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FOLÍCULOS OVARIANOS
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Células Foliculares se dividem por mitose forma uma camada única de células cubóides (Folículo Unilaminar)
Células foliculares continuam proliferando e formam a CAMADA GRANULOSA
Uma camada amorfa composta por glicoproteína é secretada e envolve o ovócito - ZONA PELÚCIDA
Acúmulo de líquido folicular formando o ANTRO FOLICULAR – Folículos secundários.
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Revestido externamente por epitélio cúbico simples


Camada Cortical
Logo abaixo do revestimento epitelial está a túnica albugínea de tecido conjuntivo denso não vascularizado.
O estroma ovariano encontra-se repleto de folículos ovarianos em vários graus de desenvolvimento:
Folículo primordial: ovócito com uma camada de células foliculares planas
Folículo primário: ovócito com uma camada de células foliculares cúbicas
Folículo secundário: ovócito com várias camadas de células foliculares (granulosa) e aparecimento das tecas interna e
externa provenientes da diferenciação das células do estroma. Se caracteriza pela presença do ANTRO FOLICULAR e
ocorre também a presença de folículos atrésicos que variam seu estágio de degeneração, caracterizados de uma forma
geral pela autólise do ovócito.
Camada Medular
Tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado
FSH: desenvolvimento dos folículos ovarianos; produção de estrógeno pelas células foliculares
LH: gatilho da ovulação; estimula as células foliculares e corpo lúteo a produzir progesterona
Célula do hipotálamo sintetizam o GnRH (hormônio estimulador das gonodotrofinas)  GnRH estimula a hipófise
 hipófise estimula a produção de FSH e LH
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FOLÍCULOS PRIMORDIAIS

FOLÍCULOS PRIMÁRIOS UNI e MULTILAMELAR


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FOLÍCULOS SECUNDÁRIOS
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FOLÍCULOS MADUROS OU DE GRAAF


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FOLÍCULOS ATRÉSICOS
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CORPO LÚTEO

 Células foliculares formam o corpo lúteo  Se não houver fecundação = degenera


 Secreta progesterona e estrogênio
 Considerado um órgão endócrino
 Mantém sua atividade por cerca de 12 dias
 Função: estimulo do tecido uterino (endométrio) a crescer e manter sua atividade secretório
 Na ausência de fecundação degenera
 Na presença de fecundação é fundamental para manter o início da gravidez (corpo lúteo gravítico)
 Degenera apenas no quarto mês da gravidez (luteólise)
 Local da degeneração: corpo albicans

A porção central do corpo amarelo é formada por tecido conjuntivo frouxo e coágulo sanguíneo.
A porção glandular é envolvida por tecido conjuntivo fibroso o qual separa o corpo lúteo do estroma ovariano. De dentro
para fora identificam-se duas camadas:
Camada granuloso-Luteínica ou luteínica
Internamente situada e constituída por células pouco coradas e globosas representa a maior parte do epitélio glandular.
Camada teco-luteínica ou paraluteínica
Externamente por células menores, alongadas e mais basófilas.
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CORPO ALBICANS
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COLO UTERINO
ENDOCÉRVICE
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A endocérvice normal é revestida por epitélio cilíndrico simples mucoso, cujo aspecto é o mesmo do das glândulas
endocervicais. Em áreas com cervicite há infiltrado inflamatório crônico inespecífico, constituído por linfócitos e plasmócitos
na lâmina própria. Se a cervicite for intensa o epitélio de revestimento pode estar erosado. Fala-se então emcervicite crônica
erosiva (não é o caso aqui). Quando há neutrófilos além das células inflamatórias crônicas fala-se emcervicite crônica
ativa (ver abaixo, na zona de transformação). Glândulas endocervicais normais são constituídas por epitélio cilíndrico
simples mucoso. As células têm núcleo basal e citoplasma colunar alto que se cora em róseo pálido por estar cheio de
muco. Notar a regularidade das células e dos núcleos.
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ECTOCÉRVICE

