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AÇÃO POPULAR – LEI 4717/65.

MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E


JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES

Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.

Última atualização legislativa e jurisprudencial: 14/03/22 - Info 607 (art. 19 - entendimento superado).

Última atualização questões de concurso: 24/03/23.

Observações quanto à compreensão do material:


1) Cores utilizadas:
 EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
 EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
 EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação,
especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito a situação contrária ao que dispõe
na Lei 4717/65).
 EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)

2) Siglas utilizadas:
 MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base
legal, etc).

LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965.

Regula a ação popular.

        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:

        Art. 1º Qualquer cidadão SERÁ PARTE LEGÍTIMA [obs.: é o único legitimado] para pleitear a
ANULAÇÃO ou a DECLARAÇÃO DE NULIDADE de atos lesivos ao patrimônio da União, do
Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de
economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União
represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de
instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou
concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas
incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de
quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. (TJPI-2007)
(PGECE-2008) (DPEMA-2009) (TRF1-2009) (PGEPE-2009) (MPSE-2010) (DPEAM-2011) (MPF-2011)
(PCRJ-2009/2012) (TJBA-2012) (TJCE-2012) (MPMT-2012) (MPPI-2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012)
(DPESE-2012) (PFN-2012) (MPPR-2011/2013) (DPEDF-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PGDF-
2013) (PCES-2013) (MPGO-2010/2014) (MPSC-2012/2013/2014) (DPERS-2014) (TRF2-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PCPI-2014) (TRT2-2014) (MPT-2009/2015) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (MPAM-
2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (PGEPR-2015) (PGERS-2015) (TRT1-2015) (DPEBA-2010/2016)
(TJDFT-2011/2014/2016) (TJAM-2016) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGEAC-
2014/2017) (Cartórios/TJMG-2015/2016/2017) (DPERO-2017) (Cartórios/TJRJ-2017) (PCAC-2017) (PGM-
BH/MG-2017) (MPMS-2011/2013/2018) (PGESC-2014/2018) (MPBA-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PGM-
Manaus/AM-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (DPEMG-2009/2019) (MPMG-2010/2014/2017/2018/2019)
(TJPA-2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (MPAP-2012/2021) (DPESC-
2012/2021) (TJGO-2021) (DPEGO-2021) (DPERJ-2021) (PGEAL-2021) (PGEMS-2021) (PCMG-2021)
(PCMS-2021) (TCEAM-2021) (TCDF-2021) (TJMG-2005/2008/2009/2022) (TJMA-2013/2022) (DPEMS-
2014/2022) (DPETO-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (MPCSC-2022) (TCEES-2023) (TCERJ-2023)

#Atenção: #PGEAC-2017: #PCAC-2017: #MPBA-2018: #Anal. Judic./STJ-2018: #TJRO-2019:


#DPEMG-2019: #DPEGO-2021: #DPESC-2021: #PCMS-2021: #TCEAM-2021: #TCERJ-2023:
#CESPE: #FAPEC: #FCC: #FGV: #FMP: #VUNESP: A ação popular poderá ser proposta por
qualquer cidadão (nacional, no gozo dos direitos políticos) com o objetivo de anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus de sucumbência. Além disso, cumpre destacar que a ação
popular possui finalidade repressiva e preventiva. Na finalidade preventiva, a ação popular
poderá ser ajuizada antes da consumação dos efeitos lesivos do ato, sendo que a ordenamento
permite a suspensão liminar do ato impugnado para prevenir a lesão. Por outro lado, na
finalidade repressiva, visa a corrigir atos danosos consumados. Por fim, tem-se também a
finalidade supletiva da ação popular, em que o autor obriga a Administração omissa a atuar.
(Anal. Judic./STJ-2018-CESPE): Considerando a legislação, a doutrina e a jurisprudência dos
tribunais superiores acerca dos direitos e das garantias fundamentais e da aplicabilidade das normas
constitucionais, julgue o item a seguir: A isenção de custas processuais na ação popular para a defesa
de interesse coletivo ou difuso inclui o ônus da sucumbência, salvo se comprovada má-fé. BL: art. 1º,
LAP e art. 5º, LXXIII, CF.

#Atenção: #DPEGO-2021: #FCC: Como requisito para a propositura é ser cidadão (art. 5º, LXXIII
da CF), e formalmente isso significa ter título de eleitor, aquele que, a partir dos 16 anos estiver
munido deste documento, poderá ajuizar ação popular.

#Atenção: #Doutrina: #MPMG-2019: #DPEMG-2019: #DPERJ-2021: #TJMG-2022: #TCERJ-2023:


#CESPE: #FGV: Segundo Daniel Assumpção Neves: “A legitimidade ativa do cidadão na tutela
coletiva é limitada à ação popular, em decorrência da previsão contida no art. 1º, caput, da Lei
4.717/65, não havendo qualquer indicação de legitimidade em leis subsequentes que versam sobre
tutela coletiva, em especial os arts. 5º da LACP e 82 do CDC. Ao menos no que toca à previsão legal
expressa, realmente o único texto legal que atribui legitimação ao cidadão é o art. 1º da LAP, que
inclusive exclui outros sujeitos dessa legitimação, salvo na excepcional hipótese de sucessão processual pelo
Ministério Público, nos termos do art. 9º da mesma lei.” (NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual
de Processo Coletivo, 4ª ed. - Salvador: JusPODIVM, 2020, p. 198.)
(DPERJ-2021-FGV): Sobre a evolução da tutela coletiva no Brasil, é correto afirmar que: a Lei nº
4.717/1965 (Lei da Ação Popular), não obstante o seu modelo de legitimação individual, integra o
microssistema de tutela coletiva do direito brasileiro.

#Atenção: #STF: #MPMS-2018: O STF entende que não se presta a ação popular a impugnar atos
normativos genéricos, mas apenas para impugnar atos efetivamente lesivos ao Estado. STF. 1ª T.
AO 1.725-AgR, rel. Min. Luiz Fux, DJe 11.03.15.

#Atenção: #TRF5-2013: #Cartórios/TJMG-2017: #DPEGO-2021: #DPERJ-2021: #CESPE:


#Consulplan: #FCC: #FGV: Seguindo o modelo das ações civis públicas, pode-se afirmar que na
ação popular a lei outorgou a possibilidade de um legitimado atuar isoladamente em defesa de
interesses de uma coletividade, como adequado portador de suas aspirações. Trata-se de
“representatividade adequada” definida ope legis: a lei e a CF outorgaram a qualquer cidadão a
condição de portador adequado dos interesses metaindividuais da integridade do patrimônio
público, da moralidade administrativa e do meio ambiente ecologicamente hígido,
legitimando-o a defendê-los judicialmente quando atacados por atos de alguma das entidades
previstas no art. 1.º da LAP. Portanto, tal como ocorre nas ACP’s, não se admite o controle da
representatividade adequada em cada caso concreto, segundo o modelo ope judicis. Uma vez
provada a condição de eleitor ou cidadão português equiparado, sua legitimidade não poderá
ser recusada pelo Judiciário. (Fonte: Landolfo Andrade, Interesses Difusos e Coletivos, 2014, 4ª
Ed. p. 287).

#Atenção: #STJ: #DPEGO-2021: #FCC: Conforme entendimento do STJ, a ação popular não é
meio adequado para controle em abstrato de constitucionalidade de atos legais. Eis uma decisão
que corrobora tal entendimento: "(...) 3. De acordo com a jurisprudência desta Corte Superior, "A ação
popular é imprópria para o controle da constitucionalidade das leis pelo sistema concentrado. Admite-se,
apenas, quando a declaração de inconstitucionalidade for incidenter tantum" (REsp 958.550/SC, Rel.
Ministro JOSÉ DELGADO, Primeira Turma, DJe 24/4/08). 4. No caso concreto, a ação popular é
manejada, inegavelmente, para efetuar o controle de constitucionalidade da Lei n. 2.099/2003 do Município
de Niterói, razão pela qual deve ser extinta, sem apreciação do mérito, por inadequação da via eleita. 5. Como
ensina MARÇAL JUSTEN FILHO, "a ação popular não é meio para o controle em abstrato da
constitucionalidade de atos legais" e, por isso, o "ato impugnado por meio de ação popular deve
ter sido praticado por agente público no exercício de competência administrativa" (Curso de
direito administrativo. 13. ed. São Paulo: Thomson Reuters, 2018, p. 1196). 6. Recurso especial da
municipalidade provido. (STJ. 1ª T., REsp 1870470/RJ, Rel. Min. Sérgio Kukina, j. 22/09/20)"

#Atenção: #STJ: #TJGO-2021: #TCDF-2021: #CESPE: #FCC: A jurisprudência do STJ “entende ser
possível a declaração incidental de inconstitucionalidade em Ação Popular, desde que a controvérsia
constitucional não figure como pedido, mas sim como causa de pedir, fundamento ou simples questão
prejudicial, indispensável à resolução do litígio principal, em torno da tutela do interesse público”. STJ. 2ª
T., AgInt no REsp 1.705.539/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 22/4/19.
(TCDF-2021-CESPE): A respeito de mandado de segurança, ação popular e ação civil pública, julgue
o item a seguir: Pode o STJ, em ação popular, declarar incidentalmente a inconstitucionalidade da
norma atacada, se a controvérsia constitucional for a causa de pedir.

#Atenção: #STJ: #MPSE-2010: #DPERN-2015: #DPEBA-2016: #PGEMS-2021: #TCERJ-2023:


#CESPE: #FCC: Segundo o STJ, “a Ação Popular não é servil à defesa dos consumidores, porquanto
instrumento flagrantemente inadequado mercê de evidente ilegitimatio ad causam (art. 1º, da Lei
4717/65 c/c art. 5º, LXXIII, da CF) do autor popular, o qual não pode atuar em prol da coletividade
nessas hipóteses. A ilegitimidade do autor popular, in casu, coadjuvada pela inadequação da via eleita ab
origine, porquanto a ação popular é instrumento de defesa dos interesses da coletividade, utilizável
por qualquer de seus membros, revela-se inequívoca, por isso que não é servil ao amparo de direitos
individuais próprios, como sóem ser os direitos dos consumidores, que, consoante cediço, dispõem de meio
processual adequado à sua defesa, mediante a propositura de ação civil pública, com supedâneo nos arts. 81 e
82 do CDC. (....)” (REsp 818725/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª T., j. 13/05/08).

#Atenção: #MPMG-2014: #PGEMS-2021: #CESPE: O MP NÃO possui legitimidade para


intentar ação popular. Todavia, se o autor desistir da ação ou der motivo à absolvição da
instância, serão publicados editais nos prazos e condições do art. 7º, II, ficando assegurado a
qualquer cidadão bem como ao representante do MP, dentro de 90 dias da última publicação,
promover o prosseguimento da ação. De forma simples, o MP atuará de quatro formas:
a) Como parte pública autônoma, velando pela regularidade do processo e pela correta
aplicação da lei, podendo opinar pela procedência ou improcedência da ação. Nesse caso,
exerce o papel de fiscal da lei, ou “custos legis”.
  
b) Como órgão ativador da produção de prova e auxiliar do autor popular. Todavia, a
função de auxiliar do autor da ação popular não implica em uma atividade secundária do
Parquet. Ele não é um mero ajudante do autor da ação; ao contrário, possui uma atividade
autônoma.
(MPMG-2014): Sobre a ação popular, é correto dizer: O Ministério Público, mesmo não sendo
parte no processo, poderá juntar documentos e requerer a produção de provas.

c) Como substituto do autor. Aqui, tem-se a palavra substituto empregada em sentido


vulgar, como algum que age no caso da omissão de outrem. Ocorre quando o autor da
ação popular (cidadão) ainda é parte no processo, mas é uma parte omissa. O Ministério
Público, então, age em seu lugar, cumprindo ônus processuais imputados ao autor, que
não os realizou.
 
d) Como sucessor do autor. Ocorre, em regra, quando o autor da ação desiste desta,
quando, então, o Ministério Público tem a faculdade de prosseguir com a ação popular,
quando houver interesse público. Nesse caso, é vedado ao Ministério Público desistir da
ação popular. Seu poder de escolha refere-se ao impulso inicial (suceder ou não o autor).
Depois disso, não pode mais voltar atrás.

#Atenção: #CESPE: O STJ entende pacificamente que cabe julgamento antecipado da lide em
ação popular. Consoante jurisprudência do STJ, não há cerceamento do direito de defesa quando
o juiz tem o poder-dever de julgar a lide antecipadamente, dispensando a realização de audiência
para a produção de provas ao constatar que o acervo documental é suficiente para nortear e
instruir seu entendimento (AgRg no AREsp 431.164/RJ, Rel. Min. Humberto Martins, 2ª Turma, j.
11/3/14).
       
(DPEMS-2022-FGV): João, pipoqueiro em uma pequena cidade do interior do país, que acabara
de ser empossado como vereador, procurou o defensor público da comarca e informou que
almejava ajuizar a ação constitucional cabível em face dos engenhos produtores de açúcar, que
considerava responsáveis pela diminuição da qualidade do ar e pelo fato de as praças da cidade
ficarem cobertas de fuligem em determinados períodos do ano, o que impedia a sua utilização
pelos munícipes. Ao ouvir a narrativa, o defensor público respondeu, corretamente, que a ação a
ser ajuizada é o(a): ação popular. BL: art. 1º, da LAP e art. 5º, inciso LXXIII, CF.

(DPESC-2021-FCC): Acerca da ação popular: Abrange, dentre seus possíveis objetos, a defesa do
patrimônio público. BL: art. 1º, da LAP e art. 5º, inciso LXXIII, CF.

(MPT-2015): Analise a seguinte proposição a respeito das ações constitucionais: A ação popular
está presente no sistema jurídico brasileiro de forma contínua desde a Constituição de 1946.

