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António Carlos Gaspar chuva

António Magumo Augusto

Bernadete Francelino Alberto Chapo

Elsa Armando Vilanculos

José Paulino Sande

Virgílio Damião Insana

Primeiro Trabalho da Cadeira de Necessidades Educativas Especiais

A HISTORIA DA NEE, BRAILLE E LINGUAS DE SINAIS (LIBRAS)

5º: Grupo

Licenciatura em ensino de Química

Universidade Licungo

Beira

2021
António Carlos Gaspar chuva

António Magumo Augusto

Bernadete Francelino Alberto Chapo

Elsa Armando Vilanculos

José Paulino Sande

Virgílio Damião Insana

Segundo Trabalho da Cadeira de Necessidades Educativas Especiais

A HISTORIA DA NEE, BRAILLE E LINGUAS DE SINAIS (LIBRAS)

5º: Grupo

Licenciatura em ensino de Química

Docente: Odília de Lurdes Vilanculos Mussuei

Universidade Licungo

Beira

2021
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3

A HISTORIA DA NEE, BRAILLE E LINGUAS DE SINAIS (LIBRAS) ..................... 4

1. A Historia da NEE ........................................................................................................ 4

2. Linguagem Braille e Língua de Sinais (Libras)............................................................ 7

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 12

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 13
INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda um tema que fala sobre a história das Necessidades Educativas
Especiais, e também desenvolve uma matéria ligada a linguagem braille e línguas de sinais
(libras). Este trabalho surge no âmbito da cadeira de Necessidades Educativas Especiais na qual
procura dar uma síntese sobre o conteúdo em destaque.

O trabalho esta estruturado em índice onde constam todos assuntos abordados neste trabalho,
desenvolvimento, conclusão e referencias bibliográficas que foram usadas para a concretização
da pesquisa.

Dentre várias metodologias, para a realização deste trabalho foram essenciais a revisão
bibliográfica compilação de dados e análise critica realizadas a partir de debates do grupo.

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A HISTORIA DA NEE, BRAILLE E LINGUAS DE SINAIS (LIBRAS)

1. A Historia da NEE

Conceitos

O termo NEE indica Necessidades Educativas Especiais. Este conceito abrange crianças e
adolescentes que apresentam dificuldades em acompanhar o currículo que se tem por base,
apresentando deficiências ou dificuldades de aprendizagem. Este conceito pode abranger tanto,
crianças com dificuldades na aprendizagem como crianças sobredotadas e crianças com
problemas de conduta ou emocionais.

Sendo um problema é necessário arranjar uma forma de solucionar. É necessário criar métodos
alternativos tendo em conta as capacidades destas crianças.

Os problemas que podem ser inseridos neste termo são o autismo, a surdo-cegueira, a
deficiência auditiva, a deficiência visual, os problemas intelectuais, os problemas motores
graves, as perturbações emocionais, as dificuldades de aprendizagem específicas, os problemas
de comunicação, o traumatismo craniano, a multideficiência e os problemas de saúde.

Na antiguidade

A educação especial surgiu desde antiguidade, passando por vários períodos da evolução do
Homem. A questão da deficiência esteve ligada a crenças sobre naturais, demoníacas e
supersticiosas, vida nómada. Na vida nómada, na medida em que se mudavam para as outras
áreas, esses indivíduos com a deficiência eram abandonadas, devido a difícil locomoção dos
mesmos. Portanto um indivíduo com deficiência nesta época era ignorado. Por exemplo, na
Grécia Antiga, as crianças com deficiência eram abandonadas nas montanhas, e lançadas aos
rios.

Ao revermos a história da humanidade, constatamos que as pessoas deficientes sempre


estiveram segregadas, nas mais variadas épocas. A Educação Especial, neste período era muito
restrita e passava por várias dificuldades.

Mas condições habitacionais, mas condições Climáticas e notava se a lei de selecção natural,
isto é sobreviviam os mais fortes e os fracos extingue-se. Na Antiguidade, por não
corresponderem aos padrões estéticos, muitos deficientes foram abandonados ou eliminados.

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Idade Media

Num segundo momento, com a difusão do cristianismo, na Idade Média, a deficiência viveu
momentos ambivalentes. Em determinados momentos eram considerados criaturas divinas,
portanto não poderiam ser desprezadas ou abandonadas por possuírem alma. Mas, em outros
momentos, representavam forças malignas e, por isso, deveriam ser eliminadas. Esta época foi
marcada por atitudes paradoxais entre a protecção e a eliminação, sobressaindo a visão do
aspecto sobrenatural. Nesta época as crianças com deficiência eram consideradas representantes
do diabo, feitiçaria e eram sujeitas a punições.

