Introdução à Física Moderna

Introdução

Adilson Costa da Silva

Departamento de Engenharia Nuclear

Universidade Federal do Rio de Janeiro
asilva@nuclear.ufrj.br

12 de abril de 2022

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Uma Breve História

No final do século XIX acreditava-se que: Todas as leis da física já tinham sido
descobertas - A. A. Michelson. As leis de Newton pareciam descrever todos os
movimentos dos corpos e as equações de Maxwell forneciam uma descrição dos
fenômenos eletromagnéticos.
Entretanto, no início do século XX alguns fenômenos físicos não poderiam ser
explicados sob o ponto de vista da física clássica. Por exemplo, a estabilidade do
átomo. De acordo com a teoria eletromagnética, cargas em movimento emitem
radiação e perdem energia. Desta forma, os elétrons em movimento ao redor do
núcleo diminuiriam seus raios até interagirem com o núcleo e o mesmo entraria em
colapso. Porém, isso não era observado. Desta forma, uma outra linha de
pensamento teve que ser desenvolvida com o objetivo de obter uma teoria de
acordo com os experimentos.
Os trabalhos desenvolvidos por Max Plank, Albert Einstein, Ernest Rutherford,
Niels Bohr, De Broglie, Erwin Schrödinger, Otto Hahn e outros, resultaram na
elaboração de duas novas teorias: A Teoria da Relatividade que visa explicar o
movimento de objetos em grandes velocidades e impõe novos conceitos sobre
espaço e tempo e a Teoria Quântica que explica fenômenos em escalas
microscópicas e questiona alguns conceitos intuitivos. A combinação dessas duas
novas teorias fornecem a base do que conhecemos hoje . .como
. . . . Física
. . . . . Moderna.
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Principia
Em 1687 Sr. Isaac Newton publicou o Principia - Os Princípios Matemáticos da
Filosofia Natural que é considerada uma das maiores obras de arte em ciências
naturais, por ser um livro totalmente original onde define as 3 leis do movimento - Lei
da Inércia, Lei da Dinâmica e Lei da Ação e Reação, bem como, a Lei da Gravitação
Universal, demonstrou as Leis de Kepler para o movimento dos planetas. As leis do
movimento são também conhecidos como Axiomas de Newton.
Um axioma ou postulado é uma sentença ou proposição que não necessita ser provada
ou demonstrada e é considerada como verdadeira para a construção ou aceitação de
uma teoria.
Em 2017 foi comemorado os 330 anos da publicação do Principia.

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Uma Viagem no Tempo

Alguns outros trabalhos publicado por Newton estão relacionados a propagação da

luz visível, que é um fenômeno conhecido deste a antiguidade e faz parte dos
estudos da Ótica Geométrica, bem como, sua compatibilidade com a Teoria
Corpuscular da Luz.
Os estudos feitos por Newton sobre fenômenos relacionados a propagação da luz
foram publicados em 1704, chamado de Ótica de Newton.
Os resultados obtidos por Newton são muito conhecidos, como a Decomposição
Espectral da Luz Branca que pode ser observada quando incidimos um feixe de
luz branca, por exemplo a luz do sol, sobre um prisma. Devido ao fenômeno de
refração da luz, a luz que emerge do prisma é decomposta em outros
comprimentos de ondas λ′ s diferentes do comprimento de onda incidente formando
as cores do arco-íris (veja Figura).
Logo, verificou que a luz branca, nada mais é que a combinação de diferentes tipos
de cores. O mesmo fenômeno pode ser observado em dias de chuva de verão,
quando a luz do sol atravessa algumas gotas de chuva. o Processo inverso de
decomposição pode ser obtido através dos Anéis de Newton. Usando as cores do
arco-íris em um disco e colocando esse disco em alta rotação, obtemos a luz
branca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Um ponto importante a destacar é que a Teoria Ondulatória da Luz, proposta

por Christian Huygens havia sido publicada em 1690 que desempenha um papel
fundamental no tratamento da propagação da luz que ficou conhecida como
Princípio de Huygens. Essa é a teoria rival a teoria proposta por Isaac Newton.

