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Meta
Objetivos
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Geomorfologia Costeira
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Aula 11 • Para onde foi a duna que estava aqui?
Aula 11 •
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Geomorfologia Costeira
Erosão
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desse fluxo de ar. Mais adiante, esse fluxo de ar, no contato com novas
superfícies de terreno, poderá voltar a erodir, gerando novos materiais,
de menor tamanho e peso, consequentemente mais fáceis de transportar.
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Geomorfologia Costeira
Transporte
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Em altitude, o vento está mais livre de atritos, logo, sua velocidade tende
a aumentar, tornando-se constante a partir de uma determinada altura.
O vento trabalhando num determinado local retira e transporta
grãos de sedimentos cujo peso (tamanho) é compatível com sua inten-
sidade (energia/força). As partículas mais finas, menores do que 0,125
mm de diâmetro, podem ser transportadas por ventos muito fracos,
como uma simples brisa. Dependendo da intensidade do vento, essas
partículas podem ficar suspensas por longos períodos e serem transpor-
tadas por grandes distâncias. Esse material, comumente formado por
argila, silte e areia muito fina, representa, relativamente, a maior parcela
do volume de material transportado pelo processo eólico.
As partículas com diâmetro entre 0,125 e 2 mm, englobando areia
fina e grossa, sofrem menor deslocamento. A colisão de grãos transpor-
tados na superfície do terreno causa um deslocamento secundário por
meio de pequenos saltos. Esse tipo de transporte é chamado de saltação.
Já as maiores, de 0,5 mm, como areia muito grossa, grânulos e seixos,
são pouco significativas em termos de material transportado, necessitan-
do de ventos muito fortes para promover seu deslocamento. Nesse caso,
a forma de transporte se dá por rolamento ou arrasto, podendo causar
fragmentação e desgaste das demais partículas e da superfície do terreno.
Deposição
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Geomorfologia Costeira
Forma
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Thais B. da Rocha
Figura 11.2: Morfologia assimétrica e migração das dunas. As linhas ponti-
lhadas no terceiro desenho mostram as posições de uma duna que se movi-
mentou: na face barlavento, a erosão cortou a estrutura sedimentar preexis-
tente e na sotavento, a deposição acrescentou nova estrutura. Na barlavento
ficam os sedimentos mais antigos e a sotavento, os mais recentes.
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Geomorfologia Costeira
Atividade 1
Atende ao objetivo 1
Resposta comentada
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Geomorfologia Costeira
Figura 11.4: Praia do Forte, Cabo Frio (RJ). Efeitos da ressaca na praia, no
ano de 2010. Observe que as dunas estão ausentes no trecho mais impacta-
do, enquanto ao fundo aparecem preservadas.
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Geomorfologia Costeira
Atividade 2
Atende o objetivo 2
Resposta comentada
1. Pela erosão provocada pelas ondas, o mar avança sobre as dunas re-
tirando areia para a parte submersa da praia. Isso pode ocorrer durante
períodos em que chegam à praia ondas de maior porte, normalmente
associadas às situações de tempestades. No sul e sudeste do Brasil, essas
ocorrências (as ressacas) se associam ao avanço das frentes frias.
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Dunas frontais
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Geomorfologia Costeira
Thaís B. da Rocha
Figura 11.5: Dunas frontais incipientes e estabilizadas na parte norte da praia
do Peró, em Cabo Frio (RJ). Note a colonização da espécie Ipomoeapes-ca-
prae nas dunas incipientes.
Dunas desse tipo podem ter feições efêmeras, ou seja, elas tendem
a ser erodidas parcialmente ou completamente devido aos efeitos de
ressaca, em um intervalo de tempo entre meses e anos. Caso se mante-
nham preservadas e a largura da praia aumente, torna-se cada vez mais
difícil o alcance da maré e das ondas nas dunas incipientes. Com menos
salinidade no pós-praia, a vegetação torna-se mais desenvolvida e passa
a reter cada vez mais sedimentos.
