Você está na página 1de 25

SÍNTESE DESCRITIVA DA PECUÁRIA NA REGIÃO SUL : UMA ANÁLISE DOS

ESTADOS DE SANTA CATARINA, RIO GRANDE DO SUL E PARANÁ (2003-2021)

Alynne Lopes Salgueiro1


Christian Reinicke Drager2
Gabrielly Christy Brancaleone Casagrande3
Gustavo Yukio Tanabe 4
Sonara Stella John5
Vitor Lopes Silveira6
Carlos José Espíndola7

1 INTRODUÇÃO

A pecuária brasileira é consolidada como uma das mais produtivas do mundo,


decorrente do massivo investimento na modernização e expansão do agronegócio. De acordo
com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as carnes produzidas no
Brasil são consumidas por mais de 150 países. Além da grande representação mundial na
exportação de carne bovina, o Brasil também possui grande relevância no comércio
internacional da carne de frango e da carne suína.
Devido à expressiva produção de rebanhos no território brasileiro, a proposta deste
trabalho é de realizar uma síntese descritiva acerca da pecuária, delimitada aos estados da
região sul, no período compreendido entre 2003 e 2021.

2 REGIÃO SUL

Como o Brasil é caracterizado pela diversificação climática, certas atividades


passaram a se concentrar em regiões que, auxiliadas por políticas públicas, contaram com
investimentos em pesquisa e tecnologia que tornaram suas atividades específicas ainda mais
produtivas (IPEA, 2018). Esta seção tem como objetivo realizar uma síntese sobre a pecuária
na região Sul. Para isso, serão expostos dados que comparam a região Sul com outras regiões

1
Graduanda de Relações Internacionais na Universidade Federal de Santa Catarina.
E-mail: lyls.salgueiro@gmail.com
2
Graduando de Relações Internacionais na Universidade Federal de Santa Catarina.
E-mail:drager.gr@hotmail.com
3
Graduanda de Relações Internacionais na Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail: gabriellybrancaleone@gmail.com
4
Graduando de Relações Internacionais na Universidade Federal de Santa Catarina.
E-mail: gustavyukio@gmail.com
5
Graduanda de Relações Internacionais na Universidade Federal de Santa Catarina.
E-mail: sonarastella.ssj@gmail.com
6
Graduando de Relações Internacionais na Universidade Federal de Santa Catarina.
E-mail: bitolopesx@gmail.com
7
Professor do Departamento de Geociências na Universidade Federal de Santa Catarina e responsável pela
disciplina Organização do Espaço Mundial (GCN7502).
E-mail: carlos.espindola@ufsc.br
do país de modo a entender sua participação nacional na criação de animais, produção de
carne e exportação. Essa seção tem caráter introdutório. Uma análise mais aprofundada de
cada estado será exposta mais a frente.

2.1 Rebanho
A região Sul possui uma grande concentração na criação de suínos e galináceos. Como
pode-se observar no gráfico abaixo, 55,6% do rebanho em 2020 era composto por galináceos,
21,5% por bovinos e 18,3% por suínos (IBGE, 2021).

Figura 1 - Rebanho na região Sul (2020)

Fonte: IBGE, 2021

Apesar de ser apenas o terceiro principal setor da região, os rebanhos de suínos da


região Sul representaram, em 2020, 50% do efetivo nacional, enquanto os galináceos, seguem
com apenas 25%. O motivo está na alta especialização de criação para abate da região Sul. A
região Sudeste, por exemplo, conta com um rebanho responsável por 37% do efetivo
nacional, auxiliado pelo grande número de galinhas. Já o rebanho de bovinos tem apenas 11%
da participação nacional (IBGE, 2021).

Figura 2 - Participação da pecuária na produção nacional (2020)


Fonte: IBGE, 2021

O gráfico abaixo mostra como a região Sul veio perdendo espaço na criação de
bovinos ao mesmo tempo que ampliou a criação de suínos e galináceos. Ao longo da década
de 2000 e 2010, investimentos em pesquisa e tecnologia possibilitaram a criação de novas
técnicas que auxiliaram na descoberta de terras novas usadas para pasto, ao mesmo tempo que
a expansão para novas áreas tornaram a região Sul menos competitiva na criação de gado.
Enquanto o Rio Grande do Sul obteve uma queda de 23% no rebanho de bovinos, todos os
estados localizados na Amazônia Legal mostraram um grande aumento, como o Pará, com
26%. Esses dados comprovam que a expansão da pecuária no Norte e Centro-Oeste também
está ligada ao desmatamento. A alternativa para os estados da região Sul foi um maior
investimento na criação de suínos e galináceos, que já eram setores fortes em razão da
necessidade de pequenas propriedades para sua criação, característica particular do lugar. A
existência de outros produtos necessários para a criação de aves e porcos, como o milho no
Paraná, também impulsiona a produção de frangos e porcos (EPAGRI, 2021).

