Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O trabalho não pode ter mais de 7 páginas. Entregue daqui a um mês (26 de marco)
Tema1:
O termo “religião” é visto não enquanto objecto de fé, mas sim uma dimensão da vida
humana, um elemento social.
Existem outros aspectos que devem ser tomados em consideração: a religião enquanto
factor de integrativo social, factor de mudanças, de formação de identidades dos seus
membros.
Próxima aula: Comte, Durkheim, Karl Marx, Weber. Como a religião foi discutida nos
primórdios da humanidade.
Aula de PR - 02/03/2021
Tema: Facto Religioso nas Ciências Sociais (cont.) Como a religião foi discutida nos
primórdios da humanidade.
Forte influência do Iluminismo – sec. XVIII - franca e depois se expandiu para toda
Europa. Na religião se pode encontrar uma abordagem iluminista, a ideia de
“racionalidade do fenómeno religioso”.
Embora Comte e Marx tenham sido influenciados pelo iluminismo, eles não caminham
da mesma forma. São épocas diferentes, no entanto, ambos acreditam nas ideias
iluministas, no que tange a ideia de “progresso” especificamente, a ideia da Religião
subjugada a razão, a crença nos fenómenos sobrenaturais e a relação entre a razão e a Fé,
discutida de várias maneiras.
1. August Comte
Este autor defende a necessidade de adorar a algo transcendente (razão), ou seja, algo
além da realidade humana. Ele aborda isso sob duas vertentes sobre o fenómeno
Religioso:
Aqui, o autor cria uma nova religião não resgatando o catolicismo, pois segundo ele era
infundável. A nova religião criada por ele o chama por “Grande Ser” onde o objecto não
Deus, mas sim o “grande ser” como uma espécie de “razão”. O Grande ser visa
justificar o Estado final da Racionalidade, o Estado Positivo em Comte.
A Religião em Comte tem uma nova roupagem. Comte inventa ritos, sacramentos e de
declara o grande sacerdote. A Religião em Comte tinha que trazer mudanças. Diante do
desafio de conciliar a Fé e a razão, ele propõe uma coexistência entre a fe e a razão. Não
há uma sobreposição de uma por outra, mas sim uma coexistência.
2. Karl Marx
Este situa-se no outro lado da herança do iluminismo; para Marx não há necessidade de
criar uma nova religião, pois é uma superstição e não faz nenhum sentido, para ele a
religião deveria ser extinto.
Marx descarta a possibilidade da razão na religião, pois a religião é uma idolatria. A
Religião adormece as consciências; tolera as injustiças, não passa de uma mera
superstição.
3. Émile Durkheim
Durkheim é um dos principais autores que aborda a religião enquanto dimensão social.
Durkheim na sua obra “As formas elementares da vida Religiosa” parte do pressuposto
segundo a qual a religião é uma porta de entrada para compreender a coesão ou a ordem
social.
Durkheim teve influências de Robertson Smith com a obra a “Religiao dos Semitas e a
ideia do Toteismo”- associado a uma estrutura social de clãs; que considera ser a forma
mais primitiva da religião. A explicação do fenómeno religioso segundo Durkheim
parte da ideia de que a religião é um factor de coesão entre os indivíduos; e a obra de
Smith como uma das primeiras tentativas de explicar o fenómeno religioso.
Exterior ao individuo
Se impõe ao individuo
E porque que ele se interessa pela religião + primitiva? Porque ele tem a possibilidade
de entender a natureza religiosa do Homem. Olhando para todas as religiões ele entende
que todas são iguais com um fundamentalismo (superior/ inferior ao próprio individuo),
trazendo a ideia de que não há uma religião superior e que o desconhecimento do outro
cria o fundamentalismo religioso.
O autor para definir o fenómeno religioso faz uso as “regras do método sociológico”,
onde:
Dai ele conclui que o facto religioso é composto por duas categorias:
Crenças religiosas (que são estados de opinião e representação que tem a ver
com o pensamento);
Ritos (que são modos de ação).
