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Meta
Objetivos
Pré-requisito
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Geomorfologia Costeira
Introdução
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um local que está tendo seu relevo modelado por erosão e colocá-los em
outro, onde está sendo criado um relevo por deposição. Ao levar, per-
manentemente ou temporariamente, águas mais frias ou mais quentes
para um litoral, estará contribuindo para imprimir nele suas influências.
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Geomorfologia Costeira
Mariordo
Figura 5.3: Praia de Pajuçara (AL). A corrente Norte do Brasil, com suas
águas quentes, bordeja o litoral nordestino. O clima tropical úmido da zona
costeira sofre a sua influência. Suas águas quentes, mesmo no inverno, ga-
rantem a frequência de banhistas às praias, fato que tem estimulado o turismo
na região.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paju%C3%A7ara_(Macei%C3%B3)#mediaviewer/
Ficheiro:Maceio02.jpg
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Temperatura (T)
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mais densas. Como ficam mais pesadas, as águas nessas áreas tendem a
descer, formando uma camada mais profunda, na qual são mantidos os
valores de temperatura e salinidade que tinham na superfície.
Salinidade (S)
Por certo, causará espanto, para muitas pessoas, ouvir dizer que água
pura é uma substância difícil de encontrar. Talvez pensem que se está
falando dos atuais níveis cada vez mais altos de poluição; entretanto,
não é bem isso. Praticamente, quase toda água, mesmo a que é utilizada
pelos seres humanos como água potável, dificilmente será encontrada
sem estar agregando, em sua composição, outros elementos ou substân-
cias químicas.
A água é uma substância com alta capacidade de agregar solutos,
ou seja, incorporar outras substâncias a ela. Entre essas substâncias,
algumas são encontradas na forma de sais, dissolvidos quando em con-
tato com a água (como, por exemplo, o sal de cozinha). Se, por aqueci-
mento, essa água evaporar, o sal reaparecerá sob a forma sólida.
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Pressão (P)
A pressão deve ser entendida como uma força. Nesse caso, destaca-
-se essa força em função da ocorrência de águas com diferentes densida-
des que se posicionam em camadas umas sobre as outras.
Nas áreas costeiras, em função de menores profundidades, essas
condições têm menor relevância do que em áreas mais profundas, onde
podem ser encontradas camadas superpostas, que interagem com suas
diferentes densidades e consequentes pesos.
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Atividade 1
Atende ao objetivo 1
Figura 5.8
Com base nas informações oferecidas na figura acima, explique por que
nesses locais as correntes de superfície se transformam em correntes
de profundidade.
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Geomorfologia Costeira
Resposta comentada
Como foi visto até aqui, a origem das correntes está ligada a
causas específicas.
As condições de temperatura e salinidade que foram apresentadas
afetam a densidade da água do mar, alterando a distribuição de suas
massas. O vento transfere energia à superfície marinha, gerando ondas
e correntes. A atração do Sol e da Lua faz o nível do mar variar conti-
nuamente, sendo os efeitos desses fenômenos geradores do movimento
das águas na forma de um fluxo, que é modificado pela rotação da Terra.
Além disso, ainda se fazem presentes a viscosidade da água, que amorte-
ce os movimentos, e os acidentes geográficos que os limitam.
De forma geral, as correntes observadas no mar, segundo essas várias
causas que a produzem e condicionam, podem ser classificadas como:
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• permanentes ou circunstanciais;
• persistentes ou alternadas;
• velozes ou lentas;
• superficiais ou profundas.
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Correntes de onda
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Figura 5.13: Trecho da praia da Barra da Tijuca – Rio de Janeiro (RJ) – Na fai-
xa branca de areia ao longo da praia, são visualizadas as cúspides e os efeitos
das correntes de saída. Elas se apresentam tendendo a ter formas mais simé-
tricas. A assimetria vista na imagem pode ter sido provocada por mudanças
nas condições de incidência e intensidade das ondas.
Fonte: Google Earth
Correntes de maré
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Atividade 2
Atende ao objetivo 2
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Resposta comentada
Sim. Existem várias situações desse tipo que podem ser exemplificadas.
A mais simples de exemplificar são as correntes geradas por marés e
pelas ondas que podem atuar simultaneamente em um mesmo local.
Além disso, como já foi aprendido, os valores das marés e as caracterís-
ticas das ondas podem variar frequentemente ao longo do tempo. Essas
condições, por sua vez, irão responder pela possibilidade de variações
nas características das correntes por elas geradas.
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Conclusão
Atividade final
Atende ao objetivo 3
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3. Por que elas podem existir em todos os litorais, tendo a sua frequência
e intensidade variando de um lugar para o outro e, também, ao longo
do tempo?
Resposta comentada
Resumo
A atuação das correntes marinhas, assim como das marés e ondas, tem
papel importante, individualmente ou interagindo com outros proces-
sos, na produção de relevos nas áreas costeiras.
Também a presença das correntes tem influência direta nas condições
do clima nos ambientes costeiros que, por sua vez, definem os tipos e os
comportamentos de processos geomorfológicos de erosão e deposição
nessas áreas.
A geração e a movimentação dessas correntes estão relacionadas à exis-
tência de fenômenos de naturezas diversas e complexas, tais como o
comportamento dos astros, as pressões atmosféricas e os ventos. A esses
fenômenos juntam-se outras causas que produzem esses movimentos,
como as variações das densidades da água, motivadas por variações de
temperatura, salinidade e pressão. Não menos importantes e sempre
presentes estão as forças que atuam na superfície da terra: a gravidade e
a força de Coriolis.
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Vários são os tipos de correntes que atuam nos mares e elas são oriundas
da distribuição das massas de água, das ações do vento, de ondas, de
maré, de ondas internas e verticais conectivas.
As correntes podem ser vistas como circulações oceânicas e costeiras, sen-
do que esta ocorre desde a borda das áreas costeiras até a linha do litoral.
As direções de deslocamento e as velocidades das correntes podem ser
medidas por métodos e equipamentos específicos. Estes geram valores
que permitem avaliar o comportamento das correntes para diversos
fins, desde o necessário entendimento de sua presença na dinâmica am-
biental até a aplicação desses conhecimentos para ocupação e utilização
das áreas oceânicas e costeiras para diversas atividades humanas.
Referências
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