#Atenção: #MPT-2015: #DPESC-2021: #FCC: Acerca dos antecedentes históricos da ação popular,
Bernardo Gonçalves Fernandes explica: “Sustenta a doutrina que a ação popular tem uma origem
remota advinda do Direito romano e uma origem próxima que remonta ao século XIX, nas intituladas Leis
Comunais da Bélgica de 1836 e França de 1837. No Brasil, a ação popular surge na Constituição de 1934
(n° 38, art. 113), desaparece na Constituição Polaca de 1937 e volta na Constituição de 1946 (art. 141,
parágrafo 38), e na seguinte de 1967 (art. 150, parágrafo 31; e na Emenda Constitucional n° 01 de 1969,
art. 153, parágrafo 31). Atualmente, encontra-se no art. 5°, LXXIII, da Constituição da República de 1988 .
(Fonte: FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 9. ed. Salvador.
JusPODIVM, 2017, pp. 652-653). Na esfera constitucional, cumpre ressaltar que a primeira
Constituição a dispor sobre a ação popular foi a de 1934, em seu art. 113, n. 38. Contudo, ela foi
suprimida na Constituição de 1937, retornando com a de 1946. Em suma, prevista originalmente
na Constituição de 1934, a ação popular foi o primeiro instrumento processual voltado à tutela de
direitos transindividuais no ordenamento jurídico brasileiro.

(TCERN-2015-CESPE): A ação popular e a ação civil pública diferem no que se refere à


legitimidade ativa; quanto ao objeto, ambas tutelam interesses similares. BL: art. 1º, da LAP e art.
5º, inciso LXXIII, CF e art. 5º, LACP.

#Atenção: #MPGO-2010: De forma bem simples, a ação popular tem como legitimado ativo  o
CIDADÃO em pleno gozo dos direitos políticos; Já a ação civil pública tem um rol mais amplo de
legitimados ativos como, por exemplo, o MP e a Defensoria Pública. Ambos tutelam direitos
coletivos.

(DPESP-2013-FCC): A Ação Popular é um instrumento processual coletivo com forte conteúdo


democrático-participativo, tendo em vista que a legitimidade ativa é atribuída diretamente ao
cidadão-eleitor. A Lei da Ação Popular teve o seu objeto ampliado por meio do art. 5º , LXXIII, da
CF, o qual, além de reproduzir matérias já consagradas pela legislação infraconstitucional referida,
inovou e passou a prever expressamente a utilização da ação popular também para anular ato
lesivo ao meio ambiente. BL: art. 5º, LXXIII, CF e art. 1º, LAP.

#Atenção: #DPESP-2013: #PGERS-2015: #DPESC-2021: #PGEMS-2021: #TCERJ-2023: #CESPE:


#FCC: #Fundatec: Inicialmente, a Ação Popular foi concebida para proteger patrimônio público e
moralidade, de modo a proteger o cidadão contra o Estado. A partir de 1988, a CF acabou
autorizando também a Ação Popular para proteção do meio ambiente e patrimônio histórico-
cultural. Sobre o tema: “Originariamente, a Ação Popular regulada pela Lei 4.717/65, no seu art. 1°
limitava o cabimento da ação às hipóteses de lesividade ao patrimônio público, sendo suficiente a mera
ilegalidade do ato para justificar a sua anulação por intermédio da ação popular. Entretanto, diante da
crescente relevância da cidadania no controle dos atos da administração, com a definição dos valores
imateriais amparados judicialmente e elencados no art. 37, da CF, coadjuvados por uma série de
instrumentos processuais de defesa dos interesses transindividuais, criou-se um microssistema de tutela de
interesses difusos referentes à probidade da Administração Pública, nele encartando-se a ação popular, a
ação civil pública e o mandado de segurança coletivo, como instrumentos concorrentes na defesa desses
direitos eclipsados por cláusulas pétreas. Com o advento da Constituição Cidadã, assim definido o texto
constitucional de 1988 por Ulisses Guimarães, tornou-se possível a propositura da ação popular, com o
escopo de anular não apenas os atos lesivos ao patrimônio econômico do Estado, como também ao patrimônio
histórico, cultural, ambiental e moral (Precedente do STF, RE nº 170.768/SP).” (Fonte:
https://www.jusbrasil.com.br/processos/385112530/peca-peticao-inicial-tjsp-acao-popular-c-c-liminar-acao-
popular-1408594386).

(MPMT-2012): A Ação Popular, como integrante do microssistema processual coletivo, é regida


não só pela Lei 4.717/1965, mas também pelo CDC e pela Lei da Ação Civil Pública, sempre de
forma complementar.

(MPMG-2011): A ação de improbidade administrativa poderá ser proposta mesmo já havendo


sentença de procedência transitada em julgado em ação popular que anulou ato lesivo e
determinou o ressarcimento do dano ao patrimônio público. Isso porque deve ser buscada a
aplicação de sanções, observado o prazo decadencial.

#Atenção: A ação popular e a ação de improbidade são consideradas ações concorrentes, isto é,
ações que embora variando quanto a causa de pedir ou aos seus legitimados ativos, prestam-se a
atingir o mesmo resultado. Enquanto a primeira anula e determina o ressarcimento do dano, a
segunda apura as irregularidades (dimensão do dano) e visa aplicar sanção quanto ao ato
praticado. Assim, uma não impede a propositura da outra, na verdade, se completam.

§ 1º CONSIDERAM-SE PATRIMÔNIO PÚBLICO para os fins referidos neste artigo, os bens


e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico. (Redação dada pela Lei nº
6.513, de 1977) (MPSE-2010) (MPMT-2012) (MPTO-2012) (DPEDF-2013) (MPSC-2014) (DPEPR-2014)
(DPEPA-2015 (PGEAM-2016)) (PCBA-2018) (MPDFT-2021) (DPEGO-2021)

        § 2º Em se tratando de instituições ou fundações, para cuja criação ou custeio o tesouro


público concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, bem como
de pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas, as conseqüências patrimoniais da INVALIDEZ
DOS ATOS LESIVOS TERÃO por limite a repercussão deles sobre a contribuição dos cofres
públicos. (TJMG-2005) (MPMG-2012) (MPSC-2012) (Cartórios/TJMG-2018) (PGEMS-2021)

(MPMG-2012): Em matéria de ação popular, é correto afirmar: A invalidez dos atos lesivos de
empresas privadas subvencionadas por verbas públicas será limitada a repercussão que eles
causarem sobre as contribuições dos cofres públicos. BL: art. 1º, §2º, LAP.

(MPSC-2012): No caso da Ação Popular, em se tratando de instituições ou fundações, para cuja


criação ou custeio o tesouro público concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio
ou da receita ânua, bem como de pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas, as consequências
patrimoniais da invalidez dos atos lesivos terão por limite a repercussão deles sobre a
contribuição dos cofres públicos. BL: art. 1º, §2º da LAP.

        § 3º A PROVA DA CIDADANIA, para ingresso em juízo, SERÁ FEITA com o título eleitoral,
ou com documento que a ele corresponda. (PCDF-2005) (TJPI-2007) (TJSE-2008) (DPECE-2008)
(PGECE-2008) (TRF1-2009) (PGEPE-2009) (MPPR-2011) (DPEAM-2011) (MPTO-2012) (DPESC-2012)
(TRF5-2013) (TJMG-2008/2009/2014) (MPMS-2011/2014) (TJDFT-2014) (MPGO-2014) (PGEAC-2014)
(PCPI-2014) (MPAM-2015) (DPERN-2015) (DPESP-2015) (MPT-2015) (TJAM-2016) (PGEAM-2016)
(MPSP-2006/2017) (Cartórios/TJRJ-2017) (PGESE-2017) (PCAC-2017) (MPMG-2014/2018) (PCBA-2018)
(DPEMG-2009/2019) (TJPA-2019) (DPEGO-2021) (PGEMS-2021) (DPEMS-2022) (DPERO-2017/2023)
(TCEES-2023)

#Atenção: #STJ: #TRF1-2009: #PCPI-2014: #DPERN-2015: #MPMS-2013: #MPGO-2014:


#MPMG-2014: #PGM-São José do Rio Preto/SP-2014: ##MPT-2015: #PGEAM-2016: #MPSP-
2017: #PGESE-2017: #PCAC-2017: #DPEMG-2019: #DPEGO-2021: #TCEES-2023: #CESPE:
#FCC: #FGV: #VUNESP: PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO POPULAR. ELEITOR COM DOMICÍLIO
ELEITORAL EM MUNICÍPIO ESTRANHO ÀQUELE EM QUE OCORRERAM OS FATOS
CONTROVERSOS. IRRELEVÂNCIA. LEGITIMIDADE ATIVA. CIDADÃO. TÍTULO DE
ELEITOR. MERO MEIO DE PROVA. A CF vigente, em seu art. 5º, inc. LXXIII, inserindo no âmbito
de uma democracia de cunho representativo eminentemente indireto um instituto próprio de
democracias representativas diretas, prevê que qualquer cidadão é parte legítima para propor
ação popular (...) Note-se que a legitimidade ativa é deferida a cidadão. A afirmativa é
importante porque, ao contrário do que pretende o recorrente, a legitimidade ativa não é do
eleitor, mas do cidadão. (...) O que ocorre é que a Lei 4717/65, por seu art. 1º, § 3º, define que a
cidadania será provada por título de eleitor. (...) Vê-se, portanto, que a condição de eleitor não é
condição de legitimidade ativa, mas apenas e tão-só meio de prova documental da cidadania,
daí porque pouco importa qual o domicílio eleitoral do autor da ação popular. (...) O art. 42, p.
único, do Código Eleitoral estipula um requisito para o exercício da cidadania ativa em
determinada circunscrição eleitoral, nada tendo a ver com prova da cidadania. Aliás, a redação é
clara no sentido de que aquela disposição é apenas para efeitos de inscrição eleitoral, de
alistamento eleitoral, e nada mais. (...) Aquele que não é eleitor em certa circunscrição eleitoral
não necessariamente deixa de ser eleitor, podendo apenas exercer sua cidadania em outra
circunscrição. Se for eleitor, é cidadão para fins de ajuizamento de ação popular. (...) O
indivíduo não é cidadão de tal ou qual Município, é "apenas" cidadão, bastando, para tanto, ser
eleitor. (...) Não custa mesmo asseverar que o instituto do "domicílio eleitoral" não guarda tanta
sintonia com o exercício da cidadania, e sim com a necessidade de organização e fiscalização
eleitorais. STJ. 2ª T. REsp 1242800/MS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 7/6/11. (...) O art.
5º, LXIII da CF e o art. 4.717/65 estabelecem que somente o cidadão tem legitimidade ativa para
propor ação popular. (...) Considera-se cidadãos os brasileiros natos ou naturalizados e os
portugueses equiparados no pleno exercício dos seus direitos políticos. (STJ. 2ª T., EDcl no REsp
538.240/MG, j. 17/04/07.
(PGESE-2017-CESPE): Julgue o item a seguir, referente à ação popular: Conforme entendimento
majoritário da doutrina, o cidadão-eleitor de dezesseis anos possui plena capacidade processual para
o ajuizamento de ação popular. BL: art. 5º, inciso LXXIII, CF e art. 1º, §3º, LAP e Entend. Jurisprud.
(PGEAM-2016-CESPE): Acerca de competências ambientais legislativas, ação popular e espaços
territoriais especialmente protegidos, julgue o item a seguir: Situação hipotética: Determinado
empreendimento obteve licença ambiental do estado X sem observância das exigências normativas
previstas, o que resultou em lesão ao meio ambiente. Assertiva: Nessa situação, brasileiro
naturalizado, residente e eleitor no estado Y, terá legitimidade para ajuizar ação popular no juízo
competente contra o estado X com o objetivo de anular o ato concessório. BL: art. 5º, inciso LXXIII,
CF e art. 1º, §3º, LAP e Entend. Jurisprud.
(PGM-São José do Rio Preto/SP-2014-VUNESP): Sobre a ação popular proposta por cidadão
residente no município em que também é eleitor, mas sobre fatos que ocorreram em outro
município, assinale a alternativa correta: A condição de eleitor é prova da cidadania, sendo
irrelevante seu domicílio eleitoral para fixar sua legitimidade para propor a ação. BL: art. 5º, inciso
LXXIII, CF e art. 1º, §3º, LAP e Entend. Jurisprud.
(MPMS-2013): Tratando-se de Ação Popular de que trata a Lei 4.717/65, assinale a alternativa
correta: Reconhece a CF a legitimidade ativa do cidadão, sendo que a Lei 4.717/65 apenas define
como prova da cidadania para esse fim ser eleitor, mostrando-se desinfluente para os fins da ação
popular o domicílio eleitoral do autor da ação. BL: art. 5º, LXXIII, CF e art. 1º, §3º, LAP e Entend.
Jurisprud.

#Atenção: #TRF1-2009: #PGEAC-2014: #MPSP-2017: #Cartórios/TJRJ-2017: #CESPE: #FGV:


#FMP: Além da prova da cidadania como um dos requisitos para a propositura de uma ação
popular, que se dá através apresentação de título de eleitor ou documento equivalente, deve-se
ressaltar que tal remédio constitucional, não suprime a exigência da presença de um advogado,
que deverá assinar a petição inicial. Logo, o autor da ação popular precisa estar representado
por advogado.

(DPERO-2023-CESPE): Quanto a aspectos diversos da tutela coletiva, assinale a opção correta: A


prova da cidadania, para o ajuizamento da ação popular, será feita com o título eleitoral ou com
documento que a ele corresponda. BL: art. 1º, §3º da LAP.

(PGEMS-2021-CESPE): Uma sociedade empresária promoveu ação popular contra o estado


federado X, como único réu, alegando que autoridade estadual cometeu ato ilícito lesivo ao
ambiente. Após a citação, o estado X reconheceu a ilicitude do ato impugnado na ação. Nessa
situação hipotética, se a ação popular houvesse sido proposta por pessoa física, esta precisaria
comprovar sua qualidade de cidadã mediante a apresentação de título eleitoral ou documento
equivalente da justiça eleitoral. BL: art. 1º, §3º da LAP e Súmula 365 do STF.

#Atenção: No caso, a ação popular foi proposta por pessoa jurídica (sociedade empresária) para
anular ato lesivo ao meio ambiente. Ocorre que o STF possui entendimento sumulado de que a
pessoa jurídica não detém legitimidade para propor ação popular: “Súmula 365-STF: Pessoa
jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.”