4. Max Weber
“Ética protestante” – modo de vida, estruturas que derivam de uma crença. É a partir
da ética que nos conseguimos identificar as pessoas associadas a uma confissão
religiosa. A ética protestante especifica que o “calvinismo” considera o trabalho como
uma “vocação” o que acaba jogando um papel com o capitalismo.
Contributo:
“Espirito do capitalismo” – temas que olham para o dinheiro não como o que move o
capitalismo em si; mas sim as atitudes estruturais com relação ao dinheiro.
Aula de PR../03/2021
Secularização
Presença da religião nas instituições do Estado
- Relação entre a religião e o Estado, isto é, em que medida a religião busca o Estado e
como isto é feito.
A frança conduziu a secularização da religião, enquanto que nos EUA este fenómeno
conduziu a uma afirmação da religião. As comunidades religiosas desempenharam um
papel importante no processo de socialização política dos seus membros, com a ideia de
um bom crente, um bom cidadão. Isto é, Em Estados constitucionalmente bem
estabelecidos a religião contribuiu para o avanço da cultura politica.
Educação de massas
Crescimento de taxas de alfabetização
Urbanização
Desenvolvimento económico
Pluralismo
Crescimento das instituições politicas e sociais, modernas e seculares;
Avanços na ciência e tecnologia.
Aula …/03/2021
É um conceito com significado muito mais social, cultural do que biológico. Refere-se a
um conjunto de pessoas com características comuns e/ou diferentes que se consideram
culturalmente diferentes dos outros grupos da sociedade. A identidade étnica é o
elemento chave para se entender outros tipos de identidade.
Fauster: considera que tanto a identidade étnica e a identidade religiosa tem muitos
aspectos em comum, porque quer uma quer outra tem a ver com laços de fidelidade. As
identidades religiosas podem ser mobilizadas a servir de elementos para lideres políticos
perseguirem seus próprios interesses.
Paul Brass: diz que as formas culturais, valores e práticas étnicas num contexto de
competição politica se tornam recursos políticos para as elites.
A crítica feita a esta teoria é “como se pode explica que um grande número aceite ser
manipulado em favor de uma elite.” Esta abordagem não leva em consideração o facto
de que na questão identitária as pessoas a nível local têm seus interesses em servir o
Estado.
Em suma, nenhuma das abordagens pode ser considerada como aquela que engloba
todas as identidades, pois as três tipologias de identidade (étnica, religiosa e racial) têm
problemas em aceitar casamentos inter-religiosos; apesar de existir polarização da
religião, existe uma fraca mobilização da forma como é reivindicado os recursos
religiosos, dada a existência de muitas identidades.
Aula …/04/2021
O fraco envolvimento ou não das elites religiosas nos anos 60 deveu-se aos laços
com o regime colonial em termos de raça e economia.
No entanto, segundo Jeff & Haynes, os líderes africanos sempre estiveram em frente a
democracia, mas não pela democracia em si, mas sim pelas consequências dos antigos
regimes.
Islão em Africa
O Islão em áfrica não pode ser visto como um bloco, mas sim em diferentes facetas no
mesmo islão.
Alem disso, existe uma ambivalência na maneira como o islão olha para a religião e
para a democracia liberal.
Aula.../04/2021
O que é fundamentalismo?
Modernistas liberais;
Tradicionalistas conservadores.
2. Caraterísticas organizacionais
Membros eleitos e selecionados (os fundamentalistas acreditam estar
em missão do ser superior- missão para defende a identidade religiosa da
modernização);
Fronteiras claras (para um fundamentalista não há meio-termo de
pertencimento);
Organização autoritária (os fundamentalistas organizam-se a volta de
lideres carismáticos);
Requisitos comportamentais (dentro do grupo fundamentalista existem
regras que constituem uma marca do grupo).
Radicalização
Githens-Nazr considera que uma das fraquezas das pesquisas sobre radicalização
consiste na ausência de trabalhos com uma definição específica do conceito.