Figura 3 - Rebanho na Região Sul (2000 - 2020)

Fonte: IBGE, 2021


2.2 Abate
Em 2021, o Brasil foi o segundo maior produtor de frango, atrás apenas dos EUA.
Foram 6,18 bilhões de frangos abatidos, resultando em 14,62 milhões de toneladas de carne.
Houve um crescimento de 6% em relação ao ano anterior. Esses números são fortemente
impulsionados pela região Sul, que em 2021, concentrou mais de 60% da produção nacional.
Somente o estado do Paraná responde por ⅓ da produção nacional. Além disso, foram
abatidos 52,97 milhões de suínos no Brasil, com produção de 4,89 milhões de toneladas,
maior número registrado desde o início da Pesquisa de Pecuária Municipal (PPM), em 1997.
Já a participação no abate de suínos é ainda maior, com cerca de 67% em 2021 (IBGE, 2021).

Figura 4 - Participação nacional do abate (em toneladas)

Fonte: IBGE, 2021

Apesar de um aumento gradativo do abate de frangos e suínos (gráfico abaixo), a


região Sul tem diminuído sua participação na produção nacional desde os anos 2000 (gráfico
acima), resultados que indicam o crescimento de ambas atividades em outras regiões do país.

Figura 5 - Abate em toneladas da Região Sul


Fonte: IBGE, 2021

2.3 Exportação
Um fator intimamente ligado com a criação e abate de animais na região Sul é a sua
importância para o mercado internacional. O Brasil é o maior exportador de frango do mundo.
Em 2021 foram exportadas 4,4 milhões de toneladas de frango (8,3% a mais que 2020), muito
à frente do segundo colocado, EUA (3,421 milhões). A receita alcançou recorde de US$7,49
bilhões, 25% a mais em relação a 2020. Dentre os motivos, está o aumento da demanda pelo
produto, desencadeado pela China. O país, maior produtor/consumidor do mundo e principal
cliente do Brasil (17% da receita), passou por uma grave crise de peste suína africana e
precisou buscar alternativas à carne de porco (EPAGRI, 2021). Desse modo, a região Sul se
tornou ainda mais importante no setor, representando 78,5% da receita nacional. Outro fator
chave é o aumento dos insumos básicos para a criação de frangos, acarretando na valorização
dos preços e refletindo no aumento da arrecadação (EPAGRI, 2021).
O mesmo caminho pode ser observado em relação às exportações de suínos. Com os
problemas sanitários na China, bem como a desvalorização do real, a participação brasileira
no mercado internacional aumentou 10,6% em relação a 2020,enquanto o valor arrecadado foi
16% maior. O Brasil é o 4º maior exportador do produto, novamente impulsionado pela
atividade na região Sul. Deve-se levar em conta que parte do total de suínos criados é abatida
em outros Estados, contribuindo para divergências entre os valores de criação, abate e
exportação (EPAGRI, 2021).
Além da peste suína africana, outras doenças como a influenza aviária tornam
clientes de longa data mais confiáveis, e no caso da região sul, a evolução do volume de
exportações bem como o cuidado com a qualidade da carne mostram-se um diferencial
atrativo para muitos países consumidores, em especial, os localizados na Europa, mais
exigentes em relação a aspectos sanitários. Desse modo, o setor é chave para a arrecadação de
receita na região e desde os anos 2000 é alvo de maior especialização, como evidencia o
gráfico abaixo (EPAGRI, 2021). Nas próximas seções, será realizada uma análise mais
aprofundada diagnosticando as peculiaridades de cada estado.

Figura 6 - Exportações da Região Sul em quilogramas


Fonte: Comex Stat, 2022

3 A PECUÁRIA EM SANTA CATARINA

Apesar da área geográfica reduzida (95.346 km²), o estado ocupa e se mantém em 9°


posição no ranking de Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) no setor bovino desde
2020, conforme dados oficiais divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA, 2020). Giehl e Mondardo (2020) atribuem o destaque às atividades
desenvolvidas no âmbito rural catarinense, que em 2018 correspondeu a 56,77% do VBP total
da agropecuária do estado neste ano.
Para além disso, a avicultura, em especial a produção de frangos, é a principal
atividade do VBP de SC (ver figura 7), liderando o ranking nacional e ocupando a segunda
posição na exportação de frango do país, com 25% de participação sobre o total em 2020
(ABPA, 2020). Esse aumento considerável na produção e abate de carne de frango se explica,
de acordo com Cidasc (2021), pelo aumento da carne bovina nos últimos anos; ademais, as
exportações desse gênero cresceram 25,2% em 2021, refletindo diretamente à atual à posição
ocupada mundialmente pelo Brasil nesse segmento, o sétimo lugar.
Não menos importante, a suinocultura tem alto destaque em Santa Catarina,
respondendo 17,7% do VBP do setor, o estado é o maior produtor nacional de suíno e
responsável por cerca de 29,59% do abate brasileiro da carne em 2020. Também é o principal
exportador de carne suína, encarregado de 55,79% da exportação brasileira total de 2020,
tendo a China como o importador mor (ABPA, 2020). Para Giehl e Mondardo (2020), a
produção e abate suíno são mais que atividades econômicas, possuem dimensão social e
cultural, pois fazem parte da construção histórica da vida dos agricultores catarinenses desde
o século XIX.

