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MOTORES DE COMBUSTÃO

INTERNA CICLO DIESEL


Treinamento 2004
O sonho de Rudolf Diesel

CONSTRUIR UM MOTOR QUE UTILIZASSE TOTALMENTE A ENERGIA DO COMBUSTÍVEL.

Diesel conseguiu Patentear sua idéia em 22 DE FEVEREIRO DE 1893.

O MOTOR FOI OFICIALMENTE APRESENTADO AO MERCADO EM 1898 COM 10 CV DE


POTÊNCIA.

Treinamento RUDOLF DIESEL 2004


Combustão

COMBUSTÍVEL

Treinamento 2004
Relação de compressão
Taxa de compressão

O PROCESSO DA COMBUSTÃO É PROVOCADA PELA ELEVADA TEMPERATURA,


CAUSADA PELA COMPRESSÃO DO AR.

A IGNIÇÃO E FEITA ATRAVÉS DA ALTA TAXA DE COMPRESSÃO, QUE


CHEGA A MAIS OU MENOS 600 ºC

V PMS

PMI

T=V+V
V

Treinamento 2004
TRANSFORMAÇÃO DA ENERGIA CALORÍFICA EM TRABALHO MECÂNICO

MOMENTO ANTES DO PISTÃO ATINGIR O PONTO MORTO SUPERIOR, O


COMBUSTÍVEL É INJETADO, INICIANDO ASSIM O PROCESSO DE QUEIMA,
AUMENTANDO A PRESSÃO DE COMBUSTÃO, EMPURRANDO O PISTÃO PARA
BAIXO, GERANDO TRABALHO.

No momento da queima a temperatura chega a

atingir 2000 ºC, sendo que parte desse calor é

convertido em trabalho, parte é dissipado pelo

sistema de arrefecimento e o restante sai pelos

gases de escape.

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MOTOR CICLO DE QUATRO TEMPOS

MOTOR = Transforma energia calorífica em trabalho mecânico

CICLO = Período de Trabalho onde ocorre os 4 tempos (720º)

4 TEMPOS = Fases de trabalho do pistão

DEFASAGEM DE QUEIMA = Espaço de queima entre os pistões

ORDEM DE IGNIÇÃO = Ordem da combustão até completar o ciclo de


trabalho do motor

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ADMISSÃO

1) A válvula de admissão abre

2) O pistão em movimento descendente, gera


uma depressão no cilindro, provocando a
entrada de ar vindo dos filtros

180º

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COMPRESSÃO

1) As válvulas de escape e admissão permanecem


fechadas

2) O ar é comprimido e se aquece, gerando uma


atmosfera favorável para a auto-combustão do
Diesel

1) Uma turbulência é criada para melhorar o


processo de mistura combustível / ar

180º 2) Dá-se o início da injeção do combustível

360º

Treinamento 2004
COMBUSTÃO

1) As válvulas permanecem fechadas

2) A mistura combustível/ar entra em


combustão espontânea

1) A força gerada pela combustão empurra o


pistão para baixo, que transmite essa força
ao virabrequim

180º Esse é o único tempo no qual


se gera força

540º
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ESCAPE

1) A válvula de escape abre

2) O pistão em movimento ascendente


empurra os gases queimados para fora
3) Quando o pistão atinge o PMS, a válvula
de admissão se abre, dando início a um
novo ciclo

180º
720º , Fechando assim o
Ciclo de trabalho do motor

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DEFASAGEM DE QUEIMA

O ciclo de trabalho se completa A cada 720º, correspondente A duas voltas da árvore de manivelas.