Tendo este tipo de problemas, estes eram apedrejados. Os possuidores por demónios, loucos
eram acorrentados, punidos pelos seus pais. Na mesma idade média, surge um período
caracterizado por tentativas de isolamento de crianças, tanto em institucionais privados quanto
particular. Surge também um movimento de campanha voltada para o atendimento dos
portadores de deficiência auditiva, visual, mental e física.

No século XVI, na Espanha Pedro Ponce de Leon, deu inicio ao processo de escolarização
especializada para crianças surdas e este foi considerado como o marco inicial da educação
especial.

Modernidade

Com as realizações de Pedro Ponce de Leon, na segunda metade do século XVIII, em França
foi institucionalizada a educação especial com a criação de instituto para cegos, surdos e mudos.

No séc. XIX Jean Itard foi considerado pai da educação especial por ter demonstrado que as
pessoas com deficiência eram capazes de aprender e foi ele que elaborou o primeiro programa
sistemático de educação especial e realizou as primeiras tentativas de educar e modificar o
potencial cognitivo de uma criança diferente.

No final do séc. XIX e nos princípios do séc. XX na América e Europa generalizou-se a criança
de Instituição especializadas por cada tipo de especialidade. No mesmo século, Louis Braille
criou o sistema convencional de leitura e escrita conhecida por sistema Braille, assente em
processo de percepção táctil.

Assim, surge uma nova modalidade de ensino – educação especial, fruto de acções isoladas dos
profissionais envolvidos na área médica.

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O diagnóstico de Necessidades Educativas Especiais (NEE)

As Necessidades Educativas Especiais podem ser de vários tipos e níveis, desde a deficiência
motora, mental à sensorial.

Quando se trata de um aluno com determinada deficiência perceptível, como é o caso das
deficiências motoras ou mentais severas, síndromes como de Down ou de Tourette, o processo
de diagnóstico e avaliação torna-se mais eficiente, porque apesar de toda a complexidade do
problema os sintomas são mais transparentes e quando se chega à idade escolar já existe um
vasto caminho percorrido de avaliações e comprovativos médicos especializados. Contudo,
quando se trata de um aluno que ainda não está sinalizado, porque só em idade escolar começou
a manifestar distúrbios mentais ou sensoriais, ou dificuldades cognitivas, o processo de
avaliação vai ser muito complexo.

A maior parte das Necessidades Educativas Especiais só se manifestam em idade escolar, e


normalmente é o professor que observa que determinado comportamento ou incapacidade não
é normal para determinada faixa etária ou ano de escolaridade. Este é o ponto de partida do
processo de diagnóstico de uma possível Necessidade Educativa Especial e é muito importante
que o alerta seja dado o mais rápido possível para uma mais rápida avaliação e posterior
intervenção. Porque desde o diagnóstico à intervenção, consoante a existência de docentes
especializados na escola e a eficiência dos médicos a consultar, pode passar um ano lectivo,
prejudicando o processo de evolução e aprendizagem do aluno.

Na legislação em vigor subjacente à Educação Especial existe uma série de procedimentos


obrigatórios, e tratando-se de um aluno numa escola pública, o encaminhamento do caso é feito
para um docente de educação especial ou para o psicólogo da escola ou do agrupamento. É
importante lembrar que ao longo de todo o processo o aluno está a deparar-se com uma
realidade diferente e com a qual não está habituado, sendo por isso também essencial ter
acompanhamento psicológico de forma a não desenvolver fobia à escola e problemas de auto-
estima ou sociais, procurando-se enaltecer e valorizar os aspectos e as características positivas
relativas ao aluno, para tratar minuciosamente o que de bom existe e a partir dele construir um
projecto de intervenção evolutivo, activo e eficaz.

O envolvimento da família é solicitado logo desde o primeiro momento, tanto para obter
autorização para serem feitos determinados testes e exames de saúde, como para apoiar a
criança e averiguar se o possível problema não terá como base problemas familiares ou sociais.

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Porém, não há um formato estandardizado para o diagnóstico de alunos com NEE na escola
regular. Cada um dos aspectos inerentes ao diagnóstico – definição, motivos, objectivos, fases,
dificuldades, intervenção – apresenta uma enorme diversidade e complexidade e todos eles têm
que ser minuciosamente analisados. Os professores desempenham um papel muito importante,
uma vez que terão que observar outras possíveis manifestações que poderão ajudar na
sinalização e desenvolvimento do processo. Os especialistas normalmente envolvidos vão
desde o médico de família a psicólogos, psicopedagogos, terapeutas, psiquiatras e outros
médicos especialistas que usarão os métodos mais eficazes ao seu alcance para da melhor
melhor forma ajudar no diagnóstico do problema. Todos os intervenientes no processo, desde
os professores, psicólogos, médicos de família e especialistas e sobretudo a família farão parte
de uma equipa, cujo trabalho conjunto é fulcral para o decorrer do diagnóstico e da avaliação.

