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Chinesa
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados a seus respectivos autores descritos
na Bibliografia Consultada.
MÓDULO III
1. RIM
A fração pura mais leve (jin vapor) é dispersa aos músculos e pele e desempenha
um papel semelhante ao weiqi. Já a fração pura mais densa (yie, fluídos) é distribuída
pelo pulmão através do corpo (zang fu, tecidos e orifícios) e quando essa circulação de
fluidos se toma impura, esses fluídos são liquefeitos pelo pulmão e descendida aos rins.
Os rins separam esses líquidos em fração impura que é enviada à bexiga onde poderá
haver reabsorção de parte desse produto e a outra (urina) parte é excretada. As frações
puras dos líquidos são transformadas em vapor pelos rins e ascendidos ao pulmão para
retomar ao ciclo de circulação dos fluídos.
Se a atividade do qi dos rins é deficiente, suas responsabilidades de excretar o excesso
de líquido "abrir” e de armazenar o volume de líquido necessário ao organismo ("fechar")
poderão ser afetados. A deficiência dos rins yang pode gerar deficiência do pulmão yang,
o qual não produz "secura" suficiente, ou melhor não produzem a mobilização do jin ye, o
qual se acumula, porque a "abertura" não funciona adequadamente, ocasionando micção
difícil e edema.
Por outro lado se os rins yin apresentam deficiência, poderá ocorrer deficiência do
pulmão yin desencadeando um processo de excesso de secura e calor ocasionando
diminuição de jin ye, resultando em inflamação.
O pulmão realiza a captação (inspiração) do qi puro do ar, e envia abaixo aos rins
através de sua função de descensão do qi. Esse processo é auxiliado pelos rins, que têm
a responsabilidade de receber e subjugar o qi descendido pelo pulmão. Quando o qi dos
rins e o qi do pulmão estão saudáveis, a respiração mostra-se suave e regular.
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Havendo deficiência do pulmão, este não tem poder de realizar a descensão
adequada do qi. Se ocorrer deficiência nos rins, eles não têm força para submeter
apropriadamente o qi recebido, tanto num caso ou noutro ou ainda em ambos os casos de
deficiência, resultará em insubmissão do qi no pulmão, com sinais de desordem em sua
função de dispersão e descensão e do processo de inalação tais como: dispnéia com
dificuldade de inalar que se agrava com o movimento, asma, etc.
1.2 Os rins abrem-se nos ouvidos, manifestam-se nos cabelos e controlam os orifícios
inferiores.
Padrões de desarmonia
2. S H A O C H A N G - INTESTINO DELGADO
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2.1 Generalidades
2.2 Funções
3. VESÍCULA BILIAR
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3.1 Generalidades:
A Vesícula Biliar está localizada nos lado direito do hipocôndrio. Pertence a fase
madeira (mu) e seu canal está conectado ao canal do fígado com o qual está exterior-
interiormente relacionado.
3.2 Funções
Sua função principal é receber e armazenar a bile (jing Zhi) produzida pelo fígado,
liberando-a periodicamente ao intestino delgado para auxiliar a digestão dos alimentos. A
bile é uma substância pura que possui estado líquido, cor amarelada e sabor amargo. Em
condições normais a vesícula biliar promove a descensão do seu qi e da bile e colabora
com a função de transformação (digestão) do baço e estômago.
Além de estarem anatomicamente muito próximos as funções da vesícula biliar
possuem estreitas relações com a função do ligado de manter livre o fluxo de qi.
Em condições normais a vesícula biliar promove a descensão de seu próprio Qi e
da bile. Se ela não é bem sucedida na execução de suas funções, o Qi poderá tomar
sentido contrário, isso é, subir, provocando sabor amargo na boca, vômitos de gosto
amargo e de cor amarelada e ainda prejudicar a função de transformação e transporte do
estômago e do baço, o que neste caso produzirá distensão abdominal com fezes
pastosas.
No plano intelectual o fígado é associado com o planejamento e a vesícula biliar
com a tomada de decisões.
