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Prova Final
PORTFÓLIO
O portfólio (do inglês) é uma modalidade de avaliação que surgiu no campo das artes,
com o objetivo de criar novas formas de avaliação para o desenvolvimento das
inteligências artísticas (VIEIRA, 2006; ALVES, 2003). O prefixo port vem do latim e
significa “transportar”. Segundo o Longman Dictionary of Contemporary English, a
palavra folio significa. 1- “um livro feito com páginas grandes”. 2- “uma única folha de
papel ou página de livro” (LONGMAN DICTIONARY..., 1995). Assim, temos formada a
palavra Portfólio: uma pasta para carregar folhas soltas ou não.
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mudanças necessárias imediatas. Como também permite aos professores
considerarem o trabalho não de forma pontual (como a prova e testes),
mas no contexto do ensino e como uma atividade complexa, baseada em
elementos de aprendizagem que se encontram relacionados
(WINOGRAD; PARIS; BRIDGET, 1991).
O portfólio é uma descrição ou resumo pessoal ou institucional que o autor faz de suas
atividades, em função de um processo educativo ou outras ocupações, permitindo aos
avaliadores definir o espaço e o tempo em que a produção ou desempenho do sujeito
deve ser considerado. Pode ser considerado, ainda, como uma compilação dos
trabalhos realizados pelos alunos, uma descrição dos registros de visitas, resumos de
textos, projetos e relatórios de pesquisas, anotações de experiências, ensaios
autorreflexivos e outros (NASCIMENTO; LASSANCE, 2000). É uma estratégia que
facilita a aprendizagem tanto para o educando quanto para o educador. Pode ser
considerado ainda como um laboratório no qual o estudante constrói significados a
partir de sua experiência acumulada, tornando-se um resumo da trajetória de
aprendizagem (CHAVES, 2000).
(In: Camargo das Neves, Andressa Soares Guerreiro, José Manoel Amadio Azevedo,
Gisele Regina de Azevedo. Avaliando o portfólio do estudante: uma contribuição para o
processo de ensino-aprendizagem. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação
Superior (Campinas) [online]. 2016, v. 21, n. 1 [Acessado 23 Julho 2021] , pp. 199-220.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1414-40772016000100010>. ISSN
1982-5765. https://doi.org/10.1590/S1414-40772016000100010.)
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NÚCLEO 1: sobre mim.
Meu nome é Patriciane Cardoso Fernandes, tenho 22 anos, sou natural de Terra Santa,
um município localizado no oeste do Pará, meu pai veio trabalhar para Manaus no ano
de 2002, mas só em 2013 que vim para morar de forma fixa com ele, juntamente com a
minha mãe e meu irmão. Desde então aqui sempre estudei em escola pública, e
sempre me dediquei somente aos estudos, meus pais sempre quiseram que eu desse
prioridade para estudar, atualmente não trabalho, ano passado tive a oportunidade de
um emprego, mas não seguiu em frente por conta que não iria coincidir com o horário
da faculdade, em casa só meu pai trabalha, ele optou por isso desde que veio para
Manaus minha mãe cuida dos afazeres de casa e meu irmão somente faz faculdade.
A minha rotina durante a semana costuma ser igual, pela parte da manhã antes de ir
para faculdade, ajudo minha mãe com os afazeres domésticos, logo em seguida vou
para a ufam, com o mesmo percurso todos os dias com a duração de 1h. E em relação
à preparação do seminário, logo quando soube o livro que iríamos ficar, pedi um pela
internet, para que o meu entendimento com o livro pudesse ser mais proveitoso e
realmente foi, pude ler a obra com mais precisão, e fui me preparando, mas sabia que
não iria ser fácil no dia do seminário, ocorreram alguns problemas, mas acredito que os
erros que tive aconteceram, para que eu não repetisse nos próximos seminários que
virão.
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NÚCLEO 2: EU, ESTUDANTE DE LETRAS
O ensino de todas essas matérias que antecedem Literatura Brasileira IV, foram de
suma importância, para com meu próprio aprendizado, acredito que tudo foi passado
da melhor maneira possível, apesar da pandemia ter atrapalhado, não deixou de ser
um ensino eficaz e enriquecedor, tive professores maravilhosos que sempre estavam
dispostos a tirar as dúvidas, em relação ao assunto passado durante as aulas.
