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 ÍNDICE
01 MATÉRIA E DADOS
04 garantias legais
06 ALUSÕES CINEMATOGRÁFICAS
07 citações
08 possíveis teses
09 propostas de intervenção
10 palavras - chave
11 proposta de redação
ATENÇÃO
REDAÇÃO: escrita manualmente.
EMAIL: cvfocoredacao@gmail.com
PRAZO: 7 dias.

01
 matéria e dados

CALOUROS SOFREM QUEIMADURAS EM TROTE DA UFPR: O

QUE SE SABE E O QUE FALTA ESCLARECER

A Polícia Civil investiga um trote realizado na noite de quarta-feira (30) por

estudantes de medicina veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR),
em Palotina, no oeste do estado. O episódio terminou com ao menos 25 calouros
com queimaduras de primeiro e segundo grau.
1. QUANDO E ONDE TUDO OCORREU
O trote com os calouros aconteceu na noite de quarta-feira (30) em um
terreno baldio há menos de cem metros da entrada do campus de Palotina, da
Universidade Federal do Paraná (UFPR), no oeste do estado.
Conforme a Polícia Civil, as vítimas relataram que, inicialmente, tiveram
que pedir dinheiro pelas ruas da cidade. Depois, o grupo foi levado ao terreno e
foi obrigado a se ajoelhar. Imagens mostram os calouros sendo levados
enfileirados até o local.
Lá, o produto que provocou as queimaduras teria sido derramado sobre
os estudantes.
2. O RELATO DOS CALOUROS
Ainda na noite de quarta-feira as vítimas denunciaram o episódio à polícia.
Segundo eles, como parte do trote, um líquido foi jogado nas costas deles,
provocando queimaduras. "Todo mundo começou a reclamar que tava ardendo,

01
que tava queimando", relatou ao g1 um dos calouros, de 19 anos.
3. O ESTADO DE SAÚDE DAS VÍTIMAS
O Hospital Municipal de Palotina, para onde foram levados os alunos
feridos, afirmou que eles tiveram queimaduras de 1° e 2° grau. Uma aluna,
segundo a instituição, chegou a inalar o produto e desmaiou.
Dos 21 estudantes que foram encaminhados ao hospital, 20 foram
liberados ainda na noite de quarta-feira (30). A jovem que inalou o produto,
segundo o hospital, ficou em observação e teve alta na manhã desta quinta-feira
(31).
4. O QUE PROVOCOU AS QUEIMADURAS
Os calouros relatam que os veteranos derramaram creolina no corpo
deles. Uma lata do produto, um desinfetante e germicida de uso veterinário, foi
apreendida pela polícia. Porém, o delegado responsável pelo caso, não descarta
a possibilidade outro material ter sido misturado à creolina.
O material será periciado a fim de identificar o que provocou os ferimentos.
De acordo com o fabricante do produto apreendido, o contato com a substância
pode causar dor de estômago e de cabeça, vermelhidão na pele, náusea e
tremores.

(Disponível em: https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2022/03/31/calouros-

sofrem-queimaduras-em-trote-da-ufpr-o-que-se-sabe-e-o-que-falta-esclarecer.ghtml )

CAUSAS DO TROTE VIOLENTO

Negligência universitária
v Na maioria dos casos, a instituição não faz parte desse tipo de acolhida,
sendo conivente com os abusos que acontecem.
v Quando há denúncias, a fim de evitar polêmicas e possíveis processos, a
universidade toma medidas apenas para esconder os casos, ela não se
preocupa em prevenir novos e nem em ajudar as vítimas.
Bullying
v A sensação de superioridade daquele que já ingressou no ensino superior
o faz agir com desprezo e humilhar os novos estudantes.

02
 v Consequentemente, tem-se um ciclo, em que, sempre, a vítimas torna-se,
depois, o agressor.
v Mulheres, assim como negros e deficientes, por serem mais vulneráveis, são
enxergados como “prezas” fáceis.
Impunidade
v Como se trata de estudantes, a sociedade tende a olhar a prática com olhos
benevolentes, percebe, somente, uma brincadeira aceitável.
v As investigações policiais, quando acontecem, não prosperam, pois os casos
são considerados de menos importância.

03
 garantias legais
G
CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Artigo 6º: São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação,

o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previ-
dência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistên-
cia aos desamparados, na forma desta Constituição.

04
 garantias legais
G
CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Artigo 205: A educação, direito de todos e dever do Estado e da

família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.

05
alusões cinematográficas
CÓDIGO DE SILÊNCIO

País: Estados Unidos.

Ano de lançamento: 2017.
História: Um filme com uma forte carga dramática sobre
algo que ainda é um tabu dentro das faculdades: o trote.
Um calouro norte-americano acompanha os trotes violentos
praticados pelas fraternidades e precisa escolher entre
denunciar a situação ou manter essa tradição cruel.

