Você está na página 1de 33

CAMILA CAMARA FERREIRA NEVES

ESTUPRO DE VULNERÁVEL

JACAREÍ
2022

CAMILA CAMARA FERREIRA NEVES


ESTUPO DE VULNERÁVEL

Projeto apresentado ao Curso de Direito da


Instituição Faculdade Anhanguera

Orientador: Leticia Silvério

JACAREÍ
2022
CAMILA CAMARA FERREIRA NEVES

ESTUPRO DE VULNERÁVEL

BANCA EXAMINADORA

Prof. (a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof.(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof.(a). Titulação Nome do Professor(a)

Jacareí, ____ de _____________ de 2022


“Dedico primeiramente a Deus por ser meu
apoio em momentos difíceis, agradeço a Deus
por não me deixar desistir nessa jornada,
sempre estar ao meu lado nos momentos mais
difíceis desse trabalho, por ser tão presente e
essencial em minha vida, o autor do meu
destino, meu guia que nunca me abandonou.
Dedico também à minha mãe, meu pai, meu
marido, meus filhos e ao meu primo
Wanderson por todo o suporte e amor dados a
mim, apoio e companheirismo ao longo do
tempo”.
AGRADECIMENTOS

Quero agradecer DEUS por todas as minhas conquistas, pois sem as suas


bênçãos eu não poderia alcançar, quero agradecer também por todas as pessoas
que o senhor me enviou que me ensinaram muito no decorrer da minha vida, a
minha família que vivenciou meus momentos de surtos, estresses, choros , risos ,
misturas de emoções ,ao meu marido que sem ele não poderia chegar ate aqui,
foram tantas toda provas , meus filhos e meus netos , em especial ao meu primo e
professor Wanderson que me aturou toda hora eu chamando para me ajudar a
concluir este trabalho, quero agradecer também a todos os professores neste longos
cinco anos , professora Silvania , prof. Andreia Maricato , prof. Helena, a
coordenadora Leticia , muito obrigada pela ajuda , dicas.
“É mais fácil lidar como uma má consciência
do que com uma má reputação”
Friedrich Nietzsche
NEVES, CAMILA CAMARA FERREIRA. Estupro de vulnerável: 2022. 32f.
Monografia apresentada a Faculdade Anhanguera de Jacareí para obtenção do
título de Bacharel em Direito. Jacareí, 2022.

RESUMO

Este trabalho dedica-se , compreender e acima de tudo conscientizar as pessoas a


entender e analisar medidas que possam ser adotadas diante deste gigante
problema que e o Estupro de Vulnerável, tentar contornar seus impactos e
diminuição de números cada vez maiores , no código penal brasileiro, o estupro
de vulneral acontece com pessoas sem nenhum entendimento que possa consentir
a pratica sexual, essa falta de entendimento abordaremos na primeira parte deste
trabalho, o que e o estupro de vulnerável, quem são os vulneráveis , quais as
mudanças teve no código penal brasileiro, o que diz o art. 217-A. Na segunda
etapa abordaremos porquê e ainda e um tabu falar sobre violência sexual, não se
tem tanta orientações , profissionais preparados , os motivos que levam as vítimas
se calarem. A terceira parte irá abordar quais métodos e caso de aborto após
estupro, prostituição sexual ou exploração sexual, medidas de como identificar
casos de violência sexual.

Palavra -chave: estupro de vulnerável: os vulneráveis; mudança da lei ; direito da


vítima ; exploração sexual; aborto legal em caso de estupro;
NEVES, CAMILA CAMARA FERREIRA. Estupro de vulnerável: 2022. 62f.
Monografia apresentada a Faculdade Anhanguera de Jacareí para obtenção do
título de Bacharel em Direito. Jacareí, 2022.

ABSTRACT
This work is dedicated to understanding and, above all, making people aware
of understanding and analyzing measures that can be adopted in the face of this
giant problem that is the Rape of Vulnerable, trying to circumvent its impacts and
decrease in increasing numbers, in the Brazilian penal code. , the rape of the
vulnerated happens to people without any understanding that can consent to the
sexual practice, this lack of understanding we will address in the first part of this
work, what is the rape of the vulnerable, who are the vulnerable , what changes had

the Brazilian penal code , which says the art. 217-A. In the second stage, we will

discuss why, and it is still a taboo to talk about sexual violence, there is not so much

guidance, prepared professionals, the reasons that lead victims to shut up. The third
part will address which methods and cases of abortion after rape, sexual prostitution
or sexual exploitation, measures of how to identify cases of sexual violence.

Keywords: rape of the vulnerable: the vulnerable; change of law ; victim's right;
sexual exploitation; legal abortion in case of rape
SUMÁRIO

1
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................10
2 PONTOS GERAIS SOBRE O CRIME DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL
.............................11
2.1 A DIGNIDADE SEXUAL E O CRIME DE ESTUPRO
.........................................................11
2.2 OS CRIMES SEXUAIS CONTRA PESSOAS VULNERÁVEIS
.........................................12
3 PROTEÇÃO DA DIGNIDADE SEXUAL NA INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA .......................14
3.1 COMO SABER SE A CRIANÇA E ADOLESCENTE ESTÁ SOFRENDO ABUSO ..........
14
3.2 EXPLORAÇÃO
SEXUAL ...................................................................................................15
4 PROSTITUIÇÃO
INFANTIL ..................................................................................................17
4.1 ABORTO E O CRIME SEXUAL ........................................................................................
17
4.2 O ABORTO
LEGAL ...........................................................................................................18
5 O
PROBLEMA ......................................................................................................................20
6 OBJETIVOS.........................................................................................................................
21
6.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO..................................................................................22
6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS...........................................................22
7 JUSTIFICATICA....................................................................................................................23
8 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA............................................................................................
24
9 METODOLOGIA....................................................................................................................28
10 ALEGAÇÕES FINAIS.........................................................................................................
29
11 REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 31
11