(MPMG-2018): O sujeito ativo da ação popular é o cidadão, ou seja, o eleitor, que é a pessoa
natural no gozo de sua capacidade eleitoral ativa. A comprovação da condição de eleitor deve ser
feita por meio do título de eleitor. BL: art. 1º, §3º da LAP.

(TJMG-2014): Além da ação civil pública, também a ação popular constitui instrumento de tutela
do patrimônio ambiental. Todavia, a legitimidade ativa para a sua propositura é concedida apenas
àquele que ostente a condição de cidadão, ou seja, a pessoa física no gozo de seus direitos
políticos. BL: art. 1º, §3º da LAP e art. 5º, LXXIII, CF.

(DPECE-2008-CESPE): Em relação aos direitos e garantias individuais e coletivas, julgue o item a


seguir: É essencial para verificação da legitimação que o autor de ação popular demonstre a
condição de cidadão brasileiro no exercício dos direitos políticos. BL: art. 1º, §3º, LAP e art. 5º,
LXXIII, CF.

(TJSE-2008-CESPE): Estrangeiro residente definitivamente no território nacional não pode propor


ação popular. BL: art. 1º, §3º da LAP.

(TJMG-2008): Bola Sete Ltda. ajuizou ação popular contra o Município de Belo Horizonte para
pleitear a anulação de ato lesivo ao patrimônio municipal consistente em deferir à empresa “Dona
da Bola”, mediante decreto, a exploração de todos os bares e restaurantes existentes nos parques
municipais, sem, entretanto, promover a necessária licitação. O juiz indeferiu a inicial. Recorreu a
autora, alegando: 1) que o ato administrativo é claramente ilegal e praticado com desvio de
finalidade; 2) que o Município não observou a forma legal para a edição do decreto; e 3) que não
lhe pode ser tolhido o direito de disputar, em licitação regular, a prestação dos referidos serviços.
Segundo os fatos acima relatados, assinale a alternativa que representa o resultado a que chegou o
Tribunal: confirmou a decisão de origem. BL: art. 1º, §3º da LAP e Súmula 365 do STF.

#Atenção: No caso, a ação popular foi proposta por pessoa jurídica ("Bola Sete Ltda"). Portanto,
está correto o indeferimento da inicial, extinguindo o processo sem resolução do mérito. Segundo
a Súmula 365-STF, "Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular."

        § 4º Para INSTRUIR A INICIAL, o cidadão PODERÁ REQUERER às entidades, a que se


refere este artigo, as certidões e informações que julgar necessárias, bastando para isso indicar a
finalidade das mesmas. (MPBA-2018) (MPDFT-2021)
        § 5º As certidões e informações, a que se refere o parágrafo anterior, deverão ser fornecidas
dentro de 15 (quinze) dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão ser
utilizadas para a instrução de ação popular. (MPDFT-2021)

        § 6º SOMENTE nos casos em que o INTERESSE PÚBLICO, devidamente justificado,


IMPUSER SIGILO, PODERÁ SER NEGADA certidão ou informação. (MPBA-2018)

        § 7º OCORRENDO a hipótese do parágrafo anterior, a ação PODERÁ SER PROPOSTA


DESACOMPANHADA das certidões ou informações negadas, CABENDO ao juiz, após apreciar
os motivos do indeferimento, e salvo em se tratando de razão de segurança nacional,
REQUISITAR umas e outras; feita a requisição, o processo CORRERÁ em segredo de justiça, que
CESSARÁ com o trânsito em julgado de sentença condenatória. (MPMG-2012) (MPBA-2018)
(MPDFT-2021)

(MPMG-2012): Em matéria de ação popular, é correto afirmar: Poderá o processo correr em


segredo de justiça, que cessará com o trânsito em julgado de sentença condenatória. BL: art. 1º,
§7º, LAP.

        Art. 2º SÃO NULOS os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo
anterior, nos casos de: (PGEES-2008) (TRF3-2011) (PCAL-2012) (PCRJ-2012) (DPERR-2013) (PGEGO-
2013) (Cartórios/TJSP-2014) (PCTO-2014) (TRT1-2015) (MPSC-2010/2013/2016) (PGEAC-2017) (PGM-
Fortaleza/CE-2017) (MPMG-2010/2018) (PCSP-2018) (TJRO-2019) (Cartórios/TJAL-2019)
(Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019) (TCDF-2021)
(TJMA-2022) (DPERO-2023)

        a) incompetência; (TRF3-2011) (DPERR-2013) (TRT1-2015) (PGEAC-2017) (MPMG-2010/2018)


(Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019) (TCDF-2021) (DPERO-2023)

        b) vício de forma; (TRT1-2015) (PGEAC-2017) (MPMG-2010/2018) (TJRO-2019) (Cartórios/TJAL-


2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019) (TCDF-2021) (DPERO-2023)

        c) ilegalidade do objeto; (TRT1-2015) (PGEAC-2017) (MPMG-2010/2018) (MPBA-2018)


(Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019) (TCDF-2021) (DPERO-2023)

        d) inexistência dos motivos; (TRT1-2015) (MPSC-2016) (PGEAC-2017) (MPMG-2010/2018)


(Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019) (TCDF-2021) (DPERO-2023)

        e) desvio de finalidade. (PGEES-2008) (PCAL-2012) (PCRJ-2012) (DPERR-2013) (PGEGO-2013)


(Cartórios/TJSP-2014) (PCTO-2014) (TRT1-2015) (MPSC-2013/2016) (PGEAC-2017) (PGM-Fortaleza/CE-
2017) (MPMG-2010/2018) (PCSP-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019) (Anal.
Judic./TRF3-2019) (TCDF-2021) (TJMA-2022) (DPERO-2023)

        Parágrafo único. Para a conceituação dos casos DE NULIDADE OBSERVAR-SE-ÃO as


seguintes normas:

        a) a INCOMPETÊNCIA FICA CARACTERIZADA quando o ato não se incluir nas atribuições
legais do agente que o praticou; (TRF3-2011) (PGERO-2011) (DPERR-2013) (PGEGO-2013) (PGEAC-
2017) (MPMG-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019)

        b) o VÍCIO DE FORMA CONSISTE na omissão ou na observância incompleta ou irregular de


formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; (PGERO-2011) (PGEAC-2017)
(MPMG-2018) (TJRO-2019) (Cartórios/TJAL-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-
2019)

        c) a ILEGALIDADE DO OBJETO OCORRE quando o resultado do ato IMPORTA em


violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; (PGERO-2011) (PGEAC-2017) (MPBA-2018)
(MPMG-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019)

        d) a INEXISTÊNCIA DOS MOTIVOS SE VERIFICA quando a matéria de fato ou de direito,


em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao
resultado obtido; (PGERO-2011) (MPSC-2016) (PGEAC-2017) (MPMG-2018) (Cartórios/TJDFT-2019)
(Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019)
        e) o DESVIO DE FINALIDADE SE VERIFICA quando o agente pratica o ato visando a fim
diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. (PGEES-2008)
(PGERO-2011) (PCAL-2012) (PCRJ-2012) (DPERR-2013) (PGEGO-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (PCTO-
2014) (MPSC-2016) (PGEAC-2017) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (MPMG-2012/2017/2018) (PCSP-2018)
(Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019) (TJMA-2022)

(MPMG-2018): De acordo com a Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965, são nulos os atos lesivos ao
patrimônio, nos casos de incompetência, vício de forma, ilegalidade do objeto, inexistência dos
motivos e desvio de finalidade. Segundo a referida Lei, a incompetência fica caracterizada quando
o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; o vício de forma consiste na
omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência
ou seriedade do ato; a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação
de lei, regulamento ou outro ato normativo; a inexistência dos motivos se verifica quando a
matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou
juridicamente inadequada ao resultado obtido; e o desvio de finalidade se verifica quando o
agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra
de competência. BL: art. 1º e §2º da LAP.

        Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, ou das
entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas especificações do artigo
anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais, enquanto compatíveis com a natureza deles.

        Art. 4º SÃO TAMBÉM NULOS os seguintes atos ou contratos, praticados ou celebrados por
quaisquer das pessoas ou entidades referidas no art. 1º.

        I - A admissão ao serviço público remunerado, com desobediência, quanto às condições de


habilitação, das normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais. (PGM-Boa
Vista/RR-2019)

(PGM-Boa Vista/RR-2019-CESPE): No item a seguir é apresentada uma situação hipotética


seguida de uma assertiva a ser julgada a respeito de ação popular: Após tomar posse, o prefeito
nomeou para exercer o cargo de motorista do seu gabinete o seu sobrinho. Nessa situação, para a
anulação da referida nomeação, um instrumento processual adequado é a ação popular. BL: art.
4º, I, LAP.

        II - A operação bancária ou de crédito real, quando:

        a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, estatutárias, regimentais ou
internas;

        b) o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor FOR inferior ao constante de escritura,
contrato ou avaliação. (MPMG-2012) (MPSC-2012)

(MPMG-2012): Em matéria de ação popular, é correto afirmar: É nulo o ato jurídico cujo valor real
do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior ao constante de escritura, contrato ou avaliação.
BL: art. 4º, II, “b”, LAP.

(MPSC-2012): Segundo a lei 4717/65, podem ser declarado nulos, atos ou contratos, praticados ou
celebrados por quaisquer das pessoas ou entidades referidas na lei, que realizarem operação
bancária ou de crédito real, quando o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior
ao constante de escritura, contrato ou avaliação. BL: art. 4º, II, “b”, LAP.

        III - A empreitada, a tarefa e a concessão do serviço público, quando:

        a) o respectivo contrato houver sido celebrado sem prévia concorrência pública ou
administrativa, sem que essa condição seja estabelecida em lei, regulamento ou norma geral;

        b) no edital de concorrência forem incluídas cláusulas ou condições, que comprometam o seu
caráter competitivo;

        c) a concorrência administrativa for processada em condições que impliquem na limitação das
possibilidades normais de competição.
        IV - As modificações ou vantagens, inclusive prorrogações que forem admitidas, em favor do
adjudicatário, durante a execução dos contratos de empreitada, tarefa e concessão de serviço público,
sem que estejam previstas em lei ou nos respectivos instrumentos.,

        V - A compra e venda de bens móveis ou imóveis, nos casos em que não cabível concorrência
pública ou administrativa, quando:

        a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, ou constantes de instruções
gerais;

        b) o preço de compra dos bens for superior ao corrente no mercado, na época da operação;

        c) o preço de venda dos bens for inferior ao corrente no mercado, na época da operação.

        VI - A concessão de licença de exportação ou importação, qualquer que seja a sua


modalidade, quando: (Cartórios/TJMG-2015)

        a) houver sido praticada com violação das normas legais e regulamentares ou de instruções e
ordens de serviço; (Cartórios/TJMG-2015)

        b) resultar em exceção ou privilégio, em favor de exportador ou importador . (Cartórios/TJMG-


2015)

        VII - A operação de redesconto quando sob qualquer aspecto, inclusive o limite de valor,
desobedecer a normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais.

        VIII - O empréstimo concedido pelo Banco Central da República, quando:

        a) concedido com desobediência de quaisquer normas legais, regulamentares,, regimentais ou


constantes de instruções gerias:

        b) o valor dos bens dados em garantia, na época da operação, for inferior ao da avaliação.

        IX - A emissão, quando efetuada sem observância das normas constitucionais, legais e
regulamentadoras que regem a espécie.

(MPMG-2014): Sobre a ação popular, é correto dizer: É cabível para a proteção da moralidade
administrativa, ainda que inexistente o dano material ao patrimônio público, ou seja, a lesão tanto
pode ser efetiva quanto legalmente presumida, pois que a lei estabelece casos de presunção de
lesividade, para os quais basta a prova da prática do ato naquelas circunstâncias para considerar-
se lesivo e nulo de pleno direito. BL: art. 4º, da LAP e art. 5º, inciso LXXIII, CF e Entend.
Jurisprud.

#Atenção: #STJ e STF: #PGEPE-2009: #TCDF-2012: #MPPI-2012: #MPMS-2013: #DPEDF-2013:


#PGEPR-2015: #TJDFT-2016: #PGM-POA/RS-2016: #Cartórios/TJRJ-2017: #MPMG-2014/2019:
#MPSP-2019: #DPEMG-2019: #TJSP-2021: #DPEGO-2021: #PGEMS-2021: #CESPE: #FCC:
#FGV: #Fundatec: #PUCPR: #VUNESP: ##STJ: Em que pese a existência de divergência
jurisprudencial a respeito no passado, entendendo o STF pela possibilidade de ajuizamento de
ação popular tão somente para a defesa da moralidade administrativa, independentemente da
demonstração, pelo autor, de o ato administrativo contestado ter causado prejuízo ao erário, e
entendendo o STJ pela necessidade de demonstração de ambos, nos dias atuais, as Cortes
Superiores se alinharam, prevalecendo o entendimento emanado pelo STF, senão vejamos: “A
jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que é cabível a ação civil pública na defesa da
moralidade administrativa, ainda que inexista dano material ao patrimônio público.” (STJ. 2ª T.
AgRg no REsp 774.932/GO, Rel. Min Eliana Calmon, j. 13/3/07,). Mais recentemente, a Corte,
assim se pronunciou: “(...) a ação popular é cabível para a proteção da moralidade
administrativa, ainda que inexistente o dano material ao patrimônio público, porquanto a lesão
tanto pode ser efetiva quanto legalmente presumida, visto que a Lei 4.717/65 estabelece casos de
presunção de lesividade (art. 4º), para os quais basta a prova da prática do ato naquelas
circunstâncias para considerar-se lesivo e nulo de pleno direito”. (STJ. 1ª T., AgRg no REsp
1504797/SE, Rel. Min. Benedito Gonçalves, j. 24/05/16). #Reperc. Geral/STF – Tema 836: Não é
condição para o cabimento da ação popular a demonstração de prejuízo material aos cofres
públicos, dado que o art. 5º, inciso LXXIII, da CF estabelece que qualquer cidadão é parte
legítima para propor ação popular e impugnar, ainda que separadamente, ato lesivo ao
patrimônio material, moral, cultural ou histórico do Estado ou de entidade de que ele participe.
STF. Plenário. ARE 824781 RG, Min. Rel. Dias Toffoli, j. 27/08/15.
(DPEGO-2021-FCC): A ação popular pode ser ajuizada por cidadão para impugnar ato lesivo ao
patrimônio público, seja no aspecto legal ou moral. BL: art. 4º, da LAP e art. 5º, inciso LXXIII, CF e
Entend. Jurisprud (Tema 836 – Reperc. Geral).
(PGEMS-2021-CESPE): A respeito dos remédios constitucionais, assinale a opção correta: O
cabimento da ação popular prescinde da demonstração de prejuízo aos cofres públicos. BL: art. 4º,
da LAP e art. 5º, inciso LXXIII, CF e Entend. Jurisprud.
(MPMG-2019): Assinale a alternativa correta: É dispensável a demonstração de prejuízo material ao
erário para o ajuizamento da ação popular, sendo suficiente a verificação da ilegalidade do ato
administrativo por ofensa a normas específicas ou desvios dos princípios da Administração Pública.
BL: art. 4º, da LAP e art. 5º, inciso LXXIII, CF e Entend. Jurisprud.
(TCDF-2012-CESPE): De acordo com a jurisprudência do STJ, a ação popular será cabível para a
proteção da moralidade administrativa, mesmo quando não houver dano material ao patrimônio
público. BL: art. 4º, da LAP e art. 5º, inciso LXXIII, CF e Entend. Jurisprud.