Na clínica, as desarmonias do fígado e da vesícula biliar aparecem amiúde,
simultaneamente, devido à próxima relação entre eles e não é difícil realizar uma clara
distinção. Frequentemente ambos estão envolvidos nas perturbações do livre /luxo do Qi,
inclusive nas alterações das emoções e do intelecto.
Se o fígado produz ou supre de bile irregularmente a vesícula biliar ou se esta
apresenta alteração na armazenagem ou liberação da bile, havendo desarmonia em
ambos zang fu Nas afecções como icterícia, hepatite, colecistite e desordens digestivas
relacionadas com a bile, transtornos emocionais com angústia, irritabilidade, distúrbios do
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sono e pesadelos, insônia e desordens intelectuais como dificuldade de planejar, falta de
discernimento, falta de coragem e tomada de decisões, timidez, o tratamento é
direcionado a ambos os órgãos: fígado e vesícula biliar.
O medo quando se manifesta em termos de indecisão e timidez está associado às
desarmonias da vesícula biliar e se for em termos de pânico e ansiedade está associado
ao coração. Desarmonias da relação entre o coração e a vesícula biliar poderão gerar
sinais como medo, inquietação e irritabilidade, inclusive palpitações.
Pelo fato de não produzir substância pura e por apresentar configuração oca e
ajudar na digestão a vesícula biliar é considerada uma das seis vísceras (Fu). Entretanto
ela possui uma particularidade que a diferencia das demais vísceras: não recebe nem
transmite alimentos, apenas armazena e libera um líquido puro, isto é, a bile. Por isso é
também classificada como víscera curiosa.
4. WEI ESTÔMAGO
4.1- Generalidades
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formarem par, pela relação Bio Li de seus jing luo, possuem amplas atividades
fisiopatológicas. Suas diferenças básicas são a comparação entre o baço e o estômago.
4.2 Funções
5. BEXIGA
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5.1 Generalidades
A bexiga está situada na região inferior do abdômen. Corresponde à fase água e seu
meridiano por relação interior - exterior com canal dos rins. As funções da bexiga estão
proximamente relacionada às dos rins.
5.2 Funções
"A bexiga tem a função subalterna de retenção e excreção dos líquidos". Sua
principal responsabilidade é receber, estocar temporariamente e transformar a fração
impura dos líquidos antes de excretá-la do corpo sob a forma de urina. Os fluidos impuros
provenientes do pulmão são recebidos pelos rins. Mais aqueles oriundos dos intestinos
(delgado e grosso) são recebidos pela bexiga, a última víscera por onde passam.
O qi dos rins, ou melhor, o rim yang assiste a bexiga na sua função de reter e
transformar os líquidos. Essa atividade apresenta alterações como micção freqüente,
enurese e incontinência urinária ou então distúrbios como disúria ou anúria, quando
houver deficiência do yang.
6.1 Generalidades
O intestino grosso está localizado no abdômen. Pertence à fase metal (jin) e seu
meridiano faz conexão exterior com o canal do pulmão.
6.2 Funções
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6.3 Padrões de desarmonia
Os canais e colaterais, também chamados meridianos, são as vias por onde circula
a energia vital (energia ancestral, energia nutridora e energia defensiva), ou seja, Qi
(energia) e xue (sangue). Internamente estes se comunicam com os órgãos zang-fu e
externamente com a superfície do corpo onde estão distribuídos todos os pontos
acupunturais. Os pontos são locais específicos por onde o qi dos canais e dos órgãos
zang fu se transporta para cada superfície do corpo. Quando o corpo humano está
afetado por enfermidade, se pode tratar esta inserida a agulha nos pontos correspondente
que se localizam na superfície corporal para assim regular o qi e xue (sangue) nos canais.
Jing Luo é o tempo genérico que engloba os meridianos e suas ramificações. Jing
tem sentido de "caminho", "via". Os meridianos são ramos principais do sistema canalar.
