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O Fabuloso Destino de Amélie Poulain

‘O Fabuloso Destino de Amélie Poulain’ já se tornou neste tempo um cult do gênero. Adorado por
um perfil de pessoas bem particular, mas que infelizmente avaliam o filme muito superficialmente.
Este gênero de filme com um enredo bastante nonsense tem uma grande capacidade de confundir
o espectador. De tão absurdo que lhe parece, lhe causa empatia. Afinal é cool ser diferente, não
fazer sentido, ser esquisito. Mas este filme, assim como ‘Alice no País das Maravilhas’, ‘O Estranho
Mundo de Jack’ carregam um conteúdo bastante profundo e filosófico, muitas vezes abafados por
outros atrativos da história ou da sua beleza fotográfica bastante presente em todas essas obras.

‘O Fabuloso Destino de Amélie Poulain’ acontece em torno de pequenos acontecimentos e a forma


com a qual em sua delicada e aparente insignificância, são determinantes para alterar os rumos de
um fato ou de uma vida toda. A sensação nítida do carrocel sentimental que vivemos ao longo da
vida oscilando entre felicidade e tristeza. Nos acostumamos a ver o mundo em grandes proporções,
globalizado, conectado e perdemos a capacidade de entender a diferença entre um grito e um
susurro.

O filme mostra com uma atmosfera meio surreal a beleza, a inocência, a delicadeza, a benevolência
e indulgência da doce e apaixonante Amélie Poulain, uma menininha atrapalhada que se
transforma em uma mulher que lhe desperta todos os desejos mais íntimos porém puros de
coração. O filme é muito bonito. A qualidade das imagens chamam atenção, motivo que explica as
indicações ao Oscar® de Direção de Arte e Fotografia, mesmo sendo um filme estrangeiro.

A série ‘Pushing Daisies’ emprestou muitas idéias deste filme para ser criada. As cores em alta
saturação, os closes, a narração da história e essa coisa do esquisito com o belo. Você precisa
assistir e ter em casa para guardar para sempre.

‘Amélie Poulain’ é interpretada lindamente e delicadamente pela atriz francesa ‘Audrey Tautou’,
caso você não lembre de quem se trata, fica mais fácil lembrar sua participação como protagonista
de ‘O Código da Vinci’.

Curiosidade:

A coloração usada no filme teve inspiração nas obras de um artista plástico brasileiro. O escultor,
desenhista, caricaturista, mímico, designer, cenógrafo, escritor, fotógrafo e ator (ufa!) ‘Juarez
Machado’, nascido em Joinville/SC porém hoje radicado na França. Muitas coisas são frutos do
acaso, Machado conheceu ‘Jean-Pierre Jeunet’ (Diretor do filme) na festa de uma amiga em
comum. Jean acabou folheando um livro que Machado havia levado para a festa, com algumas de
suas pinturas e Jean se apaixonou pelo trabalho imediatamente. Acabaram descobrindo ainda que
eram vizinhos em ‘Montmartre’, um bairro boêmio da cidade de Paris (França).

O bairro é famoso por sua vida noturna e tem outras curiosidades, foi o local frequentado por
‘Monet’ e ‘Van Gogh’. É no bairro de ‘Montmartr’e que fica também o famoso cabaré ‘Moulin
Rouge‘.

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