A ectocérvice normal é revestida por epitélio plano estratificado não corneificado. A estratificação é regular. A camada basal
é constituída por uma única camada de células escuras (citoplasma escasso). À medida que as células se superficializam,
a quantidade de citoplasma aumenta, as células achatam-se e adquirem glicogênio, que aparece como vacúolos claros no
citoplasma. Os núcleos ficam pequenos, picnóticos e tendem a desaparecer. Não há glândulas na ectocérvice. O epitélio
está assentado sobre tecido conjuntivo frouxo moderadamente vascularizado, o córion ou lâmina própria (termo válido para
o tecido conjuntivo subepitelial de qualquer mucosa).
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JEC / ZONA DE TRANSFORMAÇÃO


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A chamada zona de transformação ou zona T é a porção da endocérvice mais próxima do orifício externo do canal
cervical e, portanto, limítrofe com a ectocérvice. Nesta região é comum a ocorrência de metaplasia escamosa. O
epitélio de revestimento da endocérvice, que deveria ser cilíndrico mucoso igual ao das glândulas, sofre metaplasia
para epitélio plano estratificado não corneificado semelhante ao da ectocérvice. As glândulas endocervicais abaixo da
superfície mantêm aspecto normal. Na zona de transformação também é comum haver processo inflamatório crônico
inespecífico (cervicite crônica). Os cistos de Naboth, freqüentemente observados nesta região, são glândulas
endocervicais dilatadas porque seu orifício de saída foi obstruído pelo epitélio metaplásico. Seu revestimento é de
epitélio cilíndrico simples mucoso, igual ao de outras glândulas endocervicais.

A importância da zona de transformação é que o epitélio metaplásico pode ser sede de atipias celulares chamadas
dedisplasia (de graus leve, moderado ou grave). Neste caso, as células do tipo basal passam a ocupar mais de uma
camada (normalmente só ocupam a primeira camada) e podem apresentar atipias nucleares. A displasia grave é
considerada um carcinoma in situ, que é precursor do carcinoma do colo uterino. (Clicar nos links para as páginas
correspondentes).
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CISTOS DE NABOTH

O fragmento mostra o colo uterino, constituído pela ectocérvice, revestida por epitélio plano estratificado não
corneificado, e sem glândulas; e pela endocérvice, com numerosas glândulas tubulares mucosas abrindo-se na
superfície. O retângulo azul salienta a zona de transformação ou zona T, onde o epitélio mucoso endocervical foi
substituído por epitélio plano do tipo ectocervical (portanto, um exemplo de metaplasia escamosa). O epitélio
metaplásico obstrui a saída de glândulas endocervicais, levando a acúmulo de secreção mucosa dentro das glândulas
(cistos de Naboth).
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NIC I, II e III
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NIC I com coilocitose NIC II com coilocitose NIC III com coilocitose

NIC I

NIC III

NIC III
NIC II

HPV NIC I NIC II NIC III


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CORPO UTERINO
ENDOMÉTRIO

Secretora

Proliferativa Secretora

Reação Decidual

Proliferativa Secretora
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Secretora: glândulas tubulares com células contendo


Proliferativa: glândulas tubulares com células colunares
vacúolos subnucleares

Endométrio atrófico: glândulas em pequena quantidade,


Fase secretora menstrual
algumas pequenas e outras dilatadas
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MIOMÉTRIO E PERIMÉTRIO
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TUBAS UTERINAS

E: Epitélio cilíndrico simples ciliado com células secretoras não ciliadas. LP: Lâmina própria. CM: Camada muscular. S: Serosa
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PLACENTA NORMAL

