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Preparação
Módulo 1: Preparação
Índice
Visto que estamos a iniciar o programa JFFLS, este primeiro mês será muito
importante para todo o processo de aprendizagem.
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Tópico M1-1: Desenvolver o Espírito de Equipa
SUGESTÕES METODOLÓGICAS:
No projecto JFFLS, é importante trabalhar com os jovens para melhorar as suas
habilidades de comunicação, resolução de problemas, liderança e métodos de
discussão. Para o sucesso das actividades ao nível da comunidade, é necessário que
os jovens apliquem habilidades de liderança e que tenham a capacidade de
comunicar as suas descobertas aos outros. Os jovens foram seleccionados na
escola/centro/comunidade e já se conhecem uns aos outros, mas é a primeira vez que
fazem parte de um grupo de trabalho. Por isso, é muito importante o facilitador
estimular a coesão dos grupos, desde o início,
Através de diversas actividades a serem implementadas ao longo de todo o projecto,
mas principalmente nos primeiros meses.
PASSOS:
Parte 1: Actividade do primeiro dia do programa
1. (60 min) Plenário: Exercícios de introdução para todo o grupo
(30 min) Baptismo Mineiro (ver pág. 15 do Guião de Actividades
Culturais)
(15-20 min) 1, 2, 3 de Bradford (pág. 9) ou o Comboio (pág. 17)
(10 min) Crie, juntamente com os jovens, uma música para
começarem a identificar-se como grupo.
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Tópico M1-1: Desenvolver o Espírito de Equipa (pág.2)
OBJECTIVOS:
1. Ajudar os jovens a conhecerem-se melhor;
2. Criar sentimentos de cumplicidade e confiança entre eles;
3. Estimular os jovens a começarem a falar da sua vida;
4. Criar sentimentos positivos em relação às experiências pessoais,
levando-os a pensar a sua vida numa perspectiva mais positiva.
DURAÇÃO: 30 min
PASSOS:
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Tópico M1-2
O Ciclo de Vida das Plantas, dos Animais e das Pessoas
PASSOS:
1. (15 min) Use o método chuva de ideias ou estimule os jovens a fazer
simulações (através de mímica) sobre o que são as principais fases do ciclo
de vida de:
a. Plantas;
b. Animais;
c. Pessoas.
2. (5 min) Plenário: Peça aos jovens para resumirem o ciclo de vida das
plantas, dos animais e das pessoas e complete, no papel gigante, as ideias
apresentadas seguindo a caixa na Ficha de Apoio.
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Tópico M1-2:
Ciclo de Vida das Plantas, dos Animais e das Pessoas (pág. 2)
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Ficha de Apoio para o Tópico M1-2 (pág.1)
Ciclo de Vida das Plantas Ciclo de Vida dos Ciclo de Vida das Pessoas
Animais
Semente Feto no útero Feto no útero
Fase vegetativa Fase de Crescimento Bebé
Criança
Fase de floração Adolescente
Fase de frutificação Adulto (fase de Adulto (fase de reprodução)
(maturação) reprodução)
Semente outra vez Velho Velho
Morte (restolho) Morte Morte
Nota: Nem todas as plantas seguem as fases do ciclo acima referidas. Por exemplo, o
repolho tem só duas fases (semente e vegetativa).
Vocabulário: restolho – cana dos cereais que fica presa aos terrenos de cultura, depois da
ceifa
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Ficha de Apoio para o Tópico M1-2 (pág. 2)
Papel do Adulto
As crianças desenvolvem a auto-confiança através dos seus progenitores (pai e mãe)
e esta será importante na sua vida social. Para a criança, os pais são a garantia da
satisfação das suas necessidades básicas e este sentido cria nela um sentimento de
bem-estar e confiança para com as pessoas mais próximas. É esta confiança e a
ligação afectiva que vão facilitar a aceitação e captação de todas as recomendações
sobre ensinamentos, proibições e outras normas que a pessoa mais próxima da
criança lhe esteja a transmitir. Sem esta ligação afectiva e de confiança, muito
dificilmente a criança nesta idade pode aceitar uma orientação.
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Vocabulário: puberdade – idade em que o indivíduo se torna apto a engravidar (rapaz) e a
dar filhos (rapariga)
Humor – faculdade de divertir outras pessoas.
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Ficha de Apoio para Tópico M1-2 (pág. 3)
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Tópico M1-3: Calendário de Culturas
DURAÇÃO: 2h
PASSOS:
1. (10 min) Plenário: chuva de ideias com os jovens
(5 min) Peça a voluntários para resumirem quais são as diferentes fases
do ciclo de vida das plantas.
(2 min) Escolha duas culturas da primeira época JFFLS (milho, mapira,
feijões, etc.).
(3 min) Coloque as seguintes questões: na nossa zona, qual é o período
de crescimento desta cultura? Por exemplo, em que meses cresce a
cultura, e durante quantos meses?
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Tópico M1-3: Calendário de Culturas (pág. 2)
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1a Ficha de Apoio para o Tópico M1-3
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2a Ficha de Apoio para o Tópico M1-3
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Tópico M1-4: Preparação da Terra:
Introdução à Agricultura de Conservação
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Tópico M1-4: Preparação da Terra:
Introdução à Agricultura de Conservação (Pág. 2)
Ponha um pedaço de pano ou papel limpo no solo. Deite água do regador
próximo do papel ou pano de modo a
imitar a chuva.
Observe e fale sobre a quantidade de
manchas de terra que há no papel ou
pano, explicando que se assemelha ao
que acontece quando a chuva atinge
solos descobertos e lava o solo.