DA COMPETÊNCIA

        Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, É COMPETENTE para conhecer da ação,
processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para
as causas que INTERESSEM à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município. (PGECE-
2008) (PGEPB-2008) (PGEPE-2009) (MPPR-2011) (MPMT-2012) (MPPI-2012) (DPESE-2012) (PCRJ-2012)
(DPERR-2013) (MPPR-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (DPERN-2015) (PGEPR-2015) (PCDF-2015) (TJDFT-
2014/2016) (TRF4-2016) (Cartórios/TJRJ-2017) (DPERS-2018) (DPEMG-2019) (MPGO-2022)

#Atenção: #STF: #Doutrina: #PGECE-2008: #PGEPB-2008: #PGEPE-2009: #MPPI-2012:


#DPESE-2012: #PCRJ-2012: #MPPR-2014: #Cartórios/TJDFT-2014: #DPERN-2015: #PCDF-2015:
#TJDFT-2014/2016: #TRF4-2016: #Cartórios/TJRJ-2017: #DPERS-2018: #DPEMG-2019: #MPGO-
2022: #CESPE: #FCC: #FMP: Nos casos de ação popular movida contra o Presidente da República,
a competência originária para o seu julgamento não é do STF, pois não há previsão no art. 102 da
CF, que conta com rol taxativo (regime de direito estrito). Nesse sentido, vejamos os seguintes
julgados do STF: “A competência para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade, até
mesmo do Presidente da República, é, via de regra, do juízo competente de primeiro grau .
Precedentes. Julgado o feito na 1ª instância, se ficar configurado o impedimento de mais da metade dos
desembargadores para apreciar o recurso voluntário ou a remessa obrigatória, ocorrerá a competência do
STF, com base na letra “n” do inciso I, segunda parte, do art. 102 da CF” (STF. Plenário. AO 859 QO,
Rel. Min. Ellen Gracie, Rel. p/ Ac. Maurício Corrêa, j. 11/10/01). (...) “ O Supremo Tribunal
Federal - por ausência de previsão constitucional - não dispõe de competência originária para
processar e julgar ação popular promovida contra qualquer órgão ou autoridade da República,
mesmo que o ato cuja invalidação se pleiteie tenha emanado do Presidente da República, das
Mesas da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, ou, ainda, de qualquer dos Tribunais
Superiores da União. Jurisprudência. Doutrina. NÃO CABE AÇÃO POPULAR CONTRA ATOS DE
CONTEÚDO JURISDICIONAL. - Revela-se inadmissível o ajuizamento de ação popular em que se postule
a desconstituição de ato de conteúdo jurisdicional (AO 672-DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO). - Os atos
de conteúdo jurisdicional - precisamente por não se revestirem de caráter administrativo - estão excluídos do
âmbito de incidência da ação popular, notadamente porque se acham sujeitos a um sistema específico de
impugnação, quer por via recursal, quer mediante utilização de ação rescisória. Doutrina. Jurisprudência.
Tratando-se de ato de índole jurisdicional, cumpre considerar que este, ou ainda não se tornou definitivo -
podendo, em tal situação, ser contestado mediante utilização dos recursos previstos na legislação processual
-, ou, então, já transitou em julgado, hipótese em que, havendo decisão sobre o mérito da causa, expor-se-á à
possibilidade de rescisão (CPC, art. 485)”. STF. 2ª T., Pet 2018 AgR, Rel. Min. Celso de Mello, j.
22/08/00. Em relação à ação popular, Pedro Lenza explica que “as regras de competência
dependerão da origem do ato ou omissão a serem impugnados. Para exemplificar, se o patrimônio
lesado for da União, competente será a Justiça Federal e assim por diante. Cabe alertar que a competência
para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade, até mesmo do Presidente da República é, em
regra, do juízo competente de primeiro grau [...] pode ocorrer que, fugindo à regra geral da competência do
juízo de primeiro grau, caracterize-se a competência originária do STF para o julgamento da ação popular,
como nas hipóteses das alíneas f e n do art. 102, I, da CF.” (LENZA, 2013, p. 1136).
(TRF4-2016): Assinale a alternativa correta: O STF, por ausência de previsão constitucional, não
dispõe de competência originária para processar e julgar ação popular promovida contra qualquer
órgão ou autoridade da República, mesmo que o ato hostilizado tenha emanado do próprio
Presidente da República, ou das Mesas da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, ou ainda
de qualquer dos Tribunais Superiores da União. BL: Entend. Doutr. e Jurisprud.
        § 1º PARA FINS DE COMPETÊNCIA, EQUIPARAM-SE atos da União, do Distrito Federal,
do Estado ou dos Municípios os atos das pessoas criadas ou mantidas por essas pessoas jurídicas
de direito público, bem como os atos das sociedades de que elas sejam acionistas e os das pessoas
ou entidades por elas subvencionadas ou em relação às quais tenham interesse patrimonial.
(PGERO-2011) (PGEMS-2021)

        § 2º Quando o pleito INTERESSAR SIMULTANEAMENTE à União e a qualquer outra


pessoas ou entidade, SERÁ COMPETENTE o juiz das causas da União, SE HOUVER; quando
INTERESSAR SIMULTANEAMENTE ao Estado e ao Município, SERÁ COMPETENTE o juiz das
causas do Estado, SE HOUVER. (MPMT-2012)

        § 3º A propositura da ação PREVENIRÁ a jurisdição do juízo para todas as ações, que
FOREM posteriormente intentadas contra as mesmas partes e sob os mesmos fundamentos.
(PGESE-2005) (TJPI-2012) (MPSC-2012) (DPEPA-2015)

(PGESE-2005-FCC): Sobre a ação popular, é CORRETO afirmar: a propositura da ação popular


previne a competência do juízo para todas as ações posteriores que tiverem os mesmos
fundamentos. BL: art. 5º, §3º, LAP.

        § 4º Na defesa do patrimônio público CABERÁ a SUSPENSÃO LIMINAR do ato lesivo


impugnado. (Incluído pela Lei nº 6.513, de 1977) (TCEMG-2005) (DPEPI-2009) (MPMS-2013) (MPPR-
2013) (Anal. Judic./TJAM-2019)

(TCEMG-2005-FCC): A ação popular, segundo a Lei n. 4.717/65, possibilita a suspensão liminar


do ato lesivo impugnado, na defesa do interesse público. BL: art. 5º, §4º, LAP.

#Atenção: Desde a Lei 6.513/77, é cabível liminar em ação popular, que acabou com a polêmica,
inserindo o §4º no art. 5º da Lei de Ação Popular.

DOS SUJEITOS PASSIVOS DA AÇÃO E DOS ASSISTENTES

        Art. 6º A ação SERÁ PROPOSTA contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades
referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que HOUVEREM
AUTORIZADO, APROVADO, RATIFICADO ou PRATICADO o ATO IMPUGNADO, ou que,
por omissas, TIVEREM DADO OPORTUNIDADE À LESÃO, e contra os beneficiários diretos do
mesmo. (PGECE-2008) (MPRO-2010) (MPPR-2011) (TJCE-2012) (TJMA-2013) (MPMS-2013) (MPMT-
2014) (DPEPR-2014) (MPAM-2015) (MPDFT-2015) (DPEPA-2015) (DPESP-2015) (TJAM-2016) (DPERO-
2017) (TRF2-2017) (MPBA-2018) (MPMG-2010/2017/2019) (TCEAM-2021) (DPEMS-2022) (PGERO-2022)
(TCESC-2022)

(Anal. Judic./TRETO-2017-CESPE): Em razão da existência de ato lesivo ao patrimônio público,


determinado cidadão propôs ação popular e incluiu no polo passivo da ação o gestor público e a
pessoa jurídica de direito público responsáveis pelo ato, além dos particulares supostamente
beneficiados. Nessa situação hipotética, o litisconsórcio formado no polo passivo da ação popular
deve ser classificado como necessário e simples. BL: art. 6º, LAP.

(MPMG-2014): Sobre as normas processuais aplicáveis à Ação Popular, pode-se afirmar: A ação
será proposta contra as pessoas públicas ou privadas relacionadas ao ato lesivo, contra as
autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou
praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os
beneficiários diretos do mesmo. BL: art. 6º, LAP.

(MPMG-2011): O cidadão "A" propôs ação popular contra o prefeito, o vice-prefeito e os


vereadores do Município "B", visando a anular a resolução e os decretos da Câmara Municipal que
elevaram indevidamente os subsídios desses agentes políticos, bem como a condená-los a reparar
o prejuízo causado ao patrimônio público. Também figurou como réu o assessor jurídico da
Câmara Municipal que emitiu o parecer no qual se alicerçaram os referidos atos normativos. Esse
cúmulo subjetivo no polo passivo da ação configura litisconsórcio necessário simples. BL: art. 6º,
LAP.
#Atenção: #STJ: #DPESP-2015: #FCC: Segundo o STJ, em se tratando de ação popular, que tem
por objeto a desconstituição de ato jurídico, por força da disposição legal (art. 6º da Lei 4.717/65),
estabelece-se o litisconsórcio necessário, mas não unitário, porquanto, visando a ação a
desconstituição de ato administrativo, poder-se-á mostrar prescindível a presença no polo passivo
do agente que, embora tenha se beneficiado do ato impugnado, não participou de sua elaboração.
(...) (STJ, Resp 258122/PR, Rel. Min. João Otávio de Noronha, DJ 05/06/2007).

#Atenção: #MPSE-2010: #DPESP-2015: #CESPE: #FCC: “O litisconsórcio passivo decorrente do art.


6.º é facultativo ou necessário, unitário ou simples? Para análise de tal questão, é imperioso perscrutar a
natureza dos pedidos e dos respectivos capítulos da sentença ligados a cada um deles pelo princípio da
congruência. Também é mister examinar o art. 11 da LAP, que proclama que “a sentença que, julgando
procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado condenará ao pagamento de perdas e
danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os
funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa” (destacamos). Em toda ação popular, sempre
haverá um pedido de invalidação do ato, visando a um provimento de natureza desconstitutiva ou
declaratória negativa. E, nos casos em que houver necessidade, seja para reparar o dano, seja para afastar
o risco de dano, haverá também pedido visando a um provimento de natureza condenatória. Para que a ação
seja viável em relação ao pedido de invalidação, será necessário incluir no polo passivo todos os que atuaram
na formação do ato impugnado, até porque sua invalidação produzirá como efeito a recondução ao statu quo
ante de todas as partes que nele figuraram. Assim, nesse ponto, haverá litisconsórcio necessário e unitário.
No tocante ao capítulo condenatório, o litisconsórcio não será necessário. Ora, como se trata de
responsabilidade por ato ilícito, haverá solidariedade entre os responsáveis, de modo que o autor poderá optar
por incluir como réus apenas os responsáveis ou beneficiários com melhores condições econômicas para arcar
com os custos da reparação do dano, até para limitar o número de réus, facilitando o andamento processual.
De outro lado, o próprio art. 11 ressalva àqueles que forem responsabilizados na ação popular o direito de se
voltarem em ações de regresso contra funcionários com culpa (aqui em sentido lato, incluindo o dolo). Logo,
a própria lei acena com a facultatividade da inclusão de todos os responsáveis no polo passivo da ação
popular. Além de facultativo, o litisconsórcio no capítulo condenatório será simples, uma vez que a sentença
não necessariamente será idêntica em relação a todos os réus, podendo vir a condenar alguns, e a outros não.
Aliás, tratando-se de ato lesivo ao erário, a entidade lesada, mesmo havendo figurado como ré, jamais poderá
ser condenada à reparação do dano: afinal, seria logicamente impossível que ela reparasse seu prejuízo
econômico por meio de seus próprios recursos financeiros. Nesse caso, os demais responsáveis e os
beneficiários diretos, pessoas físicas ou jurídicas, é que serão condenados a repará-lo. É importante ressaltar,
porém, que o litisconsórcio passivo (seja o necessário, seja o facultativo) inicialmente formado poderá,
eventualmente, não perdurar. É que a entidade de direito público ou privado, cujo ato seja objeto de
impugnação, uma vez citada, poderá preferir atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao
interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente (§ 3.º do art. 6.º da LAP). Feita essa
opção, a entidade deixará o polo passivo, e passará a ser assistente do autor.” (Fonte: Interesses difusos e
coletivos esquematizado; Adriano Andrade, Cleber Masson, Landolfo Andrade – 5. Ed. Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014, p. 290/291).