PLACA BASAL. O restante desta placenta tem aspecto normal e compatível com o segundo trimestre da gestação. A superfície materna da placenta é
chamada de placa basal (enquanto que a superfície fetal chama-se placa coriônica). Os septos conjuntivos que vão da placa coriônica à placa basal são
os septos placentários, onde estão os vasos fetais mais calibrosos. Dos septos vilosos ramificam-se as vilosidades coriais. O espaço entre os septos
vilosos é chamado câmara vilosa, e é preenchido por sangue materno proveniente das artérias uterinas, que banha as vilosidades mais finas (até 3a.
ordem de ramificação). Na placa basal, as vilosidades chegam até a decídua, que é o endométrio gravídico. Neste não se observam glândulas, e as
células do estroma endometrial ficam volumosas, com núcleos grandes e hipercromáticos e citoplasma abundante, sendo o contorno arredondado. São
chamadas células deciduais.
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VILOSIDADES CORIAIS. As vilosidades coriais são formadas por uma haste central conjuntiva, onde estão os vasos fetais, e que é recoberta
por cito- e sincíciotrofoblasto. O sangue fetal que passa pelos vasos das vilosidades faz trocas com o sangue materno que circula no espaço interviloso e
banha as vilosidades. À medida que a gravidez avança, o número de vasos nas vilosidades aumenta e diminui o tecido mesenquimal, facilitando as trocas.
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CÉLULAS DO TROFOBLASTO. As células das vilosidades são de dois tipos, o citotrofoblasto e o sinciciotrofoblasto. O sinciciotrofoblasto é
mais abundante e forma a superfície externa das vilosidades, em contato direto com o sangue materno. São células multinucleadas e sua espesssura
é variável, às vezes muito fina. Várias células do sinciciotrofoblasto são mais globosas e com muitos núcleos aglomerados. São chamados nós
sinciciais e seu número aumenta com a progressão da gravidez. As células do citotrofoblasto são bem menos numerosas. Situam-se abaixo do
sinciciotrofoblasto, são individualizáveis, globosas, com núcleo redondo e cromatina mais frouxa. Nelas podem-se observar figuras de mitose, que
não ocorrem no sinciciotrofoblasto.
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CORIOAMNIONITE
A corioamnionite é a infecção mais comum da placenta e decorre da ruptura precoce da bolsa amniótica, que contém o feto. A ruptura
leva à perda do líquido amniótico (relatada pela paciente) e permite a entrada de bactérias na cavidade amniótica, provenientes da vagina.
Isto causa uma infecção aguda do âmnio (membrana fina revestida por epitélio cúbico) e do cório (tecido conjuntivo vascularizado), ambos
de origem fetal, resultando em exsudato purulento que recobre a face fetal da placenta e o cordão umbilical. Nesta lâmina, o âmnio mostra
espessa camada de exsudato fibrino-purulento e o epitélio amniótico normal praticamente desapareceu.

PLACA CORIÔNICA DA PLACENTA COM CORIOAMNIONITE.


A placa coriônica corresponde à superfície da placenta voltada para a
cavidade uterina e, portanto, para o feto. Normalmente tem superfície
lisa e brilhante, dada pelo âmnio. Neste caso houve infecção ascendente
da cavidade amniótica, e o âmnio foi parcialmente destruído pelo
exsudato purulento, que aparece como uma camada basófila na
superfície.
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ABORTO RETIDO (implicações placentárias)

Após a morte do feto, para de circular sangue fetal pelas vilosidades, mas estas não degeneram, pois são mantidas pelo sangue
materno que continua a circular pela câmara vilosa. A parada da circulação fetal leva a trombose de vasos placentários nos troncos
vilosos. Nas vilosidades, os vasos são substituídos por tecido fibroso. Há calcificação do tecido mesenquimal da vilosidade, na forma
de grânulos basófilos, e mais acentuada a nível da membrana basal, que serve de limite entre o trofoblasto e o mesênquima.
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DHEG (doença hipertensiva específica da gestação)

ATEROSE AGUDA: inicia-se com a deposição de lipídeos nas células da

média e da íntima das pequenas artérias musculares. Com o passar do tempo, há necrose e liberação da gordura, a qual é fagocitada
por macrófagos intimais que adquirem aspecto espumoso típico.

INFARTO PLACENTÁRIO: lesão mais comumente encontrada na pré-eclâmpsia, mas ocorre também em outras condições que levam a
obstrução dos vasos útero-placentários. MACROSCOPICAMENTE: áreas bem-delimitadas, basais ou compreendendo toda a espessura
do órgão, de consistência firme e sem o aspecto esponjoso característico do tecido viloso. MICROSCÓPICAMENTE: necrose de
coagulação das vilosidades e deposição subsequente de fibrina. Ocorrem em 25% das placentas normais, ficando restritos a pequena
área (< 5% da superfície). Quando superam 10% podem causar hipóxia, retardo do crescimento e morte do feto. São mais comuns
em pacientes hipertensas e na toxemia gravídica.

DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA: separação parcial da placenta antes do trabalho de parto. Se associa frequentemente
à doença hipertensiva da gravidez, embora possa ocorrer também em mulheres normotensas, em casos de traumatismo e em usuárias
de drogas (crack). PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS: hemorragia vaginal e hematoma retroplacentário (aparece como coágulo de volume
variável, aderente à superfície materna).
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LEIOMIOMA

Aspecto cinza-esbranquiçado; aos cortes transversais, apresentam consistência firme e nítida delimitação, sendo geralmente
arredondados; padrão espiralado (feixes de músculo liso) nos miomas grandes podem aparecer áreas de amolecimento avermelhadas
(degeneração vermelha).

Feixes espiralados de células musculares lisas bem diferenciadas (padrão fusiforme), com núcleos ovalados e bem semelhantes às do
miométrio normal; raras figuras de mitose; fibras musculares lisas maduras, arranjadas em feixes em várias direções; a semelhança entre
os tecidos não neoplásico e neoplásico é grande, a ponto de ser difícil distingui-los; existem variantes benignas dos leiomiomas: leiomioma
atípico (simplástico) – possui atipia celular e células gigantes; e leiomioma celular. Ambos com baixo índice mitótico; existe uma variante
rara: leiomioma metastizante benigno que se estende para os vasos e migra para outros locais (pulmão, peritônio).
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ADENOMIOSE
Crescimento da camada basal do endométrio para dentro do miométrio = endometriose interna. Ninhos de estromas endometrial,
glândulas ou ambos são encontrados profundamente no miométrio interpostos entre os feixes musculares.
Presença na espessura do miométrio de ninhos de endométrio, constituídos por glândulas e estroma. A interface endomiometrial é
geralmente bem demarcada. Contudo, em 15 a 20% dos úteros, o tecido endometrial estende-se entre os feixes do miométrio. Fala-
se em endometriose interna ou adenomiose quando ninhos de estroma endometrial, com ou sem glândulas, estão situados 2 - 3
mm abaixo da interface, ou mais profundamente. A causa é desconhecida. Os ninhos ectópicos podem causar espessamento da
parede uterina e ser visíveis já a olho nu como pequenos cistos. Durante o ciclo menstrual, a adenomiose comporta-se como o
próprio endométrio, sofrendo degeneração e hemorragias. Clinicamente isto pode manifestar-se como menorragia (sangramento
menstrual abundante), cólicas, dor pélvica e dispareunia (dor durante o coito), especialmente no período pré-menstrual.
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Endométrio atrófico pós-menopausa


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PÓLIPOS ENDOMETRIAIS
Massa exofíticas que se projetam para a cavidade endometrial; Tumores mesenquimatosos benignos; Podem ser únicos ou múltiplos
e geralmente sésseis medindo de 0,5 a 3 cm de diâmetro; Podem apresentar sangramento anormal por ulceração ou necrose;
Pólipos funcionais: apresentam alterações secretoras; Pólipos hiperplásicos: glândulas hiperplásicas sensíveis a estrógenos;
Pólipos atróficos: atrofia dos pólipos hiperplásicos, comum em mulheres na pós-menopausa.

ATRÓFICO

HIPERPLÁSICO

Hiperplasia
glandular
cística do
endométrio
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MAMA NORMAL

Neste corte de mama normal observa-se o sistema secretor, composto por lóbulos e ductos e situado no estroma interlobular. Na
mulher jovem, o estroma interlobular é composto predominantemente por tecido fibroso denso, com alguns adipócitos, daí a
consistência da mama ser firme. Após a menopausa predomina o tecido adiposo.

