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RELATÓRIO TÉCNICO RL-3010.57-5250-175-PNE-001 0
PROGRAMA: SERVIÇO DE REPARO E CONSTRUÇÃO CIVIL FOLHA:
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OFFSHORE NOS CASARIOS
TÍTULO:
Avaliação do sistema de ventilação da cozinha e refeitório da P-40

ÍNDICE DE REVISÕES
REV DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

0 Emissão original.

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DATA 14/05/2022
PROJETO PNE
EXECUÇÃO KBM9
VERIFICAÇÃO N50G
APROVAÇÃO UN-BC/GDRS/GO
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA PETROBRAS, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
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Avaliação do sistema de ventilação da cozinha e refeitório da P-40

1. OBJETIVO

Este relatório tem por objetivo registrar o resultado da análise realizada no


sistema de exaustão/insuflação da cozinha/refeitório da plataforma P-40,
em complemento ao relatório de embarque elaborado pela ENGP em
fevereiro de 2022, para atendimento à nota ZE 13703929.

A análise se baseou na verificação da conformidade do sistema de


ventilação da cozinha/refeitório, quanto a manutenção e atendimento aos
parâmetros originais de projeto, assim como aos requisitos normativos
pertinentes, visando propor alternativas para melhoria da sensação
térmica dentro da cozinha, principalmente, que tem apresentado
desconforto devido à alta temperatura.

2. DOCUMENTOS REFERÊNCIAS:
- MC-3010.57-5250-940-TAW-001 – Memória de cálculo de cargas
térmica e exaustão – cozinha, paiol e refeitório;
- DE-3010.57-5250-320-ABB-126 – Air ducts e supports arrangement
accommodation – Main deck;
- LD-3010.57-8230-940-TAW-001 – Lista de Documentos – Reforma das
acomodações de P-40;
- DE-3010.57-8230-175-TAW-001 – Planta de arranjo, cortes, detalhes e
desmontagem de HVAC;
- FD-3010.57-5250-175-TAW-001 – Folha de dados – Sistema de HVAC-
Coifa cozinha;
- FD-3010.57-5250-320-ABB-100 – Folha de Dados do item VE-525104
A/B;
- FD-3010.57-5250-325-TAW-001 – Folha de Dados – Exaustor –
Cozinha, paiol e refeitório;
- FD-3010.57-5250-325-TAW-002 – Folha de Dados – Ventilador,
cozinha, paiol e refeitório;
- Norma ABNT NBR 14518:2020 – Sistemas de ventilação para cozinhas
profissionais;
- RELATÓRIO DE EMBARQUE P-40 NOTA ZE 13703929 (Emitido pela
ENGP).

3. DESENVOLVIMENTO

O trabalho foi iniciado com o levantamento de informações relevantes,


busca e análise de documentos originais do projeto, conversa com
equipe de bordo, além de inspeção visual, quanto a presença de não
conformidades e aspecto de integridade das instalações. Foram
realizadas também, medições de campo para verificação das condições
operacionais dos equipamentos.

3.1 Equipamentos

3.1.1 - VE-525104A (ventilação)


- Fabricante: SISTEMA EISELE;
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- Modelo: SAAX 400D;


- Quantidade: 01.

3.1.2 - VE-525104B (ventilação)


- Fabricante: SOMAX;
- Modelo: DES.38MW Tam.400 Tubo;
- Série: 07.18.44314.19979.01
- Vazão: 5.440 m3/h;
- Pressão Est.: 350 Pa;
- Rotação: 3.400 rpm;
- Quantidade: 01.

Foto 01 – Imagens cedidas pelo COMAN Adalberto, com informações do sistema de insuflação.

3.1.3 - VE-525105A/B (exaustão)


- Fabricante: ABB Milj0 AS;
- Modelo: HCGB-040-03;
- Série: 04-11-02-29x;
- Vazão: 5.400 m3/h;
- Pressão Est.: 531 Pa;
- Rotação: 2050 rpm;
- Quantidade: 02.

Foto 02 – Imagens cedidas pelo COMAN Adalberto, com informações do sistema de exaustão.
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3.1.4 - DPS-5255500/501 (DAMPER–FD-3010.57-5250-299-TAW-


002)
Fabricante de referência: TROX do Brasil;
Modelo de referência: KUL-E – Fluxo turbulento;
Quantidade: 02.

Obs.: No documento DE-3010.57-5250-320-ABB-126 os DAMPERS


estão identificados com o TAG DF-525105A/B, desta maneira, será
necessária a verificação in loco, para confirmar se características dos
mesmos então conforme FD citada.

Foto 03 – Imagens retiradas do DE-3010.57-5250-320-ABB-126 Rev.04.