Os conhecimentos adquiridos nas disciplinas anteriores foram e são de relevância, pois
a literatura se apresenta como veículo criador e socializador da linguagem, da cultura e
dos valores que, em muitos casos, nos identificamos ou, então, passamos a refletir
sobre outra época, outros padrões de comportamentos, outra sociedade, outro mundo
diferente do nosso, mas que de alguma forma nos toca, nos emociona, nos questiona,
possibilitando nosso desenvolvimento social, emocional e cognitivo.
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NÚCLEO 3: ANOTAÇÕES SOBRE AS AULAS
· Baseada em uma visita que a própria autora fez Micheliny Verunschk, em uma
exposição no qual se deparou com as litogravuras de Isabella Miranha e Johann
júri, duas crianças indígenas que foram rebatizadas com esses nomes, pelos
pesquisadores Spix e Martius.
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· Na visão de Spix e Martius, se transportava um jardim de maravilhas, mas durante a
viagem, os primeiros a morrer foram os animais, e em seguida as crianças,
adoeciam, passavam fome e sede.
· O olhar do colonizado, com a chegada dos homens brancos que vieram com a
intenção de fazer negócios lucrativos, havia o questionamento do colonizado que
consistia em “ Como pode ser bom alguém que compra outras pessoas ? que os
leva para longe de seus parentes ?”.
O Avesso da Pele
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cidade, ou seja, “nos remete a materialidade da cidade: seus equipamentos,
serviços e construções físicas”.
· Foram analisados alguns dados que nos mostra que quase 14% da população da
cidade gaúcha vivem em aglomerados subnormais (favelas). E finalizando com uma
reflexão sobre o impacto do racismo estrutural, voltado para a obra o avesso da
pele.
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O Amor dos Homens Avulsos
· O primeiro momento da aula foi abordado a obra e seu autor Victor Heringer, um
autor brasileiro, que foi finalista do prêmio Oceanos, com a obra “ O Amor dos
Homens Avulsos”.
· O título da obra faz relação com a ternura e faz também a comparação com o filme “
Me chame pelo seu nome”.
· A obra trás consigo a história de Camilo, um jovem que possui uma deficiência
física, e que tem todo amparo da família.
Nove Noites
· O título da obra faz relação de forma alusiva com as nove cartas que aparecem no
livro, onde está em itálico.
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· A obra possui uma narrativa que permite a quebra do tempo cronológico, onde só
ocorre na literatura contemporânea.
· O amor dos Homens Avulsos: A aula foi realizada de forma explicativa, no qual
obtive todas as informações necessárias, e no decorrer da aula foi possível adquirir
o aprendizado de maneira precisa e concisa. Uma excelente aula.
· Nove noites: A aula mesmo com um horário reduzido foi muito enriquecedora, pois
foram abordados os pontos principais da obra, de forma proveitosa, sendo assim
obtive a aprendizagem e as informações necessárias para um bom entendimento.
Resultando na reflexão sobre a narrativa.
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c) Estabelecer a relação dos seminários com a leitura das narrativas:
O Avesso da Pele:
· A descoberta da homossexualidade
Nove Noites
· A investigação do ocorrido
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· Acontecimentos na década de 30
2.
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até refechar o homem: na capela útero,
João Cabral de Melo Neto foi um poeta e escritor que fez parte da terceira geração
modernista no Brasil, conhecida como geração 45, suas obras são caracterizadas pelo
rigor estético e também pelo uso de rimas. O poema “Fábula de um Arquiteto” foi
escrito por Cabral no ano de 1966, ele se trata de uma inquietação por parte de Cabral,
em relação a Le Corbusier conhecido como arquiteto urbanista e pintor Francês, Cabral
o tinha como referência de arquiteto trazendo lucidez e construtivismo em suas obras.