Figura 7 - Peso total das carcaças (Kg) da pecuária em Santa Catarina (2003-2021)

Fonte: SIDRA-IBGE, 2022

3.1 Produção e abate de bovinos em Santa Catarina

A introdução de bovinos no Brasil aconteceu durante o período colonial - século XVI-


e teve como objetivo a promoção mais acelerada da ocupação do território brasileiro. Em
Santa Catarina, a bovinocultura se desenvolveu primeiro na serra catarinense devido, em
grande parte, à presença de pastos naturais, relevo propício ao setor e variabilidade de
pastagens, como aponta Pinto et al (2020). O crescimento foi tamanho que no hodierno a
pecuária bovina é um dos alicerces da economia catarinense, concentrando 38% do rebanho
bovino de cortes na região serrana.
De acordo com o IBGE (2017) os bovinos estão presentes em 132,5 mil
estabelecimentos agropecuários catarinenses, 72,39% do total, e em 2019, 36,4 mil desses
campos de concentração bovina destinaram os animais para abate em locais inspecionados em
2019. Ademais, o crescimento do rebanho passou a ser observado em todas as mesorregiões
do estado, em especial no oeste catarinense, que em 2018 passou para uma participação de
48%, resultado que se explica, como aponta Giehl (2020), com a expansão da pecuária de
leite.
Figura 8 - Total rebanho bovino em Santa Catarina8 (2003-2021)

Fonte: SIDRA-IBGE, 2022

Observa-se na figura 7 uma crescente de produção bovina, sobretudo bois e vacas,


entre os anos de 2015 e 2018, contudo os anos seguintes apresentam uma relativa queda. De
acordo com analistas dos relatórios de Produção de Pecuária Municipal (PPM), a baixa se
deve ao aumento do abate, provocado pela queda do preço da arroba; ou seja, segundo
especialistas é um movimento cíclico (bem observado na figura 8): cai o preço da arroba,
aumenta o abate do gado a fim de reduzir o rebanho e assim, promover novamente a alta do
preço da arroba (AGÊNCIABRASIL, 2018).
Quanto ao abate do setor, nota-se um pico entre os anos de 2009 e 2012, ao mesmo
tempo em que se observa uma decrescência na produção de bovinos, assim como nos anos
seguintes, o processo de um crescimento de pouca intensidade proporcionalmente ao número
de rebanhos. Por último verifica-se a tendência de diminuição do abate para os próximos
anos.
Figura 9 - Evolução do total de bovinos abatidos em Santa Catarina

8
Inclui-se na categoria “Rebanho”: Boi; Vaca; Novilho; Novilha. SIDRA (2022)
Fonte: SIDRA-IBGE, 2022

3.3 Produção e abate de suínos em Santa Catarina

Na microrregião de Concórdia, situam-se as duas mais relevantes empresas da


agroindústria no Brasil, destaques na comercialização de carne suína, bovina e aves, a Sadia
(Concórdia) e a Seara/Marfrig 43 (Seara). Contudo, conforme Giehl e Mondardo (2019), em
2018, 78,3% dos suínos produzidos no estado eram provenientes da mesorregião Oeste
Catarinense.
Figura 10 - Evolução do número de suínos em Santa Catarina

Fonte: SIDRA-IBGE, 2022

Ainda que inicialmente mostrou-se um declínio na criação de suínos em SC no


período de 2003-2004, a suinocultura é um setor que se mantém em crescimento estável, vista
a maior disponibilidade tecnológica e científica para o setor, em especial ao aumento da
exportação da carne nos últimos anos, que inflama a produção e anima os criadores. a Figura
11 mostra esse crescimento gradativo que reflete tanto no comércio interno quanto externo em
relação a carne de porco, como explica a Associação Catarinense de Criadores de Suínos
(ACCS), que em 2020 foi ampliada em 35%.

Figura 11 - Evolução de suínos abatidos em Santa Catarina (2003-2021)

Fonte: SIDRA-IBGE, 2022

3.4 Produção e abate de frangos em Santa Catarina

Após a consolidação do setor aviário em 1970, com a entrada de empresas


processadoras específicas à avicultura, Santa Catarina ganhou amplo destaque na categoria,
pois foi a pioneira na introdução do Sistema de Integração Vertical no abate, visando a
parceria entre frigoríficos e produtores. Dessa forma, hoje o estado é o principal representante
do setor aviário em números absolutos, sobretudo na mesorregião oeste catarinense, tendo
grande participação no cenário comercial internacional da carne de frango (CanalAgro Apud
EMBRAPA, 2022).

