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VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA,

O ADOLESCENTE E O IDOSO
ATA DE APRESENTAÇÃO – PSICOLOGIA JURÍDICA

CONTEÚDOS:
● TIPOS DE VIOLÊNCIA
○ VIOLÊNCIA FÍSICA
○ VIOLÊNCIA SEXUAL
○ VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
○ NEGLIGÊNCIA
● CONSEQUÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E ADOLESCENTE
● MATRIZ DE CRENÇAS E O COMPORTAMENTO VIOLENTO
● CASO EXEMPLO: MULHER COM QUEM MATOU O PAI COM QUEM TEVE 12 ANOS
● PROBLEMATIZAÇÃO DA INÉRCIA ESTATAL
● ABORDAGEM SIMPLIFICADA DO COMPORTAMENTO CRIMINOSO

TIPOS DE VIOLÊNCIA

Na literatura científica existem diversos tipos de violência, entretanto, os vistos com mais frequência
em análise atualmente, são esses: violência física, psicológica, negligência e sexual, que iremos nos
aprofundar mais nos seguintes parâmetros.

➔ Violência física
Definimos violência física como toda forma em que o indivíduo fere, lesiona, desfaz o
próximo, por meio de uso da força física, podendo ou não deixar marcas em seu corpo.

Na criança e no adolescente:
● Hematomas;
● Queimaduras;
● Cortes pelo corpo;
● Traumatismos cranianos;
● Escoriações.

Idosos:
● Danos físicos ao corpo
● Desnutrição
● Vestuário inadequado
● Palidez

➔ Violência Psicológica
violência psicológica é toda e qualquer ação que coloque em risco ou cause dano à
autoestima, às crenças de identidade (quem ela é) ou ao desenvolvimento da pessoa.
A Violência psicológica é tão grave quanto a física por exemplo, mas as complicações
dela, são devastadoras e podem comprometer pelo resto da vida o desenvolvimento emocional
de uma criança ou adolescente, e o seu principal agravante é não ter marcas aparentes, o
que gera uma impressão errônea de não ter acontecido.
Indícios na Criança e no Adolescente:
● Distúrbios psicossomáticos;
● Dores abdominais inespecíficas;
● Isolamento Social;
● Distúrbios do sono;
● Distúrbios de apetite;
● Problemas de aprendizagem;
● Baixa performance social;
● Ansiedade;
● Depressão;
● Timidez;
1
indícios ao idoso:

● Passividade, retraimento ou resignação;


● Tristeza desesperança ou falta de defesa;
● Ansiedade, agitação e medo;
● Exacerbação de quadro depressivo;
● Relatos contraditórios, ambivalentes, não relacionados a confusão mental
● Receio de falar livremente, esperando que o cuidador dê as respostas;
● Relutância em manter qualquer tipo de contato verbal ou físico com o cuidador;
● Busca ou mudança frequente de profissionais e/ou centros de atenção médica

➔ Violência sexual

Definimos violência sexual, por toda ação que utilizamos por meio da força fisica,
psicologica ou financeira, para com que está mesma pessoa em situação de poder, obrigue a
outra a fazer práticas sexuais contra a sua vontade.

(Mesmo menores de idade concordando com o ato proposto por um de maior, considera-se
violência sexual, tendo pos em vista que o mesmo nao tem maturidade suficiente para tomar
essas decisões) 13 anos
Na criança:
● Roupas rasgadas, dificuldades para caminhar, manchar de sangue;
● Queixas de hemorragia vaginal ou retal, dor ao urinar, cólicas intestinais,
corrimento;
● Doenças sexualmente transmissíveis;
● Relatos de que foi ou está sendo atacada;
● Ausências ou atraso na escola ou nos atendimentos de saúde;
● Poucos cuidados com o corpo e as roupas;
● Perda da fala;
● Problemas de sono;
● Dificuldade de concentração;
● Poucas relações de amizade;
● Comportamento agressivo, autodestrutivo, tímido, submisso e retraído.
● Tristeza constante;