1 INTRODUÇÃO

Identificar que o estupro de vulnerável pode ser entendido como segmento do


campo do direito penal que sofre influências massivas do entorno social como a
moralidade, costumes, religião, nesse sentido vale lembrar que a repressão
relacionada a sexualidade sempre foram muito presente na sociedade, assim
interferindo na tutela penal. No direito penal isso reflete de maneira muito
significativa na alternância entre período de repressão e abrandamento na legislação
referente aos crimes sexuais, temos uma espécie de movimento pendular, que vem
o correndo desde as sociedades antigas, hoje podemos dizer que vimemos
novamente em um período de repressão por parte da sociedade com relação a
vítima e do aumento do rigor punitivo do âmbito desses crimes sexuais.
É necessário fazer uma breve digressão ao respeito do bem jurídico tutelado
chamado direito penal ao crime de estupro de vulnerável, a questão pelo qual o
direito penal busca por diversas fazes ao longo da história. Desse modo é de suma
relevância a presença do estado para garantir a proteção da honra, da dignidade e
da moral do vulnerável, tanta a moral objetiva e subjetiva. Uma vez que, os
elementos objetivos do crime são conjunção carnal e o ato libidinoso que configura a
moral objetiva, com o elemento subjetivo será o dolo, visto que, a livre manifestação
de vontade de praticar tais ações com o vulnerável.
O tema chama muita atenção visto que, recentemente a UNICEF divulgou
dados referente aos últimos 4 anos de violência sexual no país mostra que 180 mil
meninos e meninas sofreram violência sexual. Entretanto existem uma escassez de
provas, assim a sentença não será adequada, sem a prova do crime ou como
ocorreu.
O foco desse estudo é a busca do conhecimento de como ocorre o crime de
estupro de vulnerável, avaliando seus aspectos cognitivos e emocionais. O estudo
também fara um exame da palavra da vítima, enfocando-se nas impressões e
emoções geradas pelada pelo delito, analisando e pesquisando leis que visem
penalizar os condenados por práticas de estupro de vulnerável.
12

2. PONTOS GERAIS SOBRE O CRIME DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL

Compreende -se então que uma escuta especializada ira se realizar no âmbito
da rede de proteção , para amenizar o desgaste que esse menor terá e não ter que
ficar repetindo a mesma história para várias pessoas , quando o menor revela ,
precisa ser registrado o maior número de informações possíveis que ela venha
revelar , sem fazer muita interferência , sem poluir o discurso desse menor , assim
todo esse trabalho dos profissionais treinados e preparados , o relatório deve ser
encaminhado as autoridades de cada cidade , assim provocando o poder judiciário
para que seja feito os tramites e os cuidados desse menor.
A vista disso o atual capítulo busca analisar os crimes contra o estupro e a
dignidade sexual definir de forma genérica esses crimes, o fortalecimento da
mudança da nossa legislação com leis mais severas relativos aos crimes de estupro
e estrupo de vulneráveis.

2.1- A DIGINIDADE SEXUAL E O CRIME DE ESTUPRO

Os crimes contra a dignidade sexual trazem alguns tipos penais que chamam
bastante atenção e que infelizmente acaba-se aprendendo não pelo direito, e sim a
maioria das vezes da forma errada pela televisão, mídia, um dos principais tipos
penais que é o crime de estupro que se encontra no;

Art. 213 do código penal- Constranger alguém,


mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a
praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1 o Se da conduta resulta lesão corporal de
natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de
14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2 o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela
Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
13

Atentado violento ao pudor (Revogado pela Lei nº


12.015, de 2009).

Nota-se que quando falamos no estupro precisa perceber que algumas


características estão descritas no tipo penal, a falta de informação na hora de saber
qual tipo penal será enquadrado na situação do crime de estupro, levando as
considerações de quais elementos que caracterizam o crime de estupro; a violência
ou grave ameaça, ou seja o estupro está previsto no art.213 e só e possível a
configuração deste tipo penal se houver a violência ou grave ameaça. A conduta que
é considerada para o crime de estupro; a conjunção carnal ou o ato libidinoso.
O estupro existia antes a duas figuras separadas; o atentado violento ao pudor e o
estupro, o estupro se restringia a conjunção carnal e o atentado violento ao pudor
seria qualquer outro ato libidinoso que não fosse consentido. Ainda há muitas
dúvidas e falta de conhecimento sobre o estupro e no qual momento ocorre, visto
que no senso comum, o estupro somente ocorre entre um homem e uma mulher,
não se tem as informações que hoje e tão importante saber que não importa o sexo,
idade, qualquer pessoa pode sofrer o criem de estupro. Em 2009 o tipo penal do
atentado violento ao pudor foi revogado e sua tipicidade foi transferida para o tipo
penal do estupro.
Sobre o assunto, o doutrinador Guilherme Nucci (2015), explica que:

"A dignidade sexual liga-se à sexualidade humana, ou


seja, o conjunto dos fatos, ocorrências e aparências da vida sexual de cada
um. Associa-se a respeitabilidade e a autoestima à intimidade e à vida
privada, permitindo-se deduzir que o ser humano pode realizar-se,
sexualmente, satisfazendo a lascívia e a sensualidade como bem lhe
aprouver, sem que haja qualquer interferência estatal ou da sociedade."
Ainda sobre o mesmo assunto, Nucci (2015) fala sobre respeitar a dignidade
sexual, afirmando que:

"Respeitar a dignidade sexual significa tolerar a


realização da sensualidade da pessoa adulta, maior de 18 anos, sem
obstáculos ou entraves, desde que se faça sem violência ou grave ameaça
a terceiros. Sob tal enfoque, torna-se vítima de crime contra a dignidade
sexual aquele que foi coagido, física ou moralmente, a participar da
satisfação da lascívia do agente, sem apresentar concordância com o ato.
Pode, ainda, tornar-se ofendido aquele que, para a satisfação de outro
interesse do agente, foi levado a atos sexuais não aprovados."

A dignidade sexual está ligada à honra, direito respeitado presente no art. 5º


da Carta Magna em nossa constituição de 1988.
O cidadão pode agradar se sexualmente respeitando a dignidade sexual do outro,
entender que a satisfação necessita da aceitação, consentimento da outra parte, a
intimidade sexual precisa ser prazerosa a ambas as partes, tornando um momento
único e agradável.
14

2.2- OS CRIMES SEXUAIS CONTRA PESSOAS VULNERÁVEIS

Os crimes sexual contra os vulneráveis esta previsto nos arts.217-A e 218-B


do código penal, esses crimes contra os vulneráveis são caracterizados e importante
destacar que esses artigos foram acrescidos ao código penal por força da lei n
12.015/2009,eles são mudanças propiciadas por esta lei , necessário destacar que
os crimes de estupro de vulnerável caracterizam : a corrupção de menores,
satisfação de lascívia mediante a presença da criança ou adolescente, o
favorecimento a prostituição ou outra forma de exploração sexual do vulnerável,
pessoas com deficiência mental ou física .Uma questão constante dos artes. 217-A
e 218-B o direito penal aborda o desrespeito a proteção e a dignidade sexual desses
vulneráveis, quando se fala em proteção a criança e ao adolescente encontramos
essa forma de abordar os delitos cometidos , o titulo especifico protege a criança e
o adolescente e aquelas pessoas tida como vulnerável , tipifica o crime de estupro
de vulnerável , quando se fala do crime de estupro de vulnerável o art. 217-A diz;
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído
pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1 o Incorre na mesma pena quem pratica as ações
descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental,
não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009)
§ 2 o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 3 o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza
grave: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído
pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 4 o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. (Incluído
pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º
deste artigo aplicam-se independentemente do consentimento da vítima ou
do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime. (Incluído
pela Lei nº 13.718, de 2018) corrupção de menores
15

3 PROTEÇÃO DA DIGNIDADE SEXUAL NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Neste capítulo abordaremos de forma ampla, objetiva e com estudos que


provam que a maior violência é com crianças.
Com fundamento constitucional, a proteção da dignidade sexual na infância acarreta
punições quando a violação sexual e alcançada, a importância é entender que a
grande parte de vítimas de violência sexual no Brasil não são as mulheres, e sim as
crianças, 60% de todos os estupros registrados no Brasil até o ano de 2021, foram
contra menores de treze anos. Compreender que enquanto não se tratar de um
problema sério, as políticas públicas não se posicionarem esse enfrentamento, essa
violência não se rompe.
Entender que qualquer ato libidinoso e uma violência pelo código penal, não
se pode naturalizar como normal, que não aconteceu nada, precisa ser um país que
não se admite nenhuma violência sexual, tanto das mais leves até as mais graves,
visando que a violência e um ato que escala, releva se os atos menos piores e
assim essas violências só vem aumentando. A partir do momento que sai do
silencio, assim essa violência será enxergada, fazer a sociedade brasileira falar e ter
a dimensão sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes, enxergar o
tamanho gravíssimo e essa violação.
Enfatizando que crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual na infância
carregam traumas por toda vida.

3.1 COMO SABER SE A CRIANÇA E ADOLESCENTE ESTÁ SOFRENDO ABUSO

Crianças e adolescentes podem ter sinais e sintomas clínicos que sugerem


abuso sexual, em relação a sinais físicos, presença de lacerações, escoriações nas
partes intimas, secreção, dor na evacuação, intestino preso de repente, que não
estejam associados a outras doenças. Sinais importantes são mudanças no
16

comportamento, como agressividade em criança que antes era muito passiva ou


embotamento emocional, ou seja, extrema timidez, medo de conversar com
pessoas, choro inexplicável e até mesmo automutilação, quando a criança se
machuca, esses sinais são muito importantes para que seja pensado e lembrado a
possibilidade de abuso sexual.
Segundo o instituto Liberta são 500 mil vítimas por ano, a cada 24 horas, 320
crianças e adolescentes são explorados sexualmente no país, a média e de mais de
13 crianças e adolescentes por hora. Esses números podem ser ainda maiores,
infelizmente apenas 7 a cada 100 casos são denunciados e muitas vezes a vítima e
culpabilizada, um estudo revela ser a maioria meninas negras.