E a partir do momento que Cabral visita a Capela de Ronchamp na França, construída
por Le Corbusier, ele se irrita vendo aquela obra, pois o que ele via era totalmente ao
contrário que Le Corbusier pregava anteriormente, então diante dessa nova concepção
de Cabral, ele naquele momento se ver obrigado a escrever o poema no qual estamos
falando.
Partindo de uma análise sobre o poema, observa-se que ele é dividido em duas partes
correspondentes a duas estrofes, possuindo 16 versos divididos em uma décima e uma
sextilha, seus versos são a maioria decassílabos com dez sílabas métricas, é possível
também observar a presença de rimas em quatro versos da primeira parte e quatro
versos da segunda parte. Como já citado anteriormente, o poema possui duas partes, a
primeira parte Cabral faz um resumo da primeira poética Corbusiana, o poema tem
uma abertura que propõe uma tarefa de como o arquiteto deve fazer, ele demonstra
isso na parte quando fala “Construir portas/de abrir” se referindo à estética e também
partindo para a moral.
Ao final dessa primeira parte é perceptível uma combinação entre “ar luz razão certa
“mesmo não havendo pontuação, separando-as “ar luz” seria os elementos naturais e
“razão certa” está sugerindo e supondo uma qualificação de espaço ideal”. A segunda
parte Cabral traz como uma descrição da antiarquitetura, que se trata de uma oposição
a primeira parte do poema e pôde-se observar que existe a figura de um homem na
qual se ver refechado e logo depois é perceptível a ligação do homem com um feto
quando lemos “na capela útero”. A partir desse poema Cabral faz uma reflexão
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crítico-poética trazendo como um retrocesso em relação às conquistas da
modernidade.
Esse poema faz parte da obra de mesmo nome que reúne produções de 1942– 1943.
Portanto, um dos primeiros livros publicados pelo poeta, exatamente o segundo. João
Cabral começa com este livro a trilhar o seu caminho de poeta da lucidez. E a obra de
engenharia, de arquitetura não aparece por caso, mas de caso pensado, o poeta é um
engenheiro. É um artesão que de estruturas simples e arejadas constrói um edifício
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uma obra. As palavras presentes no texto não se relacionam ao ato de sonhar “o sonho
do engenheiro” e sim a objetos concretos com os quais o sonho é concretizado.
Artigo: Maria de Fátima Costa, « Os "meninos índios" que Spix e Martius levaram
a Munique », Artelogie [Online], 14 | 2019, posto online no dia 07 janeiro 2019.
O artigo Os “meninos índios” que Spix e Martius levaram a Munique feito por Maria de
Fátima relata a era 1862 quando o naturalista Carl Friedrich Philipp von Martius (1794 –
1868), mais de 60 anos, escreveu essas palavras. Com elas recordava-se do momento
em que adquiriu um jovem índio da nação Juri durante sua passagem pela Amazônia.
A nota faz parte dos registros autobiográficos que o cientista levou ao papel ao final de
sua vida, descrevendo acontecimentos que continuavam retidos na sua memória.
Então com aborda as seguintes questões: A Relação entre índios e viajantes que
trata-se de como toda expedição científica que se dirigiu aos territórios americanos,
também a caravana bávara tinha dentre os seus focos de interesse – além dos três
reinos da natureza – conhecer e estudar as populações humanas que ali viviam. Havia,
então, muita curiosidade sobre esses povos sempre tidos como selvagens. Ao
chegarem à América Portuguesa, Spix e Martius pouco ou quase nada conheciam
sobre os povos americanos. Outra questão é a “Entrada de Miranha e Juri na
expedição” A maneira como esses quatro índios passaram a integrar a caravana
bávara é uma questão ainda um tanto nebulosa, uma vez que os próprios
expedicionários criaram diferentes versões sobre a aquisição dos jovens Miranha e
Juri. Para os Miranha conhecemos três diferentes narrativas.
Quanto à entrada do jovem Juri na expedição, as informações são mais restritas. Sobre
isso não há qualquer referência no Relatório que Spix e Martius enviaram ao rei, e na
narrativa Martius informa apenas que esse índio foi incorporado à caravana quando o
botânico passou pelas terras de Zany em Alvelos. Era 14 de junho de 1820 quando
Spix e Martius embarcaram na galera portuguesa Nova Amazônia, rumo a Lisboa.
