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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

JOSÉ EDUARDO DE MORAES

ANÁLISE COMPARATIVA DE VARIADAS CONCEPÇÕES ESTRUTURAIS EM


EDIFÍCIOS DE CONCRETO ARMADO MULTIPAVIMENTOS UTILIZANDO TQS

APUCARANA
2023
JOSÉ EDUARDO DE MORAES

ANÁLISE COMPARATIVA DE VARIADAS CONCEPÇÕES ESTRUTURAIS EM


EDIFÍCIOS DE CONCRETO ARMADO MULTIPAVIMENTOS UTILIZANDO TQS

Trabalho de conclusão de curso de Engenharia Civil


apresentada como requisito para obtenção do título
de Bacharel em Engenharia Civil da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Orientador(a): Cássio Barros de Aguiar.
Coorientador(a): Rodolfo Krul Tessari.

APUCARANA
2023

Esta licença permite compartilhamento, remixe, adaptação e criação a partir


do trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que sejam atribuídos
créditos ao(s) autor(es). Conteúdos elaborados por terceiros, citados e
4.0 Internacional referenciados nesta obra não são cobertos pela licença.
JOSÉ EDUARDO DE MORAES

ANÁLISE COMPARATIVA DE VARIADAS CONCEPÇÕES ESTRUTURAIS EM


EDIFÍCIOS DE CONCRETO ARMADO MULTIPAVIMENTOS UTILIZANDO TQS

Trabalho de conclusão de curso de Engenharia Civil


apresentada como requisito para obtenção do título
de Bacharel em Engenharia Civil da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Orientador(a): Cássio Barros de Aguiar.
Coorientador(a): Rodolfo Krul Tessari.

Data de aprovação: Dia/mês por extenso/ano

___________________________________________________________________________
Nome completo e por extenso do Membro 1 (de acordo com o Currículo Lattes)
Titulação (Especialização, Mestrado, Doutorado)
Nome completo e por extenso da instituição a qual possui vínculo

___________________________________________________________________________
Nome completo e por extenso do Membro 2 (de acordo com o Currículo Lattes)
Titulação (Especialização, Mestrado, Doutorado)
Nome completo e por extenso da instituição a qual possui vínculo

___________________________________________________________________________
Nome completo e por extenso do Membro 3 (de acordo com o Currículo Lattes)
Titulação (Especialização, Mestrado, Doutorado)
Nome completo e por extenso da instituição a qual possui vínculo

APUCARANA
2023
Dedico este trabalho à minha família, pelos
momentos de ausência.
AGRADECIMENTOS
Eu denomino meu campo de Gestão do
Conhecimento, mas você não pode gerenciar
conhecimento. Ninguém pode. O que você pode
fazer, o que a empresa pode fazer é gerenciar o
ambiente que otimize o conhecimento.
(DAVENPORT; PRUSAK, 2012).
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................13
1.1 Justificativa............................................................................................14
1.2 Objetivos.................................................................................................14
1.2.1 Objetivo Geral..........................................................................................14
1.2.2 Objetivos Específicos...............................................................................14
1.3 Metodologia............................................................................................15
1.3.1 Limitações................................................................................................15
2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................16
2.1 Sistemas estruturais..............................................................................16
2.1.1 Sistemas de pórtico rígido.......................................................................17
2.1.2 Sistemas de laje plana.............................................................................17
2.1.3 Sistemas de núcleo..................................................................................17
2.1.4 Sistemas de parede cortante...................................................................17
2.2 Concepção estrutural............................................................................17
2.1.5 Lançamento dos pilares...........................................................................17
2.1.6 Lançamento das vigas.............................................................................18
2.1.7 Lançamento das lajes..............................................................................19
2.3 Pré-dimensionamento...........................................................................19
2.3.1 Pré-dimensionamento de lajes................................................................19
2.3.2 Pré-dimensionamento de pilares.............................................................20
2.3.3 Pré-dimensionamento de vigas...............................................................22
2.4 Inserção de carregamentos..................................................................23
2.4.1 Inserção de carregamentos nas lajes......................................................23
2.4.2 Inserção de carregamentos nas vigas.....................................................24
2.4.3 Combinações...........................................................................................26
2.5 Estabilidade Global................................................................................26
2.5.1 Análise de Segunda Ordem.....................................................................26
2.5.2 Mobilidade dos nós..................................................................................26
2.5.3 Parâmetro Alpha (α ¿ ................................................................................26
2.5.4 Coeficiente ( γz ¿........................................................................................26
2.6 Estados Limites.....................................................................................26
2.6.1 Estado Limite de Serviço (ELS)...............................................................26
2.6.2 Estado Limite Último (ELU).....................................................................26
2.7 Índices de consumo..............................................................................26
3 MODELAGEM.........................................................................................26
3.1.1 Modelo 1..................................................................................................27
3.1.2 Modelo 2..................................................................................................27
3.1.3 Modelo 3..................................................................................................27
3.1.4 Modelo 4..................................................................................................27
4 RESULTADOS PRELIMINARES............................................................27
5 RESULTADOS ESPERADOS................................................................27
3 CRONOGRAMA......................................................................................28
REFERÊNCIAS........................................................................................................29
13