3.2 EXPLORAÇÃO SEXUAL


Recentemente, o presidente da República, Bolsonaro em um vídeo que
repercutiu nas redes sociais, disse que; “pintou um clima “com algumas
adolescentes venezuelanas de quatorze e quinze anos e que estavam em condições
de exploração sexual. Não pode permitir e normalizar que homens se sintam
confortáveis em dizer que " pintou um clima “com adolescentes. Em 2018, por
exemplo, uma pesquisa do Datafolha mostrou que 24% dos entrevistados já tinham
presenciado alguma situação de exploração sexual infantil, porém destes, 72% não
denunciaram, as pessoas não denunciam, pois é um crime naturalizado no país.
A exploração sexual de crianças e adolescentes, previsto no código penal,
trata de qualquer relação sexual com pessoa de 14 a 18 anos em troca de algo, não
necessariamente envolvendo dinheiro. No caso de menores de 14 anos e
considerado estupro por presunção. Pagar para ter relação sexual com pessoas
adultas não é configurado crime, já em relação a pessoas com menores de 18 anos,
é criminoso e o código penal brasileiro estabelece que o adolescente é vítima.
Recentemente também a Ministra Damares acusou que crianças de 3 e 4
anos teriam tido seus dentes arrancados para fins de sexo oral e tráfico entre outras
atrocidades medonhas. O problema e que as pessoas estão levantando ser verídico
ou não essa acusação. o que se sabe e que existe a violência sexual contra crianças
e adolescentes no Brasil. A narração da Ministra Damares diz respeito a violência
cotidiana intrafamiliar, segundo estatísticas a cada 4 meninas menos de 13 anos são
17

estupradas por hora no pais, por familiares e dentro de casa. Decorrente dessa
gigante violência sexual contra crianças e adolescentes só será de fato enfrentado e
superado quando todos tiverem consciência, compreensão desta cultura que permite
esse tipo de violência de alguma forma.
Não e olhando para o extremo e sim para o cotidiano, essas cortinas de
fumaças tiram o foco da discussão que realmente importa. E o que realmente
importa e falar sobre violência sexual e prevenção nas escolas, familiares, porém
quando se sabe que a maioria desta violência encontra -se dentro de casa, precisa
com muita seriedade e responsabilidade discutir educação sexual nas escolas.
18

4 PROSTITUIÇÃO INFANTIL
Abordaremos neste capítulo se existe o criem de prostituição infantil entre
outros temas sobre o abuso sexual contra crianças e adolescentes.
Não existe prostituição infantil, existe crime de exploração sexual de crianças e
adolescentes, que é gigante, totalmente visibilizado, naturalizado no Brasil, precisa a
conscientização de todos que denunciem, e uma obrigação moral, as autoridades
tem o dever legal de denunciar, a exploração sexual de crianças e adolescentes não
pode ser mais paisagem no país.
No Brasil, o tema mais pesquisado nos sites de pornografias e “novinha”,
existe muita pornografia infantil na internet, redes socais, existem abusadores de
todas as classes sociais, muito importante enfatizar, pois estamos falando de uma
cultura, a maioria dessas vítimas tem idade de 5 anos, ressalva que na maioria das
situações de exploração sexual, prostituição infantil se dá com o abusador eventual
ou o abusador ocasional. O abusador eventual nunca acha que está cometendo um
crime de exploração sexual, para ele, está ajudando aquela menina, pois está ali
para isso mesmo e precisa, ou seja, ele não se sente um criminoso, apesar do
código penal dizer que pagar para fazer sexo com uma menina de 14 a 18 anos e
crime de exploração sexual, tanto quem tem a relação sexual, quem agencia, caso
de agenciamento e para o estabelecimento que aceita aquela situação.

4.1 ABORTO E O CRIME SEXUAL


O aborto derrorrente de estupro não é crime, e um direito das vítimas, desde
1940, art.128 do código penal brasileiro prevê o aborto em casos de estupro ou risco
de vida materna, ainda assim existe a discriminação e o despreparo no serviço de
saúde, a restrição das vítimas acessarem esse direito. Poucas mulheres estão
cientes deste direito de interromper a gestação em caso de estupro, ou seja, a
possibilidade de um aborto legal, ainda não pode ser classificado como um direito
plenamente garantido as vítimas, visando a falta de acesso a informação e um
entrave, insuficiência dos serviços e a pouca divulgação deles, subnotificação dos
serviços de saúde, a política não chega a quem precisa.
19

Os profissionais de saúde não sabem a respeito, muitas das vezes omitem da


vítima, não sabem encaminhar, acolher e muito menos dar conta dessa demanda,
os serviços trabalham de forma despreparada para receber essas vítimas de abuso
sexual, principalmente quando vem decorrente de uma gravidez. Recentemente uma
criança de 11 anos foi impedida de realizar o procedimento, segundo a legislação, e
permitido interromper a gestação no país em casos de estupro, a lei não determina
até qual semana de gestação o aborto e permitido.
A Norma Técnica de Atenção Humanizada ao Abortamento, do Ministério da
Saúde, determina que o procedimento pode ser realizado até a 20 semana de
gestação, prazo que pode ser estendido até 22 semanas, caso o feto pese menos
que 500 gramas.
Ressaltando que o aborto e crime, com exceção nos casos de estupro que a
lei já prevê. Quando existe o crime de violência sexual e consequente gera uma
gravidez, a vítima tem o direito de assistência em unidades de Saúde (Sistema
Único De Saúde) o SUS, relatar o ocorrido a uma equipe especializada, não é
obrigatório que a vítima faça boletim de ocorrência, até mesmo exame certificando o
abuso. A Norma Técnica do Ministério da Saúde, em caso de gravidez após estupro,
e recomendado que a vítima seja acolhida por equipe multidisciplinar, como médico,
assistente social e psicólogo e assim esses profissionais da Saúde verificar com a
vítima se cabe o aborto no caso específico, ressaltar que deve orientar a vítima, não
constranger e até mesmo fazer desistir do aborto, pois é uma decisão somente dela
e amparada pelo ordenamento jurídico.
Visando que a equipe médica e obrigada por lei desde 2020, a notificar a
polícia em 24 horas, mesmo a vítima sendo contra. Diante dessas circunstâncias,
ainda assim, grande parte dos hospitais públicos gestantes, vítimas de estupro
relatam dificuldade para terem seu direito ao aborto legal, muitos são negados.