Luo significa "rede". Os Luo são ramos dos meridianos que se cruzam em diagonais e
que cobrem o conjunto do corpo. Os Jing Luo são locais privilegiados que ligam os órgãos
e os membros, fazem comunicar o alto e o baixo, a superfície e o interior, regulam o
funcionamento de cada parte do corpo e nas quais circulam o qi e o sangue.
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12 Canais Distintos (Energia Oe);
12 Lo transversais (Energia Yong);
12 Lo longitudinais (Energia Yong);
4 Lo longitudinais Lo do VG, VC, grande Lo do BP e do E (Energia Yong);
8 Canais curiosos, maravilhosos ou extraordinários (Energia ancestral).
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• Chong Mai
• Dai Mai
• Yin Qiao Mai
• Yang Qiao Mai
• Yin Wei Mai
• Yang Wei Afai
Esses meridianos são chamados "particulares" porque não têm nem relações, nem
comunicação especiais com as vísceras. Além disso, não há correspondência nem
reunião entre eles. E nisso que são diferentes dos meridianos regulares que cruzam e
lhes pedem “pontos emprestados”.
Estão agrupados em 4 meridianos Yang: Du Mai, Dai Mai, Yang Qiao
Mai, Yang Wei Mai, e 4 meridianos Yin: Ren Mai, Chong Mai, Yin Qiao Mai e Yin Wei Mai.
Sua atuação principal é de reforçar os liames entre os meridianos regulares, a fim
de regularizar o Qi e o sangue. O excesso de Qi e de sangue dos 12 meridianos se escoa
e se concentram nos 8 meridianos particulares, onde é guardado corno reserva para ser
distribuído quando há insuficiência de qi e de sangue nos Jing Mai. (Meridianos Comuns
ou Regulares.
Os meridianos particulares estão em relação com as vísceras especiais (útero,
cérebro, medula) e também, até certo ponto, com os órgãos Fígado e Rim.
Os meridianos distintos (Jing Bie) em número de 12 partem dos meridianos e
dependem deles. Têm ação importante, que consiste em assegurar a ligação entre os 2
meridianos, um interno, o outro de superfície, permitindo ligar os órgãos e as partes do
corpo que não podem ser alcançadas pelos meridianos, cuja ação eles completam.
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11.1 Funções dos canais principais
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11.3 O sexto movimento
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Os canais das vísceras (Fu) estão relacionadas aos dos órgãos em cada nível
segundo o equilíbrio energético necessário à estabilidade do par e do conjunto como um
todo.
O Tai Yang tem o papel de abertura para o exterior, fazendo contado com a
energia do céu e da terra; o Shao Yang tem também, pela sua posição intermediária, o
papel de "dobradiça" assegurando a harmonia do todo: o Yang Ming funciona protegendo
os Yin com os quais faz contato mais direto.
Já vimos dois tipos de relação entre os canais principais: a relação alto baixo, feita
pelos canais da mão e do pé em um mesmo nível energético e a relação interior/exterior
feita pelos canais acoplados, canal do órgão com o de sua víscera acoplada. Os seres
vivos são regidos, entre outros ciclos, pelo nietemérico. A energia que circula no
organismo segue uma direção e sentido determinados, ininterruptamente, estando mais
concentrada num canal principal, num determinado momento do dia.
A ordem de circulação da energia durante o dia varia em ciclos (chá) que
correspondem a duas de nossas horas: a cada período a energia embora presente em
todos os outros canais, fica mais localizada num canal, passando a seguir a outro canal,
ficando 4 horas numa mesma polaridade (Yin ou Yang) ou numa posição do corpo (mão
ou pé).
Por se tratar de um ciclo, podemos começar a estudar a circulação ela energia nas
24 horas a partir de qualquer canal, por exemplo, o Zu Jue Yin, o canal do fígado, seu
horário de máxima energia é de 1 as 3 da madrugada. A seguir, passa para o Show Tai
Yin, o pulmão, onde se concentra de 3 às 5 horas; no pulmão a energia começa a circular
após o nascimento (na vida fetal a circulação se processa pelos canais extraordinários).