1 INTRODUÇÃO

O uso de concreto armado em estruturas de edifícios é extremamente


comum, sendo que o concreto é o material mais utilizado no mundo, com consumo
anual na ordem de uma tonelada por habitante. Cabe lembrar que a aplicação do
concreto armado na maior parte dos edifícios é feita em lajes, vigas e pilares; , que
compõem caracterizando a estrutura: parte resistente da construção com finalidade
de suportar as ações e transmiti-las ao solo. (PINHEIRO, 2010).
De acordo com Moraes (2022), a elaboração de projetos estruturais é
essencial para complementar os conteúdos abordados na universidade e a
investigação da melhor solução por meio da concepção estrutural é crucial. Barboza
e Bastos (2008) também enfatizam a importância do conhecimento dos sistemas
estruturais mais usuais na concepção estrutural de edifícios de Concreto concreto
Armadoarmado.
Segundo Moraes (2022), a concepção estrutural é uma das etapas mais
importantes para o desenvolvimento de um projeto de estruturas, pois para
todos,todas as construções é necessário definir inicialmente um modelo estrutural
coerente com as solicitações das ações a ele aplicadas, levando em consideração a
NBR 6118 - Projetos de estruturas em concreto, que estabelece os limites de
resistência dos materiais utilizados. Além disso, a NBR 6120 - Ações para o
cálculo de estruturas de edificações, estabelece valores de carregamentos a
serem contemplados para de acordo com o tipo da edificação e uso atribuído a elaos
tipos de materiais que podem ser utilizados. Alguns exemplos destas cargas são:
carga de revestimentos, peso próprio, sobrecarga de utilização, ações do
vento, entre outros.
Neste sentido, Barboza e Bastos (2008) destacam a importância do uso de
softwares estruturais, que permitem uma análise completa das condições de
segurança e estabilidade da estrutura, economizando tempo ao engenheiro.
Ademais, salienta que é crucial que os profissionais se adaptem às tecnologias do
mercado e aprimorem seus conhecimentos.
É importante observar que a concepção estrutural é um processo complexo,
que envolve diversos aspectos, como a escolha dos materiais, o pré-
dimensionamento dos elementos e cálculo estimativa das cargas, e que a
14

atualização em relação às normas e padrões vigentes é fundamental para garantir a


segurança, durabilidade e desempenho das edificações. Neste contexto, a utilização
de softwares pode ser uma ferramenta importante para aumentar a eficiência e
economizar tempo no processo.
1.1 Justificativa