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Levaram consigo grandes coleções e quatro índios, com idades presumidas entre 8 e
14 anos. Dois deles, entretanto, não resistiram à viagem transoceânica. Martius debitou
essas mortes a atitudes tomadas pelo capitão do navio que, segundo ele, havia posto
em prática toda sorte de picardias para lhes dificultar a viagem: prejudicou as coleções,
principalmente de plantas e animais vivos, e também os índios, que por falta de
assistência foram a óbito por problemas hepáticos.
O Avesso da Pele
O artigo relata como o racismo tem sido um grande problema no Brasil desde a
colonização e a era escravocrata. Atualmente, apesar de passados muitos séculos
desde estes acontecimentos históricos que inferiorizavam o negro, atitudes racistas e
preconceituosas contra os não-brancos estão cada vez mais presentes na sociedade
brasileira, sendo tratadas com muita naturalidade nos mais diversos espaços, fato
evidenciado pelos altos índices de violência, homicídios e crimes motivados por
questões raciais.
Assim, apesar desses acontecimentos, que permanecem presentes diariamente nos
noticiários, a ideia de que o Brasil não é um país racista é bastante persistente e, com
isso, o brasileiro custa a admitir que nasça racista o que dificulta o processo de luta
antirracista.
.Esse preconceito racial tem sido representado com certa frequência dentro da
literatura contemporânea. Apesar das vozes negras terem sido silenciadas durante
muito tempo, atualmente, a produção literária tem ganhado mais espaço no mercado
editorial brasileiro.
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principal objetivo analisar a narrativa de Tenório em busca de promover uma discussão
sobre o racismo na sociedade brasileira atual, bem como sobre a violência policial
contra o corpo negro que, frequentemente, é vítima de uma violência legitimada.
Quarenta dias
A partir daí, inicia-se para Alice uma experiência de estraneidade dentro de seu próprio
país, por causa de sua travessia regional. Se, como afirma Julia Kristeva (1994, p.45),
o estrangeiro designa-se como “aquele que não tem a cidadania do país em que
habita”, como entender a estraneidade causada pela falta de pertencimento por que
passa Alice ao deixar João Pessoa para Porto Alegre, mesmo que compartilhe da
mesma cidadania com os brasileiros do Sul?
Neste artigo, partindo do conceito de estrangeiro de Julia Kristeva, analiso a
experiência de deslocamento do Nordeste para o Sul do Brasil feito pela personagem
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Alice no romance de Maria Valéria Rezende. Argumento que Rezende afirma a
condição de estraneidade dos nordestinos em deslocamento a partir da experiência de
Alice enquanto uma mulher nordestina transitando pelo Brasil. Com isso, Quarenta
Dias coloca em xeque noções de pertencimento nacional, identidade brasileira e do
próprio conceito de estrangeiro e de cidadão nacional.
O artigo tem como objetivo promover uma leitura crítica sobre a construção das
relações homoafetivas no romance O Amor dos Homens Avulsos (2016), de Victor
Heringer, por meio da perspectiva do silenciamento de algumas personagens na
narrativa brasileira contemporânea e da heterossexualidade como regulação
comportamental afetuosa.
O Amor dos Homens Avulsos é uma obra rica em problemáticas: memória, afeto,
solidão, redenção, amor, ternura, homossexualidade, ditadura militar, divergências de
classes sociais e urbanização sem controle da cidade do Rio de Janeiro. É admirável a
habilidade do escritor em discutir tantas questões em um livro “breve” e traçá-las de
forma delicada e inventiva, não enfadonha. A narrativa se intercala entre passado e
presente pelas memórias do narrador. O menino Cosme, apadrinhado por seu pai,
morre em um terrível episódio de violência e tal ausência marca a existência de Camilo
para sempre.
No decorrer das páginas, há um Camilo adolescente, aos 13 anos, e suas primeiras
experiências afetivas, e um Camilo maduro, já aos 50 anos, com as vivências dessa
grande perda. Cosme foi o primeiro amor de Camilo e o passado se faz
constantemente presente, ditando os rumos da vida dessa amargurada e descontente
personagem.