4.2 O Aborto legal


Ressaltando que o aborto e crime, com exceção nos casos de estupro que a
lei já prevê. Quando existe o crime de violência sexual e consequente gera uma
gravidez, a vítima tem o direito de assistência em unidades de Saúde (Sistema
Único De Saúde) o SUS, relatar o ocorrido a uma equipe especializada, não é
20

obrigatório que a vítima faça boletim de ocorrência, até mesmo exame certificando o
abuso. A Norma Técnica do Ministério da Saúde, em caso de gravidez após estupro,
e recomendado que a vítima seja acolhida por equipe multidisciplinar, como médico,
assistente social e psicólogo e assim esses profissionais da Saúde verificar com a
vítima se cabe o aborto no caso específico, ressaltar que deve orientar a vítima, não
constranger e até mesmo fazer desistir do aborto, pois é uma decisão somente dela
e amparada pelo ordenamento jurídico.
Visando que a equipe médica e obrigada por lei desde 2020, a notificar a
polícia em 24 horas, mesmo a vítima sendo contra. Diante dessas circunstâncias,
ainda assim, grande parte dos hospitais públicos gestantes, vítimas de estupro
relatam dificuldade para terem seu direito ao aborto legal, muitos são negados.
21

5 O PROBLEMA
Quem são os vulneráveis? O vulnerável são os menores de quatorze anos, os
que possuem algum tipo de enfermidade ou os com deficiência mental, ou seja,
aqueles que não tem a capacidade de discernir entre o certo ou errado, que não
podem oferecer alguma defesa ou resistência. Os sujeitos passivos do crime podem
ser tanto homem ou mulher.
No código penal brasileiro existem circunstâncias legais prevista no art.217-A,
onde alcança a clareza da vulnerabilidade da vítima
Estrupo de vulnerável – Art.217-A, ter conjunção carnal ou praticar outro ato
libidinoso com menor de catorze anos.
Pena- reclusão de oito a quinze anos.
§ 1.º -Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com
alguém que, por enfermidade ou deficiência mental não tem o necessário
discernimento para a prática do ato ou por qualquer outra causa não pode oferecer
resistência.
Entende -se que para a configuração do crime de estrupo de vulnerável e
necessário que a conduta do sujeito se adéque a uma dessas situações previstas no
art.217-A do código penal, ainda que a vítima queira, consinta a autorização dela,
não tem validade, ocorre o estrupo de vulnerável. No caso da vulnerabilidade em
razão da idade de menor de catorze anos, de acordo com STF e STJ e absoluta,
pouco importa se o menor de catorze anos consentiu, se já eram namorados, não
importa se a vítima já tinha vasta experiencia sexual, a vulnerabilidade e absoluta, o
agente vai responder por estrupo de vulnerável. No caso da vulnerabilidade de
enfermidade ou deficiência mental ou qualquer outra coisa, não basta a condição da
vítima, e imprescindível ainda provar se a vítima não tinha discernimento para a
prática do ato, nesse caso a vulnerabilidade relativa.
Se o acusado tiver atos libidinosos consentidos por uma pessoa que tenha
síndrome de Dall e essa pessoa consente e não fica comprovado que essa pessoa
não tinha capacidade de discernir a prática do ato, não existe o crime de estrupo de
vulnerável.
22

6 OBJETIVOS
Montar estratégias para prevenção do crime de estrupo de vulnerável, pois
infelizmente não existe lugar ou local seguro, a realidade e que a maioria dos casos
de estrupo de vulnerável acontece dentro da própria casa da vítima.
A organização mundial de saúde define a violência do estrupo de vulnerável
como qualquer ato sexual ou tentativa, praticado por qualquer pessoa independente
da sua relação com a vítima. O estatuto da criança e adolescente (eca) estabelece
que é dever de todos prevenir a ocorrência de ameaçou violação dos direitos de
pessoas abaixo de 18 anos.
No entanto, para uma parcela dessa população a realidade e outra e muitas
vezes cruel, dados da secretaria de segurança pública do distrito federal mostram
que entre 2020 e 2021, foram registrados 836 estupros de vulneráveis, isso só na
capital do país.
Entende-se a necessidade de fazer valer a lei 13.432/2017, que institui o
sistema de garantia de direito a crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de
violência , a escuta especializada irá acontecer no âmbito da rede de proteção , ou
seja ela vai iniciar no momento em que o menor revelar espontaneamente uma
violência sofrida ou em casos de suspeita envolvendo aquele menor e a
família .algumas medidas devem ser tomada pela rede de proteção , o correto seria
se os municípios se adaptarem a essa lei , que tenha os profissionais capacitados
para realização da escuta , precisa de uma preparação , treinamento , além disso a
importância de incluir essa tema a toda rede , educação, saúde , assistente social ,
lembrando que a revelação espontânea pode ocorrer em qualquer lugar , como
escola, serviço de convivência , serviço de saúde , portanto há essa necessidade de
trabalhar com essas duas hipóteses, ou seja a criança revelar espontaneamente o
ato de violência que ela sofreu ou simplesmente gerar aquela suspeita nos
profissionais que trabalham com ela , já configura uma necessidade de fazer um
encaminhamento a esse menor.
23

Compreende -se então que uma escuta especializada ira se realizar no


âmbito da rede de proteção , para amenizar o desgaste que esse menor terá e não
ter que ficar repetindo a mesma história para várias pessoas , quando o menor
revela , precisa ser registrado o maior número de informações possíveis que ela
venha revelar , sem fazer muita interferência , sem poluir o discurso desse menor ,
assim todo esse trabalho dos profissionais treinados e preparados , o relatório deve
ser encaminhado as autoridades de cada cidade , assim provocando o poder
judiciário para que seja feito os tramites e os cuidados desse menor.