O processo de concepção estrutural tem a capacidade de aumentar a


eficiência e reduzir o custo de um projeto. Cabe ressaltar, que as universidades são
fundamentais na formação de profissionais capacitados, proporcionando
conhecimento prático e teórico. Todavia, deve-se reconhecer que algumas vezes o
enfoque à visão acadêmica pode deixar uma lacuna na experiência prática.
Frente a esta problemática, ao observar o procedimento de lançamento
estrutural por escritórios de engenharia já consolidados no mercado, nota-se que
estes possuem diretrizes básicas que garantem economia, segurança e estabilidade.
Fica evidente a importância do estudo da concepção e análise estrutural,
principalmente para engenheiros recém formados ou com pouca experiência em
projetos estruturais.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Auxiliado pelo software TQS, encontrar a solução mais econômica entre


quatro concepções estruturais distintas e tecnicamente viáveis de um edifício
residencial de seis pavimentos em concreto armado.

1.2.2 Objetivos Específicos

 Esboçar diferentes concepções estruturais com base em critérios da


literatura;
 Estudar o detalhamento de projeto fornecido pelo software;
 Analisar a deslocabilidade das diferentes concepções estruturais;
 Encontrar a solução mais econômica com base no consumo de aço,
concreto e fôrmas.
15

1.3Metodologia

Para desenvolvimento do trabalho, caracteriza-se o projeto base. Trata-se


de um edifício situado em Apucarana, PR, cuja planta é disponibilizada pela
Construtora Lebi, responsável pela execução do prédio. O anexo 1 expõe o
conteúdo das pranchas do projeto.
Inicialmente, elabora-se a fundamentação teórica generalista de projetos
estruturais em concreto armado. Posteriormente, apresentam-se os critérios de pré-
dimensionamento e concepção estrutural. Embasaembasa-sedos em pesquisas
relevantes nestas áreas.
Utilizando o software TQS, aplicam-se estes preceitos e se efetua o
lançamento da estrutura de quatro modosmaneiras distintas, a fim de encontrar a
mais econômica. Elabora-se então, quatro sendo três modelos estruturais, sendo
três ao seguir concebidos conforme critérios recomendados pelada literatura (–
Bastos (ANO), Pinheiro (ANO) e Giongo (ANO), respectivamente – e um, modelo
concebido pelocritérios do próprio autor.
A inserção de carregamentos é feita pautada na NBR 6120:2019 (ABNT,
2019). O dimensionamento dos elementos estruturais e da estrutura obedece
obedece às diretrizes da NBR 6118:2014 (ABNT, 2014).
FinalmentePor fim, analisam-se oas diferentes estruturas modelos edificados
confeccionadas ede modo a definem-seidentificar quaisas diretrizes básicas de
lançamento estrutural que garantem economia, segurança e estabilidade, para a
tipologia estudada ( edifícios multipavimentos de até oito pavimentos). Esta etapa é
o resultado central do trabalhoé a mais importante, pois, a partir deladele,
permitegarante-se economia de tempo em um lançamentos futuros.

1.3.1 Limitações

Entendendo as limitações intrínsecas ao escopo do presente trabalho, torna-


se necessário destacar que a concepção e análise estrutural desenvolvidas se
16

aplicam apenas a edifícios residenciais?/comerciais? de até oito pavimentos.


Ressalta que essas limitações são devidas as às características dessas
construções, as quais exigem soluções estruturais distintas e mais complexas para
edifícios de maior porte. Quanto ao sistema de contraventamento adotado, trata-se
de po Pórtico Rígidorígido.
Deste modo, é válidocabe salientar que a aplicação dos resultados obtidos
nesta pesquisa deve ser considerada com prudência para edifícios que excedam o
limite de pavimentos e o uso estabelecidos, bem como, para outros sistemas
estruturais de abordagemcontraventamento.
17

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Sistemas estruturais Estruturais

Em edifícios, a estrutura tem como finalidade ordenar os elementos de modo


que o todo seja capaz de suportar as cargas oriundas de ações verticais e
horizontais, bem como garantir a estabilidade global. Nesse sentido, formam-se os
sistemas estruturais que podem ser subdivididos em dois subsistemas principais: o
vertical e o horizontal (GIONGO, 2007).
O subsistema vertical conta com paredes, pórticos, núcleo e pilares; e
funcionalmente, recebe as cargas verticais e transmite-as para o solo. O subsistema
horizontal, por sua vez, é formado por lajes que funcionam como diafragmas. Para
uma concepção mais simples, tem-se lajes planas. Em outras, pode-se adicionar
enrijecedores de placas e barras, tais como nervuras e vigas. Utiliza-se destes
elementos individuais ou simultaneamente (Figura ) (GIONGO, 2007).