O Amor dos Homens Avulsos é o primeiro livro do escritor lançado por uma grande
editora e o último publicado em vida devido ao seu falecimento precoce em março de
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2018. É uma surpreendente ficção, um texto encantatório. Victor Heringer deixou pela
sua pequena, porém distinta, carreira literária a força de sua escrita e a potência para o
clássico da nossa literatura.
1. Obra analisada
O livro possui uma narrativa dividida em três partes, a obra nos proporciona um diálogo
entre o passado e o presente, possuindo a presença de vozes que são identificadas,
como povos da floresta e da na natureza, incluindo a ancestralidade. O romance se
compõe entre ficção e história, no qual conta que no século XIX duas crianças
indígenas, Iñe-e e Juri, que foram levados para a Europa, por dois naturalistas Spix e
Martius que vieram para o Brasil fazer uma grande expedição científica.
A palavra chave para romance seria a alteridade, pois como leitor podemos nos sentir
próximo com a vivência, de acordo com as emoções, na perspectiva do olhar de um
outro, no livro vemos a mesma pelo olhar de mundo da menina indígena, Iñe-e, que
pertencia ao povo Miranha, juntamente com o menino do povo Juri são levados, juntos
com animais e plantas para a Alemanha, e eram vistos pelos naturalistas como seres
exóticos.
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costume. Uma das principais questões do livro era o fato de como os efeitos negativos
do colonialismo entre os povos nativos acontecia gerando o corte familiar.
Chegando ao destino final Munique Iñe-e e o menino Juri foram expostos a corte real
de Baviera, o que se torna extremamente cruel, pois a menina se sente totalmente
violada e desconfortável com os olhares dos convidados do rei, o que resulta na
exposição de criança indígenas que eram levadas para a Europa com o intuito de
servirem ao apetite dos curiosos. Logo após pouco tempo de chegarem em Munique as
crianças morreram, porque durante a viagem passaram fome e sede.
E por fim vale ressaltar o diálogo entre o conoto do “Meu tio Iauretê” com a obra “O
som do rugido da onça”, nas duas obras a onça é representada como um animal que
dá medo, mas que também pode ser íntima, a família de Iñe-e acredita que a menina
fez um pacto com a onça que ronda a aldeia e que, um dia a ela poderia se transformar
em um belo felino e matar todos, a figura da onça é carregada de significados no
romance de Verunschk, pois é uma obra corajosa e forte.
A obra “O avesso da pele” conta a história de Pedro, que logo após a morte de pai, que
foi assassinado de uma forma cruel e desastrosa, em uma operação policial em Porto
Alegre, ele vai em busca de saber sobre o passado de sua família e refazer então os
caminhos paternos, esse fato faz Pedro poder nascer para o novo momento que irá
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viver, porque assim conseguirá digerir todos os acontecimentos envolvidos na perda do
pai e, assim, renascer.
O autor Jeferson Tenório retrata uma narrativa com uma visão deum país marcado pelo
racismo e por uma sociedade com o sistema educacional falido, e nos mostra também
uma densa relação entre pais e filhos, a principal questão do livro é o fato de como o
homem negro lida com as inevitáveis fragmentações existenciais da sua condição
enquanto negro, em país extremamente racista.
O livro traz consigo as temáticas como: A redenção, superação e liberdade, e como os
personagens lidam com essas complexidades, as tragédias que ocorrem nas relações
familiares, para o autor o racismo difere da discriminação racial e do preconceito,
conceitos tidos como sinônimos por muitos. Para ele o preconceito racial é quando um
indivíduo julga o outro de forma negativa baseando-se nos seus estereótipos raciais,
enquanto a discriminação ocorre quando um indivíduo atribui a outro um tratamento
diferente, apenas pelo fato dele pertencer a uma raça diferente da sua.
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O autor Jeferson Tenório também coloca em O avesso da pele, “um corpo negro será
sempre um corpo em risco” (TENÓRIO, 2020, p. 184) e essa realidade não faz parte
somente do cenário brasileiro. Mesmo sendo inocente, Henrique perdeu sua vida de
maneira trágica, repentina e cruel. Após tantas abordagens, o professor, que estava
cansado daquilo, ao ser abordado, confrontou os policiais, ao ignorá-los, bastou este
simples e cotidiano movimento para que a vida de Henrique fosse tirada com vários
tiros.