A face sotavento da duna frontal, voltada para o continente, é nor-
malmente colonizada por espécies mais arbustivas, o que contribui para
sua estabilização. Os sedimentos tendem a se depositar na face barla-
vento e na crista da duna. Por sua vez, gradualmente ela vai tornando-
-se mais larga e alta, passando a ser caracterizar como dunas frontais
estabilizadas (Figura 11.6).
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Thaís B. da Rocha
Figura 11.6: Dunas frontais estabilizadas na parte central da praia do Peró
(Cabo Frio, RJ). Note que essas dunas são mais altas e largas. Nesse setor,
não há presença de dunas incipientes.
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Geomorfologia Costeira
Uma planície costeira pode ser formada por dezenas ou até cente-
nas de dunas frontais reliquiares. Esse tipo de duna marca antigas po-
sições de linha de costa ou paleolinhas de praia. Essas feições são im-
portantes para auxiliar a reconstrução de uma planície costeira durante
o Quaternário.
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Geomorfologia Costeira
Thaís B. da Rocha
Figura 11.9: (A) Desenvolvimento de feições erosivas nas dunas frontais na
forma de blowout e fácies de avalanche, indicando migração pela supressão
da vegetação. (B) Estrada localizada sobre o topo da duna para passagem de
motocicletas.
Dunas parabólicas
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Dunas barcanas
Dunas transgressivas
São extensas feições eólicas formadas por ventos de mar para ter-
ra, que migram em direção ao continente, normalmente sem ou com
pouca vegetação (Figura 11.11). Também são conhecidas como dunas
móveis, cujas taxas de migração raramente excedem a 10 m/ano. Podem
soterrar outras feições preexistentes, como drenagens, lagoas, mangues
e brejos. Elas podem se desenvolver a partir do aumento das dimensões
de feições como blowouts e dunas parabólicas, associadas à remoção da
vegetação e consequente instabilidade delas, ou em locais com abun-
dante suprimento sedimentar e intensa ação eólica, que impede a vege-
tação de se fixar.
Esse tipo de duna pode apresentar centenas de metros de extensão
ou quilômetros de largura, estendendo-se para dentro do continente.
Sua morfologia pode assemelhar-se a um extenso lençol de areia, sem
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Geomorfologia Costeira
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Aula 11 •
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Atividade 3
Atende ao objetivo 2
Resposta comentada
A sequência correta é d-a-f-c-b-e. As dunas possuem características
de forma, posição e dinâmica. As barcanas têm formas que se parecem
com meias-luas. As frontais sempre se estabelecem paralelamente à li-
nha do litoral. Sob o ponto de vista da dinâmica, algumas são fixadas
pela vegetação, como as frontais, outras deixam rastros de sua passagem
como as parabólicas e, ainda, outras se projetam sobre outros ambientes
como frequentemente fazem as transversais. Outro aspecto curioso é o
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Atividade final
Atende ao objetivo 3
Figura 11.16
Fonte: Google Earth
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Resposta comentada
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Resumo
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Nesta aula, foi possível entender que a presença das dunas valoriza, por
sua beleza, a paisagem e oferece contribuições positivas para o equilí-
brio ambiental das áreas costeiras. Entretanto, ações antrópicas, como a
retirada de vegetação, podem propiciar ou aumentar a mobilidade das
dunas, criando riscos ambientais para populações que se estabelecem
junto a esses locais. Riscos similares também devem ser considerados e
previstos para o futuro, levando em conta as questões relativas às mu-
danças climáticas, que poderão alterar as características do vento e da
umidade de áreas costeiras.
A partir do que foi abordado na aula, pode-se dizer que o conhecimento
dos ambientes de dunas e de suas dinâmicas é de grande importância
tanto para sua conservação quanto para a compreensão dos limites de
uso dessas áreas.
Referências
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Geomorfologia Costeira
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