Figura 1 – subsistemas Subsistemas horizontais

Fonte: autoral Autoria própria (2023)


18

2.1.1 Sistemas de pórtico rígido

2.1.2 Sistemas de laje plana

2.1.3 Sistemas de núcleo

2.1.4 Sistemas de parede cortante

2.2 Concepção estrutural

Não é possível idealizar uma forma sem estrutura. Por esta razão a
concepção estrutural representa o meio utilizado para permitir que os elementos
arquitetônicos se materializem. Deste modo, tTrata-se de tomadas de decisões de
materiais, do processo construtivo e disposições das peças estruturais. É
necessário, portanto, que o profissional responsável por esta etapa compreenda e
respeite a criação do arquiteto, buscando uma harmonização entre a forma e a
estrutura. (REBELLO, 2000).
Além disso, AAlbuquerque (1999) acrescenta que as propostas de
concepções estruturais devem ser analisadas por uma equipe multidisciplinar,
garantindo a compatibilização entre projetos. A priori, o arquiteto deve mostrar as
restrições estéticas e quais requisitos mantém mantêm a funcionalidade do seu
projeto. Sequencialmente, o engenheiro hidrossanitário deve posicionar as
tubulações. Logo após, o construtor expõe os recursos técnicos disponíveis.
Finalmente, o incorporador analisa a viabilidade financeira do investimento. Frente a
estes fatores, o engenheiro de estruturas se alinha para elaboração do projeto de
estruturas definitivo.
Partindo disso, Pinheiro (2007) define parâmetros generalistas de esboço
inicial do projeto estrutural. Dentre estes, pode-se destacar:
 Desenho das formas embasado no arranjo estrutural e nas dimensões
arquitetônicas;
 Numeração sequencial dos elementos estruturais (lajes, vigas e pilares),
partindo da da esquerda para direita e de cima para baixo (para lajes, vigas
e pilares);
 Cotagem total e /parcial da planta com intuito de facilitar a visualização.
19

2.1.5 Lançamento dos pilares

A primeira etapa da concepção estrutural, efetivamente, constitui em definir


os pontos onde serão lançados os pilares na planta arquitetônica. Para isto, há uma
ordem de lançamento ideal. ComeçaInicia-se pelos pilares de canto, posteriormente
se são lançados os pilares das áreas comuns a todos pavimentos (de escadas e
elevadores), pilares de extremidade (locados no contorno de pavimentos) e por fim
os pilares internos. Nesta etapa, já se deve atentar ter atenção em onde ao local
onde será colocada a caixa d’água e como se darão os pórticos para resistir aos
esforços do vento. Destaca-se também, que deverá ser observada a interferência
dos pilares em todos os pavimentos (a exemplo da garagem), respeitando a
arquitetura. (ALBUQUERQUE, 1999).
Segundo Pinheiro (2007), a distância ideal entre os pilares deve ser,
aproximadamente, de 4 m a 6 m. Isso é feito ao visar tamanhos reduzidos de vigas e
elementos mais compatíveis para o projeto. Também é recomendável adotar 19 cm
para a menor dimensão da seção transversal. Além de que e, a direção dos pilares
deve ser alocada de modo a favorecer a rigidez da estrutura.
Para Barboza e Bastos (2008) o posicionamento dos pilares deve ser feito
simultaneamente com as vigas, devido ao fato da locação de um elemento
influenciar no outro. Preconiza-se o arranjo estrutural com menor trajeto possível
para as cargas. Sempre que possível, deve-se posicionar os pilares nos
cruzamentos das de vigas.
Giongo (2007) também complementa diz que a posição dos os pilares
devem ser posicionados ser de forma que a distância entre dois pilares
consecutivos, sujeitos a ações da mesma viga, não ocasione a demanda de altura
excessiva para esta. Outro fator, é a iIndicação de que a distância ideal entre pilares
seja se situe entre 4,5 m e 5,5 m.