Portanto a defasagem de queima é A divisão do número de cilindros Pelo ciclo de trabalho do motor

Exemplo:

720º
= 120º
6 cilindros

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Definição

Rotação
POTÊNCIA
Cilindrada

TORQUE = MOMENTO DE FORÇA Curso do pistão

CONSUMO ESPECÍFICO

HOMOLOGAÇÃO AO MEIO AMBIENTE

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CILINDRADA

A cilindrada, e o volume interno do cilindro entre o ponto morto

Superior (PMS) e ponto morto inferior (PMI)

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Potência
- Norma DIN = CV (Cavalo Vapor)
- Norma SAE = Hp (Horse Power)
- Norma ABNT = Associação brasileira de normas Técnicas
- Potência em quilowatt (w) - 0,736 - (w) = 1 CV
- 1000 watts = 1 kw = 1,36 CV

Treinamento 2004
DEFINIÇÃO DE POTÊNCIA

Potência = Força x Distância


Tempo

1 KW = 1,359 CV

75 kG x 1 Metro / 1 Segundo = 1 CV = 0,736 KW

Treinamento 2004
MOMENTO DE FORÇA

TORQUE = FORÇA x DISTÂNCIA

FORÇA
(N)

DISTÂNCIA (m)

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MOMENTO DE FORÇA NO MOTOR

FORÇA
DISTÂNCIA (m) (N)

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Curva de performance

Treinamento 2004
Treinamento 2004
Alimentação de ar e saída no escape

Admissão

Intercooler

Filtro de Ar
Tubo de escape

Turbocompressor

Treinamento 2004
A POTÊNCIA DO MOTOR DEPENDE DA MASSA DE AR E DA QUANTIDADE
DE COMBUSTÍVEL INJETADO.

O MELHOR RENDIMENTO DO MOTOR, DEVE SER OBSERVADO NA


TEMPERATURA DE TRABALHO.

A COMBUSTÃO MAIS PERFEITA E QUANDO OS GAZES DE ESCAPE


REGISTRAR A MENOR ÍNDICE DE POLUENTES.

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Ponto de Injeção

O momento de injeção de combustível e feito Antes do Ponto Morto Superior (APMS)

Dependendo da forma de injeção, o inicio de queima demora mais ou menos algumas

frações de segundo.

Motivo este que a injeção deva ocorrer antes do pistão atingir seu PMS

A combustão do combustível diesel é espontânea, ou seja não precisa de faísca de velas a

queima é lenta, gerando pressão constante sobre o pistão, até a abertura da válvula

de escape.

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ALIMENTAÇÃO NATURAL

Neste processo, o motor funciona dependendo da pressão atmosférica

para alimentação de ar, motivo este que estes motores já não atendem

As normas ambientais.

Neste processo a alimentação do ar não é eficiente

Treinamento 2004
PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Treinamento 2004
PERDA DE POTÊNCIA

PERDA DE POTÊNCIA PARA MOTORES DIESEL


Temperatura
Porcentual de MOTORES DIESEL
Ambiente
Perda
Perdadedepotência
potência
%
Porcentual. 50º ºC
30 30
% 40º ºC
30º ºC
20
20º ºC

10

300 500 750 1000 1250 1500

Altura sobre o Nível do mar.

Treinamento 2004
TURBO ALIMENTADO

O motor turbo alimentado utiliza energia térmica

dos gazes de escape como energia de impulso

para girar as pás (rotor) da turbina,

girando o eixo na carcaça intermediária,

e na seqüência move as paletas

do compressor comprimindo o ar no

momento do tempo de compressão

Treinamento 2004
TURBO ALIMENTADO

Os turbos são fixados no tubo de escape pelo lado quente da turbina e no


lado frio (compressor), é fixado no tubo de admissão.
O conjunto Turbocompressor precisa ser lubrificado com o óleo do
motor, razão dos tubos de lubrificação.

Tubo de lubrificação
Atenção!
A eficiência da lubrificação do turbo
depende da rotação do motor.

Retorno do óleo
Treinamento 2004
TURBOCOMPRESSOR, COMO FUNCIONA?

Carcaça do compressor
Carcaça da turbina

saída

Entrada do ar proveniente

do filtro Entrada dos gazes

de escape

Treinamento 2004
TURBOCOMPRESSOR, COMO FUNCIONA?