A seguir, a energia que está próxima ao Yang, no nível Tai Yin, passa para o Yang
Ming: inicialmente Shou Yang Ming (intestino grosso, 5 às 7 horas) e a seguir para o Zu
Yang Ming (estômago, 7 às 9 horas) coincidindo com a aurora a passagem para o nível
brilho, ou luz do Yang (Yang Ming). Passa, então, para o nível Tai Yin, novamente (baço-
pâncreas, 9 às 11 horasl. Às 11 horas, no auge do Yang do dia, a energia passa ao Yin
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mais inferior, no Shou Shao Yin (coração, 11 às 13 horas) que, embora seja Yin (em uma
aparente contradição), corresponde ao movimento fogo.
A seguir, a energia passa ao Tae Yang (Shou, intestino delgado, 13 às 15 horas e
lu T ai Yang bexiga, 15 às 17 horas) pela int1uência Yang do dia. Ao fim do dia, às 17
horas, a energia vai para o nível Shao Yin (rim) para passar a seguir ao nível Jue Yin,
(circulação-sexualidade, 19 às 21 horas) com a noite, para a seguir voltar a se manifestar
o yang, pelo Shao Yang (triplo-aquecedor, 21 às 23 horas e vesícula biliar, 23 à 1 hora),
noutra aparente contradição, talvez para compensar a energia oposta do ambiente. Cabe
salientar que durante o dia, com o corpo em movimento, as variações energéticas são
mais acentuadas que a noite, em amplitude.
Outra forma de explicar a circulação energética é observar a fisiologia no decorrer
do dia. Após o simbolismo do sopro primordial (pulmão) vem o melhor momento para
evacuar (intestino grosso), eliminando os resíduos do dia anterior. A seguir, é necessário
se alimentar (estômago) e digerir os alimentos (baço-pâncreas). No meio do dia, é
necessária uma boa distribuição sangüínea para o trabalho, e uma mente atenta
(coração); a seguir, nova refeição (intestino delgado) e a depuração do sangue à tarde
(bexiga e rim) com eliminação de urina; á noite, com o repouso, entram em função os
órgãos relacionados com a atividade organizativa e integradora (C.S, T.A. vesícula e
fígado) preparando o corpo para um novo dia.
Os canais das vísceras (Fu) estão relacionados aos dos órgãos em cada nível
segundo o equilíbrio energético necessário à estabilidade do par e do conjunto como um
todo. O Tai Yang tem o papel de abertura para o exterior, fazendo contado com a energia
do céu e da terra: o Shao Yang tem também, pela sua posição intermediária, o papel de
"dobradiça”, assegurando a harmonia do todo: o Yang Ming funciona protegendo os Yin
com os quais faz contato mais direto.
Já vimos dois tipos de relação entre os canais principais: a relação alto/baixo, feita
pelos canais da mão e do pé em um mesmo nível energético e a relação interior/exterior
feita pelos canais acoplados, canal do órgão com o de sua víscera acoplada.
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Os seres vivos são regidos, entre outros ciclos, pelo nietemérico. A energia que
circula no organismo segue uma direção e sentido determinados, ininterruptamente,
estando mais concentrada num canal principal, num determinado momento do dia.
A ordem de circulação da energia durante o dia varia em ciclos (chá) que correspondem a
duas de nossas horas: a cada período a energia embora presente em todos os outros
canais, fica mais localizada num canal, passando a seguir a outro canal, ficando 4 horas
numa mesma polaridade (Yin ou Yang) ou numa posição do corpo (mão ou pé).
Por se tratar de um ciclo, podemos começar a estudar a circulação da energia nas
24 horas a partir de qualquer canal, por exemplo, o Zu Jue Yin, o canal do fígado, que dá
o elan vital do Yang e é responsável pelo desencadeamento do trabalho de part. Seu
horário de máxima energia é de 1 as 3 da madrugada. A seguir, passa para o Show Tai
Yin, o pulmão, onde se concentra de 3 às 5 horas; no pulmão a energia começa a circular
após o nascimento (na vida fetal, a circulação se processa pelos canais extra ordinários).