2.1.6 Lançamento das vigas

Ao tratar da concepção de vigas em edifícios, é necessário considerar vários


aspectos que interferem substancialmente na qualidade e segurança da construção.
Uma das questões, são suas disposições,Um aspecto importante ao locar vigas
20

consiste em que devem serem locadas de modo a permitir a passagem de


tubulações. (PINHEIRO, 2007; BARBOSA E BASTOS, 2008).
Pinheiro (2007) destaca que: a estruturação das vigas deve seguir o mesmo
posicionamento em todos os pavimentos. Além das vigas que se unem aos pilares,
formando pórticos, podem ser necessárias outras vigas em uma estrutura. Pode-se
também, utilizar de vigas para dividir painéis de lajes com grandes dimensões, tanto
para suportar uma parede divisória, quanto para evitar que esta apoie diretamente
sobre a laje. Também é indicado, adotar larguras de vigas compatíveis com a
alvenaria. e As alturas das vigas devem seguir asque respeitem as limitações das
portas e janelas. Recomenda-se ainda, a redução da quantidade de vigas distintas,
a fim de facilitar a execução da obra e diminuirção os de custos. Outra
recomendação, é que o cobrimento mínimo em relação às paredes finalizadas seja
de 1,5 cm a 2,5 cm.
Bastos (2003) indica que a as vigas não devem invadir os espaços e portas
e janelas, destacando ainda, que este vão seja de 2,20 m de altura. Além disso,
deve-se padronizar as alturas das vigas, de modo que facilite a execução de fôrmas
e cimbramento. Nesse sentido, Ssalientaa ainda, que não é usual adotar mais de
uma altura diferente para a mesma viga? Ou para as vigas de um pavimento?.
Para Giongo (2007), as vigas devem ser locadas, sempre que possível, em
posições que não se faça necessário o apoio de viga sobre viga. Após o
posicionamento dos pilares, faz-se a adequação das vigas de tal modo a se
esconderê-las dentro das paredes. É preciso que, na maioria dos projetos, se
adeque a largura da viga de tal forma que compatibilize a parede acabada com esta.
Ademais, é necessário fazer sua delimitação a buscar lajes com tamanhos
econômicos.

2.1.7 Lançamento das lajes

Deve-se locar as lajes dentro da geometria formada pelas vigas que definem
o perímetro dos ambientes. É preferível que se faça o lançamento das de lajes
treliçadas com as vigotas posicionadas paralelamente à direção do maior vãona
menor direção, de modo que , o esforço seja distribuído majoritariamente nas vigas
perpendiculares sob as quais as treliças serão dispostas e apoiadas. (TESSARI, ....).
21

2.3 Pré-dimensionamento

O pré-dimensionamento é a etapa que ocorre simultaneamente com aà


concepção estrutural. Definidos os materiais que serão utilizados na estrutura ao
atentar àse elencadas as exigências arquitetônicas, conforme orientado por
Albuquerque (1999), estimam-se as seções das peças estruturais,, embasado com
base no no vão do ambiente (para no caso das lajes), no vão entre pilares (no caso
das vigas) ou no observar dna área de influência dos carregamentos das lajes de
lajes (para o caso doss pilares), vãos entre pilares (para vigas) dentre outros fatores.
(PINHEIRO, 2007; BASTOS, 2015).

2.3.1 Pré-dimensionamento de lajes

As lajes devem ser as primeiras dentre os elementos a serem pré-


dimensionados, visto que elas são calculadas para as cargas verticais conhecidas
(ALBUQUERQUE, 1999).