Com o Idoso
● Conduta sexual incompatível com a personalidade prévia;
● Comportamento diferente e inapropriado diante da presença de certas pessoas;
● Conduta agressiva;
● Presença de infecções;
● Dores sem causa aparente;
● Vestuário íntimo e rasgado ou manchado de sangue;

➔ Abandono/negligência

A Negligência sobre a ótica de Hirschheimer e pfeffer é a não atenção às necessidades


básicas da criança, como os maus tratos físicos: Falta de alimento, falta de cuidado com a
saúde… Como também a negligência psicológica: falta de atenção e carinho/tempo de
qualidade(no caso de criança), invalidação das emoções, indiferença, entre outros.
Vale salientar que o abandono é um agravante da negligência, onde essa se manifesta
de maneira crônica, sendo “comum” e constante os maus tratos,

o próprio Código Penal traz em seus artigos 133 e 136 onde trata de abandono
de incapaz e maus-tratos; O ECA trata em seu Art.5° sobre a negligência e o
Estatuto do Idoso em seus art.19 e art. 4° tratando de maus tratos e negligência1

1
CPB Art. 133 - abandono de incapaz: Abandonar a pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo,
incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono.
CPB Art. 136 - maus-tratos: Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino,
tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer
abusando de meios de correção ou disciplina.
2
Indícios da negligência na Criança e Adolescente
● Desnutrição;
● Desidratação;
● Problemas de pele;
● Geralmente são crianças sujas e esfomeadas;
● Timidez;
● Dificuldade de comunicação;

Indícios da Negligência no Idoso


● Dificuldade de acesso ao idoso;
● Isolamento frequente;
● Uso mínimo, ou má conservação, de prótese oral auditiva, óculos etc;
● Diferença acentuada na aparência, higiene e oportunidades entre o idoso
assistido e seu cuidador;
● Vestimenta inapropriada ou vergonhosa no sentido de indecência;
● Tendência do cuidador para reforçar o isolamento do paciente;
● Examinar a pele e investigar o estado de higiene e indumentária;
● Avaliar a presença de desnutrição e desidratação;
● Procurar por lesões resultantes de queimaduras, lacerações e úlceras de
decúbito2
● Surgir roxidões e ferimentos físicos derivado dos maus-tratos do cuidador

Consequência da Violência contra a criança e adolescente


A Consequência de qualquer ato violento para à literatura científica ainda existem
poucos estudos, mas sabe-se que são muitas as circunstâncias que devem ser observadas
com o intuito de se verificar se realmente a violência desenvolvida originou os sintomas
presentes, dessa forma, uma violência sexual pode provocar resultados diferentes de uma
violência física, assim como uma de violência psicológica ou de negligência.
Dentre os fatores que podem influenciar nas consequências da violência está a
estrutura psicológica de cada criança, possibilitando diminuir ou até mesmo eliminar os
resultados que seriam esperados em situações parecidas; o agente ( aquele que comete o ato
) a proximidade de quem provoca a violência tem resultado diferente, por exemplo se o agente
é próximo como o pai, irmão ou mãe da vítima o impacto emocional é muito maior, que um
terceiro desconhecido, por exemplo ( isso ocorre principalmente por laços de confiança sendo
quebrados, conexão amorosa, laços emocionais no geral ); O Suporte Emocional é um fator
que não pode ser deixado de lado, já que uma criança que recebe atendimento psicológico terá
muito mais possibilidade de ter uma vida mais saudável do que aquele que não recebeu;
O Apoio Familiar quando bem desenvolvido, diminui os efeitos dos atos praticados contra a
criança.
Em resumo verificamos que os resultados/efeitos do ato violento sobre a criança ou
adolescente depende de uma série de fatores, como o tipo de violência, a estrutura
psicológica da criança e o agente violentador.