(PGERS-2010-Fundatec): João e outros ingressaram com ação popular, alegando nulidades em


concurso público realizado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. No polo
passivo, incluíram tão somente o Deputado Estadual Presidente da Assembleia Legislativa. Foi
proferida sentença de procedência, determinando a anulação do certame. Em sede de apelação,
mostra-se correto arguir que a sentença deve ser anulada por não ter havido a citação, como
litisconsorte necessária, da pessoa jurídica de direito público ao qual o Presidente da Assembleia
está vinculado, qual seja, o Estado do Rio Grande do Sul. BL: art. 6º, LAP.

#Atenção: Sabe-se que o litisconsórcio é considerado necessário quando a presença de mais de


uma parte no polo passivo da ação é essencial para que o processo se desenvolva validamente em
direção ao provimento final de mérito, podendo a essencialidade decorrer da própria natureza da
relação jurídica ou de exigência legal, como ocorre no caso em tela (art. 6º, Lei 4.717/65). Devendo
ser citada para a ação tanto a autoridade responsável pela prática do ato quanto a pessoa jurídica a
que esteja vinculada, devem ser citados para compor o polo passivo da ação o presidente da
assembleia legislativa e o Estado cujo poder legislativo compõe, haja vista a natureza de órgão
público da própria assembleia, despido de personalidade jurídica. Não tendo sido uma das partes
citada, deve a sentença ser anulada pois, sendo matéria de ordem pública, deve ser conhecida a
qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição, não se sujeitando à preclusão. Além disso, de
acordo com o STJ (REsp 1095370 / SP) "doutrina e jurisprudência consideram ser impositiva, em sede de
ação popular, a formação de litisconsórcio necessário entre a autoridade que tenha provocado a suposta lesão
ao patrimônio público e a pessoa jurídica que pertence o respectivo órgão".
        § 1º SE NÃO HOUVER benefício direto do ato lesivo, ou SE FOR ele indeterminado ou
desconhecido, a ação será proposta somente contra as outras pessoas indicadas neste artigo.
(MPMG-2010) (PGEPR-2011)

        § 2º No caso de que trata o inciso II, item "b", do art. 4º, quando o valor real do bem for inferior
ao da avaliação, citar-se-ão como réus, além das pessoas públicas ou privadas e entidades referidas
no art. 1º, apenas os responsáveis pela avaliação inexata e os beneficiários da mesma.

        § 3º A PESSOAS JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO ou DE DIREITO PRIVADO, cujo ato


seja objeto de impugnação, PODERÁ ABSTER-SE DE CONTESTAR o pedido, ou PODERÁ
ATUAR ao lado do autor, desde que isso SE AFIGURE útil ao interesse público, a juízo do
respectivo representante legal ou dirigente. (PGECE-2008) (PGESP-2009) (AGU-2009) (PGEPR-2011)
(MPSC-2012) (MPDFT-2013) (MPMS-2013) (MPMT-2014) (TJPB-2015) (DPU-2015) (MPSP-
2005/2011/2017) (MPRS-2017) (DPERO-2017) (TRF2-2017) (DPERS-2018) (MPMG-2010/2011/2017/2019)
(TCEAM-2021)

#Atenção: #DPU-2015: #CESPE: A teor do que dispõe o art. 6º, §3º da LAP, não há um prazo
certo para que a pessoa cujo ato foi impugnado requeira a sua migração para o polo ativo da
ação, mas, tão somente, abre oportunidade para que o faça.

#Atenção: #TRF5-2013: #DPU-2015: #MPMG-2019: #CESPE: O STJ admite a migração da pessoa


jurídica de direito público do polo passivo para o ativo, mesmo após o oferecimento de
contestação: "O deslocamento de pessoa jurídica de Direito Público do polo passivo para o ativo
na Ação Popular é possível, desde que útil ao interesse público, a juízo do representante legal ou do
dirigente, nos moldes do art. 6º, § 3º, da Lei 4.717/65. 3. Não há falar em preclusão do direito, pois,
além de a mencionada lei não trazer limitação quanto ao momento em que deve ser realizada a
migração, o seu art. 17 preceitua que a entidade pode, ainda que tenha contestado a ação, proceder à
execução da sentença na parte que lhe caiba, ficando evidente a viabilidade de composição do
pólo ativo a qualquer tempo. Precedentes do STJ." (REsp 945238/SP, 2ª T. Rel. Min. Herman
Benjamin, unânime, DJe 20/04/09). Vejamos, agora, julgado do STJ mais recente sobre o tema:
“ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. NÃO HÁ PRECLUSÃO NA MIGRAÇÃO DE
POLO DA AÇÃO PELO ENTE PÚBLICO QUE INICIALMENTE HAVIA APRESENTADO
CONTESTAÇÃO. 2. No tocante à migração de polo da ação do Ente Público, efetivamente, se trata de
inovação recursal. Por outro lado, a jurisprudência desta Corte é firme de que não se opera a preclusão,
devendo se levar em conta, todavia, o interesse público a fundamentar a postura prevista no art.
6º, § 3º da Lei 4.717/65. (STJ, AgRg no REsp 1162049/SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, 1ª
T, j. 1/3/16).
(MPMG-2019): Assinale a alternativa correta: Na ação popular, o deslocamento de pessoa jurídica de
Direito Público do polo passivo para o polo ativo é possível, desde que útil ao interesse público,
inexistindo preclusão para que ocorra tal migração. BL: Entend. Jurisprud.
(TRF5-2013-CESPE): Segundo o STJ, no âmbito da ação popular, é possível que a entidade pública,
mesmo após ter contestado ou ter se mantido inerte, se retrate do posicionamento anteriormente
tomado e passe a atuar como assistente do autor, ainda que já saneado o feito. BL: Entend.
Jurisprud.

(TCEAM-2021-FGV): No que concerne à ação popular, é correto afirmar que: a pessoa jurídica
cujo ato seja impugnado pode deixar de contestar e associar-se em litisconsórcio com o autor
popular. BL: art. 6º, §3º, LAP.

(Anal. Judic./TJSC-2018-FGV): A medida judicial em que, de acordo com a legislação de regência,


a pessoa jurídica de direito público, depois de integrada à lide, pode se abster de contestar, e até
aderir ao pleito autoral, é: ação popular. BL: art. 6º, §3º, LAP.

(DPEPR-2014-UFPR): Assinale a alternativa correta: Na ação popular, a entidade pública cujo ato
seja objeto de impugnação poderá abster-se de contestar o pedido ou atuar ao lado do autor. BL:
art. 6º, §3º, LAP.

(MPSC-2010): A pessoa jurídica de direito público, cujo ato seja objeto da ação popular, citada,
pode atuar ao lado do autor, aderindo à inicial, caso se afigure útil ao interesse público. BL: art. 6º,
§3º, LAP.

(AGU-2009-CESPE): Com relação ao controle jurisdicional da administração pública, julgue o item


que se segue: A Lei 4.717/1965 possibilita que a AGU se abstenha de contestar o pedido
formulado em uma ação popular, podendo ainda atuar ao lado da parte autora, desde que isso se
afigure útil ao interesse público. BL: art. 6º, §3º, LAP.

        § 4º O Ministério Público ACOMPANHARÁ A AÇÃO, CABENDO-LHE APRESSAR a


produção da prova e PROMOVER a responsabilidade, CIVIL ou CRIMINAL, dos que nela
incidirem, SENDO-LHE VEDADO, em qualquer hipótese, ASSUMIR a defesa do ato impugnado
ou dos seus autores. (MPSP-2005) (AGU-2009) (MPRO-2010) (TRF3-2011) (TRF5-2011) (TJCE-2012)
(MPTO-2012) (DPEAC-2012) (Cartórios/TJRR-2013) (MPAM-2015) (MPMS-2015) (TJDFT-2011/2016)
(MPSC-2016) (MPRR-2017) (MPBA-2018) (PCBA-2018) (MPPR-2011/2012/2019) (MPMG-
2010/2014/2017/2018/2019) (DPEMG-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPDFT-2015/2021) (DPERJ-2021)
(PGEMS-2021) (TJMG-2022)

(MPPR-2019): Nos termos da Lei da Ação Popular, assinale a alternativa correta: Ao MP é vedado,
em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado. BL: art. 6º, §4º, LAP.

(TRF3-2011-CESPE): No que se refere a direitos e garantias fundamentais, instrumentos de tutela


desses direitos e inafastabilidade do controle judicial, assinale a opção correta: O MP deve
acompanhar a ação popular, cabendo-lhe apressar a produção de provas e promover a
responsabilidade civil ou criminal dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer
hipótese, assumir a defesa do ato impugnado. BL: art. 6º, §4º, LAP.

        § 5º É FACULTADO a qualquer cidadão HABILITAR-SE como LITISCONSORTE ou


ASSISTENTE do autor da ação popular. (PFN-2007) (MPRO-2010) (PGEGO-2010) (TJDFT-2011)
(TRF3-2011) (TJPI-2012) (MPRS-2012) (TCDF-2012) (DPEMS-2014) (PGEBA-2014) (DPEPA-2015)
(DPESP-2015) (PCBA-2018) (Cartórios/TJSC-2019) (TCEAM-2021)

#Atenção: O art. 6º, §5º da LAP não fixa marco temporal para a formação do litisconsórcio. Além
disso, não precisa de concordância do autor da ação.

#Atenção: É hipótese de litisconsórcio ativo facultativo unitário.

#Atenção: #STJ: #Cartórios/TJSC-2019: Ausência de violação da garantia constitucional do Juiz


Natural com o ingresso de terceiros após o ajuizamento da ação popular: Segundo o STJ, a Lei
4.717/65 (que regulamenta a Ação Popular) faculta a qualquer cidadão habilitar-se como
litisconsorte ou assistente do autor da ação (art. 6º, § 5º), culminando em hipótese expressa de
litisconsórcio ativo facultativo ulterior. No caso concreto, os requerentes, após o julgamento, pela
1ª Turma, do recurso especial interposto pela Municipalidade, formularam o pedido de
habilitação, como litisconsortes ativos, na ação popular, cuja sentença de procedência parcial foi
confirmada pelo Tribunal de origem, tendo sido declarada a nulidade do Decreto Municipal
62/03, que viabilizou a cobrança de "Taxa de Iluminação Pública", ao fixar sua base de cálculo e
alíquota. Consequentemente, não se vislumbra óbice legal à habilitação de qualquer cidadão
como litisconsorte ativo na presente ação popular, por força do disposto no art. 6º, § 5º, da Lei
4.717/65, cuja ulterioridade decorre de interpretação lógica. Outrossim, é certo que o ingresso
dos requerentes na ação popular não enseja desrespeito à garantia constitucional do Juiz
Natural. (AgRg no REsp 776.848/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, j. 22/06/10)

(PGERO-2022-CESPE): Assinale a alternativa correta: Na ação popular, faculta-se a qualquer


cidadão se habilitar como litisconsorte ou assistente do autor. BL: art. 6º, §5º, LAP.

(MPSP-2017): Com relação à ação popular em defesa do patrimônio público, é correto afirmar que
qualquer cidadão pode habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular. BL:
art. 6º, §5º, LAP.

(MPMG-2017): Assinale a alternativa correta: A admissão da intervenção de terceiro em ação


popular, na qualidade de assistente litisconsorcial do autor, pressupõe a presença de interesse
jurídico na causa, o qual será aferido à luz do objeto litigioso do processo. BL: art. 6º, §5º, LAP c/c
art. 119 e art. 124, CPC/15.1

#Atenção: A Lei 4.717/65 que disciplina a ação popular, prevê no seu artigo 6º, § 5º, que é
facultado a qualquer cidadão se habilitar como litisconsorte ou assistente do autor de ação
popular. Conclui-se da leitura dos arts. 119 e 124 do CPC/15 que para que a assistência seja
possível, é necessário existir interesse jurídico.

DO PROCESSO

        Art. 7º A ação obedecerá ao PROCEDIMENTO ORDINÁRIO, previsto no Código de Processo


Civil, observadas as seguintes normas modificativas: (DPESE-2022)

(DPESE-2022-CESPE): Sob o aspecto processual, a ação popular é uma ação civil regida, em regra,
pelo procedimento ordinário. BL: art. 7º, caput, LAP.

        I - Ao despachar a inicial, o juiz ORDENARÁ:

        a) além da citação dos réus, a intimação do representante do Ministério Público; (DPEAC-2012)
(Anal. Judic./TRF1-2017) (MPDFT-2021)

(MPPR-2019): Nos termos da Lei da Ação Popular, assinale a alternativa correta: Ao despachar a
inicial, o juiz deverá ordenar a intimação do representante do MP. BL: art. 7º, I, “a”, LAP.

        b) a requisição, às entidades indicadas na petição inicial, dos documentos que tiverem sido
referidos pelo autor (art. 1º, § 6º), bem como a de outros que se lhe afigurem necessários ao
esclarecimento dos fatos, FICANDO prazos de 15 (quinze) a 30 (trinta) dias para o atendimento.
(MPDFT-2021)

        § 1º O REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO PROVIDENCIARÁ para que as


requisições, a que se refere o inciso anterior, SEJAM ATENDIDAS dentro dos prazos fixados pelo
juiz. (MPMG-2014/2018) (MPDFT-2021)

        § 2º Se os documentos e informações NÃO PUDEREM SER OFERECIDOS nos prazos


assinalados, o juiz PODERÁ AUTORIZAR PRORROGAÇÃO dos mesmos, por prazo razoável.

        II - Quando o autor o preferir, a citação dos beneficiários far-se-á por edital com o prazo de 30
(trinta) dias, afixado na sede do juízo e publicado três vezes no jornal oficial do Distrito Federal, ou
da Capital do Estado ou Território em que seja ajuizada a ação. A publicação será gratuita e deverá
iniciar-se no máximo 3 (três) dias após a entrega, na repartição competente, sob protocolo, de uma
via autenticada do mandado.