Figura 12 - Número de frangos produzidos em Santa Catarina (2003-2021)


Fonte: SIDRA-IBGE, 2022

Figura 13 - Evolução de frangos abatidos em Santa Catarina (2003-2021)

Fonte: SIDRA-IBGE, 2022

O abate, por sua vez, mostra um pico de ascensão entre 2010 e 2012, até voltar ao
status de crescente gradual, refletindo de acordo com o nível de exportação e produção de
frangos e galináceos, mesmo que o estado seja campeão em exportação, o nível de consumo
ainda não superou ao bovino e suíno.

3.5 A comercialização internacional da pecuária em Santa Catarina

Conforme pode ser visto na tabela 1, houve um aumento na exportação de carnes de


aves, de suínos e de bovinos ao longo do período de 2000 a 2021, o que indica um aumento
na produção e na demanda. Nesse sentido, o aumento de exportação mais expressivo foi o de
carne de animais da espécie suína e de aves, sendo a exportação de carne de aves em 2021 a
de valor mais expressivo em comparação com as outras carnes. Ainda, segundo dados do
Comex Stat de 2021, a China é a maior importadora de carne suína de Santa Catarina, seguida
do Chile. O Japão é o maior importador de carne de aves, seguido da China e da Arábia
Saudita. E o Uruguai é o maior destino das exportações de carnes bovinas, seguido de Israel e
de Hong Kong. Assim, percebe-se que os grandes mercados da produção pecuária catarinense
encontram-se na Ásia e também na América do Sul, por conta da questão regional.

Tabela 1 - Exportação da pecuária de Santa Catarina em valor FOB (US$)


Descrição
Código SH4 2021 2015 2010 2005 2003 2000
SH4

207 Carnes de aves $1.588.973.603 $1.422.704.718 $1.520.960.612 $980.194.462 $620.791.401 $424.197.468

Carnes de
203 animais da $1.321.365.367 $412.732.448 $297.486.832 $484.245.045 $186.039.767 $87.225.123
espécie suína

Carnes bovinas
202 $6.651.066 $5.258.573 $12.357.383 $12.395.350 $1.482.506 $73.064
congeladas

Carnes bovinas,
201 frescas ou $2.747.542 - $12.414 $1.134.609 - -
refrigeradas
Fonte: ComexStat, 2022

4. A PECUÁRIA NO RIO GRANDE DO SUL

No território em que hoje se encontra o estado do Rio Grande do Sul (RS), a criação
de gado bovino começou antes da colonização por Portugal, com essa atividade sendo
introduzida inicialmente por jesuítas espanhóis. A região só foi apropriada pelos portugueses
com a expansão da mineração em Minas Gerais, justamente incentivada por interesses
econômicos com a apropriação do gado, ligada à alta dos preços dos animais gerada pelo
aumento da demanda por bovinos (REICHERT; SCHUMACHER, 2015).

4.1 Produção e abate de bovinos no Rio Grande do Sul

Entre os estados do Brasil, o RS atualmente é o sétimo maior produtor de rebanho


bovino do país, atrás de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Pará, Mato Grosso do Sul e
Rondônia. Apesar disso, o estado vem perdendo espaço no mercado nacional na última
década, passando a produzir apenas 5% do total brasileiro em 2020, comparado aos 7% em
2010 (RIO GRANDE DO SUL, 2021). Esse declínio da produção de bovinos gaúcha pode ser
observada na figura 10, em que é possível perceber um contínuo declínio do número do
rebanho do estado desde 2011, chegando a decrescer em mais de 3 milhões de cabeças em
nove anos, cerca de um quarto do tamanho anterior.
Outro período de queda da pecuária bovina foi entre os anos de 2004 a 2007, que
segundo Filho, Reichert e Schumacher (2015, p. 7), se deu por conta da “[...]desvalorização
cambial, em 2003, que incentivou a expansão das lavouras de soja e os investimentos no
cultivo de florestas para a produção de celulose, levando ao encolhimento da área para a
bovinocultura [...]”. Com a volta da valorização do Real, os autores apontam que a atividade
pecuária começou a se recuperar, até o novo ciclo de baixa que se iniciou em 2011.

