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A que ponto a legitimidade da guerra

é aceite
A guerra é um conflito intenso armado entre estados, governos, sociedades, grupos
paramilitares, tais como mercenários, e milícias. É caracterizada por violência,
destruição e mortalidade, usando forças militares.

Ao longo dos séculos, a Humanidade vem alterando a sua atitude em relação à guerra
e à sua legitimidade. As guerras antigamente eram vistas como uma forma de
aprovação, do poder e com a falta de respeito pelos direitos fundamentais do ser
humano. Mas, hoje em dia as guerras já não são vistas desta forma tendo de obedecer
a leis próprias que caso não cumpram poderão ser condenados, existindo até
organizações não-governamentais que tentam gerir e mediar os conflitos, bem como
os países tem participação nessa mediação.

As guerras já provêm desde aproximadamente do séc. II A.C. Estas tiveram início


devido a diferentes visões entre países, regiões e sociedades, originando um conflito
de opiniões, interesses, visões e propostas.

Mais recentemente, durante o séc. XX, o mundo foi abalado por duas grandes guerras,
que direta ou indiretamente envolveram todos os países do mundo, tendo
consequências que podem ser vistas atualmente.

Já no séc. XXI a guerra está presente na vida de algumas populações, são exemplo
disso a guerra da Ucrânia e a Rússia (conflito territorial) com duração aproximada de
460 dias, e a guerra da Síria (conflito civil), uma guerra que em 2023 fez 12 anos,
ambas perduram até aos dias de hoje.

A guerra é uma fonte óbvia de questões de natureza moral, devido ao seu carácter
violento e aos enormes efeitos na vida das pessoas e das sociedades. A mais
importante dessas questões é a de saber se a guerra pode em alguma circunstância ter
justificação ou se, pelo contrário, é sempre incorrecta.

Relativamente a legitimidade/moralidade da guerra existem três teorias: O Realismo,


O Pacifismo e a Teoria da guerra justa.

O Realismo defende que a política internacional não está sujeita a regras morais e que
nas relações entre estados a única regra que conta é a regra da mais forte idêntica ao
que se passa na vida animalesca.

Os Pacifismo consideram que nenhuma guerra tem justificação moral e que é sempre
incorrecta.
Por último, temos a Teoria da guerra justa defende que a guerra é abrangida pela
moral apesar disso, por vezes tem justificação, esta teoria obedece a seis princípios: A
causa justa, A intenção correta, Autoridade apropriada, O último recurso,
Probabilidade de sucesso e Proporcionalidade.

Na minha opinião os conflitos armados são ilegítimos porque não obedecem às leis da
guerra nem à Declaração Universal dos Direitos Humanos, como o direito à vida, indo
de encontro à Teoria Pacifista.

Por exemplo, a guerra na Ucrânia, é um conflito armado ilegítimo, a Rússia não


obedece as Leis da Guerra nem respeita os Direitos Humanos no que concerne ao povo
Ucraniano. Várias organizações não-governamentais como a ONU têm tentado mediar
este conflito mas até ao momento sem sucesso. A Europa e os Estados Unidos têm
tentado por todas as formas fazer com que a Rússia desista desta guerra, quer através
de negociações e sanções, sendo que até esta data nada tem resultado. Apesar dos
países aliados da Ucrânia seguirem a Teoria Pacifista, esta guerra não tem um fim à
vista.

Países como a Rússia em que o regime político é fechado e absoluto, não seguem as
diretivas mundiais relativamente a guerra, ou seja, são países que desrespeitam as Leis
da Guerra bem como os direitos Humanos.

Apesar de estarmos no séc. XXI e de existir muita legislação e diretivas para


regulamentação de uma guerra, podemos dizer que esta guerra é simular às guerras
que existiam há séculos atrás, pois é uma guerra de luta por poder e território.

Concluindo, na minha perspectiva a guerra nunca poderá ser justa porque para um dos
lados (aquele que é atacado), não existe justificação para que ela aconteça, não é
legítima pois não preserva os Direitos Fundamentais do Ser Humano.

Feito por: Francisco Vilela nº9 10ºC

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