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As duas teorias podiam explicar porque a luz segue geralmente em linha reta, a lei
da reflexão e refração da luz. O teste decisivo entre as teorias rivais veio com a
experiência da dupla fenda de Thomas Young, realizada em 1801, conhecida
como interferência que mostra o comportamento ondulatório da luz, que também
foi observado por Augustin Fresnel através dos fenômenos de difração da Luz.
Fresnel mostrou através de métodos matemáticos que a polarização da luz só
pode ser explicada se a luz vibrar em uma direção transversal a direção de
propagação. Esses resultados culminaram para a aceitação da teoria ondulatória
para a luz, e a teoria corpuscular foi abandonada por volta de 1830.

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Pouco tempo depois, em 1861, James Clerk Maxwell formulou as equações que descre-
veriam a Teoria Eletromagnética unificando a eletricidade, o magnetismo e a óptica. As
famosas equações de Maxwell na forma diferencial, une:
ρ
∇.E = (Lei de Gauss para a Eletricidade) (1)
εo
∇.B = 0 (Lei de Gauss para o Magnetismo) (2)
∂B
∇×E = − (Lei da indução de Faraday) (3)
∂t
∂E
∇ × B = µ o j + µ o εo (Lei de Ampère-Maxwell) (4)
∂t
onde ρ é a densidade de carga elétrica, εo permissividade elétrica no vácuo, µo a perme-
abilidade magnética no vácuo, j o vetor densidade de corrente elétrica, E e B os campos
elétricos e magnéticos.
Essas equações podem ser reescritas em uma formulação integral da seguinte forma:
Se integrarmos a Eq.(1) no volume e usarmos o Teorema da Divergência que diz:
Z I
∇.FdV = F.ndS,
v s

onde n é um vetor unitário a superfície S. Logo, vem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Z Z I Z
ρ 1
∇.EdV = dV ∴ E.ndS = ρdV
εo s εo
Ou seja, I
Q
, E.ndS = (5)
εo s
temos a Lei de Gauss para a Eletricidade, onde o fluxo do campo elétrico através de
uma superfície corresponde a carga no interior dessa superfície.
Analogamente, se integrarmos a Eq.(2) no volume e usarmos o Teorema do
Divergente, vem I
B.ndS = 0, (6)
s
temos a Lei de Gauss para o Magnetismo que reflete o fato da não existência de
monopolo magnético. Por mais que dividamos um imã as linhas de campo
magnéticas, saem do pólo norte em direção ao pólo sul do imã.
Se integrarmos a Eq.(3) na superfície e usarmos o Teorema de Stokes, vem
I I


∇ × F .ndS = F.dl, (7)
s c
aplicando na Eq.(3), vem .
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Uma Viagem no Tempo

I I

∂
∇ × E .ndS = − B.ndS,
s ∂t s
Ou seja, I
dΦB
,E.dl = − (8)
c dt
temos Ia Lei da Indução de Faraday que diz que a taxa de variação do fluxo magnético
ΦB = B.ndS no tempo induz um campo elétrico.
s
Se aproximarmos um imã em relação a uma espira circular, uma corrente induzida surge
no circuito devido a variação do fluxo magnético na espira. O sinal negativo está associado
ao fato que o sentido da corrente induzida é oposto a variação do fluxo magnético na
espira (Lei de Lenz).
Analogamente, se integrarmos a Eq.(4) na superfície e usarmos o Teorema de
Stokes, vem I


B.dl = µo i + id , (9)
c
I
onde a corrente elétrica é dada por i = j.ndS e a corrente de deslocamento é
s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Uma Viagem no Tempo

I
d
definida como id ≡ εo ΦE , com ΦE = E.ndS.
dt s
Temos a Lei de Ampére-Maxwell onde um campo elétrico variável no tempo ou uma
corrente elétrica produz um campo magnético. O último termo dessa equação representa
a correção de Maxwell na equação.

