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1) O reconhecimento de pessoas deve observar o procedimento previsto no art.

226 do
Código de Processo Penal, cujas formalidades constituem garantia mínima para quem se
encontra na condição de suspeito da prática de um crime;
2) À vista dos efeitos e dos riscos de um reconhecimento falho, a inobservância do
procedimento descrito na referida norma processual torna inválido o reconhecimento da
pessoa suspeita e não poderá servir de lastro a eventual condenação, mesmo se
confirmado o reconhecimento em juízo;
3) Pode o magistrado realizar, em juízo, o ato de reconhecimento formal, desde que
observado o devido procedimento probatório, bem como pode ele se convencer da
autoria delitiva a partir do exame de outras provas que não guardem relação de causa e
efeito com o ato
4) O reconhecimento do suspeito por simples exibição de fotografia(s) ao reconhecedor,
a par de dever seguir o mesmo procedimento do reconhecimento pessoal, há de ser visto
como etapa antecedente a eventual reconhecimento pessoal e, portanto, não pode
servir como prova em ação penal, ainda que confirmado em juízo (...) (STJ. 6ª Turma. HC
598886-SC, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 27/10/2020 (Info 684).

A intervenção federal consiste em ato de natureza política excepcional, dotado de


necessidade, que consiste na supressão temporária da autonomia política de um ente em
virtude de hipóteses taxativamente previstas na CF/88.
Desse modo, a intervenção consistente na incursão (intromissão) de um ente superior em
assuntos de um ente inferior, restringindo temporariamente a autonomia deste, com o
objetivo de preservar o pacto federativo, e fazer cumprir os demais princípios e regras
constitucionais.
De acordo com o art. 84, X, da CF, compete privativamente ao Presidente da República
decretar e executar a intervenção federal.
Ademais, a União só pode intervir em Municípios localizador em Território Federal (art. 35,
caput, CF).

Como indicado na letra D, considerando a natureza de direito fundamental do habeas


corpus, ao qual deve ser garantido máxima efetividade, admite-se que a decisão judicial
possa se lastrear em elementos fáticos ou jurídicos diversos distintos em relação àqueles
indicados na peça exordial, inexistindo qualquer violação ao princípio da congruência na
análise desse remédio constitucional.
Ademais, é possível a concessão de habeas corpus de ofício, o que corrobora a tese que
não há vinculação ao pedido da adstrição, com fulcro no art. 654, §2º, do CPP, que prevê:
§ 2o Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas
corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência
de sofrer coação ilegal.

A resposta perpassa pela aplicação do art. 5º, §3º, da CF:


§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão
equivalentes às emendas constitucionais.
Os tratados de direitos humanos se submetem ao procedimento previsto no art. 5º, §3º,
da CF para incorporação ao ordenamento brasileiro, não havendo que se falar em
recepção automática.
Ademais, apenas possuem status de emenda constitucional se forem aprovados no
procedimento estabelecido no referido dispositivo, observado o quórum exigido, de modo
que não basta a aprovação pelo Congresso Nacional de modo diferente do que preconiza o
dispositivo em questão.
Ademais, decretos legislativos não se submetem à sanção do presidente da república (art.
49 da CF).

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