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3.2 – Levantamento de informações

No levantamento de informações realizados junto à equipe de


manutenção, foi sinalizado que o principal problema do sistema de
insuflação/exaustão da cozinha se concentrava na região da coifa,
onde o sistema de exaustão tem funcionado de maneira ineficiente,
resultando num aumento da temperatura localizada naquela região.

Outro fator relevante identificado foi com relação ao plano de


inspeção e manutenção do sistema de ventilação da cozinha, que
conforme relatado, não se tem conhecimento da existência de uma
periodicidade de inspeção e limpeza nos dutos de exaustão da
cozinha. Nos demais dutos de ventilação e exaustão da plataforma
são realizados, periodicamente, serviços de inspeção e limpeza.

Baseado nestas informações, foi realizado um trabalho focado na


avaliação do sistema de exaustão, já que a insuflação não apresentou
problemas e nem queixas referentes a eficiência do mesmo.

3.3 – Inspeção Visual

Visualmente os equipamentos (ventiladores, motores) encontram-se


em bom estado de conservação, não apresentando anormalidades
aparentes, quanto ao funcionamento, e nem descontinuidades que
possam estar impactando negativamente na eficiência dos sistemas,
tanto de exaustão, quanto de insuflação.

Os dutos encontram-se externamente com processo de corrosão em


pontos dispersos, principalmente na região de frestas das conexões.
Foram detectados também pontos com descolamento da pintura, em
ambos os dutos, e um furo no duto de insuflação (vide foto 08).

Dentre as não conformidade observadas, destacou-se a presença de


resíduo oleoso (gordura) impregnado na saída do duto de descarga
dos dois exaustores, principalmente na saída do exaustor VE-05B.
As aletas encontram-se com gordura oriunda do processo (aspirada
da cozinha), de modo que o material impregnado chegou a escorrer
até o piso.

3.4 - Medições

Para avaliação da conformidade, quanto a eficiência do sistema de


exaustão, foi realizada a medição da velocidade do ar na descarga
dos exaustores. Com essa medição foi possível calcular a vazão de ar
de descarga e comparar com a vazão recomendada, segundo os
parâmetros aceitáveis de projeto.

Para esta avaliação foi utilizado um anemômetro Minipa modelo MDA-


11 com data de calibração em 24/03/2021 (TAG ANE-9360B), cujo
valor encontrado pôde ser utilizado para cálculo da vazão presente e
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comparado com os valores de referência de projeto e especificados


para a condição recomendada, conforme norma brasileira ABNT NBR
14518, que no seu item 7 sinaliza que:

“Quando não se conhece a operação futura do local, recomenda-se


prever 60 renovações horárias do volume da área de cocção da
cozinha. ”

Para essa taxa de renovação de 60 volumes de ar por hora, e


dimensões do duto de saída dos exautores, a vazão esperada de ar,
na saída do exaustor, será de aproximadamente 5,81 m3/s (vide
cálculos no item 7 deste relatório), tendo como base o volume de ar
da cozinha mais o volume do refeitório (por estarem interligados).

4. RESULTADOS

Foram realizadas medições com o anemômetro, onde procurou-se


registrar uma média dos valores máximos alcançados, pois a depender
da posição do rotor do detector do instrumento, a velocidade variava
conforme o ângulo de posicionamento.

Desta maneira, foram feitos os seguintes registros:


a) para a descarga no exaustor VE-05A foi medida uma velocidade de
17,00m/s;
b) para a descarga no exaustor VE-05B foi medida uma velocidade de
16,82m/s.

Foto 04.a – Registro da medição realizada na saída do sistema de exaustão do VE-05A.

Foto 04.b – Registro da medição realizada na saída do sistema de exaustão do VE-05B, e imagem do
equipamento utilizado para medição.
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Fazendo uma avaliação com base na velocidade do ar medida na saída


dos dutos dos dois exaustores, e na área de saída do duto de ar, temos
como resultado uma vazão equivalente a 4,26 m3/s.

5. CONCLUSÃO

Com o resultado da vazão equivalente, calculado a partir da velocidade


medida na saída dos exaustores, pôde-se constatar que o sistema está
com uma redução de aproximadamente 27%, comparativamente ao valor
calculado para proporcionar 60 renovações do volume de ar por hora.
Este resultado mostra que apesar do cálculo, para definição do volume
total está sendo conservador, uma vez que está considerando o volume
equivalente a soma dos volumes da cozinha e do refeitório, temos uma
redução significativa da vazão requerida.

Como os equipamentos do sistema de exaustão (motores e ventiladores)


encontram-se funcionando aparentemente dentro de sua normalidade e
possuem plano de manutenção periódica, será considerada a premissa,
por eliminação, que a ineficiência do sistema esteja sendo motivada por
algo a montante dos ventiladores exaustores.