6.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO


Compreender a necessidade da implantação de profissionais especializados e
capacitados nas áreas onde há maior números de incidentes do estrupo de
vulnerável, levando palestras, informativos que o menor consiga entender quando
ele está sendo vítima de estrupo, um trabalho em conjunto a assistentes sociais,
conselho tutelar, dando o total respaldo e colocando aquele menor como prioridade.

6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS


 Compreender que a vítima não é a culpada, dado de muitas vezes o
agressor aproveita da proximidade com a família, ela não tem a consciência que
está sendo vítima de violência sexual
 Estudar as mudanças comportamentais e psicológicas do indivíduo que
está sendo acometido pelo crime
 Discutir os impactos que a violência sexual causa na comunidade e as
práticas de políticas públicas voltada para o tema
24

7 JUSTIFICATIVA
Entender que a vítima não e a culpada , e chamar a atenção da
sociedade e o judiciário para que o menor tenha sua palavra como
prova única , um tratamento digno e especial , fazer a lei ser valer ,
amenizar os traumas que podem ocorrer em sua vida , a necessidade
de profissionais capacitados, o Estado , os municípios abordem esse
tema com mais prioridade na sociedade , abordando em escolas,
educação infantil, saúde , que o conselho tutelar venha acompanhar de
forma presencial e direta a cada família onde há suspeitas e até
mesmo o abuso sexual cometido, não esperar o pior acontecer , para
que venham tomar medidas , como e o a realidade hoje.
É de suma importância que o crime de estrupo de vulnerável
seja mais divulgado, tratado da mesma forma que hoje a violência
doméstica, onde hoje existem ampara total a essas vítimas, o estrupo
de vulneral precisa ter mais orientações entre os profissionais, ser
abordado com mais legalidade e propriedade.
Identificar que quando uma criança foi abusada ou está sendo
abusada sexualmente, que venha ser reconhecido os sinais que essa
criança está transmitindo quando está passando por uma situação de
abuso sexual, e entender que raramente a criança relata, normalmente
ela acaba buscando outras maneiras de revelar o abuso, que muitas as
vezes são através dos sinais, comportamento, seu físico e mental e
emocional, assim podemos salvar a vida dessa criança na sua infância.
Entender -se que o menor tem palavra e deve ser de imediato
tomadas as medidas necessárias ao amparo, acolhimento e ao poder
judiciário para que seja feito valer a palavra dessa criança.
25

8 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Fundamental entender as alterações feita pala legislação nos


crimes sexual. Antes o crime de estrupo era somente contra mulheres,
sem idade mínima para caracterizar crime de violência sexual.
O código penal brasileiro, artigo 213 fala: “art.213 constranger
alguém mediante violência ou grave ameaça, ater conjunção carnal ou
a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”.
(brasil, cp) esta e a redação dado ao crime de estrupo.
O estrupo de vulnerável está caracterizado no código penal art.
217-a:
Art.217-a ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso
com menor de catorze anos:
Pena reclusão de oito a 15 anos.
§ 1.º incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no
caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem
o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer
outra coisa, não pode oferecer resistência.
§ 2.º (VETADO)
§ 3.º se a conduta resulta lesão corporal da natureza grave:
pena- reclusão, dez a 20 anos.
§ 4.º se a conduta resulta em morte:
Pena-reclusão, doze a trinta anos.
Compreende -se que para o código penal o menor não tem o
discernimento na decisão de ter vida sexual, caso isso ocorra, e
estrupo de vulneral.
Para que esse projeto de pesquisa tenha peso e fundamentos,
algumas referências de autores para embasamento dessa pesquisa,
como Fernando Capez, Pedro Lenza, Rogerio Greco e Guilherme de
Souza Nucci.
Na lei 12.015/2009, vem a mudança que qualquer pessoa pode
ser vítima de estrupo, não só mais a mulher.
26

O doutrinador Fernando Capez faz menção a alteração feita


em 2009 no artigo 213 do cp. “passou -se a tipificar a ação de
constranger qualquer coisa (homem ou mulher) ater conjunção
carnal ou a praticar ou permitir que com ela se pratique outro
ato libidinoso “(capez,2012, p.30)
O doutrinador esclarece que em relação ao abuso sexual a
menores de catorze.
“vulnerável é qualquer pessoa em situação de fragilidade ou
perigo. A lei não se refere aqui à capacidade para consentir ou
à maturidade sexual da vítima, mas ao fato de se encontrar em
situação de maior fraqueza moral, social, cultural, fisiológica,
biológica etc. Uma jovem menor, sexualmente experimentada e
envolvida em prostituição, pode atingir à custa desse
prematuro envolvimento um amadurecimento precoce. Não se
pode afirmar que seja incapaz de compreender o que faz. No
entanto, é considerada vulnerável, dada a sua condição de
menor sujeita à exploração sexual”. (Capez, 2012, p. 99)
Devido a fragilidade do menor de 14 visando proteger a sua
debilidade e a maturidade, o legislador pensou na sanção
independente do sexo.
A conduta típica consiste em ter conjunção carnal ou praticar
outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos. De acordo
com o § 1º, incorre na mesma pena quem pratica as ações
descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou
deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a
prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode
oferecer resistência. (Capez, 2012, p. 100).

