Você está na página 1de 17

UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

FACULDADE DE ECONOMIA

DIREITO À INTEGRIDADE MORAL

Autores: Loés Freitas, Abel Domingos,


Daniel Paulo, Helga Velasco,
João Fuma, Nelson Agostinho.

DOCENTE

Mestre Sandra Mancco

LUANDA, 2022
DIREITO À INTEGRIDADE MORAL

Trabalho em Grupo na cadeira


de Introdução ao Direito a da
Faculdade de Economia, sob a
ministrada pela Mestre Sandra
Mancco.

LUANDA, 2021
Dedicamos este trabalho, primeiramente a Deus, que nos deu forças para
vencer todas as dificuldades, somente através da ajuda da Inteligência Infinita de
Deus que este trabalho foi concluído de forma satisfatória. 

A professora Sandra que nos auxiliou na germinação das ideias e durante


todo o processo de desenvolvimento deste presente projecto.
AGRADECIMENTOS

A Deus Todo-Poderoso, pela vida, pela força, pela oportunidade, e


empenho em todos os momentos de nossas vidas.

A nossa professora Sandra, pela sábia orientação na forma como vem nos
conduzindo. Obrigado pela ajuda e pelo seu precioso tempo que dispensa em ver,
rever e corrigir o quanto necessário.

Aos nossos país e irmãos, que nos incentivaram nos momentos difíceis e
compreenderam a nossa ausência enquanto nos dedicávamos à realização deste
trabalho.

A todos os colegas e amigos que directa e indirectamente nos ajudam e


apoiam para a concretização dos nossos objetivos.
EPÍGRAFE

A arte é a mão direita da


natureza. A natureza nos
deu a vida, a arte nos tornou
homens.(Friedrich Von
Schiller )
RESUMO

Direito à Integridade Moral caracteriza-se como uma das classificações dos


direitos de integridade, tema que aborda a importância inegável nas discussões
actuais. A CRA taz algumas inovações a respeito, merecendo atenção e análise. O
delineamento dos principais aspectos concernentes à honra, ética e integridade
pessoal revela-se importante para que a protecção jurídica, e tendo em conta o
respeito à dignidade humana.

Palavras-chave: Integridade moral. Honra. CRA. Direito.


ABSTRACT

Right to Moral Integrity is characterized as one of the classifications of


integrity rights, a theme that addresses the undeniable importance in current
discussions. CRA makes some innovations in this regard, deserving attention and
analysis. The delineation of the main aspects concerning honor, ethics and
personal integrity proves to be important for legal protection, and taking into
account respect for human dignity.

Keywords: Moral integrity. Honor. CRA. Rights.


SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS............................................................................................3

EPÍGRAFE.............................................................................................................. 4

RESUMO................................................................................................................ 5

ABSTRACT............................................................................................................6

SUMÁRIO..............................................................................................................7

INTRODUÇÃO......................................................................................................8

Problematização..................................................................................................8

1.1 - Direito à Integridade Moral.......................................................................10

1.2 - Importância da Integridade Moral.............................................................10

1.3 - Principais Tipos de Integridade.................................................................11

1.4 - Direito........................................................................................................11

1.5 - Direito como produto moral.....................................................................12

O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana como Norteador da Proteção da


Integridade Moral..................................................................................................12

 Direito à integridade moral..........................................................................13

 Direito à honra..............................................................................................13

 Direito à imagem..........................................................................................13

 Direito à identidade......................................................................................14

CONCLUSÃO......................................................................................................15

BIBLIOGRAFIA...................................................................................................16
INTRODUÇÃO

O presente trabalho abordará sobre o direito e a integridade referindo-se


majoritariamente à integridade moral. Como é visto no nosso cotidiano, muitas
das pessoas não possuem o senso de moralidade quer seja nos actos mais
complexos aos mais simples e banais, se apresentam comportamentos na qual
ferem a própria dignidade da natureza humana que muita das vezes parte da falta
de conhecimento ou mesmo da ignorância por parte do mesmo.
Agregaremos essas tais considerações sobre integridade moral com as
normas jurídicas. Solicitamos que a mensagem seja bem transmitida ao ponto de
acatar as ideias contidas no trabalho.
Para a elaboração deste trabalho utilizamos o modelo de pesquisa
qualitativo, e no que diz respeito aos tipos utilizamos a pesquisa descritiva e
bibliográfica.

Uma boa leitura!

Objetivo Geral:

1 - Analisar o importância do Direito à Integridade Moral na sociedade.

Objectivos Específicos:

1 - Identificar a importância do Direito à Integridade Moral como base de


uma sociedade.

2 - Compreender os princípios dotados do Direito à Integridade Moral.

3 - Avaliar o nível de satisfação da comunidade, relativo ao Direito à


Integridade Moral.

Problematização

Tendo em conta que a base da sociedade angolana, estão vigorados os


princípios fundamentais da CRA, é relevante realçar que o Direito à Integridade
Moral possui como objectivo fundamental a construção de uma sociedade livre,
democrática e de progresso social.
1. - Qual é impacto do Direito à Integridade Moral na sociedade?