Figura 14 - Número de rebanho bovino (cabeças) no Rio Grande do Sul (2003-2020)

Fonte: SIDRA-IBGE, 2022

Conforme pode ser visto na figura 11, as mesorregiões do RS que mais concentram o
rebanho bovino são o noroeste, sudeste e sudeste rio-grandenses. Representando quase 50%
de todo rebanho em 2003, as regiões do sul do estado têm esse destaque em parte por motivos
históricos, sendo onde terras foram doadas em grandes extensões através do sistema de
sesmarias. Já na mesorregião noroeste, é lá onde se concentra grande parte da pecuária leiteira
do estado, tendo em vista vantagens locais como “solo fértil e pastos, boa disponibilidade de
água e de mão de obra familiar e clima temperado” (REICHERT; SCHUMACHER, 2015).
Com o ciclo de baixa da pecuária bovina rio-grandense que se iniciou em 2011,
podemos observar que as mesorregiões sudoeste e sudeste foram as mais afetadas, apesar de
ainda apresentarem conjuntamente quase metade de todo o rebanho. Outro fator a se destacar
é a pequena variação no tamanho do rebanho da mesorregião noroeste, onde, como discutido
anteriormente, a maior parte da produção bovina é destinada à pecuária leiteira, possivelmente
indicando que os ciclos de baixa do período estão mais associados à pecuária de corte.

Figura 15 - Número de rebanho bovino (cabeças) no Rio Grande do Sul por Mesorregião
(2003-2020)

Fonte: SIDRA-IBGE, 2022

Em geral, o número do abate bovino acompanhou as variações no tamanho do rebanho


no período estudado (Figura 12). Os abates estiveram em seu ponto mais baixo em 2007,
tendo depois voltado a crescer até 2013, quando se estabilizaram até entrar em queda
novamente em 2020. Com a análise trimestral, é possível inferir que os abates tendem a ser
mais numerosos nos últimos meses do ano, atingindo geralmente seu pico no quarto trimestre.

Figura 16 - Abate bovino em número de cabeças no Rio Grande do Sul (2003-2021)

Fonte: SIDRA-IBGE, 2022


4.3 Produção e abate de suínos no Rio Grande do Sul

No caso da suinocultura rio-grandense, o número do rebanho teve um grande


crescimento desde 2004, aumentando para mais de 5,5 milhões de cabeças em 2010,
quantidade em que se manteve relativamente constante até o fim do período tratado (Figura
13). Houve um pico da produção em 2013 quando o rebanho superou a marca de 6 milhões de
cabeças, mas dois anos depois a produção logo voltou a níveis similares aos de 2010.
Diferentemente do observado nos bovinos, não há ciclos de baixa consideráveis na pecuária
suína do Rio Grande do Sul.

Figura 17- Número de rebanho suíno (cabeças) no Rio Grande do Sul (2003-2020)

Fonte: SIDRA-IBGE, 2022

A pecuária suína do estado está concentrada nas mesorregiões metropolitanas de Porto


Alegre e do noroeste, nordeste e centro oriental rio-grandenses. As mesorregiões centro
ocidental, sudoeste e sudeste rio-grandense possuem uma produção suína muito diminuta
durante todo o período. Como se pode visualizar a partir da figura 14, os rebanhos das
mesorregiões produtores seguiram tendências de crescimento e redução similares durante todo
o período. Apesar disso, também é possível observar a redução da participação total da
mesorregião nordeste, que era a maior produtora em 2003, mas que em 2020 já havia sido
superada pela noroeste.

Figura 18 - Número de rebanho suíno (cabeças) no Rio Grande do Sul por Mesorregião
(2003-2020)
Fonte: SIDRA-IBGE, 2022

O abate de suínos no RS, com exceção do ano de 2005, cresceu constantemente até
2021, quando atingiu seu maior volume (Figura 15). Comparado com as mudanças no número
do rebanho, os abates não necessariamente as acompanharam, como é possível ver no ano de
2013, em que houve o maior rebanho do período, mas no qual os abates não destoam muito
do ritmo de crescimento anterior. Tal como no caso da pecuária bovina, os abates de suínos
tendem a aumentar no final do ano, geralmente tendo seu pico anual no quarto semestre.

Figura 19 - Abate suíno em número de cabeças no Rio Grande do Sul (2003-2021)

Fonte: SIDRA-IBGE, 2022


4.4 Produção e abate de frangos no Rio Grande do Sul

Conforme demonstrado na figura 16, a produção de galináceos rio-grandense teve


um ciclo de baixa durante o período tratado. Seu número cresceu em mais de 20 milhões nos
cinco anos entre 2005 e 2010, mas logo depois deste ano se estagnou até 2012. Em 2013, a
produção de galináceos começou a decrescer, tendência que se manteve até 2016, quando os
rebanhos estavam em seu menor tamanho desde 2007. Porém, a partir de 2017 a avicultura se
recuperou rapidamente, conseguindo ultrapassar a marca de 160 milhões de cabeças em 2018.