Maxwell
Como podemos observar, Maxwell não escreveu nenhuma das 4 equações. Usando
conceito de simetria propôs a corrente de deslocamento id . Assim, uma variação
temporal do campo magnético gera um campo elétrico e vice-versa.

Se o campo elétrico na varia no tempo, temos que a corrente de deslocamento é nula,

id = 0 e assim obtemos a Lei de Ampére,
I
B.dl = µo i, (10)
c

que permite obter o campo magnético a partir de uma corrente elétrica percorrida por
um fio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Sob a condição de vácuo, na ausência de cargas (ρ = 0) e corrente (j = 0), as equações
de Maxwell ficam
∇.E = 0 ∇.B = 0
∂B ∂E
∇×E=− ∇ × B = µ o εo
∂t ∂t
Para obter as equações de ondas eletromagnéticas, Maxwell fez uso da seguinte relação
matemática


∇ × ∇ × A = ∇ ∇.A − ∇2 A
Aplicando nas equações de Maxwell, vem

:
0− ∇2 E = −∇2 E

∇× ∇×E = ∇ ∇.E
 

∂B ∂

∇× ∇×E = ∇× − =− ∇×B
∂t ∂t
∂ ∂E
∂2E
= − µ o εo = −µo εo 2
∂t ∂t ∂t
1
Definido c ≡ √ ≃ 3.0 × 108 m/s a velocidade da luz no vácuo e igualando as
µ o εo
equações, .
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1 ∂2E
∇2 E = , (11)
c2 ∂t2
Maxwell mostrou que a luz nada mais é que campos eletromagnéticos se propagando no
vácuo a velocidade constante. Por questão se simetria, temos que
1 ∂2B
∇2 B = , (12)
c2 ∂t2
onde esses campos (ondas eletromagnéticas) oscilando em um plano perpendicular a
direção de propagação. Esta hipótese já havia sido proposta Faraday. Concluiu que a luz
é uma onda eletromagnética se propagando e unificou eletromagnetismo e ótica.
Seu trabalho em eletromagnetismo foi a base da Teoria da Relatividade Restrita
de Einstein.
A confirmação experimental da Teoria Eletromagnética da luz veio em 1888 com
as experiências de Hertz ao produzir ondas de rádio, onde verificou que essas
ondas possuem as mesmas propriedades da luz. A Antena Dipolar de Hertz
constitui um modelo mais simples de geração de ondas eletromagnéticas.
A contribuição de Maxwell também resultou na Lei da Conservação da Carga
∂ρ
Elétrica, ou seja, + ∇.j = 0.
∂t .
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As contribuições de Maxwell vão além do eletromagnetismo. Em 1864 verificou

que as forças elétricas e magnéticas possuem a mesma natureza, ou seja, uma
força elétrica em determinado referencial pode tornar-se magnética se analisada
noutro, e vice-versa. Ele também desenvolveu um trabalho importante em
mecânica estatística, estudou a Teoria Cinética de Gases e desenvolveu a
distribuição de velocidades conhecida como distribuição de Maxwell-Boltzmann
(utilizada para cálculos do espectro térmicos de nêutrons).
Os experimentos de Michelson e Morley em 1887 usando um interferômetro
culminaram em mostrar a inexistência do éter, que serviu como base experimental
para um dos postulados propostos Albert Einstein, em 1905, na Teoria da
Relatividade Restrita que afirma que: A velocidade da luz no vácuo é a mesma
em qualquer referencial inercial.