Desta forma, seguindo para o quesito dutos de ventilação, que não


apresentaram (nos trechos aparentes) descontinuidade que possam estar
corroborando com a baixa eficiência do sistema de exaustão, nos leva a
crer que o problema deve estar localizado no trecho não acessado,
dentro do casario, ou internamente ao duto de ar, uma vez que foi
detectada a presença de resíduo oleoso aparente na saída do duto
(descarte de ar de exaustão).

O fato de não haver um plano de inspeção periódica e limpeza desses


dutos, reforça a hipótese de que o problema, possa está mais fortemente
relacionado as condições de falta de limpeza interna dos dutos e
componentes, tais como os DAMPERs, que podem estar apresentando
uma impregnação de resíduos oleoso a ponto de restringir a passagem
do ar, com consequente diminuição da eficiência do sistema de exaustão.
Essa restrição pode estar causando essa redução em 27% da vazão de
descarga do exaustor, comparativamente a vazão mínima requerida e
estimada.

6. RECOMENDAÇÕES

1- Abrir nota para realização de inspeção do sistema de dutos, trecho


que abrange a cozinha, prioritariamente, dentro do casario, por
empresa especializada, para verificação das condições de integridade
e limpeza interna do sistema de exaustão.

2- Implementar plano de limpeza periódica considerando os parâmetros


de avaliação, conforme itens 12.3.1 e 12.3.2 da ABNT NBR 14518,
que indica a necessidade de ser realizado um ciclo de limpeza dos
componentes do sistema, em função do regime operacional e face
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aos depósitos de gordura e óleo condensados e outros tipos de


materiais combustíveis que não podem exceder a 3,0mm de
espessura em qualquer parte do sistema, conforme Tabela 1.

Tabela 1 – Limites de deposição de gorduras nos dutos e demais componentes do


sistema de exaustão.

Obs.: A espessura máxima aceitável após a limpeza deve ser de até 0,05mm.

3- Realizar tratamento mecânico e pintura, externamente aos dutos de ar


e carcaça dos equipamentos (tanto sistema de exaustão, quanto de
insuflação), nos pontos que apresentam corrosivo atmosférica em
pontos dispersos e com danos na pintura. Após tratamento e pintura,
eliminar as frestas existentes nas conexões de união dos dutos de ar.

7. DADOS E CÁLCULOS FEITOS COM A PLANILHA EXCEL

Analise das vazões necessárias


(60 renovações por hora conforme ABNT NBR 14518:2020)
Dados
Pé direito (m) 2,20
Área da cozinha (m2) 68,23
Área do refeitório (m2) 90,19
Nº de renovações por hora 60,00
Velocidade saída do exaustor VE-05A (m/s) 17,00
Velocidade saída do exaustor VE-05B (m/s) 16,82
Área da saída do duto de exaustão (m2) 0,13

Cálculo do volume
Volume da cozinha (m3) 150,11
Volume do refeitório (m3) 198,42
Volume total (m3) 348,52

Cálculo da vazão requerida


Qrequerida (m3/h) 20911,44
Qrequerida (m3/s) 5,81

Cálculo da vazão de saída dos exaustores


Qsaída do exaustor VE-05A (m3/s) 2,14
Qsaída do exaustor VE-05B (m3/s) 2,12
QTotal saída dos exaustores (m3/s) 4,26
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7.1. Observações e considerações:

a) Para verificação da conformidade foi realizada a comparação entre a


vazão requerida e a vazão de saída dos exaustores;

b) Para efeito de cálculo do volume total e consequente definição da


vazão requerida, foram considerados o somatório do volume do
espaço do refeitório e da cozinha conforme indicados no documento
DE-3010.57-5250-320-ABB-126;

c) A área da saída do duto de exaustão foi considerada conforme


informado no documento DE-3010.57-5250-320-ABB-126, sendo de
315mm x 400mm.
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8. REGISTRO FOTOGRÁFICO

Foto 01 – Aspecto geral do conjunto de Foto 02 – Aspecto da carcaça dos ventiladores


insuflação. e motores do sistema de insuflação.

Foto 03 – Aspecto da carcaça dos ventiladores Foto 04 – Saída do duto de exaustão do VE-
e motores do sistema de exaustão. 05A. Resíduo escorrendo pelo suporte.

Foto 05 – Detalhe da saída do exaustão VE- Foto 06 – Detalhe da saída do exaustão VE-
05A, com vazamento de resíduo oleoso. 05B, com vazamento de resíduo oleoso.

Foto 07 – Aspecto externo do dutos de ar. Foto 08 – Furo no duto de insuflação.

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