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Curso Superior de Tecnologia em Alimentos

Disciplina: Tratamento de Água e Resíduos na Indústria

Professor: Heraldo Antunes Silva Filho

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA Nº 01 – Análise de Parâmetros de Água

Alunos: Clauberto Cálio Sousa Mendes


Felipe Sousa da Silva
Laianne Costa Batista

Limoeiro do Norte – Ceará


Julho de 2017
1 OBJETIVO DO EXPERIMENTO
 Analisar os parâmetros físicos e químicos da água, tais como, cor verdadeira,
turbidez, condutividade elétrica, pH e ferro ferroso (Fe2+).
2 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A tabela 1 contém as análises feitas em duas amostras, sendo a amostra A de
água de poço e a amostra B de água de torneira, com seus respectivos resultados e também
os parâmetros de água destilada e potável para posterior comparação:
Tabela 1 – Parâmetros analisados das amostras de água
Parâmetros Amostra A Amostra B Água Destilada 1 Água Potável 2
Cor Aparente em μH 100 40 <5 < 15
CE 420mm Abs 297,27 171,79 <4 < 15
Turbidez em INTU 92 3,81 0,17 <5
Condutividade em μs/cm 1.012 0,366 0,5 a 3 50 a 1500
pH 7,25 7,35 6,0 a 7,5 6,0 a 9,5
Ferro em mg/L 0,011 0,01 0 < 0,3
Fonte: elaborada pelos autores.
1 Dados cedidos pelo laboratório de Tratamento de Água do IFCE – 2017.
2 Dados da RDC Nº 91/ 2016.

A cor de uma amostra de água se deve a absorção de determinados comprimentos


de onda da luz visível devido a presença de substâncias dissolvidas. Não deve ser confundida
com a turbidez, que é o resultado da absorção e espalhamento da luz devido a partículas em
suspensão, como matéria orgânica ou sedimentos minerais. Em relação a cor aparente e a
cor espectro, as duas amostras apresentaram valores acima dos padrões tanto para água
destilada água potável, podendo isso ser explicado por não terem passado pelo processo de
filtração, que é requerido durante a análise, para evitar interferências nas medições.
No Gráfico 1, pode-se ver a curva padrão de cor através da espectrofotometria, sua
respetiva equação, que foi utilizada para calcular os resultados da cor espectro e seu valor de
R2, que indica a confiabilidade da curva, sendo está considerada alta, pelo valor estar próximo
a 1.
Tabela 2 - Dados de absorbância da cor
A 420,00 nm Padrão de Cor
0,002 5
0,003 10
0,002 15
0,005 20
0,008 30
0,01 40
0,01 50
0,02 100

