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FICHA DE LEITURA

Referência: INGOLD, Tim. Chega de etnografia! A educação da atenção como propósito da


antropologia

INTRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO
Divisão do Texto Principais argumentos

Explicando o que se quer O autor apresenta um cenário sob o qual o termo “etnografia” vem sendo
dizer apropriado por diversas áreas, de forma que muitas vezes fica confusa a
compreensão daquilo que é ou não etnográfico. O objetivo de Ingold
nesse texto é estreitar o foco para que haja maior precisão daquilo que
chamamos de “etnografia”.

O que é etnografia O autor afirma que não se pode qualificar encontros, trabalho de campo,
métodos e conhecimentos como ‘etnográficos’. A etnografia seria o
momento posterior aos encontros, ao campo e as metodologias aplicadas
a ele. O autor considera a etnografia como uma arte, ao adensar as
descrições e dar uma agência histórica real àquelas pessoas, pode-se
qualificar o sentido o sentido que elas podem ser consideradas
científicas.

Encontrando o mundo Nessa seção, o autor questiona o que difere encontros cotidianos de
“encontros etnográficos”. A defesa dele é de que qualificar encontros
como etnográficos seria “relegar algo que é incipiente – o que está por
acontecer em relações que se desenrolam – a um passado temporal que já
aconteceu.” (p.3). A etnograficidade não é intrínseca aos encontros e ao
trabalho de campo. O campo apenas se configura como tal quando o
deixamos e começamos a escrever sobre ele. Portanto, o autor propõe
retirar o “trabalho de campo etnográfico” e pensar na “observação
participante”.

Observando a partir de “Pois observar não é objetificar; é atender as pessoas e coisas, aprender
com elas, e acompanhá-las em princípio e prática. Com efeito, não pode
dentro haver observação sem participação – ou seja, sem uma composição
íntima, na percepção como na ação, entre observador e observado
(INGOLD, 2000, p.108).
Assim, a observação participante não é, em absoluto, uma técnica à
paisana para coleta de informações das pessoas, sob o pretexto de estar
aprendendo com elas. É, antes, a contemplação, em ato e palavra, daquilo
que se deve ao mundo pelo próprio desenvolvimento e formação. É isso
que se entende por compromisso ontológico”

Educação através da O autor diz que praticar a observação participante também é ser educado,
atenção com isso leva a refletir na antropologia enquanto uma prática de
educação

Sobre intersubjetividade
e correspondência

Uma maneira de
trabalhar

Uma conversa sobre a


vida humana

Antropologia ao avesso

CONCLUSÃO

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