MATRIZ DE CRENÇAS E O COMPORTAMENTO VIOLENTO

ECA Art. 5 - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão, punido na forma da Lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
EI Art. 19. Os casos de suspeita ou de confirmação de maus tratos contra idosos serão obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de saúde, a
quaisquer dos seguintes órgãos: autoridade policial, Ministério Público, Conselho Municipal do Idoso, Conselho Estadual do Idoso e ao Conselho
Nacional do Idoso.
EI Art. 4º. Nenhum idoso será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma
da Lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
2
atitude do corpo em repouso em um plano horizontal.
3
A Matriz de geração de crenças é uma esquematização de como funciona a formação
de uma crença, o que gera nosso comportamento, ela inicia a partir de um estímulo V.A.S (
Visão, Audição e sinestesia ), esse estímulo gera um pensamento e consequentemente uma
imagem mental, na qual o indivíduo está no centro dela com o acontecimento ( bom ou ruim )
esse pensamento gera um sentimento (bom, ruim, prazer, medo, ansiedade, estresse…) este
ciclo gera uma crença; O filtro de crenças de um Indivíduo rege seu comportamento.

Existem duas formas de mudança de comportamento humano, através


de Forte Impacto Emocional ou estímulo repetitivo.

No caso de uma vítima que sofre de violência, seja qual for, ela tem o estímulo
repetitivo da dor física, do medo, as vezes outros sentimentos ruins advindo da figura do
agente violentador ( como a quebra na conexão amorosa e de confiança parental, por
exemplo) esse estímulo de Dor, vai gerar um pensamento “Pais batem em filhos”, ou, “pais são
pessoas más e agressivas” esses pensamentos geram a imagem mental do filho apanhando
do pai ( o'que vem a se tornar uma memória traumática ), esse estímulo, pensamento junto ao
sentimento produzem uma crença ( no caso: “Pais são pessoas más que batem nos filhos”
“filhos apanham” “meu pai não me ama porque me bate” “pais odeiam filhos” …) essa crença
vai reger nosso comportamento.

Sinapses neurais: quando a crença tem estímulo repetitivo ou


forte impacto emocional a sinapse criada a partir da crença ganha mais
força e começa fazer parte do filtro de crenças, regendo de forma
inconsciente o comportamento da pessoa, isso pode gerar um vício
emocional, qual o indivíduo vai buscar inconscientemente alguém que
repita os padrões de violência apresentados pelos pais, ou repugnar
completamente qualquer vestígio do comportamento.

A forma como o indivíduo responde a essa situação pode ser de repugnação do


comportamento violento, ou repetição de padrão, podendo ambos acabar gerando um crime
em um futuro, seja contra a vida do agente violador ou alguma vítima posterior.

CASO EXEMPLO:

MULHER QUE MATOU O PAI COM QUEM TEVE 12 FILHOS

No caso abaixo veremos um dos casos onde estão ligados todos os tipos de violências
mencionados acima, Severina Maria da Silva, de 44 anos, foi acusada de contratar dois homens para
matar o próprio pai em Caruaru, na zona Rural situada no agreste pernambucano. 3

Ocorre que Severina, sofria abusos contínuos e rotineiros do pai desde os 09 anos de idade,
com quem teve 12 filhos, no entanto, 7 desses vieram a falecer, em um dos acontecimento Severina
chegou a ser espancada por até 3 dias seguidos, por se negar a levar sua filha de 11 anos para que o
pai de Severina abusasse de uma de suas próprias netas e também uma de suas filhas, obrigando
então, que Severina fosse junto para a cama ou então a mataria, outrossim, a mãe recorreu a dois
homens para que praticassem o atentado contra o próprio pai, cessando assim toda a dor e sofrimento
vividas no dia a dia dela e de seus próprios filhos, após a morte do pai, Severina chegou a ser presa
por 1 ano e 6 dias, mas foi liberada, aguardando assim o julgamento em liberdade.

Podemos ver abaixo no depoimento da vítima toda a dor e sofrimento vivida ao


longo de anos.

