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Contexto
Igreja era proprietária de grande parte das terras, daí estar muito aliada à
corte.
Judeu, cristão-novo, queimado pela Inquisição (não por causa das suas
peças, não é 1 autor muito perigoso/subversivo em comparação com
Moliére; não escreve obras de contra-poder, elas têm uma dimensão
mais lúdica e cómica)
Por razões políticas e religiosas é um autor com poucos meios para fazer
algo megalómano. – Faz um teatro de bonifrates (marionetas) de cortiça,
no T.B.Alto. A pobreza de meios permitia-lhe fazer o que sonhava fazer
em “grande” escala (mutações rápidas de cena e de personagens).
A cena pode reflectir uma certa ira contra os seus Inquisidores? Não, a
prudência exigia-lhe uma forte auto-censura da parte do dramaturgo e
proibia qualquer alusão subversiva. Para além disso, a obra é parte de
uma obra já existente.
Notas:
Vamos assistir à queda divertida deste objectivo, já que Sancho não possui
características para uma bem sucedida liderança. E aí somos interpelados
para uma leitura mais profunda dos mecanismos do poder. Dos que se
arrastam na terra, tentando alcançar o tal sonho impossível (?), e dos que
ascendem meteoricamente, e uma vez detentores desse mesmo poder
manipulam toda uma sociedade, que, inerte, assiste ao espectáculo da
decadência de valores: ora sorrindo, ora reclamando, ora conformando-se.