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O conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia é uma questão de grande importância para o Direito

Internacional. Conforme estabelecido na Carta das Nações Unidas, a guerra é proibida como meio de
solução de controvérsias entre os Estados. No entanto, essa proibição não é absoluta, pois a própria
Carta prevê a exceção do uso da força em legítima defesa individual ou coletiva, o que significa que
um Estado pode usar a força se estiver sendo atacado ou em situações de iminente ameaça de
ataque.

A primeira exceção para a proibição da guerra é a legítima defesa. Isso significa que um Estado pode
usar a força militar para se defender de um ataque armado. No entanto, para que a legítima defesa
seja considerada legal, é preciso que o ataque seja iminente, grave e que não haja outra maneira de
proteger-se senão com o uso da força.

No caso do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, não houve uma declaração formal de guerra. As
hostilidades começaram em 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia, e desde então, os combates
continuam em outras partes do país. No entanto, a ausência de uma declaração formal não significa
que não haja um conflito armado em curso.

Os conflitos armados internacionais são regulamentados pela Convenção de Genebra, que


estabelece regras para a proteção dos civis, dos prisioneiros de guerra e dos feridos em combate.
Além disso, há um conjunto de regras estabelecidas pelo Direito Internacional Humanitário que deve
ser seguido por todos os participantes do conflito.

No caso do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, tem havido denúncias de crimes de guerra cometidos
por ambos os lados. As acusações incluem violações dos direitos humanos, assassinatos de civis, uso
de armas proibidas, violência sexual, tortura, entre outros.

É importante lembrar que os crimes de guerra são considerados graves violações do Direito
Internacional e podem levar à responsabilização penal dos indivíduos envolvidos. Além disso, os
Estados que cometem esses crimes também podem ser responsabilizados e condenados por
tribunais internacionais.

Em conclusão, o conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia é uma questão complexa e de grande
importância para o Direito Internacional. Embora a guerra seja proibida, há exceções previstas que
permitem o uso da força em situações específicas. No entanto, mesmo em um conflito armado, é
preciso seguir as regras estabelecidas pelo Direito Internacional Humanitário, sob pena de
responsabilização penal.

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