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1ª Edição – 16/07/12
Resumo
Há diversas técnicas cirúrgicas para cada doença. Diversos tipos de lesão podem
coexistir num mesmo paciente. Exames subsidiários podem dar resultados falso positivo
ou falso negativo, sendo que muitas vezes apenas a artroscopia para visão direta pode
esclarecer o tipo e extensão das lesões.
A cirurgia só deve ser indicada para pacientes específicos e, em boa parte das vezes,
apenas quando há refratariedade ao tratamento conservador.
Considerar que pode haver diversas lesões num mesmo ombro (ex: manguito +
Bankart), portanto a descrição da técnica cirúrgica a ser utilizada é fundamental para a
correta análise da quantidade de materiais.
Considerar ainda que algumas lesões podem ser identificadas na artroscopia e não
aparecer nos exames pré-operatórios ou vice-versa. Portanto a correlação entre a
quantidade final de implantes utilizadas e o laudo da cirurgia também é importante.
Introdução
Lesões na articulação do ombro são ocorrências freqüentes, sua evolução pode ser
aguda (ex: trauma) ou crônica (ex: tendinite, processos degenerativos).
Diversos exames podem ser usados para avaliar estas lesões, com diferentes
sensibilidades e especificidades (21)(NE1). O diagnóstico definitivo é feito através da
cirurgia por via aberta ou artroscopia.
A artroscopia para cirurgia do ombro é hoje uma das vias de acesso mais usadas para a
intervenção sobre esta articulação.
- lesões no labrum da glenóide (tipo Bankart) e suas variantes (SLAP, GLAD, etc.);
- tenodese do bíceps.
Levantamento Bibliográfico
* 1 revisões sistemáticas
* 7 estudos de coorte
* 1 guideline
Os níveis de evidência foram classificados de acordo com o Oxford Center for Evidence
Based Medicine, versão 2011 (1).
Alguns estudos não foram incluídos por não mencionarem o número exato de âncoras
utilizado no procedimento.
O fato da âncora ser absorvível ou metálica não foi um fator determinante para
aumentar ou reduzir o número de âncoras utilizado no reparo.
Um estudo feito em atletas operados por instabilidade anterior do ombro avaliou se o fio
de sutura absorvível ou não interferia nos resultados clínicos. Os autores não
identificaram diferenças nos resultados do reparo feito com fios absorvíveis (Panacryl) e
não absorvíveis (Ethibond) no seguimento de 24 meses (5)(NE2).
5 – todos os pacientes receberam 3 âncoras para o reparo da lesão Bankart mais uma
quarta âncora se houvesse lesão SLAP associada.
b) Manguito rotador
7 – single row: 2 âncoras para lesões de até 3cm; 3 ou 4 âncoras para lesões maiores que
3cm
– double row: 3 âncoras para lesões de até 3cm; 5 ou 6 âncoras para lesões maiores
que 3cm (1 âncora medial a mais nas lesões menores e 2 âncoras mediais a mais nas
lesões maiores)
OBS: a medição do tamanho da lesão foi feita no intraoperatório
– double row: 1 a 2 âncoras a mais do que a single row por paciente, de acordo com o
tamanho da lesão
c) Tenodese do bíceps
De uma forma geral pacientes mais velhos eram tratados com tenotomia e os mais
jovens ou com demandas atléticas eram tratados com a tenodese. A tenotomia pode
fazer com que um pequeno sulco inestético possa surgir, mas sem comprometimento
funcional significante e com ampla aceitação por parte dos paciente (17)(NE3-4).
Outro estudo que também comparou a tenotomia com a tenodese usou 1 âncora por
paciente operado (19)(NE3-4).
A tenotomia ou tenodese após o tratamento da lesão SLAP tipo II foi avaliada por um
estudo (20)(NE3-4). Um parafuso de interferência por paciente foi utilizado.
Guidelines
Considerar que pode haver diversas lesões num mesmo ombro (ex: manguito +
Bankart), portanto a descrição da técnica cirúrgica a ser utilizada é fundamental para a
correta análise da quantidade de materiais.
Considerar ainda que algumas lesões podem ser identificadas na artroscopia e não
aparecer nos exames pré-operatórios ou vice-versa. Portanto a correlação entre a
quantidade final de implantes utilizadas e o laudo da cirurgia também é importante.
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