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Desde 1990 que o programa UNESCO Educação para Todos e o Fórum Mundial sobre a

Educação observam acordos com impacto no contexto europeu, que segundo Martinez (2002),
validam a:

 “Proteção e educação na primeira infância;


 Educação Básica;
 Satisfação de necessidades educativas fundamentais de jovens e adultos, integrando a
sua educação nos sistemas educativos nacionais;
 Relação entre a educação de base e as estratégias de erradicação da pobreza e
desigualdades;
 Integração educativa e luta contra a discriminação;
 Educação para a vida, competências para viver e para construir;
 Investigação em educação;
 Profissionalização dos educadores;
 Construção de novos espaços de participação social e comunitária;
 Utilização das tecnologias educativas;
 Gestão da educação.”

Os desafios económicos e os desafios tecnológicos requerem uma atualização constante e a


nova redistribuição do ciclo de vida, cuja Educação Permanente vai ao encontro destes
desafios.

“A Educação Permanente para o desenvolvimento humano nos novos espaços e tempos da


vida surge como resposta às transformações que resultam de mudanças económicas,
científicas, tecnológicas e demográficas, que terão que ser contempladas em projetos
educativos para a conquista de novos equilíbrios e para a colaboração entre o sistema formal e
não formal (Martinez, 2002).”

No sentido de promover a aprendizagem dentro da própria cultura, a Educação Permanente


deve ser percetível à emergência de movimentos alternativos, de novas identidades, de
espaços de intersubjetividade e a novas estruturas de convivência.

“Segundo Martinez (2002), os projetos educativos no âmbito da Educação Permanente devem:

 Ter em conta as qualificações para o mercado laboral no sentido do desenvolvimento


sustentável;
 Democratizar as experiências educativas;
 Atender aos mais necessitados e às limitações e debilidades dos sistemas educativos;
 Construir de um currículo de qualidade;
 Promover o equilíbrio da aprendizagem de competências e conhecimentos genéricos
com as aprendizagens específicas da formação profissional, em função da conjuntura
do mercado de trabalho;
 Gerir o espaço e o tempo como recursos importantes para garantir a presença
adequada das pessoas nos projetos;
 Atender às transações entre os diferentes níveis de educação e entre a educação e a
vida ativa;
 Promover a investigação no campo da diversidade de programas e estruturas da
Educação Permanente.”
A Educação Permanente foi sucessivamente deixando terreno à Educação ao Longo da Vida,
mas, continua a ter a aprendizagem dos adultos como ponto nevrálgico.

“Sob o princípio de que é possível tornar a sociedade mais humana a Aprendizagem ao Longo
da Vida revela ter implicações nas vivências e na qualidade de vida dos indivíduos, traduzidas
ao nível da socialização, manutenção do grau de independência e estimulação cognitiva. Os
sujeitos socialmente ajustados, com um padrão adaptado de relacionamentos interpessoais,
estão em melhor posição para promover dimensões afetivas e cognitivas geradoras de bem-
estar (Hatch et al.,2007; Field, 2009).”

Há quem diga que a Aprendizagem ao Longo da Vida pode ser compreendida como um
paradigma que surge no contexto da sociedade de conhecimento e informação.

A Educação ao Longo da Vida pode ainda ser vista como uma reconceptualização do conceito
de Educação Permanente. A Educação ao Longo da Vida só faz sentido se a Educação
Permanente continuar a ser considerada fundamental.

“A Educação ao Longo da Vida inclui quatro pilares de aprendizagem:

 Aprender a conhecer;
 Aprender a fazer;
 Aprender a viver juntamente com os outros;
 Aprender a ser.”

“A articulação entre Aprendizagem ao Longo da Vida e Educação de Adultos, pode ser vista
como utópica, porque ambiciona o desenvolvimento integral da pessoa. Na prática, ela traduz-
se em três componentes essenciais:

 A componente educativa, para cumprir as exigências da sociedade de conhecimento;


 A componente sociocultural, dirigida ao trabalho, ao ócio e à formação;
 A componente económica, centrada nas exigências e circunstâncias laborais.”

A comparação das definições do conceito em diversos países europeus possibilitou concluir


que as mesmas são vastas, com pontos de referência comuns, mas abstratos. “Na
generalidade são definições próximas que incluem as seguintes premissas:

 O individuo aprende ao longo da vida;


 O processo de aprendizagem engloba competências profissionais e pessoais;
 Os sistemas formais e informais de educação e formação têm um papel decisivo na
cooperação entre os setores publico e privado, especialmente a nível da educação de
adultos;
 Proporciona um ensino básico sólido e a motivação para continuar a aprender.”

“Em termos de objetivos e estratégias, os diferentes países europeus expressaram no estudo


Eurydice (2000) a pretensão de:

 Aumentar a participação a nível pré-escolar


 Incutir a capacidade e o desejo de aprender desde o ensino obrigatório;
 Alargar a diversificar o ensino secundário;
 Adaptar o ensino superior à procura;
 Reforçar e modernizar a Educação de Adultos.”

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