2.3.2 VIGAS

2.3.2 Pré-dimensionamento de pilares

Segundo o item 14.4.1 da NBR 6118 (ABNT, 2014), os elementos lineares


são aqueles cujo comprimento longitudinal é pelo menos três vezes maior, que a
maior dimensão da seção transversal. O item 14.4.1.2 da referida norma os
enquadra os pilares nesse grupo, classificando-os ainda, como elementos de eixo
reto, usualmente dispostos na vertical, sendo a força de compressão preponderante.
No item 13.2.3 da normaNBR 6118:2014, destaca-se que para qualquer
forma de pilar, a menor dimensão não pode ter ser inferior a 19 cm., entretanto
Entretanto, para casos excepcionais, pode-sepermite admitir seções entre 14 e 19
cm, desde que respeite os coeficientes adicionais da Ttabela que devem ser
aplicados na Equação (1). Em ambos os casos, não se pode admitir seções
inferiores a 360 cm².

Tabela 1 - Valores do coeficiente adicional para pilares e pilares-parede


Média ≥ 19 18 17 16 15 14
22

γn 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25


Fonte: NBR 6118 (2014)

γ n=1,95−0,05 b (1)

onde,
b é a menor dimensão da seção transversal, em centímetros (cm);
γ n é o coeficiente de majoração que deve ser aplicado aos esforços
solicitantes finais de cálculo.

Em relação àas armaduras longitudinais, o item 18.4.2.1 destaca que os


pilares devem ter bitolas de no mínimo 10 mm e no máximo 1/8 da menor dimensão
transversal. Quanto à distribuição destas barras na seção transversal, o
espaçamento entre barras de armadura deve ser respeitar o maior dentre os
seguintes valores:

{
20 mm
da barra
1,2dimensão máximado agregado graúdo

Para o desenvolvimento da planta de fôrma do projeto estrutural, é bom


estabelecer as dimensões dos pilares adequadamente. Um dos processos que pode
ser utilizado é a estimativa da carga embasado na área de influência, considerando
a carga distribuída nas lajes (kN/m²), observando os carregamentos permanentes e
variáveis. Para pequenos edifícios, 10 kN/m² é uma boa estimativa. Ressalta-se que
trata de apenas uma carga estimada para pré-dimensionamento. Para
dimensionamento final, deve-se considerar os esforços solicitantes reais, com
atuação do vento (se necessário) e outras demais ações que existirem. (BASTOS,
2015).
A Figura - apresenta um exemplo de determinação de área de influência de
pilares de forma simplificada.
23

Figura 2 - Processo simplificado para determinação da área de influência dos pilares

Fonte: BASTOS (2015)

Fusco (1994) apresenta um processo simplificado de pré-dimensionamento


da seção transversal de pilares, que, segundo Bastos (2015), simplificando mais
ainda, chega-se nas Equações (2) e (3), em função do tipo de pilar, para
considerando aço CA-50. Uma estimativa para a área dos pilares é calculada
aplicando as Equações (2) e (3)..

 Pilar intermediário:

Nd
Ac = (2)
0,5 f ck +0,4

 Pilares de extremidade e de canto:

1,5 N d
Ac = (3)
0,5 f ck +0,4

onde,
Ac = área da seção transversal do pilar (cm²);
N d = força normal de cálculo (kN);
f ck = resistência característica do concreto (kN/cm²);
24

2.3.3 Pré-dimensionamento de vigas

O item 14.4.1.1 da NBR caracteriza as vigas como elementos lineares com


momento fletor preponderante.
De acordo com Pinheiro (2007), há uma forma grosseira de se estimar a
altura das vigas:

 tramos internos:

l0
h= (4)
12

 tramos externos ou vigas biapoiadas:

l0
h= (5)
10

 balanços:

lo
h= (6)
5

onde,
l 0 é o comprimento da viga;
h é a altura da viga.

Outro critério para o pré-dimensionamento de vigas é a determinação da sua


largura. O item 13.1.2 da NBR 6118 diz que a largura mínima da viga deve ser de 12
cm, podendo reduzir para 10 cm, em casos excepcionais. Entretanto, para tornar
possível, é preciso respeitar os valores de cobrimento da referida norma e as
recomendações de lançamento e vibração presentes na NBR 14931 - Execução de
estruturas de concreto -– Procedimento .(ABNT, ANO).