        III - Qualquer pessoa, beneficiada ou responsável pelo ato impugnado, CUJA existência ou
identidade SE TORNE CONHECIDA NO CURSO DO PROCESSO e ANTES DE PROFERIDA A
SENTENÇA FINAL de primeira instância, DEVERÁ SER CITADA para a integração do
contraditório, sendo-lhe restituído o prazo para contestação e produção de provas, Salvo, quanto a
beneficiário, se a citação se houver feito na forma do inciso anterior. (TJPI-2012) (MPSP-2017)

        IV - O prazo de contestação é de 20 (vinte) dias, PRORROGÁVEIS por mais 20 (vinte), a


requerimento do interessado, se particularmente difícil a produção de prova documental, e será
comum a todos os interessados, CORRENDO da entrega em cartório do mandado cumprido, ou,
quando for o caso, do decurso do prazo assinado em edital. (PGESE-2005) (MPSC-2010) (MPAL-2012)
(DPEMG-2014) (PGM-Fortaleza/CE-2017) (PGEPE-2018) (TJMG-2022)

(TJMG-2022-FGV): Em relação à ação popular, é correto afirmar que o prazo para contestar será
de 20 (vinte) dias prorrogável por igual período. BL: art. 7º, §2º, IV, LAP.

#Atenção: #PGESE-2005: #PGM-Fortaleza/CE-2017: #PGEPE-2018: #CESPE: #FCC: Segundo

1
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a
sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la. Parágrafo único. A
assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o
assistente o processo no estado em que se encontre. (...) Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte
principal o assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
Leonardo Carneiro da Cunha, o prazo para contestar na ação popular é de 20 dias, prorrogáveis
por mais 20 (vinte), sendo comum a todos os interessados. Sendo o prazo comum, não se aplica o
prazo em dobro para a Fazenda Pública. (Fonte: A Fazenda Pública em Juízo - Leonardo Carneiro
da Cunha - 2016, p. 47). Desse modo, o art. 183, do CPC/2015 somente se aplica quando não
houver regra própria quanto ao prazo. Assim, a lei 4.717/1965 prevê o prazo de 20 dias para
contestar a ação popular, não se podendo falar em prazo em dobro, por haver prazo próprio.
(PGEPE-2018-CESPE): O benefício da contagem em dobro do prazo para manifestações da fazenda
pública não se aplica para a contestação em ação popular. BL: art. 7º, §2º, IV, LAP.
(PGESE-2005-FCC): Sobre a ação popular, é correto afirmar: os integrantes do ato impugnado são
litisconsortes necessários e o prazo para contestar será comum de 20 dias, podendo ser prorrogáveis
por mais 20 dias. BL: art. 7º, §2º, IV, LAP.

(DPEMG-2014): Sobre ação popular, assinale a alternativa correta: O prazo de contestação é de 20


dias, prorrogável por mais 20, a requerimento do interessado, se particularmente difícil a
produção de prova documental, e será comum a todos os interessados, correndo da entrega em
cartório do mandado cumprido ou, quando for o caso, do decurso do prazo assinado em edital.
BL: art. 7º, §2º, IV, LAP.

(MPAL-2012-FCC): A respeito da ação popular, considere: O prazo para contestação é de vinte


dias, prorrogáveis por mais vinte, a requerimento do interessado, se particularmente difícil a
produção de prova documental. BL: art. 7º, §2º, IV, LAP.

        V - Caso não requerida, até o despacho saneador, a produção de PROVA TESTEMUNHAL ou
PERICIAL, o juiz ordenará vista às partes por 10 (dez) dias, para alegações, sendo-lhe os autos
conclusos, para sentença, 48 (quarenta e oito) horas após a expiração desse prazo; havendo
requerimento de prova, o processo tomará o rito ordinário. (MPSC-2012) (Anal. Judic./TRF1-2017)

#Atenção: Na ação popular, em regra, a produção de prova testemunhal poderá ser requerida até
o despacho saneador (art. 7º, V, Lei 4.717/65), momento anterior ao início da instrução probatória.
O saneamento do processo, no regime do CPC revogado era feito por ato judicial que a doutrina
denominou despacho saneador; na verdade não era despacho, mas decisão interlocutória. O atual
CPC, no art. 357, caput, denominou este ato do juiz de decisão de saneamento e organização do
processo, que consiste num juízo positivo de admissibilidade relativamente à ação e a um juízo
positivo no que tange à validade do processo (Elpídio Donizetti, Curso Didático de Direito
Processual Civil, 20ª Ed., Atlas, 2017, p. 634).

#Atenção: PROVA TESTEMUNHAL E PERICIAL NA AÇÃO POPULAR:


- Caso não requerida até o SANEAMENTO  vistas às partes por 10 DIAS;
- Findo o prazo  concluso ao juiz para a SENTENÇA em 48 HORAS;
- Requerida a prova testemunhal ou pericial  processo segue o rito ORDINÁRIO;

        VI - A sentença, quando não prolatada em audiência de instrução e julgamento, deverá ser
proferida dentro de 15 (quinze) dias do recebimento dos autos pelo juiz.

        Parágrafo único. O proferimento da sentença além do prazo estabelecido privará o juiz da
inclusão em lista de merecimento para promoção, durante 2 (dois) anos, e acarretará a perda, para
efeito de promoção por antigüidade, de tantos dias quantos forem os do retardamento, salvo motivo
justo, declinado nos autos e comprovado perante o órgão disciplinar competente.

        Art. 8º Ficará sujeita à pena de desobediência, salvo motivo justo devidamente comprovado, a
autoridade, o administrador ou o dirigente, que deixar de fornecer, no prazo fixado no art. 1º, § 5º,
ou naquele que tiver sido estipulado pelo juiz (art. 7º, n. I, letra "b"), informações e certidão ou
fotocópia de documento necessários à instrução da causa.

        Parágrafo único. O prazo contar-se-á do dia em que entregue, sob recibo, o requerimento do
interessado ou o ofício de requisição (art. 1º, § 5º, e art. 7º, n. I, letra "b").

        Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, SERÃO
PUBLICADOS editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, FICANDO
ASSEGURADO a QUALQUER CIDADÃO, bem como ao REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO
PÚBLICO, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, PROMOVER o
prosseguimento da ação. (MPSP-2005) (PCDF-2005) (MPRO-2010) (TJBA-2012) (TJCE-2012) (MPGO-
2012) (MPMT-2012) (DPEES-2012) (DPESE-2012) (MPPR-2013) (DPESP-2013) (MPAC-2014) (DPECE-
2014) (MPAM-2015) (TJDFT-2016) (TRF3-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (MPMG-2014/2017/2018) (MPPB-
2018) (PGEPE-2018) (MPSC-2012/2019) (Anal./MPRJ-2019) (MPAP-2021) (MPDFT-2021) (PGEMS-2021)
(TCEAM-2021)

#Atenção: #MPGO-2012: #DPEES-2012: #MPDFT-2013: #DPESP-2013: #MPPB-2018: #CESPE:


#FCC: Princípio da Disponibilidade Motivada da Ação Coletiva ou Princípio da
Indisponibilidade Mitigada da Ação Coletiva (art. 5º, §3º da LACP e art. 9º da LAP): Segundo tal
princípio, a desistência infundada da ação coletiva ou o seu abandono são submetidos ao controle
por parte dos outros legitimados ativos e especialmente o Ministério Público, conforme
determinação legal do art. 5º, § 3º da LACP, que deverá, quando infundada a desistência, assumir
a titularidade da ação. Quando a desistência for levada a efeito pelo próprio órgão do Ministério
Público, o juiz, dela discordando, poderá aplicar analogicamente o disposto no artigo 28 do CPP,
submetendo a desistência ou o abandono ao conhecimento e apreciação do chefe da respectiva
Instituição do Ministério Púbico. (Fonte: DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil.
Salvador/BA: Editora Juspodivm, vol. IV, 4ª ed., 2009).
(MPPB-2018-FCC): Em ação coletiva, determinada associação legitimada passou a não mais
promover os atos e diligências que lhe competiam no decorrer do arco procedimental. Nesse caso, o
órgão do Ministério Público deverá fazer juízo de conveniência e oportunidade para concluir se deve
assumir a autoria da demanda ou mesmo dela desistir, pois é possível que a mesma se mostre
improcedente. BL: art. 5º, §3º, LACP e art. 9º, LAP.
(MPDFT-2013): Os colegitimados ativos à ação civil pública concorrem entre si no ajuizamento da
ação coletiva para defender em juízo situação jurídica da qual não são titulares. E, assim como nas
ações individuais, é previsível que o autor desista ou abandone a ACP. Sobre o tema, assinale a
alternativa correta: O princípio da disponibilidade motivada da ação coletiva, concretizador do
devido processo legal coletivo ou social, permite que o órgão ministerial não assuma a titularidade
de ação civil pública que o autor originário desistiu e que qualquer outro colegitimado não a
titularizou. BL: art. 5º, §3º, LACP e art. 9º, LAP.

(MPPR-2019): Nos termos da Lei da Ação Popular, assinale a alternativa correta: Se o autor
desistir da ação, serão publicados editais nos prazos e condições legais, sendo assegurado ao
representante do MP, dentro do prazo de 90 dias da última publicação feita, promover o
prosseguimento da ação. BL: art. 9º, LAP.

(MPMG-2014): Sobre as normas processuais aplicáveis à Ação Popular, pode-se afirmar: Se o


autor desistir da ação, fica assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do MP,
dentro do prazo de 90 dias da última publicação dos editais, promover o prosseguimento da ação.
BL: art. 9º, LAP.

(TRF2-2014): Em ação popular por ato lesivo ao patrimônio público federal, ocorrendo a situação
de abandono do processo (art. 9º da Lei 4.717/65), após intimação pessoal do cidadão autor, o juiz
deverá adotar a seguinte providência: Determinar a publicação de editais na forma prevista na
legislação da ação popular, a permitir que qualquer cidadão ou o MP assuma a ação no prazo
legal. Na eventualidade de não haver qualquer manifestação no sentido de assumir a ação, caberá
ao magistrado extinguir o processo sem resolução de mérito. BL: art. 9º, LAP.

(MPDFT-2011): Na ação popular, verificada a desistência do autor sem que nenhum eleitor
responda aos editais e habilite-se na causa, o MP poderá promover o prosseguimento da ação, não
se vinculando, contudo, ao pedido, podendo oficiar no sentido de sua improcedência. BL: art. 9º,
LAP e doutrina.

#Atenção: José Afonso da Silva explica que, por defender o interesse da sociedade de uma
maneira global, o MP pode voltar-se contra o autor popular, “nas hipóteses em que sob a capa de
defensor da comunidade, pratique atos danosos ao patrimônio jurídico-legal da comunidade ”
SILVA, José Afonso da. O Ministério Público nos processos oriundos do exercício da ação popular.
Revista dos Tribunais. São Paulo, vol. 366, ano 55, 1966, p.13). Do mesmo modo, Ruy Armando
Gessinger, citado por Mancuso, refere que “o MP deve atuar na ação popular como o requer o
interesse público, não a versão do autor. Não lhe cabe a automática obrigação de defender interesse de
quem o processo demonstre, afinal, não ter direito. É ele órgão da lei por determinação constitucional”.
(Apud. MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Ação Popular: proteção do erário público, do
patrimônio cultural e do meio ambiente. 5ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003, p. 229).

(MPSE-2010-CESPE): Com referência às ações constitucionais previstas na CF, assinale a opção


correta: Se o autor da ação popular dela desistir, o MP poderá, entendendo presentes os devidos
requisitos, dar-lhe prosseguimento. BL: art. 9º, LAP.
        Art. 10. As partes SÓ PAGARÃO CUSTAS e PREPARO a final. (MPSC-2010/2016) (PCBA-2018)

        Art. 11. A sentença que, julgando procedente a AÇÃO POPULAR, DECRETAR a invalidade do
ato impugnado, CONDENARÁ ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática
e os beneficiários dele, RESSALVADA a AÇÃO REGRESSIVA contra os funcionários causadores
de dano, quando INCORREREM em CULPA. (PCDF-2005) (MPAM-2007) (MPSE-2010) (TJPI-2012)
(MPSC-2012/2013) (MPDFT-2013) (DPECE-2014) (DPEMS-2014) (DPEPR-2014) (TJPB-2015) (TJAL-2015)
(TJDFT-2016) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJRJ-2017) (MPAP-2021)

#Atenção: #STF: #TJDFT-2016: #Cartórios/TJRJ-2017: #CESPE: #FGV: A decisão proferida em


ação popular é desprovida de força vinculante, em sentido técnico. Nesses termos, os
fundamentos adotados pela Corte não se estendem, de forma automática, a outros processos em
que se discuta matéria similar. Sem prejuízo disso, o acórdão embargado ostenta a força moral e
persuasiva de uma decisão da mais alta Corte do País, do que decorre um elevado ônus
argumentativo nos casos em se cogite da superação de suas razões. (STF. Plenário. Pet 3388-ED,
Rel. Min. Roberto Barroso, j. 23/10/13). Todavia, é correto afirmar que a decisão tomada em ação
popular, independentemente do órgão prolator, possui efeitos erga omnes, nos termos do art. 18 da
LAP, e ressalvada a hipótese de improcedência por insuficiência de provas.
(Cartórios/TJRJ-2017-FGV): Francisco e Clara, juridicamente responsáveis pelo Lar dos Bichos,
instituição sem finalidade lucrativa que dá acolhida a animais abandonados, decidiram ajuizar ação
popular em face do Presidente da República diante da liberação de verba pública para propaganda
de consumo de carne de cavalo pela população. Ao final, quando da confecção da peça processual,
depararam-se com questões técnicas relacionadas à referida medida judicial, as quais estão
retratadas nas assertivas abaixo. Assinale a alternativa correta: A decisão proferida em sede de ação
popular é desprovida de força vinculante, em sentido técnico, não se estendendo, portanto, de forma
automática, a outros processos de matéria similar.

(TJPI-2012-CESPE): Acerca de ação popular, assinale a opção correta: Comprovada a lesão, o juiz
poderá condenar o réu à reparação mesmo sem pedido expresso do autor. BL: art. 11, LAP.