Carcaça da turbina
saída

Carcaça do compressor

Entrada dos gazes

de escape

Entrada do ar proveniente

do filtro
Treinamento 2004
Turbo com valvula Waste-gate

Treinamento 2004
TURBOCOMPRESSOR

Pressão do turbo
1,20 bar
0,800
0,600
0,400
0,200
0
07 10 15 20 25 30 38
RPM RPM

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TGV = Turbo de geometria variável

TGV

Treinamento 2004
Intercooler

TEMPERATURA DE ENTRADA 60 ºC

TEMPERATURA DE SAÍDA 160 ºC

Treinamento 2004
Componentes mecânicos

Treinamento 2004
Componentes mecânicos

Treinamento 2004
ELEMENTOS DO MOTOR

Cabeçote

Camisa de cilindro

Bloco do Motor

Treinamento 2004
Bloco

Treinamento 2004
Sistema de camisas úmidas

Nos motores de camisas úmidas,

a água circula diretamente em volta

da camisa.

Nestes motores, a manutenção é mais

barata e mais rápida.

Treinamento 2004
Condições de Montagem

Cabeçote Junta do cabeçote

Bloco

Pistão

Camisa Água
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Camisas de cilindros seca

Treinamento 2004
Cabeçotes
Os cabeçotes podem ser individuais ou em peça única, dependendo

do tipo do motor.

Sprint

Série 10

Treinamento 2004
Cabeçote único com comando de válvulas (OHC)

Treinamento 2004
Cabeçotes

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Sede de válvula

Sede de válvula de escape: 9.407.0.345.005.3


9.407.0.345.002.3

Material: Aço ligado

Norma: TR 74 C
Micrografia mostrando a estrutura
Dureza: 45 a 55 HRC do núcleo – matriz austenítica
Treinamento 2004
Pistão (Embolo)

Treinamento 2004
Câmara de combustão

Nos motores a Diesel de injeção direta, a câmara de combustão

está localizada dentro do cilindro, para formar a pressão de

compressão, onde ocorrera a injeção e posteriormente o início

da queima do combustível.

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Conjunto pistão e biela

Treinamento 2004
RESFRIAMENTO DOS PISTÕES

Bloco do motor série 10

Treinamento 2004
Aneis dos pistões

Treinamento 2004
Transmissão de força ( Bielas)

O material empregado para fabricação das bielas é uma liga de aço

muito resistente ao impacto e aos esforços torcionais.

As bielas são rigorosamente controladas e pesadas após a usinagem.


Treinamento 2004
Bronzinas ou buchas

Buchas

Buchas

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Bronzina

Camada interna
de atrito
(overlay)

Camada de Ni
(barreira antidifusão)

Liga de bronze
(atrito emergencial)
Bronzinas: 9.407.0.430.002.4 / 003.4 / 021.4

Material: Liga trimetálica

Chapa de aço: SAE 1008


Liga de bronze: ML-330
Camadas eletrodepositadas:
1) Níquel (0,002 mm mín)
2) Overlay: proteção P-80 (0,012-0,020 mm)
Tira de aço
Treinamento (rigidez) 2004
Treinamento 2004
Virabrequim

Micrografia mostrando a estrutura do núcleo – martensita e


Virabrequim: ferrita intermediária (10%). Aumento: 400x; Ataque: 3% Nital.

9.407.0.140.008.6

Material: Aço 37Cr S4

Norma: TL
6.0100.12.1.4371

Micrografia mostrando a estrutura da camada temperada por indução –


martensita fina distencionada. Aumento: 1000x; Ataque: 3% Nital.