2.4Inserção dose cCarregamentos


25

A inserção dose carregamentos para o edifício do estudo de caso é feita


realizada dentro dono próprio software, que deve estar está configurado alinhado de
acordo com as recomendações com da norma vigente NBR 6120:2019.

2.4.1 Inserção de carregamentos nas lajes

O software TQS calcula as cargas permanentes automaticamente, logo após


a determinação e lançamento em função do tipo e seção de da laje determinados na
etapa de pré-dimensionamento. Para as cargas variáveis, a ABNT NBR 6120: (2019)
define os valores que devem ser aplicados nos projetos estruturais. Frente isso, aA
inserção destas últimas cargas no aplicativo se dá após a seleção do local de cada
laje. Os Quadros e transcrevem os valores de cargas de uso e ocupação
presentes na tabela 10 da NBR 6120:2019.

Quadro 1: Valores característicos nominais das cargas variáveis para edifícios residenciais
Carga Carga
Local uniformemente concentrada
distribuída kN/m² kN
Dormitórios 1,5 -
Sala, copa, cozinha 1,5 -
Sanitários 1,5 -
Despensa, área de serviço e 2 -
lavanderia
Quadras esportivas 5a -
Salão de festas, salão de jogos 3
a -
Áreas de uso comum 3a -
Academia 3
a -
Edifícios a, r
Forro acessíveis apenas para 0,1 -
residenciais
manutenção e
sem estoque de materiais
Sótão a -
2
Corredores dentro de unidades 1,5 -
autônomas
Corredores de uso comum 3 -
Depósitos 3 -
Áreas técnicas (ver item nesta
Tabela)
Jardins (ver item nesta Tabela)

Fonte: Adaptado de ABNT (2019)


26

Quadro 2: Valores característicos nominais das cargas variáveis para edifícios áreas técnicas,
balcões, sacadas e coberturas
Carga Carga
Local uniformemente concentrada
distribuída kN/m² kN
Barrilete 1,5 d
Áreas técnicas em geral (fora da
Áreas técnicas projeção
a,c dos equipamentos), exceto 3 -
barrilete

Residencial 2,5 -
Comercial, corporativos e
Balcões, escritórios 3 -
sacadas,
varandas Com acesso público (hotéis,
e terraços hospitais, 4 -
escolas, teatros etc.)
Coberturas❑agno Com acesso apenas para
Cargas para manutenção ou 1 g
estruturas de inspeção
concreto armado, Com placas de aquecimento
mistas de aço solar ou 1 g
e concreto fotovoltaicas
e alvenaria Outros usos: conforme o item
estrutural. pertinente 1,5 g
desta Tabela.
Fonte: Adaptado de ABNT (2019)

2.4.2 Inserção de carregamentos nas vigas

Para No caso das vigas, o cálculo do peso próprio é feito automaticamente


pelo software, logo após o pré-dimensionamento e lançamento da seção. De modo
similar, oO aplicativo recebeaplica ainda de forma automática , para elas, a carga
proveniente das lajes, cujo perímetro coincide com a direção posição do
comprimento da viga, como na Figura .

Figura 3 - incidência Incidência de carga de laje em uma viga


27

Fonte: autoral (2023)

Assim sendo, o único carregamento que de fato deve ser inserido, são as
cargas de parede, a cujos valores foram extraídos drespeitar a tabela Tabela 2 da
NBR 6120:2019., cujo um trecho está transcrito nNo Quadro está transcrito o trecho
relevante ao presente trabalho.

