas junto com clientes, que buscam estes serviços para
atender às suas necessidades de saúde-doença.

TEORIA DE SISTEMAS

A Teoria Geral de Sistemas, foi desenvolvida na década de 1960 e fundamentou-se em três


premissas básicas: os sistemas existem dentro de sistemas; os sistemas são abertos; e as
funções de um sistema dependem de sua estrutura.
Para o autor desta teoria Bertalanffy 12, o sistema é um conjunto de unidades reciprocamente
relacionadas que se caracteriza pela proposição de objetivos, globalismo ou totalidade do
sistema, entropia e homeostasia.
Dessa forma, os objetivos fazem com que o arranjo das partes do sistema não ocorram ao
acaso; o sistema reage, globalmente, quando uma de suas partes é estimulada; pela
característica da entropia, o sistema tende para o desgaste e para a desintegração, e pela
homeostase o sistema tende ao equilíbrio dinâmico entre suas partes.
A Teoria de Sistemas baseia-se no conceito de homem funcional , que se caracteriza pelo
relacionamento interpessoal com outras pessoas como um sistema aberto. Ainda segundo essa
teoria, as organizações são consideradas um sistema de papéis, e os indivíduos constituem os
atores que desempenham esses papéis.

TEORIA CONTINGENCIAL

A Teoria da Contingência surgiu de pesquisas a qual vinha investigando que uma mesma
empresa poderia funcionar de diferentes formas e condições. Esses estudos possibilitaram
concluir que as condições em que uma organização opera são ditadas de fora para dentro da
empresa, ou seja, o ambiente externo à organização influencia na sua estruturação e nos
processos organizacionais. Assim, segundo esta teoria, existe uma relação funcional entre as
variáveis ambientais denominadas de variáveis independentes e as variáveis técnico-
administrativas denominadas variáveis dependentes. Considera, ainda, que os aspectos
prescritivos e normativos da organização devem ser substituídos pelo critério de ajuste entre a
organização e o ambiente e a tecnologia.
A tecnologia assume posição de destaque pelo fato de permear toda a atividade de produção e
de prestação de serviços, determinando não só a natureza da estrutura e do comportamento
organizacional, como também a eficiência dos meios utilizados e a eficácia de seus
resultados.

1. LEGADO DE CADA TEORIA PARA A ENFERMAGEM

● TEORIA DE SISTEMAS: Propostas organizacionais inovadoras.


- Avaliação dos elementos que participam do sistema
- Correções dos desvios do planejamento
- Identificação e definição dos objetivos
- Avaliação de recursos e fatores limitantes
- Desenvolvimento de outros programas
- Avaliação de alternativas em termos de custos e benefícios, além da identificação de
uma alternativa ótima;

● TEORIA CONTINGENCIAL: Não integra o referencial teórico sobre


administração em cursos de formação de enfermeiros.
- Enfatiza que não existe um único e exclusivo modelo para organização da empresa e
nem mesmo para que se atinja a eficiência e eficácia.

 Teoria APO: -Divisão das tarefas de forma transparente.


-Uma das principais formas de alcançar o que foi proposto é o controle periódico de tudo o
que está acontecendo.
-Ao estabelecer metas individuais e de equipe e mensurar cada uma delas, os gestores têm em
mãos um material rico a respeito das principais competências de todos os funcionários.
-revisar todos os planos e diferenciar aqueles que não funcionam dos que podem ser
reciclados para o ano seguinte. 

 Teoria DO:-Relacionamento intergrupal: são atividades orientadas para melhorar a


efetividade de grupos interdependentes. Elas se concentram em tarefas desenvolvidas
em conjunto e visam apresentar o resultado dessas tarefas como produto de um
sistema único, em vez de dois ou mais sistemas componentes em separado.
-Espelho organizacional: é um tipo de intervenção que se pratica com três ou mais grupos.
Neste caso, um grupo organizacional em particular decide solicitar feedback da parte de
representantes de outros grupos organizacionais sobre como seu desempenho é percebido e
considerado por estes.
-Tecnoestrutura: este tipo de atividades está orientado a melhorar a efetividade dos recursos e
limitações técnicas e estruturais que afetam os indivíduos ou os grupos. Elas podem referir-se
a 1. experimentação com novas estruturas organizacionais e avaliação da sua efetividade em
termos de objetivos específicos; e 2. desenho de novas formas, para dirigir os recursos
técnicos para a solução de problemas organizacionais de ordem psicossocial.

CRÍTICAS DAS TEORIAS


Na teoria de sistema de Bertalanffly não houve críticas até o momento e segundo o autor
Motta ele justifica que é porque esta teoria é uma teoria recente e coerente com a visão
estrutural - funcionalista que é algo típico dos países capitalista do século XXI.
Já na teoria contingencial assim como a teoria de sistema ela tem uma concepção recente e
não é tão visível na prática administrativa por isso não é possível generalizar seus pontos
críticos desta teoria ainda não é algo tão nítido, a ser observados porém já tem disponível
pontos positivos tais como: é considerada uma teoria integrativa também por ela absorver
conceitos relativos.