        Art. 12. A SENTENÇA INCLUIRÁ SEMPRE, na condenação dos réus, o pagamento, ao autor,
das custas e demais despesas, judiciais e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e
comprovadas, bem como o dos honorários de advogado. (MPT-2009) (MPSE-2010) (MPRR-2012)
(MPMG-2014) (DPECE-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPSC-2016) (MPSP-2017) (PCBA-2018)
(MPAP-2021)

        Art. 13. A sentença que, APRECIANDO o fundamento de direito do pedido, JULGAR a lide
MANIFESTAMENTE TEMERÁRIA, CONDENARÁ o autor ao pagamento do décuplo das custas.
(MPAL-2012) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPSC-2016) (TRF3-2016)

        Art. 14. Se o valor da lesão ficar provado no curso da causa, será indicado na sentença; se
depender de avaliação ou perícia, será apurado na execução. (MPSE-2010) (MPSC-2013) (PGM-São
Paulo/SP-2014)

        § 1º Quando a lesão resultar da falta ou isenção de qualquer pagamento, a condenação imporá
o pagamento devido, com acréscimo de juros de mora e multa legal ou contratual, se houver.
(PGM-São Paulo/SP-2014)

        § 2º Quando a lesão resultar da execução fraudulenta, simulada ou irreal de contratos, a


condenação versará sobre a reposição do débito, com juros de mora.

        § 3º Quando o réu condenado perceber dos cofres públicos, a execução far-se-á por desconto em
folha até o integral ressarcimento do dano causado, se assim mais convier ao interesse público.
(TJCE-2012)

        § 4º A parte condenada a restituir bens ou valores ficará sujeita a seqüestro e penhora, desde a
prolação da sentença condenatória.

#Atenção: #STJ: #MPMS-2018: (...) 4. A Ação Popular consiste em um relevante instrumento


processual de participação política do cidadão, destinado eminentemente à defesa do
patrimônio público, bem como da moralidade administrativa, do meio-ambiente e do
patrimônio histórico e cultural; referido instrumento possui pedido imediato de natureza
desconstitutiva-condenatória, pois colima, precipuamente, a insubsistência do ato ilegal e
lesivo a qualquer um dos bens ou valores enumerados no inciso LXXIII do art. 5º da CF e,
consequentemente, a condenação dos responsáveis e dos beneficiários diretos ao ressarcimento
ou às perdas e danos correspondentes.
5. Tem-se, dessa forma, como imprescindível a comprovação do binômio ilegalidade-
lesividade, como pressuposto elementar para a a procedência da Ação Popular e consequente
condenação dos requeridos no ressarcimento ao erário em face dos prejuízos comprovadamente
atestados ou nas perdas e danos correspondentes. 6. Eventual violação à boa-fé e aos valores
éticos esperados nas práticas administrativas não configura, por si só, elemento suficiente para
ensejar a presunção de lesão ao patrimônio público, conforme sustenta o Tribunal a quo; e
assim é porque a responsabilidade dos agentes em face de conduta praticada em detrimento do
patrimônio público exige a comprovação e a quantificação do dano, nos termos do art. 14 da Lei
4.717/65; assevera-se, nestes termos, que entendimento contrário implicaria evidente
enriquecimento sem causa do Município, que usufruiu dos serviços de publicidade prestados
pela empresa de propaganda durante o período de vigência do contrato. STJ. 1ª T., REsp
1447237/MG, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 16/12/14.
(MPMS-2018): Tratando-se de ação popular, é correto afirmar que é imprescindível a comprovação
do binômio ilegalidade-lesividade como pressuposto elementar para a procedência da Ação Popular.
BL: Entend. Jurisprud.

        Art. 15. Se, no curso da ação, ficar provada a infringência da lei penal ou a prática de falta
disciplinar a que a lei comine a pena de demissão ou a de rescisão de contrato de trabalho, o juiz, "ex-
officio", DETERMINARÁ a remessa de cópia autenticada das peças necessárias às autoridades ou
aos administradores a quem COMPETIR APLICAR a SANÇÃO. (PGEPR-2011)

        Art. 16. CASO DECORRIDOS 60 (sessenta) dias da publicação da sentença condenatória de
segunda instância, SEM QUE o autor ou terceiro PROMOVA a respectiva EXECUÇÃO. o
representante do Ministério Público a PROMOVERÁ nos 30 (trinta) dias seguintes, SOB PENA de
FALTA GRAVE. (MPSP-2005) (MPPB-2010) (MPSE-2010) (TJPI-2012) (TJCE-2012) (MPMT-2012)
(MPPR-2013) (TJDFT-2016) (MPMG-2014/2018) (MPPR-2019) (MPSC-2010/2016/2019/2021) (PGEMS-
2021)

(MPPB-2010): Não promovida pelo autor ou terceiro, no prazo legal, a execução da sentença
condenatória transitada em julgado em ação popular, o MP, revestido de legitimidade
extraordinária autônoma concorrente, promoverá a execução devida no prazo de trinta dias. BL:
art. 16, LAP.

(MPSC-2010): A Lei n. 4.717/65 prevê expressamente o dever do MP promover a execução da


sentença condenatória proferida na ação popular, em caso da inércia do autor, sob pena de falta
grave. BL: art. 16, LAP.

        Art. 17. É SEMPRE PERMITIDA às pessoas ou entidades referidas no art. 1º, ainda que
HAJAM CONTESTADO a ação, PROMOVER, EM QUALQUER TEMPO, e no que as beneficiar a
EXECUÇÃO DA SENTENÇA contra os demais réus. (PGEPR-2011) (TJCE-2012) (TJSP-2012) (MPPI-
2012) (DPEMS-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGM-POA/RS-2016)

(DPEMS-2014-VUNESP): Sobre a ação popular, é correto afirmar que é permitido à União, ao


Distrito Federal, aos Estados e aos Municípios, ainda que hajam contestado a ação, promover, em
qualquer tempo, e no que as beneficiar a execução da sentença contra os demais réus. BL: art. 17,
LAP.

(TJSP-2012-VUNESP): No tocante aos remédios constitucionais, garantidores dos direitos


fundamentais, é correto afirmar que na ação popular, se o autor não o fizer, qualquer outro
cidadão ou entidade chamada na ação ainda que a tenha contestado, poderá executar a respectiva
sentença. BL: arts. 16 e 17, LAP.

(MPPI-2012-CESPE): Com base na sistemática processual da ação popular, assinale a opção


correta: No caso de decisão condenatória proferida em segundo grau de jurisdição, são partes
legítimas, para a execução ou cumprimento de sentença, o autor popular, outro cidadão, o MP,
após o transcurso do prazo legal para o vencedor da ação, bem como as pessoas jurídicas corrés na
ação, no que as beneficiar. BL: arts. 16 e 17, LAP.
        Art. 18. A sentença TERÁ eficácia de coisa julgada OPONÍVEL "ERGA OMNES", EXCETO no
caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova; neste caso, qualquer
cidadão PODERÁ INTENTAR outra ação com idêntico fundamento, VALENDO-SE de nova
prova. (PGESE-2005) (PCDF-2005) (PGECE-2008) (DPEAL-2009) (MPSP-2005/2011) (DPEMA-2011)
(MPMT-2012) (TRT2-2012) (DPEPE-2013) (MPT-2013) (TJRJ-2014) (MPGO-2014) (MPMG-2014) (DPECE-
2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (MPMS-2011/2013/2018) (TCMBA-2018) (TCEAM-
2021)

(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: Na ação popular, a sentença terá eficácia de coisa
julgada oponível “erga omnes”, exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedente por
deficiência de prova; nesse caso, qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idêntico
fundamento, valendo-se de nova prova. BL: art. 18, LAP.

(TCMBA-2018-CESPE): A hipótese que indica conteúdo de sentença de mérito proferida em ação


popular, mas sem eficácia de coisa julgada oponível erga omnes é o julgamento de improcedência
por deficiência de prova. BL: art. 18, LAP.

(MPMS-2011): Assinale a alternativa correta: Se os mesmos fatos investigados no inquérito civil


foram objeto de ação popular julgada improcedente pelo mérito e não por falta de provas, o caso é
de arquivamento do procedimento instaurado. BL: art. 18, LAP.

#Atenção: A ação popular tem por objeto o pedido de anulação de ato lesivo ao patrimônio
público, meio ambiente, moralidade, patrimônio histórico e cultural (art. 5º, LXXIII, CF). Assim, se
a ação popular for julgada improcedente ante o reconhecimento da validade do ato impugnado (e
não por mera falta de provas), é possível homologar o arquivamento de procedimento
investigatório que tenha por objeto justamente verificar a validade/legalidade desse ato (arts. 18
da Lei 4.717/65; Pt. n.º 32.600/93). O enunciado da questão exigiu o conhecimento do teor da
Súmula 01 do Conselho Superior do MPSP: "Se os mesmos fatos investigados no inquérito civil foram
objeto de ação popular julgada improcedente pelo mérito e não por falta de provas, o caso é de arquivamento
do procedimento instaurado."

(MPSP-2005): Ante os termos da Lei n.º 4.717/65, se a ação popular for julgada improcedente por
falta de provas, qualquer cidadão poderá intentar outra ação, inclusive com o mesmo
fundamento, desde que se valha de prova nova. BL: art. 18, LAP.

        Art. 19. A sentença que concluir pela CARÊNCIA ou pela IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO
ESTÁ SUJEITA ao DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO, NÃO PRODUZINDO efeito senão depois
de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente CABERÁ APELAÇÃO, com efeito
suspensivo.  (Redação dada pela Lei nº 6.014, de 1973) (PCDF-2005) (PGECE-2008) (PGESP-2009)
(MPDFT-2009) (DPEBA-2010) (MPPB-2010/2011) (MPSP-2011) (TRF3-2011) (TJPI-2012) (TJCE-2012)
(MPPR-2013) (DPERR-2013) (MPMT-2012/2014) (TJDFT-2014) (MPMG-2014) (DPECE-2014) (PGM-São
Paulo/SP-2014) (PGEPE-2018) (MPPI-2019) (MPSC-2019) (TJSP-2021) (MPAP-2021)

#Atenção: #STJ: #DOD: Aplica-se às ações de improbidade administrativa o reexame necessário


previsto no art. 19 da lei da ação popular?
• Antes da Lei nº 14.230/2021: SIM!
O STJ entendia que devia se realizar o reexame necessário nas ações de improbidade
administrativa julgadas improcedentes ou extintas em razão da carência da ação: A sentença
que concluir pela carência ou pela improcedência de ação de improbidade administrativa está
sujeita ao reexame necessário, com base na aplicação subsidiária do CPC e por aplicação
analógica da primeira parte do art. 19 da Lei nº 4.717/65.
STJ. 1ª S. EREsp 1.220.667-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 24/5/17 (Info 607).

• Depois da Lei nº 14.230/2021: NÃO!


O art. 17, § 19, IV; e o art. 17-C, § 3º, da LIA, inseridos pela Lei 14.230/21, vedam o reexame
obrigatório da sentença de improcedência ou de extinção sem resolução de mérito das ações de
improbidade administrativa:
Art. 17 (...)
§ 19. Não se aplicam na ação de improbidade administrativa: (...) IV - o reexame obrigatório da
sentença de improcedência ou de extinção sem resolução de mérito.

Art. 17-C (...) § 3º Não haverá remessa necessária nas sentenças de que trata esta Lei.

Logo, está superado o entendimento jurisprudencial acima mencionado.


(TJSP-2021-VUNESP): Cidadão brasileiro propõe ação popular em face de diversos réus.
Regularmente processada, a demanda é julgada parcialmente procedente para que os réus
ressarçam o erário dos prejuízos causados, mas não na extensão pleiteada pelo autor.
Regularmente intimadas, as partes não interpõem recurso de apelação. Diante desse quadro, deve
o juiz determinar a remessa dos autos ao Tribunal para o reexame necessário no que se refere à
improcedência de parte do pedido. BL: art. 19, LAP.

#Atenção: O art. 19, caput, da LAP dispõe que só está sujeita ao duplo grau de jurisdição a
sentença que concluir pela carência ou improcedência da ação. No presente caso, a sentença foi de
parcial procedência, de forma só está sujeita à remessa oficial na parte que julgou improcedente o
pedido formulado na inicial da ação popular. Desse modo, a remessa necessária tem efeito
devolutivo amplo, pois permite que o tribunal adentre amplamente no que foi decidido pelo juiz
de primeira instância. Vejamos o teor da Súmula 325 do STJ: “A remessa oficial devolve ao Tribunal o
reexame de todas as parcelas da condenação suportadas pela Fazenda Pública, inclusive dos honorários de
advogado.”. Portanto, a remessa necessária pode ser parcial, na hipótese de o Poder Público
recorrer apenas de parte da sentença.

(Cartórios/TJSC-2019-IESES): Uma ação popular, após ampla e suficiente produção de provas


pelo autor, é julgada improcedente pelo juiz monocrático em cognição exauriente, convencido da
improcedência das razões de mérito, nesse caso: A sentença está sujeita a duplo grau de jurisdição
e, confirmada pelo Tribunal, redundará em coisa julgada erga omnes. BL: arts. 18 e 19, LAP.

#Atenção: A remessa necessária (ou duplo grau de jurisdição obrigatório) é uma condição legal de
eficácia definitiva da sentença que impede o seu trânsito em julgado até que seja apreciada pelo
tribunal hierarquicamente superior ao juízo em que inicialmente tramita a demanda. O duplo
grau de jurisdição, no rito da ação popular, está previsto no art. 19, da LAP. Conforme se nota, a
sentença que julga improcedente a ação popular está sujeita ao duplo grau de jurisdição
obrigatório, não produzindo efeito até que seja confirmada pelo tribunal. A respeito da extensão
da coisa julgada, temos o que dispõe o art. 18, da LAP. Isso significa que a ação popular que for
julgada improcedente sem que tenha havido insuficiência de provas, ou seja, que for julgada
improcedente por qualquer outro fundamento que não seja a falta de provas, fará coisa julgada
"erga omnes", oponível a todos.