Quadro 3: alvenariasAlvenarias
Peso - Espessura de
Espessura revestimento por
Alvenaria nominal do face
elemento (cm) kN/m2
0 cm 1 cm 2 cm
ALVENARIA DE VEDAÇÃO
9 0,7 1,1 1,6
Bloco cerâmico vazado 11,5 0,9 1,3 1,7
(Furo horizontal - ABNT NBR 15270-1) 14 1,1 1,5 1,9
19 1,4 1,8 2,3
Fonte: adaptado da ABNT (2019)

Definido o tijolo de 14 cm, observa-se que para uma espessura de


argamassa de revestimento de 2 cm, tem-se uma carga de 1,9 kN/m² (193,74461
kg/m²). Para lançamento da carga de parede sobre a viga, deve ser considerado um
carregamento linearmente distribuído. Portanto, basta aplicar a Equação (7).

q alv=193,7461(P e−hviga) (7)

onde,
28

q alv é a carga linearmente distribuída sobre a viga, em (kg/m);


Pe é o pé esquerdo estrutural (distância entre a parte superior da viga inferior
e a viga superior) em (m);
h viga é a altura em (m) da viga de respaldo da parede que está sendo
considerada.

2.4.3 Combinações

2.5Estabilidade Global

2.5.1 Análise de Segunda Ordem

2.5.2 Mobilidade dos nós

2.5.3 Parâmetro Alpha (α ¿

2.5.4 Coeficiente ( γ z ¿

2.6Estados Limites

2.6.1 Estado Limite de Serviço (ELS)

2.6.2 Estado Limite Último (ELU)

2.7 Índices de consumo

3 MODELAGEM

3.1.1 Modelo 1

3.1.2 Modelo 2

3.1.3 Modelo 3

3.1.4 Modelo 4
29

4 RESULTADOS PRELIMINARES

5 RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se que, ao término do desenvolvimento deste trabalho, identifique-se


a disposição estrutural mais econômica para vigas e pilares de concreto armadoe
segura no desenvolver do edifício, embasados em critérios de concepção estrutural
e pesquisas relevantes da área. Ademais, visa-se a confecção de um relatório de
com as diretrizes básicas de lançamento, tornando os projetos estruturais seguros,
estáveis, mais econômicos e exequíveis. Pode-se utilizar do relatório para
lançamentos futuros de estruturas semelhantes, contribuindo garantindo em termos
de economia e de tempo e recursos no ao processo de concepção estrutural.
Finalmente, há de ter uma contribuição acadêmica na área da engenharia civil,
permitindo o desenvolver e aplicar metodologias tecnológicas para o solucionar de
desafios estruturais.

3 CRONOGRAMA

Atividade mar. abr. mai. jun.


Orientador (ap X X
Escolha do tema X
Revisão Bibliográfica X X
Escolha de fontes X X
Análise e Pesquisa X X
Definição de projeto de estudo X
Revisão das normas de escrita X X
Preparação para apresentação X X
30

Apresentação e Entrega do X
Relatório
31

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, A. T. Análise de alternativas estruturais para edifícios em concreto


armado. Dissertação (Mestrado), São Carlos, Escola de Engenharia de São Carlos –
USP, Departamento de Engenharia de Estruturas, 1999, 106p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Ações para o


cálculo de estruturas de edificações. 2019 ed. Rio de Janeiro, 2019.

______. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. 2014 ed. Rio
de Janeiro, 2014.

BARBOZA, Marcos Robiati; BASTOS, Paulo Sérgio dos Santos. CONCEPÇÃO E


ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS EM CONCRETO ARMADO. Bauru:
Unesp - Campus de Bauru/Sp, 2008. 161 p.

FRANÇA JUNIOR, Davidson de Oliveira. ANÁLISE ESTRUTURAL DE UM


EDIFÍCIO EM CONCRETO ARMADO COM QUATRO PAVIMENTOS: estudo de
caso para diferentes modelos estruturais. 2015. 121 f. TCC (Graduação) - Curso de
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Federal do Paraná, Pato Branco, 2015.

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Pitágoras, Jequié, 2022.

PINHEIRO, L. M. (2007). Notas de aula da disciplina Estruturas de Concreto Armado


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SCADELAI, M.A.; PINHEIRO, L. M. Vigas. USP, São Paulo, 2003. Disponível em:
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8 abr. 2023

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