Críticas da teoria APO


A APO avalia o desempenho da organização a partir dos números que esta
apresenta, o que gera comunhão entre funcionários e superiores para que
atinjam e/ou superem seus objetivos, além de auxiliar no processo de
previsão organizacional.
A teoria administrativa APO possui seus pontos frágeis que podem levar
uma organização ao fracasso sendo a baixa participação dos altos
diretores, a fixação de objetivos numéricos como base, a simplificação de
todos os procedimentos relacionados ao objetivo lançado, a falta de
participação de todos os funcionários da organização, a confiança de
execução do projeto como um todo a pessoas desqualificadas, a falta de
avaliação de seus objetivos deixando-os ao léu, a relevância a metas
estabelecidas para os gerentes focando somente os objetivos gerais da
companhia e o abandono do sistema após ser inicialmente aplicado.

Críticas da teoria DO

É evidente que o DO constitui, teórica e operacionalmente, um


assunto muito controvertido. Teoricamente, para começar, a base
do DO é por demais heterogênea e pouco precisa, na medida em
que ela tira partido de apenas algumas descobertas isoladas no
campo da teoria do comportamento organizacional.
Operacionalmente, a confusão é ainda maior. Sem dúvida, a assim
chamada "tecnologia de DO" é, nem mais, nem menos, que um
conjunto disparatado de intervenções engenhosas destinadas a
tentar a solução de diversos tipos de problemas específicos em
organizações específicas. Assim, por exemplo, as intervenções de
DO de uso mais freqüente tentam mudar fatores de comportamento
que afetam apenas uma pequena parte da variância do
funcionamento organizacional (por exemplo, exagerada ênfase na
formação de grupos de trabalho orientados para simulação de
processos decisórios), sem qualquer consideração de outros
fatores relacionados mais importantes (como modificações na
estrutura organizacional). Nestas condições, fazer generalizações
que permitam enriquecer a bagagem científica da teoria do
comportamento organizacional é, certamente, uma questão de
muita laboriosidade analítica e não pouca esperança.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante o estudo descritivo utilizando como base de dados artigos científicos sobre os aspectos
da contribuição da enfermagem na globalização, e sobre as teorias de administração,
recordamos sobre o desenvolvimento dessas teorias, os benefícios e malefícios consequentes
que elas acarretam.
O cuidar da enfermagem vem sendo feito de acordo com as escolhas do coletivo, das
participações políticas realizadas através dos tempos e das políticas de administração voltadas
para ela.
Essas teorias de administração são de aspectos em sua maior parte voltadas para o capital
gerado, e menos para a área de satisfação do trabalhador, sendo assim os conflitos gerados e
apontados essencialmente necessários para as melhorias relacionadas a tal teoria, que poderá
ser aplicada no sistema administrativo.

6. JUSTIFICATIVA
(RELEVÂNCIA DO ESTUDO)
Apesar da mudança das dificuldades proposta pelas teorias gerenciais que se baseiam na
organização do trabalho em equipe, com uma intensa comunicação horizontal, observa-se
que, na maioria das organizações, a enfermagem continua reproduzindo a herança do
estilo gerencial tradicional em seus relacionamentos.

E trazendo uma visão geral dos artigos estudados das teorias administrativas a
enfermagem há uma relação hierárquica são, portanto, rígidas e o poder de decisão ainda
se concentra na figura da enfermeira "chefe", que dá ordens aos seus "subordinados".

No cotidiano do trabalho, essas relações rigidamente hierárquicas às vezes são reais, com
alguns enfermeiros adotando uma atitude autoritária em relação à equipe, mas às vezes
não passam de imagens e estereótipos desse profissional, que foram historicamente
construídos ao longo do tempo e que atualmente necessitam ser desconstruídos para se
construir novas relações de trabalho na saúde e na enfermagem.

O conteúdo de teorias administrativas é riquíssimo e necessário para a grade curricular de


enfermagem para nós, acadêmicos de enfermagem em um futuro próximo, é de suma
importância e indispensável para conhecimento, administração e formulação de planos,
metas, objetivos, organização dentro de uma racionalidade que melhor se encaixar na
realidade em que estivermos, fazendo assim que a decisão correta seja tomada beneficiem
a funcionalidade no local de trabalho

7. REFERÊNCIAS

● CERVANTES, Caravantes, R; PANNO, Cláudia C., KLOECKNER, Mônica C.


Administração: teoria eprocessos. São Paulo: Prentice Hall Brasil, 2005.
● MOTTA, Fernando Carlos Prestes; ISABELLA Gouveia de Vasconcelos. Teoria
Geral da Administração.3aEd. Ver. - São Paulo: Cengage Learning, 2015.
● SANTOS, SR. Administração aplicada à Enfermagem. 2. ed. João Pessoa: Ideia,
2002. Capítulo 1.
● FIGUEIREDO, ALC; RODRIGUES, LL. Teorias Administrativas: um estudo sobre
suas abordagens e evolução. Id on Line Rev. Psic., Maio/2022, vol.16, n.60, p. 159-
173, ISSN: 1981-1179.
● ORGE, MSB. et al. Gerenciamento em Enfermagem: um olhar crítico sobre o
conhecimento produzido em periódicos brasileiros (2000-200). Ver Bras Enferm,
Brasília 2007 jan-fev; 60(1):81-6
● Spagnol, C. A.. (2005). (Re)pensando a gerência em enfermagem a partir de
conceitos utilizados no campo da Saúde Coletiva. Ciência & Saúde Coletiva, 10
(Ciênc. saúde coletiva, 2005 10 (1), 119-127.

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