Hipóteses:
H1: Manter a convivência na sociedade mais agradável.
H2: Analisar o comportamento dos invíduos dentro da sociedade.
1.1 - Direito à Integridade Moral

O que é integridade?

Integridade é uma conduta que se caracteriza por uma convergência entre


palavras e acções. Uma pessoa íntegra que possui uma conduta reta, faz o que diz,
o que pensa, sempre com ética e honestidade. Ela mantém sua honra, o que ela
pensa se reflete no que ela faz com clareza.
As falas e o discurso de uma pessoa íntegra são alinhados com a ética. Uma
pessoa íntegra é tida como responsável, tem crenças bem alinhadas, convicções
bem definidas e um alto nível de dedicação ao que se propõe a fazer.
Ser íntegro é um pré-requisito básico para conviver em sociedade. E claro, a
integridade é uma característica fundamental para desenvolver uma carreira em
qualquer segmento.
Pessoas que não entendam ou não lidam bem sendo bom não podem ser
consideradas íntegras. Afinal, não há como ser “meio íntegro”, ou você é ou não é.

1.2 - Importância da Integridade Moral

A integridade é uma característica essencial para desenvolver sua índole. As


pessoas íntegras se responsabilizam pelas suas acções, se tornam modelos para
outros seguirem e ganham confiança dos seus líderes, colegas, amigos, equipa,
entre outros.
No ramo empresarial, ser íntegro te ajuda a ter sucesso, pois, as pessoas
com essa virtude possuem maior possibilidade de serem receberem promoções e
respeito dos demais ao seu redor. A integridade é uma marca registrada da
liderança – as organizações querem líderes em quem possam confiar e, quando
você demonstra tal virtude mostra a todos que pode confiar.
Os resultados e desempenhos acima da média são relacionados a líderes
íntegros. E isso só foi possível, pois conseguiram criar uma relação de confiança e
respeito com seus colegas de trabalho. As condutas éticas impactam directamente
na capacidade de influenciar as pessoas, persuadir e dar soluções de projectos.
1.3 - Principais Tipos de Integridade

Integridade moral – A moralidade está ligada a dignidade de uma pessoa.


Portanto, a integridade moral se caracteriza como os princípios de uma pessoa, que
devem ser baseados no respeito e na honestidade. Quando uma pessoa é ofendida,
por exemplo, existe o processo de danos morais, criado para aplicar penas a quem
ferir a outra pessoa.
A integridade moral, prima pela honradez, pureza e inocência. Pode
designar uma atitude de plenitude moral, sendo a característica de uma pessoa
incorruptível. Enquanto que a integridade pessoal é um conceito mais amplo, que
inclui a integridade moral e física e é um direito previsto na Constituição da
República de Angola.
Integridade pessoal – Assim como a integridade moral, a integridade
pessoal consiste em manter a dignidade de uma pessoa, livrando-a de qualquer
tratamento desumano. Quando uma pessoa é agredida ou torturada, por exemplo.
Integridade física – Como o nome já indica, é aquela que preza pela saúde
e bem-estar. Quando um autocarro está desgovernado na estrada, por exemplo, a a
vida passageiros está sendo comprometida.
Integridade de dados – Esse tipo de integridade está ligado a segurança de
informações e proteção de dados, salvaguardando o direito à privacidade dos
cidadãos. Quando uma empresa tem suas informações divulgadas na internet, por
exemplo.
Integridade intelectual – é o que nos garante a possibilidade de nos
expressar. Dar nossa opinião, apresentar sugestões e ter autonomia para agir são
acções desenvolvidas nesse tipo de integridade. Viver sob qualquer tipo de
censura, por exemplo, quebra esse conceito.
Integridade social – é de suma importância para o convívio em sociedade.
As principais características deste tipo de integridade é prezar pelo bem comum,
ter solidariedade e senso de justiça

1.4 - Direito

Estado Democrático de Direito: A República de Angola é um estado


democrático de direito que tem como fundamentos a soberania popular, o primado
da constituição e da lei, a separação de poderes e interdependência de funções, a
unidade nacional, o pluralismo de expressão e de organização política e a
democracia representativa e participativa
A República de Angola promove e defende os direitos e liberdades
fundamentais do homem, quer como indivíduos quer como grupos sociais
organizados, e assegura o respeito e a garantia da sua efectivação pelos poderes
legislativos, executivo e judicial, seus órgãos e instituições, bem como por todas as
pessoas singulares e colectivas.
«« Na Constituição da República de Angola de 2010, por exemplo, o artigo
2.º (Princípios Fundamentais) estipula que a República de Angola promove e
defende os direitos e liberdades fundamentais do homem, enquanto o artigo 31.º
(Direitos, Liberdades e Garantias Fundamentais) expressa que O Estado respeita e
protege a pessoa e a dignidade e integridade humanas. »»

1.5 - Direito como produto moral

A moral é condicionada pela natureza, caracterizado na realização de


valores.
O Direito, como criação do espírito humano, é um fenómeno moral, não é
um fim em si mesmo, só pode ser gerado, tendo como receptor o ser humano,
sendo sensível aos valores da justiça e segurança.
O Direito só existe por referência a um tempo e a um espaço, onde é
vivenciado e aplicado em concreto, os valores próprios do Direito são a justiça e
segurança, e o seu objectivo é realizámos. As normas são mutáveis e a ferem se
de acordo com a consciência ético-jurídico de povos.