Os benefícios de uma avaliação eficaz são evidentes apesar das dificuldades que surgem ao
longo de todo o processo. Nem sempre é fácil diagnosticar, avaliar e sobretudo intervir
adequadamente. Na fase de diagnóstico a dificuldade prende-se com a ambiguidade do
problema do aluno e de todos os factores a ele inerentes, tornando o diagnóstico e a avaliação
num processo moroso, e que devido aos trâmites legais e burocráticos a serem seguidos, limitam
e interferem na eficácia da aplicação da intervenção. Por vezes a intervenção é tardia o que
penaliza o rendimento e o aproveitamento escolar do aluno e o possível tratamento da disfunção
diagnosticada.

Considero que consoante cada caso é necessário um reajustamento contínuo que implique não
só o progressivo aperfeiçoamento da aprendizagem, mas a produção de conhecimentos sobre o
próprio diagnóstico, uma vez que não é só importante diagnosticar, mas equacionar as
necessidades do aluno e relacioná-las com todos os factores, no sentido de uma concepção
inclusiva e construtivista da aprendizagem, permitindo ao aluno uma vida escolar mais
agradável.

2. Linguagem Braille e Língua de Sinais (Libras)

Linguagem Braille

O Braille é um sistema de escrita e leitura tátil, em alto-relevo, utilizado por pessoas cegas ou
com baixa visão. O método foi criado em 1824, na França, por Louis Braille, jovem que ficou
cego aos três anos de idade.

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O sistema Braille foi criado por Louis Braille, francês que ficou cego ainda na infância. Braille
estudou na primeira escola para cegos do mundo, o Instituto Real para Jovens Cegos, onde os
alunos aprendiam por repetição dos sons e por poucos materiais suplementares compostos por
letras em relevo — o método Valentin Hauy.

Sentindo a necessidade de um método que facilitasse a alfabetização e a aprendizagem de


pessoas cegas, dando autonomia ao estudante, Louis Braille passou a adaptar para sua realidade
o método da leitura noturna ou sonografia, código criado por Charles Barbier de la Serre,
capitão de artilharia do exército francês. A técnica original consistia no uso de pontilhados em
alto-relevo para soldados corresponderem-se em segredo, no escuro.

O método De la Serre, apesar de útil ao ser adaptado para cegos, tinha limitações, como sua
complexidade de memorização e o fato de não permitir a soletração das palavras. Louis Braille
criou, então, seu próprio método de leitura e escrita para cegos utilizando papel de maior
gramatura, que possibilitava a marcação dos pontos e criava o relevo necessário para ser
identificado pelo tato.

Apesar de criado em 1824, apenas em 1843 é que o Braille foi aceito no Instituto Real para
Jovens Cegos, onde, até então, o método utilizado eram as letras em relevo de Valentin Hauy.
O sistema Braille foi oficializado pelo governo francês em 1854, dois anos após a morte de seu
criador.

O sistema Braille é formado por seis pontos, posicionados em duas fileiras paralelas de três
pontos cada. O código permite até 63 variações.

A escrita em Braille é realizada com o reglete, régua especial com duas linhas e janelas de seis
furos, que correspondem às celas do código; e os pontos são feitos com o punção, material
semelhante a um estilete. Há também a escrita por máquina de escrever específica para o Braille
(Perkins ou Tetra Point) e por programas de computador.

A escrita em Braille é feita, da direita para a esquerda, pelos pontos criados com o punção. Para
ler, a pessoa vira a folha e utiliza o relevo formado no verso. Em resumo, a leitura em Braille é
feita da esquerda para a direita, já a escrita é da direita para a esquerda.

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O alfabeto Braille

Todo esse recurso criado por Louis Braile possibilitou diversas adaptações para as pessoas com
deficiência visual e, principalmente, a inclusão delas para que conquistem seu espaço na
sociedade e no mercado de trabalho. Permitindo, assim, que elas adquiram conhecimento e
possam mostrar, de maneira extremamente sensível, como elas sentem o mundo segundo a
“visão” delas.

Existem máquinas de escrever para a produção de textos em braile e computadores que, através
de um comando de voz, transforma esse comando em um texto adaptado ao código. Ainda para
a impressão dos textos em braile, eles são submetidos a um programa de tratamento específico
e sai numa impressora braile. Para fazer a leitura em braile, é preciso conhecer os símbolos e a
leitura deve ser feita da esquerda para a direita. Os áudio-books e as audiotecas são outras
formas de acesso à informação que eles podem ter acesso.