Figura 20 - Número de rebanho de galináceos (cabeças) no Rio Grande do Sul (2003-2020)

Fonte: SIDRA-IBGE (2022)

No que se refere à distribuição dos rebanhos entre as mesorregiões do RS, a


avicultura tem um arranjo similar ao da suinocultura do estado. Dessa forma, a produção está
mais concentrada nas mesorregiões metropolitanas de Porto Alegre e do noroeste, nordeste e
centro oriental rio-grandenses, enquanto as mesorregiões centro ocidental, sudoeste e sudeste
rio-grandense possuem uma produção muito pequena. Novamente em paralelo com a
produção de suínos, a maior parte da avicultura do estado estava em 2003 na mesorregião do
nordeste rio-grandense, mas que no fim do período havia perdido espaço para o noroeste.
Quanto ao abate, os galináceos acompanharam a tendência de crescimento dos
rebanhos durante o período. Porém, diferentemente do número do rebanho, os abates não
foram tão afetados pelo ciclo de baixa entre 2013 e 2016. Em contraste da pecuária suína e
bovina, os abates na avicultura não parecem sofrer picos durante os últimos trimestres, se
mantendo relativamente estáveis ao longo do ano (Figura 17).

Figura 21 - Abate de galináceos em número de cabeças no Rio Grande do Sul (2003-2021)


Fonte: SIDRA-IBGE, 2022

4.5 A comercialização internacional da pecuária no Rio Grande do Sul

Na análise das exportações rio-grandenses de carnes e miudezas, comestíveis durante


o período, representadas no gráfico da figura 18, percebemos a existência de períodos de
expansão, estagnação e declínio no intervalo de tempo do estudo. Primeiramente, houve um
aumento das exportações até 2008, depois havendo um período até 2016 em que o comércio
se manteve relativamente constante. Após um pronunciado declínio da atividade exportadora
em 2018, ela voltou a crescer rapidamente em 2019, tendência que segue até 2021. Outro
ponto que se pode observar no período é que, depois de uma significativa valorização do
quilograma da carne em 2008, a relação entre valor FOB e o quilograma se mantém
relativamente estável, não havendo grandes desvalorizações ou valorização.

Figura 22 - Exportação de Carnes e miudezas, comestíveis do Rio Grande do Sul, por valor
FOB (US$) e quilograma liquido (2003-2021)

Fonte: ComexStat, 2022


5 PARANÁ

5.1 A Pecuária no Paraná

Segundo o Instituto Brasileiro de Estatística de Geografia (IBGE), o Paraná tem o 8º


maior rebanho de bovinos do Brasil, com destaque para o gado de corte, de acordo com dados
de 2020. Segundo o G1 (2020), 70% do território do estado é coberto por pastagens, para
suprir a demanda por alimentos do rebanho, que se destacam em volume na região noroeste
do Paraná.
Nesse sentido, o estado ganha destaque na pecuária não somente pela quantidade, mas
pela qualidade. Após anos de investimento na estruturação de um sistema sanitário robusto, o
Paraná conquistou a certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação em maio de
2021, selo internacional que impulsionou ainda mais investimentos na pecuária do estado,
com perspectivas de avançar em direção a mercados internacionais que pagam mais por
produtos advindos de áreas certificadas. É de interesse do estado, segundo a CNA Brasil
(2022), tornar-se o “supermercado do mundo”, alcançando ainda mais mercados
consumidores internacionais.
Mesmo com o crescimento nos últimos anos, a pandemia de COVID-19 trouxe
inseguranças sobre o consumo do mercado, mas a comercialização de gado adaptou, lançando
mão de estratégias virtuais, como os leilões virtuais.

Figura 23 - Abate de Bovinos no Paraná (2000-2021)

Fonte: Sidra-IBGE, 2022

O abate de bovinos, apesar de ser o de menor relevância entre as 3 culturas na


produção nacional, ainda abaixo da casa dos 14%, vem avançando a taxas mais estáveis desde
2014, com destaque para 2019 e 2020. O baixo desempenho da pecuária em relação à
avicultura e suinocultura no Paraná se devem, em grande parte, à perda de espaço nos campos
para a produção de soja, devido à valorização da commodity, segundo a revista O Paraná
(2017). Para reverter este cenário, o governo do estado busca modernizar o setor pecuário,
trazendo mais produtividade mesmo em localidades geográficas não tão benéficas para o
cultivo de gado na mesorregião.

5.2 A Avicultura no Paraná

Os dados do IBGE (2021) apontam que, em 2020, um em cada três frangos abatidos
no Brasil saiu do Paraná, fazendo do Estado o líder nacional em avicultura, além de ser,
também, o principal exportador brasileiro de carne de frango.
Em relação à exportação, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e
Social (Ipardes), com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério
da Economia (2021), assinala que os principais destinos são a Ásia (com ênfase na
participação da China, que consome um quarto da carne de frango do Estado), os Emirados
Árabes Unidos, Japão, Arábia Saudita e Coreia do Sul.
Ser o maior produtor de aves para abate do Brasil se deve, segundo o Sindicato das
Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), aos seus trabalhos na
defesa dos interesses das indústrias avícolas paranaenses, buscando promover bem-estar
animal, sanidade, meio ambiente, qualidade e legislações que assegurem o pleno
desenvolvimento da atividade.

