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Resumo notícias 04/10

Direito Privado no Common Law

Casamentos platônicos entre amigos: uma nova forma de expressão


familiar

O texto trata de explicar novas formas de expressar casamento


colocando em cheque o dilema jurídico de casamento como forma jurídica
X forma de expressão ou forma de liberdade de expressão.
O autor do presente texto coloca faz-nos refletir as transformações do
casamento durante a história do ``mundo ocidental`` como o casamento de
arranjo sócio-econômico, casamento no modelo cristão fortemente
influenciado pelos ditames da igreja católica pós queda de Roma
(Monogamia, relacionamento heterossexual etc.), casamento influenciado
pela corrente romântica e as ``novas formas`` de expressar casamento.
A concepção do casamento como norma social coercitiva parece ser
bem desenvolvida na análise de caso que o autor remota no texto, há
discussões de grupo pela rede onde muitos se identificam como assexuais e
aromânticas, destarte segundo Nick Bognar (terapeuta sexual entrevistado
na notícia) esta pessoas criticam a normalização de relacionamentos
românticos, monogâmicos heterossexuais sejam pela sociedade ou pelas
instituições (Estado, igreja etc).
No ponto mais conclusivo do mesmo texto parece que o autor tenta
relacionar a ideia de ``comunhão plena de vida`` (art. 1.511) com as novas
formas de casamento levando em consideração se esta novas formas
apresentam as características que definem esta ideia de comunhão, como:
1) fidelidade reciproca ; vida em comum, no domicílio conjungal ; III-
Mútua assistência ; IV- sustento, guarda e educação dos filhos; V- respeito
e consideração mútuos`` (Art. 1.566) . Por fim, o autor denota uma
inclinação de considerar que ``comunhão plena de vida`` não constitui uma
ideia de casamento heterossexual ou de relação sexuais.

Opinião:

Particularmente, eu realmente penso que há várias formas de casamento


no decorrer da história da humanidade. Muitos jurista têm contato com
Engels em obras como: A origem da família, da propriedade privada, e do
Estado ou as estruturas elementares do parentesco (Lévi-Strauss) . Cabe
destacar que estes livros mais clássicos trabalham com o casamento numa
perspectiva contratualista, mas com alguns adendos, Lévi-Strauss, por
exemplo, vai analisar como muitas sociedades agrafas tratam o casamento
sem uma legislação rígida, assim tentando extrair algumas concepções
gerais entre as quais: O tabu do incesto que foi a primeira regra social
humana, ela é responsável pela sociedade ( e de conceitos que fizeram o
ser humano separar das outras espécies de mamíferos) e a partir do tabu do
incesto o casamento era o que permitia segmentar alianças entre membros
que não eram da mesma família nuclear (exogamia) derivando assim
conceitos como de herdeiro, herança, família etc.
Desta forma refletindo sobre o texto, a instituição de casamento sempre
teve um objetivo nas relações sociais e interações sociais, acho muito
improvável que o legislador não teve como referencial esta obras mais
clássicas quando pensou no casamento do século XX (adotando
perspectiva funcionalista ou estruturalista) . O que provavelmente
acontecerá no futuro é o casamento se distanciar de uma concepção
eclesiásticas para basilar suas leis, mas sua forma não me parece ter muitas
variações se observarmos os diversos tipos de casamento que a humanidade
tem e já teve.

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