Com a alteração de 2009 do art.213, veio a caracterização que


não e só mulher que é vítima, mas sim qualquer pessoa, não importa o
sexo, a idade ou se consentiu, crianças, enfermos de deficientes
mentais, não tem a lucidez do certo ou errado, não tem maturidade de
concordar com o sexo, beijo lascivo, vista que a maioria dos casos são
crianças de baixa educação, exemplos de familiares que já praticam na
frente dessas vítimas, já crescendo achando normal a vida sexual
cedo. Os aliciadores que exploram esses menores a força , ou até
mesmo que troca de comida , o que não justifica e não e normal, e
crime de estrupo de vulneral e alei e bem clara e especifica , o mesmo
ocorre no caso de embriagues , drogas, como uma pessoa nesta
situação consciente qualquer tipo de ato , ela não tem noção da
realidade , não esta em seu estado consciente, os enfermos e doentes
mentais, muito menos , como uma pessoa acamada , imóvel consegue
27

consentir um ato de sexo, atos libidinosos , não há nenhuma chance ,


são esses os vulneráveis que a legislação protege e deve proteger,
fazer que o autor seja penalizado, receba sua pena de acordo com o
crime cometido e que não fique impune . Entender que os menores de
14 anos, são protegidos pela lei, e responderão pelo crime de estrupo
de vulnerável.

O doutrinador Guilherme Nucci, o elemento objetivo do tipo é


“conseguir alcançar a conjunção carnal ou praticar outro ato
libidinoso com menor de 14 anos”. O elemento subjetivo do tipo
específico é “a busca da satisfação da lascívia, implícito no
tipo” ainda segundo Nucci. O elemento subjetivo do crime é o
dolo, trata-se de crime material onde há a necessidade de
produzir o resultado, crime comissivo, instantâneo,
plurissubsistente. A tentativa é admissível, e o momento
consumativo é com a conjunção carnal ou com a prática de
qualquer ato libidinoso, independente de ejaculação ou efetiva
do prazer sexual.

Cometer a conjunção carnal ou apenas o ato libidinoso,


independente da prática, é estrupo de vulneral com o menor, podemos
entender que o dolo em caso de uma pena e maior, e o ato libidinoso
seria menor. O que entende se e que independente , há o crime e
deve haver a punição , o simples fato de expor uma criança a esse
ato , já configura em estrupo, uma criança de 4 anos sentada no colo
do pai por exemplo, e ele começa a se masturbar , o que temos aqui ,
só um ato libidinoso, não e dolo , não tem penalidade , pois sim, e
crime de estrupo de vulnerável, o menor não tem a maturidade do que
está acontecendo , como ela pode permitir um ato desse.
Independente do ato, deve ser julgado de acordo com lei e que essa
pessoa venha ser punido.
28

Cientista jurídico Rogério greco comenta a alteração do artigo


213 do cp: a nova redação do art. 213 do código penal
considera ainda como estupro o constrangimento levado a
efeito pelo agente no sentido de fazer com que a vítima, seja
do sexo feminino ou mesmo do sexo masculino, pratique ou
permita que com ela se pratique outro ato libidinoso. Greco
(2017, p. 1125).

Vemos que tanto no sexo feminino ou masculino, o estrupo


causa uma debilidade, pois os mesmos acabam cometendo com outras
pessoas, mexe com a feminidade, masculinidade, como se fizeram
comigo, vou fazer também, o psicológico desse menor já não sabe ao
certo ou errado, ele quer apenas descontar o que lhe foi feito. Há casos
relatados e porcentagem, em muitos casos a homossexualidade iniciou
através de um estrupo em meninos.

Ainda existe outra corrente doutrinária que questiona a idade


do indivíduo de 12 a 14 anos ser vulnerável. É o
posicionamento autor Nucci, para ele o indivíduo de 14 anos de
idade já tem como tomar decisão com relação a vida sexual, e
a lei 12.015/2009 poderia ter ido mais adiante e ter fixado a
idade em 12 anos ao invés de 14, para reduzir os embates nos
tribunais: portanto, tendo ocorrido simples inovação de redação
do tipo, não há força suficiente para alterar a realidade, nem
tampouco os debates havidos, há anos, nas cortes brasileiras,
ao menos em relação à presunção de violência ser absoluta ou
relativa quanto ao menor de 14 anos. Partindo do seguinte
ponto básico; o legislador, na área penal, continua retrógrado e
incapaz desacompanhar as mudanças de comportamento reais
na sociedade brasileira, inclusive no campo da definição de
criança ou adolescente. (Nucci, 2012: p. 967)

Assim, ainda que se pratique conjunção carnal ou qualquer outro


ato libidinoso de gravidade equivalente com pessoa menor de 14 anos
ou doente mental, é possível que não reste caracterizado o crime do
art. 217-a. Assim, as obras, doutrinas usadas são importantes no
embasamento deste projeto de pesquisa, sendo que os autores, as leis
29

e os julgados serão de imensa importância, que ajudarão na


exploração do assunto para o trabalho.