Figura 24 - Abate de frangos no Paraná (2000-2021)

Fonte: SIDRA-IBGE, 2022


Pelo gráfico é possível ver o protagonismo da mesorregião na produção de frangos
para abate, que anda entre os 50% e 60%. Até 2014 há grandes variações na produção, mas
desde então é notável um crescimento mais estável da produção.

5.3 A Suinocultura no Paraná

A produção de suínos no Paraná também foi alvo dos benefícios angariados com a
conquista da certificação internacional de área livre de febre aftosa sem uso de vacinas,
segundo a CNA Brasil (2022). Como resultado disso, o estado também recebeu investimentos
da Agroceres Pic – líder no mercado de genética de suínos – justamente pela elevada
biosseguridade. Dados do Ipardes apontam que o estado é o segundo que mais exporta
proteína suína no país, ficando atrás apenas de Santa Catarina e que, dentre os produtos
exportados pelo Paraná a carne suína só fica atrás da soja, tendo como principais mercados a
China, Estados Unidos e Argentina.
Em entrevista ao G1 (2022), Nicole Wilseck, analista técnica da FAEP, afirma que o
Paraná tem potencial de transformar-se no maior exportador brasileiro de carne suína, já que,
de acordo com ela, o Paraná tem muitas áreas livres para onde expandir as estruturas de
suinocultura, diferente de Santa Catarina, que não tem mais onde crescer geograficamente a
produção. Além disso, ela destaca que o Paraná tem forte produção de grãos, que provém boa
parte da alimentação dos animais, sem precisar importar de outros estados.

Figura 25 - Abate de Suínos no Paraná (2000-2021)

Fonte: SIDRA-IBGE, 2022


Embora tenha havido decrescimento da participação nacional em abate de suínos
durante toda a primeira década dos anos 2000, desde então a produção se estabilizou e vem
crescendo desde 2019. A taxa atual de menos de 70% na contabilização total do país tem
espaço para retomar seu patamar de quase 80%, devido ao espaço geográfico e recursos da
mesorregião.

6 CONCLUSÃO

Através do estudo apresentado por este artigo, foi possível analisar e compreender o
funcionamento da pecuária na região sul e o seu grande impacto no mercado internacional. Ao
decorrer das últimas duas décadas, é perceptível alguns pontos em comum que ocorreram
entre os três estados, como a decadência do rebanho bovino e o crescimento nos rebanhos
suínos e galináceos. Essa especialização da região na produção da carne de frango e de porco
ocorreu como forma de escapar da concorrência da produção bovina com os estados do norte
e do centro-oeste, que se beneficiaram com a expansão promovida pelo desmatamento da
Amazônia.
Outra característica importante que evidencia o sucesso comercial da região é que,
não há um investimento apenas na quantidade, mas também na qualidade do produto final.
Dessa maneira, mercados exigentes de países que demandam rigorosos controles sanitários
são atraídos e se fidelizam com a importação das carnes produzidas no sul do Brasil.
Referências

ABPA Associação Brasileira de Proteína Animal, Relatório Anual, 2020, Disponível em:
<https://abpa-br.org/wp-content/uploads/2020/05/abpa_relatorio_anual_2020_portugues_web.
pdf> Acesso em: 15, Junho de 2022.

Ação quer modernizar a pecuária paranaense. O Paraná, 2017. Disponível em: <
https://oparana.com.br/noticia/acao-quer-modernizar-a-pecuaria-paranaense/>. Acesso em:
18, Junho de 2022.

Em 2020, um em cada três frangos abatidos no Brasil saiu do Paraná. Canal Rural, Disponível
em: <
https://www.canalrural.com.br/noticias/pecuaria/aves/em-2020-uma-em-cada-tres-aves-abatid
as-no-brasil-saiu-do-parana/>. Acesso em: 12, Junho de 2022.

CIDASC (Santa Catarina). Santa Catarina alcança o maior valor de produção


agropecuária da história. 2021. Disponível em:
http://www.cidasc.sc.gov.br/blog/2021/04/14/santa-catarina-alcanca-o-maior-valor-de-produc
ao-agropecuaria-da-historia/. Acesso em: 25 jul. 2022.

COMEX STAT. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (2022). Dados


estatísticos. Retirado de: http://comexstat.mdic.gov.br/pt/home. Acesso em: 25 jul. 2022

EPAGRI. Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina . 2021. Disponível em:


https://cepa.epagri.sc.gov.br/index.php/publicacoes/sintese-anual-da-agricultura/. Acesso em:
19 jul. 2022.

GIEHL, A. L.; MONDARDO, M. PRODUÇÃO DE SUÍNOS EM SANTA CATARINA:


UMA ANÁLISE DA REGIONALIZAÇÃO DOS ABATES (2013-2018), 2019, Criciúma,
SC. Anais XIII ENCONTRO DE ECONOMIA CATARINENSE Transformações no mundo
do trabalho Criciúma, SC, 2019.