Treinamento 2004
Eixo de manivelas

Treinamento 2004
Volante

Treinamento 2004
Polia amortecedora de vibrações

Treinamento 2004
Compensador de massas

Tem a função de compensar

As massas durante o deslocamento

Dos conjuntos pistão e biela,

Permitindo um funcionamento

Equilibrado do motor

Treinamento 2004
Compensador de massas

Treinamento 2004
Distribuição

Encarregado de distribuir o

Movimento entre o eixo de

Manivelas e outros componentes

Do motor

Treinamento 2004
Treinamento 2004
Eixo comando de válvulas

Mancais

Eixo comando de válvulas:


9.407.0.170.008.4

Material: Ferro fundido branco


(coquilhado) Micrografia mostrando a região coquilhada (ledeburita) e a
camada nitretada de 8m. Aumento: 1000x; Ataque: 3% Nital.
Norma: TR 454-1
Treinamento 2004
Acionamento das válvulas

Treinamento 2004
SISTEMA DE INJEÇÃO

Treinamento 2004
Filtros de combustível

Treinamento 2004
O COMBUSTÍVEL É INJETADO DE FORMA PULVERIZADO NA

CÂMARA DE COMBUSTÃO.

Treinamento 2004
Treinamento 2004
COMBUSTÍVEL

Treinamento 2004
BOMBA INJETORA EM LINHA

Treinamento 2004
Regulador de Rotação

Treinamento 2004
BOMBA INJETORA VE COM LDA

Treinamento 2004
BOMBA INJETORA VE COM LDA

Treinamento 2004
Treinamento 2004
Treinamento 2004
Treinamento 2004
SISTEMA DE ARREFECIMENTO

Treinamento 2004
SISTEMA DE ARREFECIMENTO

Treinamento 2004
Treinamento 2004
RESERVATÓRIO DE EXPANSÃO

Treinamento 2004
Ponto de fervura da água

Pressão atmosférica

115 ºC

100 ºC - X

Temperatura
ºC

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Tampa do radiador

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LUBRIFICAÇÃO

ARREFECIMENTO DOS ÊMBOLOS

Treinamento 2004
LUBRIFICAÇÃO

Treinamento 2004
LUBRIFICAÇÃO

Treinamento 2004
LUBRIFICANTE, CARACTERÍSTICAS

VISCOSIDADE

É uma das mais importantes propriedades de um óleo, é a resistência do lubrificante ao seu


próprio escoamento a uma determinada temperatura.

Um óleo mais viscoso é como o mel, ele é mais grosso e um óleo menos viscoso é como a
água, ele é mais fino.

Treinamento 2004
PONTO DE FULGOR

PONTO DE FULGOR

É a menor temperatura na qual o óleo quando aquecido desprende os primeiros vapores


que se inflamam momentaneamente em contato com uma chama.

O ponto de fulgor de um lubrificante tem que ser bem superior a temperatura na qual
ele vai trabalhar.

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---Viscosidade
---Classificação
----Classificação (Europa)
SAE – VISCOSIDADE
S – SERVIÇOS ( GASOLINA ) C – COMERCIAL ( DIESEL )
API – CLASSIFICAÇÃO
SA
ACEA (EUROPA)
API CA
SB
API CB
SC
API CC
SD
API CD
SE
API CE
SF Mult.
API CF-4 Mult.
SG Mult.
API CG-4 Mult.
SH Mult.
API CH-4 Mult.
SJ Mult.
API CI – 4 Mult,
SL Mult.
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LUBRIFICAÇÃO

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CLASSES DE RESISTÊNCIA DE PARAFUSOS

A designação de resistência para parafusos consiste de 2 algarismos


separados por ponto. 10.9

Os algarismos indicam o limite de elasticidade e a resistência a tração do material,


em N /mm 2

O primeiro numero (ex) 1x100 do limite de elasticidade, em N / mm 2


Ex: 10.9 = 10 x 100N =1000 N / mm 2 Resistência ao limite a elasticidade.

O numero antes do ponto x o numero depois do ponto multiplicado por 10 indicam


da resistência a tração em N / mm 2
Ex: 10 x 9 x 10 = 900 N /mm 2

Portanto um parafuso designado 10.9 portanto, possui um limite de elasticidade de


1000 N /mm2 e resistência â tração de 900 N /mm 2

Treinamento 2004
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