9 METODOLOGIA
Nesta pesquisa será utilizado estudo bibliográfico, através da
legislação brasileira em vigor, especificamente o Código Penal (Lei
nº13.432/2017) com suas alterações, materiais como livros e artigos
jurídicos, jurisprudência relevante ao tema. artigos publicados em
revistas especializadas, acórdãos de tribunais superiores, textos
publicados na Internet com fonte de autoria, trabalhos acadêmicos
publicados, levantamento bibliográfico, estudo crítico de correntes
teóricas judiciais.
30

10 ALEGAÇÕES FINAIS
Tendo em vista os aspectos apresentados neste trabalho sobre
o estupro de vulnerável, dá-se a pessoa que não tem a clareza para
reconhecer o ato sexual. Como os portadores de deficiência mental ou
por ela ter menos de 14 anos de idade. Ao estudarmos o crime de
estupro de vulnerável, no art. 217-A do Código Penal, observamos
pontos importantes que diz respeito à dificuldade em estabelecer a
definição e a dimensão do conceito de vulnerável e relacionado à
permanência ou não do instituto da presunção de violência em nosso
ordenamento jurídico.
Nos casos de abuso sexual com base na legislação brasileira,
imensuráveis classes de evidências servem como provas, a palavra da
vítima e uma delas, a palavra da vítima é o único meio comprovativo
que pode e deve levar a uma condenação justa. Os crimes contra os
vulneráveis existem muita dificuldade comprovação.
31

Muitas das vezes a criança não é mais inocente, tem


conhecimentos ato sexual, faz com frequência e com variados
criminosos, ainda assim e classificado o crime.
Assim sendo neste trabalho fala da a possibilidade de que a Lei
12.015/2009 trouxe importantes alterações em relação ao crime de
estupro, previsto no nosso Código Penal, principalmente o fator da
concretização do princípio da isonomia diante da sexualidade, sendo
homem ou mulher. Diante com a nova redação, ambas as partes
podem figurar como sujeitos ativos e passivos do delito, permitindo a
configuração do crime não só nas relações heterossexuais, como
também nas relações homossexuais.
Em virtude do que já foi mencionado neste trabalho, o Brasil
vem registrando um número gravosíssimo de estupros por dia,
chegando a ultrapassar feminicídio e homicídios, não sendo maior
ainda por falta de denúncias, conhecimento, medo e o discernimento
de que se trata de um crime. É muito importante que os estupradores
sejam punidos, porque as vítimas, carregam um fardo das lembranças
e traumas para o resto de suas vidas. É um estrago no psicológico.
Sendo assim, há uma necessidade urgente de conscientização e
capacitação dos profissionais que servirem as situações apresentadas
sejam qualificados e treinados. E para compreender melhor, falamos
da conscientização que não existe prostituição infantil e muito menos o
abuso sexual e sim o crime de estupro de vulneral, teve conjunção
carnal ou ato libidinoso consentido ou não configura o crime.
Portanto o trabalho traz a importância do entendimento e
conhecimento do que se trata o estupro de vulneral e quem são os
vulneráveis, a violência sexual desencadeia uma necessidade de
extrema urgência a ser tratada, a exploração sexual no Basil precisa
ser solucionada com prioridade, a necessidade de acabar com esse
poder econômico fortíssimo quem tem alimentado esta violência de
forma perversa, a importância de ficar atentos aos sinais que a criança
demostra. Não teve ato sexual não e abuso, e abuso sexual e deve ser
32

denunciado, muitas vezes as crianças, por não terem essa informação,


de certa forma não entendem a gravidade da situação.
Finalizando esse estudo, trazendo a importância desse crime
torna-se imprescritível, visto que no momento da ação a vítima não terá
o discernimento para expor o ato, quem seria o agressor,
principalmente a autoridade, pôr na maioria das vezes, o abusador
será o parente mais próximo, assim essa vítima e tomada pelo medo e
pressão psicológica. Assim sendo vê se a necessidade da
imprescritibilidade do crime de estupro de vulnerável surge como
medida eficaz de fazer com que a vítima denuncie, ocasionando a
punição deste criminoso.
33

REFERÊNCIAS

https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/nos-ultimos-cinco-anos-35-
mil-criancas-e-adolescentes-foram-mortos-de-forma-violenta-no-brasil.Acesso em
30/03/2022

VADE MECUM SARAIVA, 26 edição, ano 2018, página 457, obra coletiva de autoria
da editora saraiva colaboração de LIVIA CÉSPEDES E FABIANA DAIS DA ROCHA.

https://guilhermenucci.com.br Acesso em: 2 abril 2022


https://leonardocastro2.jusbrasil.com.br/artigos/121943503/legislacao-comentada-
artigo-213-do-cp-estupro, acesso em 02 abril 2022

https://www.migalhas.com.br/depeso/253038/estupro-de-vulneravel-e-a-
contemplacao-lasciva, acesso em 02 abril 2022

https://www.instagram.com/reel/CkwX9Zig--C/ Acesso em 08/11/2022

https://crianca.mppr.mp.br/2020/03/233/ESTATISTICAS-Estupro-bate-recorde-e-
maioria-das-vitimas-sao-meninas-de-ate-13-anos.html. Acesso em 10/11/2022

https://www1.folha.uol.com.br/amp/folha-social-mais/2022/08/1-a-cada-3-diz-ter-sido-
vitima-de-agressao-sexual-na-infancia.shtml. Acesso em 10/11/202
2

Você também pode gostar