O autor, de maneira poética e comovente, constrói uma narrativa sobre o racismo em
suas diversas estruturas, mostrando como ele afeta estes corpos negros, o avesso da
pele consegue abordar as questões centrais da sociedade brasileira.
.
HERINGER, Victor. O Amor dos Homens Avulsos
A obra conta a história de um garoto chamado Camilo, que possui uma deficiência
física e que precisa se adaptar ao Rio de Janeiro e também à presença de um estranho
Cosme, que passa a habitar a residência de Camilo, no primeiro capítulo é
demonstrado algumas características de Camilo, um menino muito branco, frágil e
imóvel.
Tendo como narrador da obra “O amor dos homens avulsos.”, o personagem central
um Camilo maduro, na faixa dos cinquenta anos, perambula por Queím, o
mesmo bairro de sua infância, onde relembra os acontecimentos que precederam o
assassinato de Cosme, seu melhor amigo e primeiro amor.
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Com algum tempo de convívio Camilo e Cosme descobrem sua sexualidade, e se
relacionam amorosamente, após serem vistos juntos em um momento de intimidade
pelo companheiro da empregada da casa de Camilo, Adriano acaba matando Cosme.
A história dos dois é de um amor comum que foi tristemente interrompido.
O foco narrativo é em terceira pessoa e conta a relação de Camilo com Renato, neto
do assassino de Cosme, já como pai adotivo desse garoto. No capítulo 66, o maior do
livro, é o espaço de desabafo de Camilo pela morte de Cosme, há ódio e descrença na
humanidade. A partir disso, ele vai retrocedendo cada vez mais, o que pode explicar a
ordem numérica decrescente. Na segunda parte, aos 50 anos, ele consegue escrever
uma nova história para si que é perceptível para um narrador de fora. Camilo encontra
em Renato uma forma de redenção para si por meio da ternura e do amor paterno.
O Amor dos Homens Avulsos é uma obra rica em problemáticas como: memoria, afeto,
solidão, redenção, amor, ternura, homossexualidade, aspectos de enxergar tal narrativa
no interior da literatura contemporânea brasileira, assim como a construção de
personagens, não de forma determinante, como uma “temática homossexual” do
romance, e sim, de discussão da heterossexualidade como um regime político, como
uma imposição de comportamento para as relações de afeto em nossa sociedade
dentro e fora do texto literário.
A obra de Maria Valéria Rezende conta a história de Alice, uma professora de francês
aposentada, que é submissa, e dominada pela sua filha Norinha, após a filha lhe levar
para morar em Porto Alegre, sofrendo então violência psicológica pela sua própria filha
e familiares que insistiram na mudança.
A história é narrada pela própria perspectiva de Alice para com toda a situação que
vivenciou antes e depois da mudança para Porto Alegre, ela narra todos os
acontecimentos através de um caderno da Barbie, no qual ela relata sobre todas as
coisas, desabafando com a sua amiga Barbie, que por sua vez acaba se tornando uma
interlocutora da história.
Alice na faixa dos sessenta anos vive na Paraíba, ficou grávida de Aldenor, porém o
mesmo desapareceu, sendo assim mãe jovem, criou sua filha sozinha, sempre
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trabalhou desde cedo para que nada faltasse para sua filha, e assim foi, quando
Norinha entrou para faculdade se tornou distante de sua mãe, que não entendia o
motivo.
Norinha foi morar para Porto alegre, com seu marido Umberto, em uma visita em João
Pessoa para visitar sua mãe ela decide impor que a mesma se mude para Porto
Alegre, pois Norinha e Umberto desejavam ter um filho, e para isso precisam que Alice,
morasse definitivamente lá, Alice hesitou, mas depois de muita insistência e pressão da
filha ela acaba cedendo, e vai então para Porto Alegre. Chegando na cidade, Alice se
sente extremamente deslocada, e não reconhece o apartamento novo como casa.
