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Faculdade de Direito – Uff

Aluna: Ana Beatriz Oliveira Lopes Braga


Turma: 1• período, turma 2
Tema: Direitos emergentes: uma critica do gênero e dos direitos
sexuais desde a perspectiva latina
Referência: BORRILLO, Daniel. Direitos emergentes: uma critica do
gênero e dos direitos sexuais desde a perspectiva latina. Célia
Barbosa Abreu; Guilherme Pena de Morales; Wilson Madeira Filho.
Dialogos sobre Direitos Humanos Fundamentais , 1, Lumen Juris
Editora, pp.117-144, 2016, 978-85-8440-724-8. hal- 01499342

Resumo do conteúdo:
• O autor busca apresentar a necessidade de pensar o
gênero e as sexualidades desde a perspectiva do direito
do Direito Continental própria do mundo latino.
• O autor busca pensar conceitos como sexualidade e
orientação sexual por meio de uma perspectiva crítica
• O texto explícita o paradoxo da sociedade em relação a
comemoração pela separação entre estado e igreja e o
grande moralismo sexual pautado pela religião.
• O texto busca apresentar como a sociedade enxerga é
lida com os conceitos de liberdade sexual
• O texto aponta o fato de se pensar a liberdade sexual
eroticamente como tendo origem na cultura erótica
ocidental.
• O estado busca se mandar neutro em busca de manter a
ética
• O autor faz críticas a instituições sexuais
• O texto aponta que uma crítica deve ir mais longe e
pensar para além do feminismo
• O texto diz que o gênero é algo proposto e/ou imposto
pelo estado e menciona exemplos como o sexo na
certidão de nascimento.
• O texto aponta uma perspectiva contratualista no que se
refere a família.
• “Se uma perspectiva crítica é o pressuposto para pensar
novas subjetividades, uma teoria crítica das sexualidades
propõe desenhar os contornos do sujeito de Direito e de
suas relações familiares e sociais, emancipado da carga
multissecular de gênero.” P.143
Análise crítica:

O texto começa refletindo sobre a importância de promover


esses debates e pensar a respeito dos assuntos em questão
através de uma perspectiva crítica, propondo elementos que
contribuam para isso, no mundo latino, como entender a
influência da globalização, por exemplo.
Por meio do entendimento sobre o que é liberdade sexual,
busca apresentar um paradoxo alarmante dentro da sociedade.
Entende essa liberdade como sendo algo estruturado na
vontade e no consentimento e que tem como único limite o não
ser prejudicial para o próximo. Contudo, mesmo sendo um
conceito extremamente amplo e que abarca vários fatores,
possui muito da influência do moralismo religioso que circunda
a sociedade e é extremamente influenciada por ele. “No
entanto, quando pensamos na sexualidade como expressão de
liberdade, enfrentamos este paradoxo: as sociedades
modernas que não param de celebrar a autonomia do sujeito e
que proclamam a separação da Igreja e o Estado continuam
abordando a moral sexual desde uma perspectiva religiosa.”
P.119
O texto afirma , ainda, que o direito não deve ser quem promove
uma moral sexual particular, pelo fato do cidadão adulto ser o
único que pode determinar o que para ele é concebível ou não,
conveniente ou não, aceitável ou não. “Dessacralizar a
sexualidade significa abandonar a leitura religiosa da mesma e
também tirá-la do espaço da excepcionalidade (onde as teorias
psicológicas a tem colocado), aplicando as normas do Direito
comum.” P.124
Assim, o autor entende que uma teoria crítica precisa,
evidentemente, romper os muros do que é óbvio e do que já foi
dito. É necessário desenhar contornos dos sujeitos de direitos
em questão e de suas relações sociais e familiares, além de
traçar novas subjetividades. É importante também apontar e
repudiar as categorias que já são consolidadas nas normas
jurídicas, pois apenas dessa forma uma política mais igualitária,
pluralista e livre de preconceitos será estabelecida

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