Porém, com toda essa adaptação, o braile ainda possui suas limitações. O material impresso em
braile tem um custo bem alto, são pesados e de difícil manuseio; além disso, faltam profissionais
especializados a ensinar e educar os deficientes visuais e isso é agravado por um ensino mal
orientado.

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É necessário que os alunos deficientes visuais saibam ler e escrever em braile, exatamente,
como os demais alunos são habilitados a ler e a escrever; já que é pelo hábito da leitura que as
pessoas enriquecem o vocabulário, estimula a criatividade e a imaginação, aumenta a
capacidade de empatia, formula e organiza um pensamento, dinamizando o raciocínio e, além
de tudo, a leitura é terapêutica.

Língua de Sinais (Libras)

Libras, sigla de Língua de Sinais é uma língua de modalidade gestual-visual, que se exprime
através da combinação de sinais e expressões faciais, as chamadas expressões não manuais. Os
sinais utilizados substituem as palavras de uma língua de modalidade oral-auditiva.

Organizada em níveis fonológicos, morfológicos, sintáticos e semânticos, Libras é reconhecida


pela linguística. Por tudo isso, a Libras não é uma linguagem. Tal como a língua portuguesa, a
língua de sinais é dinâmica e apresenta regionalismos, as diferenças de acordo com as regiões
do país onde a língua de sinais é usada. Isso corrobora ainda mais o seu caráter de língua, tendo
sido reconhecida como tal em 2002.

A Língua Brasileira de Sinais, conhecida amplamente por Libras, é usada por milhões de
brasileiros surdos e também ouvintes. De acordo com o IBGE, há mais de dez milhões de
pessoas com alguma deficiência auditiva no Brasil. A educação de surdos no país – que resultou
na criação da Libras – remonta à instalação da primeira escola para surdos no século XIX.

O desenvolvimento de políticas de inclusão para a comunidade surda fez com que, em 2002, a
Libras fosse reconhecida como língua oficial durante o governo de Fernando Henrique Cardoso,
pela Lei nº 10.436. Isso foi resultado de ampla mobilização da comunidade surda na luta pela
ampliação de seus direitos.

Características

Segundo Chomsky, todas a línguas possuem um sistema de combinação. A partir de unidades


simples, formam-se unidade mais complexas. As frases e sentenças são formadas a partir de
palavras; as palavras são formadas a partir de unidades menores, morfemas; e os morfemas, são
formadas a partir de fonemas. As línguas de sinais e de sinais se diferem quanto a forma como
as unidade são construídas. Segundo Gesser (2009), enquanto as línguas orais tendem a
organizar as unidades sequencialmente/linearmente; as línguas de sinais, de uma maneira geral,
incorporam as unidades simultaneamente, pois um signo pode ser articulado com uma mão, e
outro com a outra, de forma simultânea.

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Números em sinais de Libras (0-9)

Alfabeto em sinais de Libras

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CONCLUSÃO

O trabalho findo, da cadeira de Necessidades Educativas Especiais, não foi apenas um trabalho
de investigação, mas sim um elemento muito importante de aprendizagem, visto que o mesmo
fez-nos consolidarmos muitos conhecimentos a cerca da linguagem braille e de linguas de sinais
(libras). Portanto, existem diferentes leis e decretos que tratam da acessibilidade de pessoas
com deficiência.

Ao contrário do que muitos acreditam, a Libras não é uma linguagem, e sim uma língua, pois é
falada por um povo, possui regras, estruturas, sintaxe, semântica e pragmática próprias e bem
definidas. Já a linguagem é o mecanismo usado para transmitir nossas ideias e pode ser tanto
de forma verbal quanto não verbal.

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BIBLIOGRAFIA

SILVA, Daniel Neves. "Língua Brasileira de Sinais (Libras)"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/educacao/lingua-brasileira-sinais-libras.htm. Acesso em 05 de
junho de 2021.

ALMEIDA, Vicente. Linguística Aplicada às dificuldades de aprendizagem relacionadas com


a linguagem: dislexia, disgrafia e disortografia. s/l., s/ed., 2009.

LIMA, Carla. Des (inclusão) dos Alunos com NEE. Brasil, 2008.

CORREIA, L. M. Inclusão e Necessidades Educativas Especiais. 2ªed., Porto Editora, Porto,


2008.

FIGUEIREDO, António & MIRANDA, Paulo. Necessidades Educativas Especiais. s/l,s/d.

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