THE HUNTING GROUND

País: Estados Unidos.

Ano de lançamento: 2015.
História: The Hunting Ground é um documentário sobre os
estupros ocorridos nos campi universitários estadunidenses
e o fato de as universidades abafarem os casos para não
perderem doações milionárias e diminuição nas matrículas,
já que a maioria é privada. Assim como naquele país, muitos
desses casos são, também, comuns no Brasil, sobretudo,
quando os estudantes estão mais vulneráveis e buscando
aceitação social, ou seja, durante o trote universitário.

06
 citações
GENÉRICAS

Filósofos contratualistas (John Locke, Rousseau e Thomas Hobbes): atribuem ao Estado a respon-
sabilidade de manter o equilíbrio social.
(Use de modo a culpar o Estado pelos problemas atuais)

Karl Marx, filósofo e sociólogo prussiano: “Não é mais o caso de compreender o mundo, mas de
transformá-lo”. (Use na conclusão ou em parágrafos que falam de mudanças, assim dará mais força
aos seus argumentos).

Gilberto Dimenstein (jornalista brasileiro): Na sua obra Cidadão de Papel, ele elucida a realidade de
os brasileiros não possuírem seus direitos garantidos na prática, mas apenas no papel.
1.“As leis no Brasil são consideradas letras mortas”.
2.“No Brasil, leis não garantem direitos; a Legislação, aqui, transforma-se em letras mortas”.

ESPECÍFICAS

Jean-Jacques Rousseau, filósofo suíço: “O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”.

Emile Durkheim, sociólogo e antropólogo francês: para ele, a escola é uma das instâncias de socia-
lização, ou seja, ela não se limita apenas a passar o conteúdo, ela também deve passar noções de
cidadania, moral.

Pierre Bourdieu, sociólogo francês: para ele, a violação aos Direitos Humanos não consiste somen-
te no embate físico, o desrespeito está, sobretudo, na perpetuação de procedimentos que atentam
contra a dignidade da pessoa humana ou de um grupo.

Fernando Pessoa, poeta português: “A violência, seja qual for, foi sempre para mim uma forma es-
bugalhada da estupidez humana”.

Kant, filósofo prussiano: “O homem é aquilo o que a educação faz dele”.

Jean Paul Sartre (filósofo francês): A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sem-
pre uma derrota.

João Paulo II (papa da Igreja Católica): “A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade
da vida, a liberdade do ser humano”.

07
 possíveis teses

A falta de fiscalização nas atividades universitárias, principalmente por parte

da própria instituição, é causa do problema.

Certamente, a carência de punições, sejam elas administrativas, sejam penais,

incentivam a continuidade dos trotes violentos.

Tese interrogativa: Por que o direito à educação está sendo ameaçado por es-
sa atitude violenta e intimidadora?

Diante disso, o que deve ser feito para que os novos universitários sejam,
efetivamente, recebidos com festa e respeito?

08
 PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Por isso, o Ministério da Educação, como representante máximo da área no

país, é seu dever emitir uma cartilha, direcionada a reitores, docentes e discentes,
em que serão feitas recomendações sobre a realização de trotes universitários-
em que serão incentivadas as recepções que envolvam trabalhos solidários e com
a presença de professores-, mediante diálogo com representantes estudantis e psi-
cólogos- estes são capazes de mostrar os efeitos positivos de uma recepção caloro-
sa-, com o intuito de permitir que a socialização entre veteranos e calouros aconteça
de forma segura.

MINISTÉRIO PÚBLICO

Portanto, o Ministério Público, instituição que tem o dever de proteger a Democracia

e os Direitos Humanos, tem o dever de, por meio de parceiras com as policias respon-
sáveis por proteger os campi, realizar intensa fiscalização, principalmente, no início de
cada período letivo, com o fim de identificar e denunciar os agressores presentes nos
trotes, com a finalidade de garantir uma festa respeitosa e segura.

MÍDIA

Percebe-se, assim, que a mídia, utilizando de sua capacidade de forma opinião e

divulgar informações, tem o dever de, por meio de reportagens e documentários,
veiculados em horário nobre para que possam atingir o maior número de telespec-
tadores, debater o assunto, denunciar os excessos da recepção universitária- por
intermédio de vídeos feitos pelas próprias vítimas e por terceiros, que mostrem as
agressões-, a fim de pressionar as instituições a terem mais diligência e fiscalizar
essas festas.

09
PALAVRAS - CHAVE

Exclusão/ Preconceito/ Bullying.

Educar/ Incluir/ Ensinar.

Observar/ Punir/ Fiscalizar.

Proibir/ Festejar/ Incluir.

Recepcionar/ Comemorar/ Respeitar.

Veteranos/ Calouros/ Universitários.

10
 proposta de redação

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos cons-
truídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em mo-
dalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Trote universitário:
quais os limites entre a brincadeira e a violência?”, apresentando proposta de in-
tervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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