Em uma ligação com sua prima Elizete, a prima pergunta se ela poderia ir atrás de um
conterrâneo que estava sem dar notícias para família, e então Alice decide ir em busca,
impulsionada pelo fato da filha ter uma viagem de meses para Europa, Alice ao saber
ficou desolada. E então saiu em busca de Cícero Araújo, e nessas andanças acabou
passou quarenta dias nas ruas de Porto Alegre, pois a mesma não tinha vontade de
voltar para o apartamento no qual morava, e usava o motivo do sumiço de Cícero
Araújo para permanecer nas ruas.
Após se encontrar em uma situação difícil na lida das vivências nas ruas, Alice decidiu
voltar para o apartamento, e acabou se contentando com a vida que iria levar em Porto
Alegre.
A Literatura é de suma importância, pois é através dela que temos a experiência com o
texto literário que pode não apenas tocar emocionalmente o leitor, como também
favorecer um pensamento crítico acerca de questões éticas, políticas, sociais e
ideológicas, além de levar a uma análise das estratégias linguísticas de construção
desse texto. A leitura é uma forma ativa de lazer e conhecimento.
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valorizar a importância da literatura para o ensino. Dessa forma, criar mecanismos
capazes de formar um leitor capaz de processar, criticar, contradizer ou avaliar as
informações diante de si, como também que saiba desfrutar, que dê sentido e
significado ao que lê.
O ensino da disciplina Literatura Brasileira IV, foi de grande excelência, pois através da
mesma obtive um vasto conhecimento relacionado a obras de romances literários, e
como professora em formação possuo o intuito de futuramente fazer com que meus
alunos desenvolvam o gosto pela leitura e o senso crítico e melhorando a escrita, como
também a capacidade de argumentação e comunicação com o outro. Para tanto,
devemos incutir em nossos alunos que a literatura é algo prazeroso.
A literatura é essencial para o ensino da Língua Portuguesa, e também de outras áreas
de conhecimento humano, porque com o hábito da leitura o aluno consequentemente
irá possuir uma escrita melhor, além de ter facilidade no entendimento de outras
disciplinas, também irá se tornar um cidadão reflexivo.
Por isso, como professora em formação tenho o dever de pôr em prática tudo que
aprendi durante as aulas de Literatura Brasileira IV, compartilhando leituras com os
alunos, fazendo comentários ou interpretações que estimulem nos estudantes a
sensibilidade, o senso crítico, a capacidade argumentativa, e sejam assim susceptíveis
de lançar luz sobre o modelo de ensino que ainda se encontra nas escolas.
Por outro lado, o uso desse instrumento permite que nós professores em formação
saibamos como manusear, literalmente um portfólio, com base na aquisição das
competências, conforme estabelecidas na orientação, e na realização do portfólio
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encontrei alguns desafios com: melhorar na delimitação dos assuntos, saber discorrer
os artigos de forma mais objetiva, a necessidade de mais leitura em busca de
conhecimento, e também a melhoria de vocabulário, percebi que no decorrer da
construção do portfólio, houveram palavras repetidas. e então optava sempre por um
sinônimo.
Com o uso desse instrumento foi possível observar que um aspecto vai transparecendo
ao longo do tempo: a importância das anotações sobre os conteúdos teóricos a
respeito de práticas cotidianas em sala de aula são essenciais. Então esse fator serviu
totalmente para o meu aprendizado, o que enfatiza a forma de relatar como uma
experiência de aprendizagem constituindo, assim, um potencial didático para que a
construção de um próximo portfólio possa fluir com maior facilidade.
Portanto, considero que esse instrumento foi adequado para avaliar a aprendizagem
dos conteúdos, inclusive a profundidade da mesma. Além disso, foi possível avaliar as
razões que justificaram alguns tópicos no início do portfólio através da autoavaliação
dos alunos, e até de conhecer como nós enquanto docentes nos sentimos em relação
a nossa vivência acadêmica, por meio do registro da autoavaliação, nos levando a uma
reflexão necessária sobre o ensino e aprendizagem por meio de um instrumento eficaz
e preciso.
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