O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana como Norteador da


Proteção da Integridade Moral

O princípio da dignidade da pessoa humana, insculpido no ordenamento


angolano, mais especificamente no artigo 1º, deve ser utilizado como instrumento
norteador da proteção da integridade moral. Mello (1986, p. 230)
De fato, a dignidade da pessoa humana é fundamento da República de
Angola:
A pessoa humana não é, como dito antes, apenas um dado ontológico, mas
traz encerrada em si uma série de valores que lhe são imanentes. A dignidade da
pessoa humana é o centro de sua personalidade, e portanto merece a maior
proteção possível. Aliás, a conjugação personalidade-dignidade é tão forte que boa
parte dos autores que tratam do tema referem-se directamente à proteção da
dignidade do homem. Essa ligação é, assim, indissolúvel. (CORTIANO
JUNIOR,1889,para 42.)
 Direito à integridade moral

Os direitos da personalidade, por não terem conteúdo económico imediato e


não se destacarem da pessoa de seu titular, se distinguem dos direitos de ordem
patrimonial. São inerentes à pessoa humana e sua existência tem sido proclamada
pelo direito natural.
Segundo classificação de Maria Helena Diniz (1995), a categoria dos
direitos de personalidade relacionada à integridade moral abrange a honra, o
recato, o segredo profissional e doméstico, a identidade pessoal, familiar e social.
O direito à integridade moral corresponde à proteção pertinente à pessoa, no
que diz respeito à sua honra, liberdade, recato, imagem e nome. Samaniego
(2000).

 Direito à honra

Honra é a dignidade pessoal e a consideração que a pessoa desfruta no meio


em que vive. É o conjunto de predicados que lhe conferem consideração social e
estima própria.
Carrara (1974, v. 3), jurista argentino, entende que a honra vincula-se a três
concepções:
 sentimento da própria dignidade;
 estima ou boa opinião que os demais têm do
indivíduo;
 virtude inerente a toda e boa reputação de
 proporcionar certas vantagens pessoais.

 Direito à imagem

Não obstante sua positivação constitucional ter ocorrido somente em 2010 e


agora com o código civil, a imagem sempre recebeu proteção jurídica de forma
indireta nas Constituições anteriores, bem como no Código Civil.
De fato, as doutrinas nacional e estrangeira sempre reconheceram a
autonomia do direito de proteção à imagem; entretanto, a partir da metade do
século passado, esse direito tem ganhado proporções, em virtude do
desenvolvimento dos meios de informação e divulgação, muitas vezes em conflito
com a intimidade e a imagem das pessoas.

 Direito à identidade

Consoante o ensinamento de França (1968, p. 21) “O direito à identidade


pessoal é aquele que tem a pessoa de ser conhecida como aquela que é e de não ser
confundida com outrem”.
O indivíduo tem necessidade de afirmar sua própria individualidade,
distinguindo-se das outras pessoas. O bem que satisfaz essa necessidade é a
identidade.
Segundo De Cupis (1961), entre os meios através dos quais pode realizar-se
o referido bem, tem um lugar proeminente o nome, sinal verbal que identifica
imediatamente e com clareza a pessoa a quem se refere.
Assim, o direito à identidade pessoal se configura, essencialmente, como
direito ao nome.
CONCLUSÃO

Após várias pesquisas feitas concernente ao Direito à Integridade Moral,


comcluimos que o Direito à Integridade Moral possui extrema magnitude no
âmbito social, pois transmite uma boa conduta na qual melhora a convivência e o
comportamento dos indivíduos uns com os outros.
BIBLIOGRAFIA

DE CUPIS, Adriano.Os direitos da Personalidade. Tradução de Adriano Vero


Jardim e Antonio Miguel Caeiro. Lisboa: Livraria Morais,1961.

CORTIANO JÚNIOR, Eroulths. Alguns apontamentos sobre os chamados


Direitos da Personalidade. In: FACHIN, Edson Luiz (Coord.). Fundamentos do
Direito Civil Brasileiro Contemporâneo. Rio de Janeiro: Renovar, 1998.

CARRARA, Francesco. Programa de Derecho Criminal, Parte Especial. Tradução


de José Ortega Torres y Jorge Guerreriro. Bogotá/Buenos Aires: Temis/Depama,
1974. v. 3.

MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Elementos de Direito Administrativo. São


Paulo: Revista dos Tribunais, 1986.

SAMANIEGO, Daniela Paes Moreira. A concepção tomista de pessoa. Jus


Navigandi, Teresina, ano 4, n. 45, set. 2000. Disponível em:
<http://jus.com.br/doutrina/ texto.asp?id=560>. Acesso em: 14 mar. 2003.

Você também pode gostar