Com um novo pedaço de pano ou
papel, repita o processo num lugar
onde o solo esteja coberto por relva,
ervas daninhas ou cobertura morta. O
segundo papel ou pano irá ter menos
manchas de terra em relação ao primeiro.
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Tópico M1-4: Preparação da Terra:
Introdução à Agricultura de Conservação (pág. 3)
PASSOS:
1. (2 sessões) Plenário: práticas no campo
Discuta durante as sessões práticas de Preparação da
Terra sobre:
O conceito de Erosão.
As formas de preparar a terra para a machamba,
tomando em conta os problemas de erosão.
A importância de lavrar, em comparação com as
técnicas de agricultura sustentável para proteger o
solo.
Que métodos nos podem ajudar a proteger a nossa
machamba contra a erosão?
(Veja as 1ª e 2a Fichas de Apoio, págs. 17-19).
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1a Ficha de Apoio para Tópico M1-4: Preparação da Terra
O que é a Erosão?
O processo de erosão (a perda da superfície do solo) representa o factor mais
negativo para a sustentabilidade económica e física da actividade agrária e também,
o mais agressivo para o meio ambiente. Por conseguinte, o seu controlo é muito
importante.
O que é a lavoura?
Manipulação manual ou mecânica da terra;
Operações de preparação de solo para sementeira; remoção da terra e “abertura”
dos solos compactados.
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2a Ficha de Apoio para Tópico M1-4:
O que é a Agricultura de Conservação?
Benefícios:
Reduz as perdas do solo e água por erosão;
Reduz as perdas de água por evaporação;
Preserva o equilíbrio biológico do solo;
Conserva a estrutura do solo;
Reduz a necessidade de mão-de-obra e esforço físico do camponês;
Requer menor uso de máquinas e alfaias.
Rotação de culturas:
Cultivo alternado de espécies em campanhas ou épocas agrícolas consecutivas, numa
mesma área.
Consociação de culturas:
Cultivo de duas ou mais espécies simultaneamente
numa mesma área (veja ilustração à direita).
Benefícios
Favorece o maneio integrado de pragas, doenças,
ervas daninhas e o melhoramento do solo;
Promove o uso eficiente dos recursos naturais: Solo,
Água, Luz e Nutrientes;
Favorece a cobertura permanente do solo;
Diversifica a produção agrícola;
Estabiliza a produtividade;
Racionaliza a mão-de-obra;
milho feijão boer
Gera maior rendimento;
boer
Promove a segurança alimentar. Consociação de culturas
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2a Ficha de Apoio para o Tópico M1-4 (pág. 2)
Benefícios:
Reduz as perdas do solo e água por erosão, reduzindo o impacto da chuva;
Reduz as perdas de água por evaporação e fluxo superficial;
Conserva melhor a humidade no solo;
Reduz os níveis de variação da temperatura do solo;
Reduz a incidência de ervas daninha;
Promove o equilíbrio da flora e fauna do solo;
Favorece o maneio integrado de pragas e doenças e ervas daninhas;
Melhora a estrutura do solo;
Reduz a taxa de decomposição da matéria orgânica no solo;
Promove a fertilidade do solo.
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3a Ficha de Apoio para o Tópico M1-4:
Exercício Prático sobre Curvas de Nível
MATERIAIS:
1. 3 Paus direitos, com cerca de 2 m de comprimento e 2 cm de espessura, para
fazer os pés e a barra na diagonal;
2. 2 Pregos, suficientemente compridos para pregar dois paus e deixar uma
ponta;
3. Uma garrafa com uma tampa de rosca ou rolha ou uma pedra, para usar como
peso (cerca de ½ Kg);
4. Um fio de cerca de 2 metros com um nó atado numa das pontas;
5. Instrumentos: um lápis ou uma caneta, um martelo ou uma pedra, uma catana
ou serra e uma fita métrica para medir.
PASSOS:
1. (20 min) Fazer um Pé de Galinha:
Coloque os dois paus no chão e junte-os nas
pontas, com um prego, fazendo um triângulo.
O prego deverá ficar com a ponta saliente
para poder mais tarde pendurar a corda;
Pregue o terceiro pau exactamente no meio do
triângulo, formando um A. Para encontrar o
meio do triângulo, pendure uma corda no
prego que juntou os dois paus, no topo do
triângulo, e estique-a ao longo de um dos
paus, até ao chão. Marque o comprimento total e dobre a corda em dois e
marque novamente o meio do pau. Faça o mesmo para o outro pau.
Depois pregue o terceiro pau no local marcado nos dois paus que fazem
o triângulo. Assim ficará um espaço de sensivelmente 2 m entre os dois
paus, na base do triângulo.
Amarre o peso (garrafa ou pedra) ao
fio. Prenda a outra extremidade do fio ao prego,
no topo do triângulo para que este fique
pendurado no meio do pé de galinha até 2 cm
abaixo do pau transversal. Encha a garrafa com
água, areia ou terra e coloque a tampa ou rolha. O
fio com um peso em baixo chama-se fio-de-
prumo.
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3a Ficha de Apoio para o Tópico M1-4 (pág. 2):
Exercício Prático sobre Curvas de Nível
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3a Ficha de Apoio para o Tópico M1-4 (pág. 3):
Exercício Prático sobre Curvas de Nível
Assim que as curvas de nível estejam medidas e marcadas, poderá decidir o que será
melhor para proteger o solo da erosão e para ajudar a reter a água. Independentemente
do tipo de barreiras que construir, estas orientações irão com certeza ajudá-lo:
Reduza o movimento das águas, mas deixe que estas se movam: É importante
deixar a água correr. Barreiras mal planificadas podem levar à estagnação da água,
levando ao alastramento da malária e de outras doenças.
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Resumo e Avaliação do Módulo 1
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Lista de Referências
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