VEJA O DEPOIMENTO DE SEVERINA:


3
https://www.conjur.com.br/2011-ago-25/mulher-mandou-matar-pai-serie-abusos-sexuais-absolvida
https://jurisway.jusbrasil.com.br/noticias/2820360/leia-depoimento-de-mulher-que-matou-pai-com-quem-teve-12-filhos
4
1- Eu nunca estudei, nunca tive amiga, nunca arrumei um 13- Eu falei: Seu cabra da peste, está escrito na minha
namorado na vida, nunca saí para ir a uma festa. Até os 38 testa que eu sou Maria-besta? Eu sou filha de Maria, mas
anos, vivi assim, e foi assim até quando me desliguei do besta eu não sou. E ele: Rapariga safada, Maria era
meu pai, no dia em que ele foi morto. mulher para todo acordo. E tu, não tem acordo?

2- Meu pai não deixava eu e minhas irmãs fazermos nada. 14 - Nessa hora, eu disse para ele: Se você ameaçar a
Toda a minha vida eu sofri. Comecei a trabalhar na roça minha filha, você morre. Minha mãe aceitou, mas eu não.
ainda menina, com seis anos, arrancando mato. Meu pai me bateu três dias seguidos, deu um murro no
meu olho que ficou roxo.

3- Aos nove, fui com meu pai para o roçado. No caminho,


ele me levou para o mato, amarrou minha boca com a 15- Na segunda, ele amolou uma faca e foi vender fubá
camisa, me jogou de cabeça e tentou ser dono de mim. Eu [farinha de milho]. Antes, disse: Rapariga safada, quando
dei uma pezada no nariz dele, e ele puxou uma faca para chegar, se você não fizer o acordo, vai ver o começo e não
me sangrar. o fim.

4- A faca pegou no meu pescoço e no joelho. Depois, ele 16- Eu respondi: Ô pai tarado da peste, se você ameaçar a
tentou de novo, mas não conseguiu ser dono de mim. minha filha, você morre. Ele foi para a feira e eu, para a
casa da minha tia. Lá, mostrei meu corpo lapeado, o olho
roxo, o ouvido estourado.
5- Em casa, contei para minha mãe e ela me deu uma pisa.
Fiquei sem almoço.
17- Meu pai tinha amolado uma faca de 12 polegadas na
segunda-feira à noite e me mataria na terça se eu não
6- À noite, minha mãe foi me buscar e me levou para ele. fizesse o acordo. Foi quando paguei para matarem ele.
Me botou de joelhos na cama, tampou minha boca com o
lençol e pegou nas minhas pernas para ele pular em cima.
Eu dei um grito e depois não vi mais nada. 18- Peguei um dinheiro que tinha guardado, fui para
Caruaru e, na casa do Edilson, paguei R$ 800 na hora.

7- No outro dia, fui andar e não pude. Falei: Mãe, isso é um


pecado, é horrível. E ela: Não é pecado. Filha tem que ser 19- Quando o pai chegou, o Edilson veio acompanhando.
mulher do pai. Foi quando acabou a vida dele. O rapaz arrumou um amigo
e fez o homicídio. A faca que ele havia comprado,
interessado na minha vida, ele morreu com ela.
8- A partir daquele dia, três dias por semana, ele ia
abusando de mim. Com 14 anos, eu engravidei. Tive o
filho, e ele morreu. Eu tive 12 filhos com meu pai. Sete 20- A minha filha, a filha dele, eu salvei. Quem é pai, quem
morreram. Seis foram feitos na cama da minha mãe. é mãe, dói no coração. Levar a sua filha para a cama, abrir
Dormíamos eu, pai e mãe na mesma cama. os quartos dela, como a minha mãe fez, e o pai ir para
cima da filha? Eu, como passei por isso, jamais iria aceitar.

