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Não será, certamente, a primeira coisa em que se pensa quando se perde um familiar,
mas faz parte da lista de burocracias que são necessárias para colocar tudo em ordem,
depois de alguém morrer: cancelar a conta bancária após o falecimento.
Hoje em dia, todos guardamos dinheiro no banco e temos, pelo menos, uma conta à
ordem no nosso nome. Significa que, quando morremos, alguém tem de fechar essa
conta e entregar o dinheiro aos herdeiros – e essa iniciativa tem de partir da família,
porque os bancos não o fazem sem lhes ser pedido.
Porque é natural que, num momento de dor, não esteja com disponibilidade para andar a
pesquisar manuais de procedimentos, resumimos neste artigo as informações essenciais
sobre o que deve fazer e que documentos deve preparar.
No momento em que a conta é cancelada, o banco vai pedir que sejam identificados os
herdeiros da pessoa falecida. É para esses herdeiros (devidamente identificados junto do
banco com um certificado de habilitação de herdeiro) que são transferidas as parcelas
que lhes cabem do montante disponível.
Esta limitação tem por base dois pressupostos: o de que cada um dos titulares contribuía
em partes iguais para o valor total disponível; e o de que o titular sobrevivente pode não
ser o único herdeiro do cliente falecido.
Quer isto dizer que, a partir do momento em que o banco recebe o atestado de óbito e
até que os herdeiros habilitados sejam todos identificados, o titular sobrevivente só pode
mexer em metade do dinheiro que a conta tiver.
Pode acontecer que a pessoa falecida não tenha contado a ninguém sobre todos os
produtos financeiros de que era titular. Nesse caso, também não serão os bancos a
alertar os herdeiros para a existência desses produtos.
Assim, se for herdeiro habilitado e não souber ao certo quanto dinheiro tinha a pessoa
que morreu (ou onde ele estava depositado/aplicado), vale a pena recorrer ao serviço
de localização bancária do Banco de Portugal.
Este serviço pode ser requerido no Portal do Cliente Bancário ou por correio, através do
envio de um requerimento. Vai ser um processo algo burocrático – terá de identificar-se
como herdeiro habilitado para ter acesso à informação -, mas fica com a certeza de que
nada lhe escapa.
Oficialmente não existem prazos para cancelar a conta, mas convém ter em mente os
15 anos de inatividade após os quais o dinheiro que estiver numa conta bancária reverte
para o Estado.
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