Éter
Uma substância que preenchia todo o espaço (universo, incluindo o interior da matéria),
sendo necessária para a propagação de ondas eletromagnéticas, bem como, atuação de
forças gravitacionais (Aristóteles). Até o final do século 19, era inconcebível admitir a
propagação das ondas luminosas no vazio absoluto.
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Em 1900, Max Planck teve uma enorme dificuldade na interpretação das leis que
governam a emissão de radiação em corpos negros usando os modelos existentes
da física clássica (mecânica e termodinâmica), em comparação com os resultados
experimentais disponíveis para diferentes valores de temperatura, energia emitida e
frequência.
Wien foi um dos primeiros a formular a curva da densidade de radiação em função
do comprimento de onda λ, mas era acurada apenas para pequenos comprimento
de onda. Rayleigh e Jeans partiram das fórmulas da mecânica clássica para um
oscilador e obtiveram uma fórmula que funcionava para grandes valores de λ. O
modelo de Planck, utilizando um novo conceito de quantização da energia dos
osciladores, descreveu exatamente os resultados experimentais e, nos casos limites,
as fórmulas de Wien e Rayleigh-Jeans.
Planck descobriu uma nova maneira de explicar o comportamento das a radiações
eletromagnéticas emitidas por corpos negros. Quando um corpo é aquecido, emite
radiação cuja natureza muda com a temperatura. Um metal por exemplo, quando
aquecido pode emitir radiação visível, na forma de luz vermelha, ou invisível a
nosso olhos, como o infravermelho.
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Uma Viagem no Tempo

Classicamente espera-se que as partículas do irradiador (corpo negro) oscilem com

qualquer energia (permitida para uma dada temperatura), e assim emitissem
radiação a qualquer comprimento de onda ou frequência. A hipótese de Planck é
tal que essas partículas oscilando só poderiam emitir a radiação por pacotes, cuja
energia seria proporcional à frequência, ou seja,
E = hν (13)
−34
onde h = 6.63 × 10 J.s é a constante de Planck e ν a frequência. Assim, a
energia emitida seria discretizada ou se preferir, quantizada.
Como podemos observar, a radiação de um corpo negro era um outro problema
em aberto que a física clássica não conseguia dar uma explicação favorável de
acordo com os dados experimentais. Este problema ficou conhecido como
Catástrofe Ultravioleta, pois quando λ → 0, a radiância espectral RT (λ) → ∞.

A hipótese de Planck representa o marco inicial para a Teoria Quântica.

A hipótese da discretização da energia, proposta por Planck, não encontrava

nenhum análogo na época e mesmo reproduzindo exatamente uma observação
experimental, não foi aceita até que viesse a ser adotada por Einstein em 1905,
através do Efeito Fotoelétrico. .
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Uma Viagem no Tempo

Levaria ainda cerca de 20 anos para que uma Teoria Quântica consistente fosse
elaborada. Somente, em 1918 com o nascimento da física quântica, Max Planck
teve seus trabalhos reconhecidos e ganhou o prêmio Nobel de Física.

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Uma Viagem no Tempo

Levaria ainda cerca de 20 anos para que uma Teoria Quântica consistente fosse
elaborada. Somente, em 1918 com o nascimento da física quântica, Max Planck
teve seus trabalhos reconhecidos e ganhou o prêmio Nobel de Física.

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Uma Viagem no Tempo

Albert Einstein ficou mundialmente conhecido com quatro trabalhos que contribuíram
significativamente para a fundação da física moderna e mudaram as visões sobre espaço,
tempo e matéria. Esse período ficou marcado como ano miraculoso de Einstein, em
1905, que são quatro trabalhos referentes:
O Efeito Fotoelétrico que deu origem à teoria quântica, onde explica o caráter
dual da luz e descreve os fótons de luz com caráter corpuscular (evidências da
Teoria Corpuscular de Newton). Com isso, uma onda eletromagnética consegue
interagir com a matéria.

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Uma Viagem no Tempo

Descarga de um Eletroscópio
Um outro problema que a física clássica não conseguia explicar. Por que um eletroscópio
é descarregado quando uma luz ultravioleta incide sobre ele?. O efeito fotoelétrico
trouxe uma explicação plausível.