Gráfico 1 – Curva padrão de cor e sua equação


y = 5019,5x - 3,8965
Padrão de Cor R² = 0,9718
120

100

80

60

40

20

0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025

Em relação a turbidez, a amostra A demonstrou valores elevados referente ao


parâmetro de qualidade, sendo o mesmo 5 µT para água potável, razão explicada pela
amostra ser de origem bruta através de um poço, obtida sem nenhum tratamento. Já a
amostra B apresentou valores mínimos tendo como referência a água potável, onde é
entendido pelo possível tratamento que a mesma foi submetida, pois a amostra foi retirada de
uma torneira. As duas amostras apresentaram valores de turbidez superiores ao da água
destilada, entretanto a amostra B obteve um resultado razoavelmente mais próximo. Como a
turbidez é um parâmetro que não traz inconvenientes sanitários diretos, porém, como é
esteticamente desagradável na água potável e os sólidos em suspensão podem servir de
abrigo para microrganismos patogênicos, torna-se desejável para a amostra A passar por
tratamento.
A condutividade elétrica da água representa sua capacidade de transmitir corrente
elétrica em função da presença de substancias dissolvidas. Dentre as amostras em estudo, a
amostra A apresentou valor bem mais elevado que a amostra B, possivelmente pela primeira
conter com uma maior quantidade de sais dissolvidos na amostra, decorrentes do valor de
sólidos dissolvidos solúveis, devido ter sido retirada de um poço. Tomando como parâmetro, o
padrão de qualidade para água potável (50 a 1500 µs/cm), as amostras podem ser
consideradas potáveis e poderiam ser utilizadas na indústria e para consumo humano. E
comparando com a água destilada, o valor obtido pela amostra A está muito acima do
parâmetro e o da amostra B está abaixo do normal.
Em relação ao pH, os valores das amostras em análise apresentaram-se na faixa
da neutralidade, sendo a amostra B já ter passado por um devido tratamento da rede pública
dando assim essa característica e a amostra A sendo água bruta, é como característica
própria das águas da região apresentarem valores de pH na neutralidade, tornando-as
apenas por esse parâmetro, dentro da faixa de qualidade referente a água potável, onde a
mesma apresenta valores entre 6,0 – 9,5 e também com um valor próximo ao padrão para
água destilada.
O ferro em excesso na água não é dos fatores mais preocupantes para a saúde
humana, no entanto, este elemento, quando em excesso, irá alterar a cor e o paladar da
água. Em relação ao teor de ferro ferroso, as duas amostras apresentaram valores muito
próximos ao da água destilada e também valores abaixo ao que é considerado pela lei como
valor máximo para a água potável, portanto pode-se dizer que o teor de ferro encontrado nas
amostras não afetará sua cor e nem seu gosto.
No Gráfico 2, pode-se ver a curva padrão do teor de ferro através da
espectrofotometria, sua respectiva equação, que foi utilizada para calcular os resultados de
ferro ferroso das amostras e seu valor de R2, que indica a confiabilidade da curva, sendo está
considerada alta, pelo valor estar próximo a 1.
Tabela 3 – Dados da absorbância de Ferro
A 510,00 nm Teor de Ferro (mg/L)
0 0
0,016 0,1
0,035 0,3
0,055 0,5
0,075 0,7
0,204 2
Gráfico 2 – Curva padrão de Ferro e sua equação
y = 9,9509x - 0,0385
Teor de Ferro (mg/L) R² = 0,9992

2,5

1,5

0,5

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25
-0,5

3 CONCLUSÃO
Com base na aula prática e nas análises feitas, percebeu-se que a amostra de
água de poço não atendeu os padrões de água potável nos parâmetros de cor e turbidez,
sendo necessário que ela passe por um tratamento para ser considerada boa para o
consumo; já a amostra de água de torneira não atendeu a somente o parâmetro de cor,
podendo isso ser em decorrente da não filtração da amostra, então ela é a que está mais
próxima de ser considerada apta para o consumo.

4 BIBLIOGRAFIA

52ª CBQ – CONGRESSO BRASILEIRO DE QUÍMICA. Verificação da qualidade da água


descartada durante o processo de destilação. Disponível em:
<http://www.abq.org.br/cbq/2012/trabalhos/14/44-13160.html>. Acesso em: 05 de julho de
2017.

ANVISA. Resolução de Diretoria Colegiada - RDC Nº 91, De 30 de Junho de 2016.


Disponível em:
<http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2884120/RDC_91_2016_COMP.pdf/99de6998-
22c0-4ec4-8811-4762a414f598?version=1.0>. Acesso em: 05 de julho de 2017.

CABRAL, Alarene et al. Determinação do teor em ferro em águas de diferentes


proveniências. Disponível em:
<http://www.cienciaviva.pt/estagios/jovens/ocjf2011/ceeq/Actividades%20Experimentais/Deter
mina%C3%A7%C3%A3o%20do%20Ferro%20na%20%C3%81gua.pdf>. Acesso em: 05 de
julho de 2017.
ENASA ENGENHARIA. Determinação da Condutividade. Disponível em:
<https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/determinacao-da-condutividade/>. Acesso em:
05 de julho de 2017.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria 518/2004. Disponível em:


<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/portaria_518_2004.pdf>. Acesso em: 05 de julho
de 2017.

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