Este documento discute a importância da participação popular no planejamento e tomada de decisões governamentais para promover mudanças sociais. Ele descreve como o Conselho de Desenvolvimento Escola de Vida em Beberibe, Ceará, implementou com sucesso o planejamento participativo, envolvendo a comunidade e levando a mudanças objetivas e subjetivas. A psicologia comunitária pode ajudar a avaliar a maturidade democrática da comunidade e facilitar este processo de forma a respeitar a singularidade de cada indivíduo.
Este documento discute a importância da participação popular no planejamento e tomada de decisões governamentais para promover mudanças sociais. Ele descreve como o Conselho de Desenvolvimento Escola de Vida em Beberibe, Ceará, implementou com sucesso o planejamento participativo, envolvendo a comunidade e levando a mudanças objetivas e subjetivas. A psicologia comunitária pode ajudar a avaliar a maturidade democrática da comunidade e facilitar este processo de forma a respeitar a singularidade de cada indivíduo.
Este documento discute a importância da participação popular no planejamento e tomada de decisões governamentais para promover mudanças sociais. Ele descreve como o Conselho de Desenvolvimento Escola de Vida em Beberibe, Ceará, implementou com sucesso o planejamento participativo, envolvendo a comunidade e levando a mudanças objetivas e subjetivas. A psicologia comunitária pode ajudar a avaliar a maturidade democrática da comunidade e facilitar este processo de forma a respeitar a singularidade de cada indivíduo.
O século 21 está sendo propício para a participação cada vez maior de
grupos sociais organizados, descentralizando o poder das mãos de pessoas, governos e instituições. Alguns grupos participarão para executar mudanças profundas na sociedade, enquanto outros grupos na manutenção da ordem social estabelecida. Pois a ausência de participação popular e a espera de tudo ao governo aumentam o paternalismo e passividade da sociedade. A participação popular depende de linhas de planejamento específicas para se tornarem efetivas, tanto para promoverem mudanças, como para perpetuar a situação atual. Isto dependerá de como este planejamento será utilizado. A participação pode, desta forma, ser manipulada de forma sutil, onde os supostos participantes não estão, de fato, participando ativamente das mudanças. Há casos em que a sociedade é convocada apenas para apoiar alguma medida já em andamento, não existindo um questionamento sobre os diversos aspectos de tal medida e nem participa de sua construção. Há também os casos onde a sociedade possui o poder de escolha, mas de diretrizes pré-estabelecidas. O ideal é a ‘construção conjunta’, onde as pessoas diretamente envolvidas participam da construção da metodologia própria e adequada, podendo apenas ser impedida pela inexperiência democrática e por grupos que não querem perder seu poder. A Psicologia Comunitária busca uma mudança qualitativa na sociedade e propõe o planejamento participativo com um instrumento valioso para a consolidação da participação popular nas decisões governamentais. O psicólogo comunitário precisa avaliar a possibilidade de utilizar este recurso observando a maturidade democrática da comunidade em questão. As pessoas envolvidas não podem ser peças independentes que se completam e sim uma espécie de organismo onde a identidade de todos formará uma única identidade. O processo de implementação deste modelo consiste em efetuar e ultrapassar por etapas até chegar a fase real de atividade, onde o grupo todo executará tarefas necessárias para atingirem os objetivos almejados por todos. Apesar disso a singularidade de cada integrante deve ser respeitada e nenhuma imposição deve ser feita. Os facilitadores devem ser construídos e é esta a função do psicólogo comunitário. As questões subjetivas de cada um devem ser vistas da forma que são, isto é, devem ser vistas individualmente e não massificar um contexto para todos. Beberibe é uma cidade litorânea cearense que fica a 81 quilômetros de Fortaleza e possui 54 quilômetros de praias. Nesta cidade há o Conselho de Desenvolvimento Escola de Vida, que nasceu de atividades de paroquianos católicos locais em 1980, mas desvinculou-se da Igreja em 1992. Este conselho tem por objetivo criar uma mentalidade de participação popular baseado no desenvolvimento auto-sustentável, através do desenvolvimento das potencialidades econômicas locais, favorecendo a auto-estima e as tradições econômicas, religiosas e culturais da região. As atividades da Escola de Vida começaram a crescer vertiginosamente e analisando a comunidade que participava do projeto, foi proposto o modelo de planejamento participativo. A implantação deste planejamento resultou em mudanças objetivas e subjetivas, encontrando uma identificação mais clara dos direcionamentos e da importância do trabalho realizado em nível individual e subjetivo, motivando ainda mais seus integrantes. O sucesso da implantação do planejamento participativo deve-se pelo fato de que cada integrante atuante na organização era visto como um ser único, mas ao mesmo tempo integrante de um todo. As demandas de cada um eram respeitadas ao mesmo em que as demandas comuns eram trabalhadas e obtidas por todos. A sociedade brasileira, desde os seus primórdios na colonização, foi sendo moldada num sistema paternalista, onde a grande massa da sociedade tinha a grande missão de esperar das autoridades que fizessem alguma coisa para ajuda- la, para a conduzirem para algum lugar. As tentativas de mudanças que brotaram do povo e mobilizaram muita gente foram duramente reprimidas pelas autoridades. Desde o Império vemos aspirações sociais que se tornaram movimentos e que, por fim, se tornaram revoltas populares e resultaram, praticamente todas elas, em vitória das autoridades governamentais, como foram os casos da Cabanagem, Balaiada, Canudos e até a Revolução Paulista de 1932. O caso de Beberibe é um exemplo de como a sociedade mobilizada pode transformar o rumo da história e servir de referência para que outras comunidades façam o mesmo. Mobilizar as pessoas em torno de uma causa comum, respeitando suas particularidades, é um desafio grande que pode demorar muito tempo para ser consolidado, como foi o caso da Escola de Vida. Mas é preciso que surja a iniciativa de alguém ou de alguns, pois se não for assim, os demais ficarão esperando sempre que alguém inicie e faça alguma coisa. Desta iniciativa deve surgir a conscientização para que a noção de atuação direta na sociedade seja disseminada para outras regiões, que adequarão os métodos conforme as necessidades e peculiaridades locais. É nesta parte do processo que o psicólogo deve conquistar o seu espaço e propor os conhecimentos científicos da Psicologia em benefício de todos. A prática clínica psicológica é muito necessária, mas não pode ser a única. A questão da municipalidade é também uma questão de patriotismo. Um município saudável psico-político-socialmente seria uma espécie de vacina contra políticos e cidadãos de má índole, oportunistas e interesseiros, gerando em seu meio cidadãos compromissados e participativos. O verbo ‘seria’ é utilizado por que no Brasil, infelizmente, temos poucos exemplos deste tipo e estes poucos não são devidamente divulgados na grande mídia. Esta que trabalha para a manutenção da ordem social estabelecida através da alienação. A visão de alguns de que neste século o poder será compartilhado e não mais centralizado no Estado, indica ser uma solução viável e necessária para muitos problemas sociais. As iniciativas populares devem ocorrer no sentido de aperfeiçoarem a máquina governamental e esta andar em plena consonância com os anseios da sociedade. Um governo fiscalizado por uma sociedade participativa criará condições para que as mudanças sejam efetuadas, fazendo também com que as boas tradições sejam mantidas.
Nação tarja preta: O que há por trás da conduta dos médicos, da dependência dos pacientes e da atuação da indústria farmacêutica (leia também Nação dopamina)