GIEHL, A. L.; MONDARDO, M. PRODUÇÃO DE BOVINOS PARA AUTOCONSUMO


EM SANTA CATARINA: RELEVÂNCIA, CARACTERÍSTICAS E DINÂMICA. In: 58°
Congresso SOBER Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia
Rural, LVIII, 2020, Foz do Iguaçu - PR.

GIEHL, A. L.; MONDARDO, M. PRODUÇÃO DE FRANGOS EM SANTA CATARINA:


UMA ANÁLISE DA REGIONALIZAÇÃO DOS ABATES . In: 58° Congresso SOBER
Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, LVIII, 2020, Foz
do Iguaçu - PR.

IBGE. Pesquisa da Pecuária Municipal. 2021. Disponível em:


https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ppm/tabelas. Acesso em: 15 jun. 2022.
IPEA. Diagnóstico e desafios da agricultura brasileira.2018. Disponível em:
http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/9507#:~:text=O%20livro%20prop%C3%B5e%20
um%20diagn%C3%B3stico,pol%C3%ADtica%20de%20pre%C3%A7os%2C%20al%C3%A
9m%20de. Acesso em: 19 jul. 2022.

KLAUCK, A. G. Agropecuária catarinense: o processo de modernização através das


propagandas na primeira metade do século XX. Revista Santa Catarina em História
-Florianópolis - UFSC – Brasil ISSN 1984-3968, v.7, n.1, 2013.

Mapa da avicultura paranaense. Sindiavipar, Disponível em: <


https://sindiavipar.com.br/mapa-da-avicultura/>. Acesso em: 15, Junho de 2022.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Disponível em: <


https://g1.globo.com/pr/parana/caminhos-do-campo/noticia/2022/02/20/suinocultura-cresce-n
o-parana-apos-estado-ser-reconhecido-como-area-livre-da-febre-aftosa-sem-vacinacao-diz-ipa
rdes.ghtml>. Acesso em: 15, Junho de 2022

Pecuária paranaense se destaca na qualidade de carne e quantidade de rebanhos. G1 PR, 2020.


Disponível em: <
https://g1.globo.com/pr/parana/caminhos-do-campo/noticia/2020/08/16/pecuaria-paranaense-s
e-destaca-em-qualidade-de-carnes-e-quantidade-de-rebanhos.ghtml>. Acesso em: 18, Junho
de 2022.

PINTO, C.E.; GARAGORRY, F.C.; COSTA JR., N.B.; BALDISSERA, T.C. (Orgs.). Pecuária
de corte:Vocação e inovação para o desenvolvimento catarinense. Florianópolis: Epagri, 2016.
212p. Bovino de corte; Crédito agrícola; Pecuária. ISBN 978-85-5859-001-3.

REICHERT, Henrique; SCHUMACHER, Gabriela . A pecuária no rio grande do sul: a


origem, a evolução recente dos rebanhos e a produção de leite. Departamento de Ciências
Ecanômicas da Universidade Federal de Santa Maria, 2015.

RIO GRANDE DO SUL. Secretaria de Planejamento Governança e Gestão. Departamento de


Planejamento Governamental. Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul. 6. ed. Porto
Alegre: Spgg, 2021. Disponível em:
https://issuu.com/spggrs/docs/atlas_socioconomico_do_rio_grande_do_sul. Acesso em: 25
jul. 2022

Santa Catarina é o maior produtor e exportador de carne suína do Brasil. Suinocultura


industrial, 2021. Disponível em: <
https://www.suinoculturaindustrial.com.br/imprensa/santa-catarina-e-o-maior-produtor-e-expo
rtador-de-carne-suina-do-brasil/20210420-082630-r593#:~:text=Santa%20Catarina%20é%20
o%20maior%20produtor%20e%20exportador%20de%20carne%20suína%20do%20Brasil,-O
%20estado%20bateu&text=Em%20março%2C%20o%20agronegócio%20catarinense,da%20
série%20histórica%20em%201997>. Acesso em: 20, Junho de 2022
Selo internacional impulsiona investimentos na pecuária do Paraná. CNA Brasil, Disponível
em: <
https://cnabrasil.org.br/noticias/selo-internacional-impulsiona-investimentos-na-pecuaria-do-p
arana>. Acesso em: 13, Junho de 2022.

Suínocultura cresce no Paraná após estado ser reconhecido como área livre da febre aftosa
sem vacinação, diz Ipardes, Disponível em: <
https://g1.globo.com/pr/parana/caminhos-do-campo/noticia/2022/02/20/suinocultura-cresce-n
o-parana-apos-estado-ser-reconhecido-como-area-livre-da-febre-aftosa-sem-vacinacao-diz-ipa
rdes.ghtml>. Acesso em: 15, Junho de 2022.

WORKSHOP DE CIÊNCIA E INOVAÇÃO EM PECUÁRIA, 1°, 2020, Lages, SC. Anais ...
Florianópolis: Epagri, 2020. 132p. (Epagri. Documentos, 322)

Você também pode gostar