OS LÓBULOS MAMÁRIOS são a unidade secretora da mama. São estruturas de contorno mais ou menos circular, circundados
por estroma interlobular (tecido fibroso denso). Cada lóbulo é constituído por ácinos situados no estroma intralobular. Neste, o
tecido conjuntivo é mais frouxo e contém uma população fisiológica de células inflamatórias crônicas, principalmente linfócitos. Este
estroma responde às variações hormonais do ciclo menstrual normal, sendo mais edemaciado e com mais linfócitos na segunda
metade do ciclo (influência combinada de estrógenos e progesterona). Fora da gravidez, como neste caso, os ácinos estão
quiescentes.

DUPLA POPULAÇÃO CELULAR DOS ÁCINOS MAMÁRIOS. Cada ácino é composto por dois tipos de células: uma camada
interna de células epiteliais e uma camada externa de células mioepiteliais, que se destacam pelo citoplasma ser mais claro. A
função das células mioepiteliais é contrair-se, promovendo a extrusão do leite secretado. Em lesões proliferativas da mama, a perda
da dupla população é um importante elemento a favor de neoplasia.
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OS DUCTOS MAMÁRIOS drenam os lóbulos. Têm contorno irregular ou estrelado e também são constituídos por dupla
população, de células epiteliais de revestimento (internas) e mioepiteliais (externas). Estas não formam uma camada contínua e se
destacam pelo citoplasma claro, frequentemente vacuolado.
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FIBROADENOMAS
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NORMAL FIBROADENOMA

Fibroadenoma da mama (neoplasia benigna originada no estroma [tecido conjuntivo] mamário). O fibroadenoma é o tumor benigno mais
comum da mama feminina e ocorre durante a idade fértil. É composto por estroma fibroso e glândulas. Alguns fibroadenomas correspondem a
hiperplasias, mas muitos são neoplasias benignas verdadeiras,originadas no estroma intralobular da mama. Nestes casos, as células da parte
conjuntiva do tumor são monoclonais, as da parte epitelial são policlonais. Isto indica que estas últimas não são propriamente neoplásicas, mas
proliferam em resposta a estímulos químicos secretados pelas células do estroma. (Durante muito tempo se pensou que o fibroadenoma era um
tumor misto com duas linhagens de células neoplásicas; hoje isto não é mais aceito). O tumor forma um nódulo bem delimitado do tecido mamário
adjacente, notando-se uma delicada cápsula fibrosa. Na microscopia, o componente epitelial forma túbulos ramificados e dilatados, em meio ao
estroma. Comparar com o tecido mamário vizinho, onde as glândulas se organizam em lóbulos, o que não ocorre no fibroadenoma. No fibroadenoma,
o estroma é frouxo, composto por células estreladas separadas por material intersticial levemente basófilo. O aspecto lembra o do estroma
intralobular do lóbulo mamário normal, onde o tumor se origina. No componente epitelial do fibroadenoma pode-se observar a dupla população
celular (células epiteliais e mioepiteliais) como no tecido mamário normal. As células epiteliais secretam o leite (nos lóbulos) ou o conduzem (nos
ductos). As células mioepiteliais são contráteis, ajudando a extrusão do produto. A dupla população é um importante elemento a favor da
benignidade do tumor, pois mostra que as células se diferenciam em dois tipos topograficamente relacionados entre si. Num tumor maligno as células
tendem a ser indiferenciadas, isto é anárquicas, sem relações topográficas ou funcionais definidas umas com as outras.
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CARCINOMA DUCTAL INVASIVO

 parte central
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Desmoplasia (colágeno)

Células pleomórficas
com aspecto glandular

O carcinoma da mama é o tumor maligno mais frequente no sexo feminino (30% de todos os cânceres) e afeta uma em cada nove
mulheres ao longo da vida. A grande maioria corresponde ao tipo carcinoma ductal invasivo, que é usado aqui como exemplo. O
tumor é pouco diferenciado. As células formamcordões sólidos que infiltram difusamente o tecido mamário. É característico que haja
extensa reação desmoplásica do tecido infiltrado, ou seja, proliferação fibroblástica e produção de colágeno, o que dá ao tumor
consistência dura na macroscopia. Na periferia, o tumor é mal delimitado e sem cápsula, infiltrando o tecido adiposo e o tecido
mamário pré-existente.
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