O Movimento Browniano (movimento aleatório de partículas no meio) que

buscou evidência empírica para a teoria atômica, onde confirma a existência de
átomos e moléculas, apoiando suas aplicações na física estatística.
A Teoria da Relatividade Especial que reconciliou a teoria eletromagnética de
Maxwell com as leis da mecânica clássica, onde a mecânica newtoniana passa a ser
um caso particular da teoria da relatividade para velocidade v ≪ c e mostra que o
tempo não é absoluto e sim relativo.
A Equivalência entre Massa e Energia, E = mc2 , que mostra a existência da
energia de repouso e é a base da energia nuclear. Essa equação mostrou que uma
grande quantidade de energia poderia ser liberada a partir de uma pequena
quantidade de matéria. Isso foi evidenciado com a descoberta do nêutrons e da
fissão nuclear (reatores nucleares, bomba atômica).
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Uma Viagem no Tempo

Niels Bohr formulou um novo modelo atômico a partir do modelo planetário de Ruther-
ford e concluiu que os elétrons de um átomo não emitem radiação enquanto estiver na
mesma órbita.
Bohr propôs os seguintes postulados:
1 Os elétrons que circundam o núcleo atômico existem em órbitas que têm níveis de
energia quantizados.
2 O elétron pode se mover em determinadas órbitas sem irradiar. Essas órbitas
estáveis são denominadas estados estacionários.
3 O elétron emite ou absorve energia, quando há transição de elétrons entre
camadas eletrônicas, por exemplo das camadas K e L, cuja energia irradiada é
dada por: E = hν = Ei − Ef , vem sob forma de um fóton.
4 As órbitas permitidas dependem de valores quantizados de momento angular
orbital de acordo com a equação L = n · ℏ = n · 2π
h
, onde n = 1, 2, 3, ... é
chamado de número quântico principal.
5 Apesar das leis da mecânica clássica não serem válidas em transições eletrônicas,
elas continuam valendo nas interações dinâmicas dos sistemas nos estados
estacionários (interações eletrostáticas e eletromagnéticas).
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Uma Viagem no Tempo

O modelo atômico atual é baseado na Mecânica Quântica trata o átomo como

um sistema quântico e explica como os orbitais estacionários dos elétrons são
distribuídos, núcleo atômico, as transições com emissão de radiações com energia
definida, entre outros.

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Uma Viagem no Tempo

Por muitos anos acreditaram que seria impossível extrair energia de um átomo. Isso se
deve a repulsão coulombiana do núcleo em relação a partícula carregada. Segundo a Lei
de Coulomb, quanto menor for a distância entre as cargas, maior será a força de repulsão,
tal que 
Qq 
Fe = → ∞. (14)
4πεo r2  r→0
Este problema foi resolvido com a descoberta do nêutrons, em 1932 por James Chadwick.
Em 1938, Fritz Strassmann, Lise Meitner e Otto Hahn descobriram a fissão nuclear.
Fermi sugeriu que a fissão nuclear produzia novos nêutrons e poderia tornar a reação
autossustentável, que foi comprovado por F. Joliot e Leo Szilard em 1939.
A fissão nuclear representa a quebra do átomo de urânio em dois novos átomos conheci-
dos como produtos ou fragmentos de fissão, com emissão de radiação além de novos
nêutrons, ou seja,
1 235 236 ∗

0 n +92 U −→ 92
U −→ 141 92 1
56 Ba +36 Kr + 30 n + γ + 200 MeV, (15)
236 ∗
onde 92 Ué o urânio em um estado excitado de energia, o bário 142 56 Ba e o criptônio
91
36 Krsão produtos de fissão oriundos da fissão do urânio com liberação em média de 2.5
nêutrons/fissão, além de radiação γ e 200 MeV de energia. Como a reação de fissão gera
novos nêutrons que podem induzir novas reações de fissão .no. urânio, logo este processo
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pode se tornar autossustentável conhecida como reação em . . cadeia.
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 Introdução Referências

Referências

Halliday, D., Resnik, R., Walker, J. (2012)

Fundamentos de Física, Volume 4
9a Edição, LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda.

Nussenzveig, H. M. (2014)
Curso de Física Básica, Volume 4
2a Edição, Edgard Blücher Ltda.

Tipler, P. A., Llewellyn, R. A. (2014)

Física Moderna
6a Edição, LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda.

Adilson Costa da Silva (2020)

Introdução a Física Moderna
Notas de Aula

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