A seguir, a energia que está próxima ao Yang, no nível Tai Yin, passa para o Yang
Ming: inicialmente Shou Yang Ming (intestino grosso, 5 às 7 horas) e a seguir para o Zu.
Naturalmente o ciclo circadiano não é o único fator a determinar concentração
energética: uma refeição pesada à noite poderá fazer a energia se concentrar no
estômago e baço-pâncreas; a irritação, durante o dia, bloqueará a energia no fígado.
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mais lateral e posterior, mais Yang, quanto mais medial, mais Yin descendo pelo pescoço,
musculatura paravertebral, face posterior de ambas as pernas e bordo póstero-lateral do
pé. Nos membros superiores quanto mais póstero-lateral, mais Yang (a posição
anatômica chinesa é com os braços elevados para o céu, às mãos na altura da cabeça e
cotovelo semifletido) e vice- versa. Desse modo, explica-se porque os canais Yang se
reúnem na cabeça (parte mais Yang do corpo) e os Yin no tórax.
Quanto às noções básicas de distribuição dos canais, que veremos em detalhe no
estudo da anatomia e fisiologia de cada um deles, podemos intuir que os canais com o
nível Yang mais alto - Tai Yang - circulam pelas regiões mais Yang do corpo: a bexiga (Zu
Tai Yang) nasce no canto interno dos olhos e percorre a cabeça, imediatamente paralela
à linha média posterior (onde circula o Du mo, o vaso do governo, mar dos Yang),
O intestino delgado (Shou Tai Yang) inicia-se no bordo lateral do 5° quirodáctilo,
percorrendo o bordo cubital do antebraço, face lateral posterior do braço, região escapular
e pescoço, sempre nas áreas mais Yang. O menos Yang dos canais, o Yang Ming circula,
na sua porção superior (Shou intestino grosso) pelo bordo póstero-medial (radial, sempre
levando em conta a posição anatômica chinesa) do antebraço, braço, pescoço e face. A
sua porção inferior (Zu estômago) inicia-se na face, anteriormente, passa pelo mento e
pescoço látero-anterior e finalmente pela face látero-anterior da coxa e perna. Os Yang
intermediários, Shao Yang, vesícula biliar e triplo-aquecedor circulam entre estes dois.
Os Yin circulam pelas regiões Yin do corpo, sempre opostos aos canais dos
acoplados: o Tai Yin (o Yin mais superficial, que se abre para o Yang) circula, por
exemplo, no caso do baço-pâncreas (Zu) oposto ao canal do estômago, na face ântero-
medial da perna. E no caso do pulmão, na face ântero-medial do braço (oposto ao
intestino-grosso). Os mais Yin de todos, o Shao Yin, circula posteriormente e medial na
perna (Zu, rim) e anteriormente lateral no braço (Shou, coração). Os Jue Yin estão
localizados entre um e outro.
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acoplados através do ponto Ting e, na ordem do ciclo energético, no tórax (ou cabeça, há
uma série de vasos secundários que os unem a órgãos e vísceras e com outros canais o
conhecimento destas ligações e vasos secundários através das noções do trajeto do
canal e seus vasos permitem conhecer suas funções e as funções de seus pontos,
compreende melhor a sintomatologia referente à disfunção do canal e à aplicação de
cada ponto.
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a) Um ramo que desce atravessando o diafragma e indo se conectar a v1scera intestino
delgado.
b) Um ramo que ascende, percorrendo o esôfago e a garganta, até a face, onde vai se
ramificar no tecido periorbitário.
c) Um ramo que atravessa o pulmão, lateral, curva-se para baixo e emerge no oco axilar e
se superficializa, seguindo a face medial posterior do braço e antebraço, indo terminar na
face medial da extremidade do 5º quirodáctilo.