9- Um dia, uma irmã minha disse que estava interessada


em um namorado. O pai quis pegar ela, disse que já tinha 21- Antes disso, eu ainda procurei os meus direitos, mas
um touro em casa, e que não era para ninguém andar atrás perdi. Há uns 15 anos, fui na delegacia, mas ouvi o
de macho lá fora. delegado falar para eu ir embora e morar com o velhinho (o
pai), que era uma boa pessoa.

10- Eu mandei minha mãe correr com minha irmã, e ele


correu com a faca atrás. Depois disso, minha mãe não 22- O homicídio foi no dia 15 de novembro de 2005. No
ficou mais com ele. Foram todos embora para Caruaru, cemitério, já tinha um carro de polícia me esperando. Na
para a casa do meu avô. Ela e as minhas oito irmãs. cadeia, passei um ano e seis dias. Fiquei no castigo,
depois fui para uma cela.

11- Só ficamos eu e meu pai na casa. Eu tinha 21 anos, e


ele sempre batia em mim. Tentei me matar várias vezes, 23- Depois do julgamento, fiquei feliz. Antes, pensava na
botei até corda no pescoço. liberdade e na cadeia ao mesmo tempo. Agora, quero viver
e ficar com meus filhos. Quero que minha história sirva de
exemplo, para que os pais e as mães procurem respeitar
12- Os filhos nasciam e morriam. Os que vingavam foram os seus filhos, ser amigos deles. A gente é pobre, mas
se criando. Minha filha estava com 11 anos quando ele pobreza não é desonra. Desonra é o cara fazer do próprio
quis ser dono dela. Falou assim: Nenê está engrossando filho um urubu.
perninha? Tá saindo peitinho, enchendo a melancia? Tá
bom de experimentar, que é para ir se acostumando. E 24- A partir de hoje eu quero é viver, porque tenho muita-
tacou a mão nela. coisa para aproveitar pela frente. Tenho a liberdade e os
meus filhos comig

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PROBLEMATIZAÇÃO DA INÉRCIA ESTATAL

Enquanto o legislativo não reconhecer as necessidades sociais, não será possível


assegurar a eficácia de um código legal

I - Qual a reflexão que este caso nos traz?

II - vocês acham que se essa pessoa que cometeu tal crime bárbaro contra a própria
família, conseguiria ser reintroduzido na sociedade?

III - como pode, algo tão grave acontecer dentro da própria família?

IV - Imaginem, como é dormir sabendo que no outro dia você pode ser morta ou
abusada novamente?

V - Qual o estado psicológico de uma pessoa assim?

VI - Nos vemos tantos casos de abuso infantil e nada é feito! que estado é esse??

que deveria nos proteger ou se reformular para que casos como esses jamais
aconteçam novamente! isso é inadmissível. nós só vamos mudar, cenários como esses,
quando realmente o estado impor regras que façam infratores como estes, terem medo de
cometer atos tão cruéis e desumanos!

ABORDAGEM SIMPLIFICADA DO COMPORTAMENTO CRIMINOSO


O que 4leva as pessoas a cometer crimes e comportamentos
socialmente desviantes?

Tais atos são resultado de características pessoais idiossincráticas ou de um processo


de aculturação deformado na fase pré-adulta? Ou poderiam ser o resultado do colapso social e
da injustiça? Por outro lado, pode-se postular que tais fenômenos são resultado do processo
de racionalização, segundo o qual a cultura moderna da individualização fornece as bases
éticas para a oposição à Regra de Ouro. Como, então, explicar a ocorrência de tais fenômenos
ao longo da história e em diferentes lugares e culturas? Este artigo fornece um resumo de
diferentes contribuições e também revisa alguns modelos teóricos sobre os determinantes do
crime e sua relação com vários estudos empíricos.

(CERQUEIRA, Daniel , LOBÃO Waldir Determinantes da criminalidade: arcabouços teóricos e


resultados empíricos, Scielo 2004)

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https://www.scielo.br/j/dados/a/H75KZrqPLQsSqXgtj4dtr4B/?lang=pt#
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