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Relações do Canal
a) Órgãos e vísceras
• Coração (de onde se inicia)
• Intestino delgado (recebe ramo) Pulmão (atravessado por um ramo)
b) Partes do corpo
• Mediastino (área onde se inicia)
• Vasos da base do coração
• Esôfago
• Garganta
• Tecido periorbitário (recebe ramo)
• Epigástrio e tórax (ramos circulam)
• Axila (onde emerge)
• Bordo medial do braço e bordo medial do antebraço e mão
c) Outros canais
• Canal principal do baço-pâncreas (predecessor no ciclo energético)
• Canal principal do intestino delgado (sucessor no ciclo energético e canal acoplado)
Funções do canal
Controle da circulação, funções mentais e fala (funções do Zang), tórax garganta, tecido
periorbitário, esôfago e área do seu trajeto externo (circulação do canal).
Exemplo de ponto:
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Recebe a energia do canal do coração, tem seu horário de maior energia de 13 às
15 horas e a transmite para o canal principal da bexiga, com a qual se comunica na
cabeça. Tem um total de 19 pontos em seu trajeto externo. Inicia-se na extremidade
lateral dos 5° quirodáctilo, sobe pelo bordo cubital, lateralmente, indo correr medialmente
ao cotovelo; passa ao bordo posterior do braço até a face posterior do ombro; circunda a
fossa inferior da escápula (2).
Conecta-se com "0 canal da bexiga no ponto llB (Dazhu), e com o vaso governador no
ponto 14VG (Dazhui).
Passa por sobre o ombro para a fossa supraclavicular, onde faz a conexão com o
canal do estômago no 12E (Quepen),
Nesta área existe um ramo profundo e segue o seu trajeto superficial.
a) O ramo profundo desce, seguindo o esôfago, conecta-se com o órgão coração
(5), atravessa o diafragma e o estômago, faz a ligação com o vaso da concepção nos
pontos 13VC (Shangvvan) e 12 VC (Zhong-,van) e termina na víscera intestino delgado.
b) O ramo superficial, ascendente, corre pela face lateral do pescoço, passando
pela mandíbula, vai à região zigomática, onde emite ramos secundários - um dos quais
vai ao canto externo elo olho onde se conecta com o canal da vesícula biliar no 1 VB
(Tongzilial), cruza a têmpora e penetra no ouvido.
O outro ramo secundário emitido na região zigomática vai ao .canto interno do olho,
onde se conecta com o canal da bexiga no ponto 1B (Jingming).
Relações do canal do intestino delgado (onde termina)
Partes do corpo
-Bordo cubital de mão e antebraço
-Cotovelo
- Bordo posterior do braço
-Escápula
-Região cervical-lateral
-Face, particularmente região zigomática (circulação do ramo)
-Têmpora
-“Cantos interno e externo” do olho (receber ramos)
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-Ouvido (canal se aprofunda)
c) Outros canais
-Canal do coração (predecessor no ciclo energético e acoplado)
-Canal da bexiga (sucessor no ciclo energético e canais secundários)
- Vaso governador (por vasos secundários)
-Estômago (por vasos secundários)
- Vesícula biliar (por vasos secundários)
- Vaso da concepção (pelo trajeto profundo)
Funções da víscera Fu
Funções do canal
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a – Emite um ramo profundo para o cérebro
b - Liga-se ao vaso governador no 20VG (Baihui)
E segue adiante emitindo um ramo secundário superficial para a área supra auricular que
faz ligação com o canal da vesícula biliar nos pontos 7VB (Qybin), 8VB (Shuaigu) e 12VB
(Wangu) e segue sempre paralelo a linha média, pela face posterior do crânio, onde se
liga, na região occipital, com o vaso governador no 17VG (Naohu) e desce ao longo da
nuca até a região torácica alta onde se encontra com o vaso governador nos pontos 14VG
(Dazhui), 13 VG (Taodao).
Relações do canal
a - Órgãos e vísceras
Rim
Bexiga Através dos canais secundários
Cérebro
Baço
b - Partes do corpo
• Canto interno do olho
• Fronte e crânio; nuca
• Musculatura paravertebral de cervical à sacra
• Face posterior da coxa e perna
• Face lateral do pé
c - Outros canais
Vaso governador
Vesícula biliar Canais secundários
Intestino delgado (canal e predecessor energético)
Rim (acoplado e sucessor energético)
Funções de vísceras Fu
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Armazenar temporariamente os líquidos turvos para serem excretados
Funções do canal
C - Outros canais
Além destes, existem os chamados Shu de determinadas partes do corpo e
funções, como o 17B Gashu (assentimento do diafragma).
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O canal principal do rim recebe sua energia do canal da bexiga, seu predecessor e
acoplado. Seu horário de maior energia é entre 17 e 19 horas e passa a seguir sua
energia ao canal do pericárdio (circulação-sexualidade) Tem um total de 27 pontos.
O Shen, glândula supra-renal, secreta os hormônios que chegam ao seu destino
graças ao veículo sangue (Yin). O meridiano do Rim é normalmente o mais interno dos
três Yin's da perna.
Inicia-se sob o 5° pododáctilo, cruza a sola do pé, onde está o ponto IR (yong
quan) na direção medial até a tuberosidade navicular da face medial do pé. Passa
posteriormente ao maléolo interno, onde faz uma alça na parte superior do calcâneo: sobe
pela face medial da perna onde se une aos canais do baço-pâncreas e fígado no 6BP
(Sanyinjiao) e mantém o trajeto medial ascendente, mais posterior pela perna e coxa.
Na região da virilha emite ramo e segue paramediano até a clavícula. onde termina
o seu trajeto superficial. O ramo emitido na região da virilha faz interseção e se aprofunda
no ponto 1 VC (Changqiang), passando a ascender internamente à coluna até atingir o
órgão rim, onde são emitidos dois ramos:
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a - O primeiro ramo vai à bexiga para se ligar a seguir ao vaso da concepção nos pontos
4VC (Guanyuan) e 3VC (Zhongii).
b - O segundo ramo ascende. cruza o fígado, o diafragma, penetra o pulmão e termina na
raiz da língua após seguir a traquéia e a garganta.
Um ramo secundário separa-se no pulmão, vai ao coração (11) e se dispersa no
tórax.
b - Partes do corpo
c - Outros canais
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Funções do órgão Zang
Funções do canal
Relação com o sistema urogenital, energia geral, tecido nervoso e ósseo,
respiração e audição (órgão Zang), particularmente com a coluna lombar e garganta e
disfunções no seu trajeto.
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O canal principal do triplo aquecedor se origina no leito ungueal externo do quarto
quirodáctilo, seguindo direção ascendente entre o quarto e quinto metacarpo ao longo da
parte dorsal do punho e do antebraço entre o rádio e a uIna. Passa pelo olécrano e a
parte lateral do braço, “ganhando” a região do ombro, supra-escapular, supraclavicular e
pré-cordial. Do pré-córdio descende em direção ao diafragma até o abdômen, nutrindo os
órgãos correspondentes; a saber: os aquecedores superior, médio e inferior. Em chinês:
Juo = aquecedor e San = três (Sanjiao = triplo aquecedor).
Um ramo se origina do tórax, ascendendo vai emergir na fossa supraclavicular. Daí
vai até o pescoço, percorrendo região retro e supra-auricular. Aí, um vaso secundário
desce em direção à face, indo terminar na região infra-orbitária. Outro vaso secundário
entra irrigando a região interna do ouvido, enquanto o canal percorre o seu trajeto
superficial até a região superciliar externa, onde termina.
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Relações do canal
a - Órgãos e vísceras
b - Partes do Corpo
• Mão, punho, antebraço, braço, ombro, escápula, clavícula, pescoço, ouvido, face
(recebe ramo), têmporas (recebem ramos), tórax (aquecedor superior), abdômen
(aquecedor médio), infra-abdômen e genitália (aquecedor inferior).
c - Outros canais
Funções do órgão Fu
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90
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