(Anal. Judic./TJGO-2014-FGV): Cidadão ajuizou ação popular para impugnar a validade de


contrato administrativo que reputou lesivo ao patrimônio público. Finda a fase instrutória, o juiz
da causa rejeitou o pedido, por entender que os fatos narrados pelo autor não restaram
suficientemente comprovados. Intimado da sentença no dia 14/09/14, o autor interpôs recurso de
apelação em 10/09/14. Nesse cenário, o presente apelo é intempestivo, porém se deve determinar
a remessa dos autos ao órgão ad quem, para fins de reexame necessário. BL: art. 19, LAP.

#Atenção: #Dica:
 Da ação julgada improcedente = sujeita ao duplo grau de jurisdição (reexame
necessário)
 Da ação julgada procedente = cabe apelação com efeito suspensivo

(MPCE-2009-FCC): A sentença que concluir pela procedência de ação popular, em que o


Município figura, juntamente com o prefeito, como réus, não está sujeita ao duplo grau de
jurisdição obrigatório. BL: art. 19, LAP.

(TJAP-2009-FCC): No sistema de revisão da sentença, em ação popular para pleitear a anulação de


ato lesivo ao patrimônio municipal, promovida por determinado cidadão contra o Prefeito e o
Município, cabe reexame necessário, se a sentença for de improcedência. BL: art. 19, LAP.

        § 1º Das decisões interlocutórias CABE agravo de instrumento. (Redação dada pela Lei nº 6.014,
de 1973) (MPCE-2009) (TJDFT-2014) (Anal. Judic./TJAM-2019) (MPMG-2021)

#Atenção: #DOD: #STJ: #MPMG-2021: Cabe agravo de instrumento contra todas as decisões
interlocutórias proferidas nas ações de improbidade administrativa: Aplica-se à ação de
improbidade administrativa o previsto no art. 19, § 1º, da Lei da Ação Popular, segundo o qual
das decisões interlocutórias cabe agravo de instrumento. A decisão interlocutória proferida no
bojo de uma ação de improbidade administrativa pode ser impugnada por agravo de
instrumento, com base no art. 19, §1º, da Lei 4.717/65, ainda que a hipótese não esteja prevista
no rol do art. 1.015 do CPC. Nas ações de improbidade administrativa, o CPC aplica-se apenas
subsidiariamente, privilegiando-se as normas do Microssistema Processual Coletivo, para
assegurar a efetividade da jurisdição no trato dos direitos coletivos. STJ. 2ª T. REsp 1925492-RJ,
Rel. Min. Herman Benjamin, j. 04/05/21 (Info 695). (...) O STJ possui posição consolidada no
sentido de que “o Código de Processo Civil deve ser aplicado somente de forma subsidiária à Lei
de Improbidade Administrativa” (STJ. 2ª T. REsp 1.217.554/SP, Rel. Min. Eliana Calmon, DJe
22/8/13). Assim, somente se buscará o CPC se não houver regra específica no microssistema de
tutela coletiva.
(MPMG-2021): Assinale a alternativa correta: O Agravo de Instrumento é cabível no caso, não com
amparo no art. 1.015 do CPC, mas por conta da regra do art. 19, § 1°, da Lei 4.715/65, aplicável à ação
civil pública quando esta for omissa e, cumulativamente, a solução adotada para a ação popular
guardar compatibilidade com a ratio e princípios daquela. Logo, havendo norma expressa em
regime processual especial (“Das decisões interlocutórias cabe agravo de instrumento”), não incide o
sistema do CPC/2015. BL: Info 695, STJ.

#Atenção: #DOD: Esse art. 19, § 1º, da Lei de Ação Popular foi afetado com a edição do CPC/15 e,
em especial, pela regra do art. 1.015? NÃO. A jurisprudência do STJ considera que a norma da Lei
de Ação Popular que prevê a impugnação de decisões interlocutórias por agravo de instrumento
não é afastada pelo rol taxativo do CPC. Assim, o amplo cabimento do art. 19, § 1º da Lei de Ação
Popular permaneceu em vigor mesmo após o advento do CPC/2015. Vale ressaltar, inclusive, que
o inciso XIII do art. 1.015 do CPC/2015 contempla o cabimento do agravo de instrumento em
“outros casos expressamente referidos em lei”. Assim, a previsão de cabimento do agravo de
instrumento na Lei de Ação Popular não confronta com a regra do art. 1.015 do CPC.

        § 2º Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso,
PODERÁ RECORRER QUALQUER CIDADÃO e também o MINISTÉRIO PÚBLICO. (Redação
dada pela Lei nº 6.014, de 1973) (MPSP-2005) (PCDF-2005) (MPCE-2009) (MPPB-2011) (TRF3-2011) (TJCE-
2012) (MPMT-2012) (TJDFT-2016) (MPSC-2016) (MPMG-2014/2018) (MPPI-2019) (MPPR-2019) (MPGO-
2022)

(MPPI-2019-CESPE): Julgue o seguinte item, acerca de ação popular: O Ministério Público poderá
interpor recurso contra sentença proferida que julgou improcedente o pedido do autor da ação
popular. BL: art. 19, caput e §2º, LAP.

(MPPR-2019): Nos termos da Lei da Ação Popular, assinale a alternativa correta: O MP, bem como
qualquer cidadão, poderá recorrer das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e
suscetíveis de recurso. BL: art. 19, §2º, LAP.

(MPSC-2016): Segundo a Lei n. 4.717/65 (Ação Popular), ao MP cabe, além de acompanhar a ação
popular, apressar a produção probatória do feito, podendo recorrer da sentença contra a
pretensão do autor da aludida ação, faculdade aberta, ainda, a qualquer outro cidadão. BL: art. 6º,
§4º c/c art. 19, §2º, LAP.

DISPOSIÇÕES GERAIS

        Art. 20. Para os fins desta lei, CONSIDERAM-SE ENTIDADES AUTÁRQUICAS:

        a) o serviço estatal descentralizado com personalidade jurídica, custeado mediante orçamento
próprio, independente do orçamento geral; (MPGO-2016)

        b) as pessoas jurídicas especialmente instituídas por lei, para a execução de serviços de interesse
público ou social, custeados por tributos de qualquer natureza ou por outros recursos oriundos do
Tesouro Público;

        c) as entidades de direito público ou privado a que a lei tiver atribuído competência para receber
e aplicar contribuições parafiscais.

        Art. 21. A ação prevista nesta lei PRESCREVE em 5 (cinco) anos. (MPSC-2010) (MPAL-2012)
(MPRR-2012) (MPMS-2013) (MPMG-2011/2014) (TJRJ-2014) (TJMS-2015) (DPEPE-2015) (TJDFT-
2014/2016) (TRF3-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPGO-2010/2019) (DPEDF-2013/2019)

#Atenção: #STJ: #MPGO-2010: #MPRR-2012: #MPMS-2013: #DPEPE-2015: #TJDFT-2016:


#CESPE: A Ação Civil Pública e a Ação Popular compõe um microssistema de tutela dos direitos
difusos onde se encartam a moralidade administrativa sob seus vários ângulos e facetas. Assim,
na ausência de previsão do prazo prescricional para a propositura da Ação Civil Pública,
inafastável a incidência da analogia legis, recomendando o prazo quinquenal para a prescrição
das Ações Civis Públicas, tal como ocorre com a prescritibilidade da Ação Popular, porquanto
ubi eadem ratio ibi eadem legis dispositio. Dito de outro modo, a Lei da Ação Civil Pública (Lei
7.347/85) é silente quanto à prescrição para a propositura da ação civil pública e, em razão dessa
lacuna, aplica-se por analogia a prescrição quinquenal prevista na Lei da Ação Popular.
Precedentes do STJ: Resp. 1084916, 1ª T., Relator Min. Luiz Fux, voto-vista vencedor, j. 21/05/09;
Resp. 911961, 1ª T., Relator Min. Luiz Fux, j. 04/12/08. (..) A MP 2.180-35 editada em 24/08/01,
introduziu o art. 1º-C na Lei nº 9.494/97 (que alterou a Lei 7.347/85), estabelecendo o prazo
prescricional de 5 anos para ações que visam a obter indenização por danos causados por agentes
de pessoas jurídicas de direito público e privado prestadores de serviço público, senão vejamos:
“Art. 4o A Lei no 9.494, de 10 de setembro de 1997, passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos: "Art.
1.º-C. Prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por agentes de pessoas
jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos.” (NR).
(...) In casu, praticado o ato que prorrogou a concessão de exploração em 04.01.94 (fl. 44), e
ajuizada a Ação Civil Pública em 18.01.06 (fl. 18), ressoa inequívoca a ocorrência da prescrição.(...)
Recurso Especial provido para acolher a prescrição qüinqüenal da Ação Civil Pública, restando
prejudicada a apreciação das demais questões suscitadas. (STJ. 1ª T., REsp 1089206/RS, Rel. Min.
Luiz Fux, j. 23/06/2009).
(TJDFT-2016-CESPE): No que se refere à ação popular, assinale a opção correta: A ação popular
sujeita-se a prazo prescricional quinquenal previsto expressamente em lei, que a jurisprudência
consolidada do STJ aplica por analogia à ação civil pública. BL: Entend. STJ.
#Atenção: O STJ aplica o prazo prescricional do art. 21 da LAP para a LACP tendo em vista que
ambas integram o microssistema de direitos coletivos e que houve omissão do legislador quanto ao
referido prazo na lei de ação civil pública. Landolfo Andrade explica que, “se a pretensão deduzida na
ação civil pública for passível de ser formulada em uma ação popular, pode-se aplicar o art. 21 da LAP, por
analogia, que também prevê prazo prescricional de cinco anos”. (Fonte: Landolfo Andrade, Interesses
Difusos e Coletivos, 2020, 10 Ed. p. 340).

#Atenção: #STJ: #MPMG-2014: #DPEPE-2015: #DPEDF-2013/2019: #MPGO-2019: #DPEPE-


2019: #CESPE: O acórdão ora embargado foi claro ao consignar que a matéria específica tratada
nestes autos foi submetida a julgamento da Segunda Seção sob o rito dos recursos repetitivos
(Resp 1.273.643/PR, Rel. Min. Sidnei Beneti, DJe 4/4/13), sendo firmada orientação no mesmo
sentido da tese constante do acórdão objeto dos embargos de divergência, qual seja, da aplicação
do prazo quinquenal para a execução individual de sentença proferida em ação civil pública e
da não aplicação da prescrição vintenária do processo de conhecimento transitado em julgado.
Assentou, ainda, que a Corte Especial do STJ “consolidou entendimento no sentido de que o
prazo prescricional das execuções individuais de sentença proferida em ação coletiva é
quinquenal, por aplicação analógica do art. 21 da Lei nº 4.717/65” (AgRg nos EAREsp 23.902/PR,
Rel. Min. Gilson Dipp, Corte Especial, DJe 25/4/13), o que atrai a incidência do óbice contido no
enunciado sumular 168/STJ, segundo o qual "Não cabem embargos de divergência quando a
jurisprudência do Tribunal se firmou no mesmo sentido do acórdão embargado". (...) STJ. Corte
Especial. EDcl no AgRg nos EAREsp 113.964/PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 20/08/14.
(DPEDF-2019-CESPE): Acerca do direito coletivo, julgue o item a seguir: Entende o STJ que, no
âmbito do direito privado, é de cinco anos o prazo prescricional para ajuizamento de execução
individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em ação civil pública, contado esse
prazo a partir do trânsito em julgado da sentença exequenda. BL: Info 515, STJ.
(DPEPE-2015-CESPE): Acerca da tutela em juízo dos interesses individuais homogêneos, difusos e
coletivos, julgue o item a seguir: No âmbito do direito privado, cinco anos é o prazo prescricional
para o ajuizamento da execução individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em
ação civil pública. BL: Entend. Jurisprud.
(MPMG-2014): Quanto ao instituto da prescrição nas ações coletivas, segundo a atual jurisprudência
dos tribunais superiores, é correto afirmar: É de cinco anos o prazo prescricional para ajuizamento da
execução individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em ação civil pública. BL:
Entend. Jurisprud.

        Art. 22. APLICAM-SE à ação popular as regras do Código de Processo Civil, naquilo em que
não contrariem os dispositivos desta lei, nem a natureza específica da ação. (PFN-2007) (MPDFT-2015)

(DPERN-2015-CESPE): Assinale a opção correta no que diz respeito à ação popular: A execução
de multa diária por descumprimento de obrigação fixada em medida liminar concedida em ação
popular independe do trânsito em julgado desta ação, conforme posição do STJ. BL: art. 22, LAP.

#Atenção: #STJ: Segundo o STJ, a execução de multa diária (astreintes) por descumprimento de
obrigação de fazer, fixada em liminar concedida em Ação Popular, pode ser realizada nos
próprios autos, por isso que não carece do trânsito em julgado da sentença final condenatória. É
que a decisão interlocutória, que fixa multa diária por descumprimento de obrigação de fazer, é
título executivo hábil para a execução definitiva. (STJ, REsp 1098028/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª T. j.
09/02/10). Por outro lado, na Ação Civil Pública, segundo o Art. 12, § 2º, da Lei 7.347/85, a multa
cominada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em julgado da decisão favorável
ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver configurado o descumprimento.
Portanto, conclui-se que, na Ação Popular, não há esta exigência de aguardar o trânsito em
julgado, segundo o entendimento do STJ acerca do tema.

        Brasília, 29 de junho de 1965; 144º da Independência e 77º da República.

H. Castello Branco
Milton Soares Campos

Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.7.1965 e republicado no DOU de 8.4.1974

Súmulas Importantes:

STF:

SÚMULA Nº 365: PESSOA JURÍDICA NÃO TEM LEGITIMIDADE PARA PROPOR AÇÃO
POPULAR. (PCDF-2005) (TJMG-2008) (PGECE-2008) (MPRO-2008) (TJAP-2009) (TJBA-2012) (TJAC-
2012) (MPPR-2012) (MPTO-2012) (MPRR-2012) (MPAL-2012) (DPESC-2012) (MPF-2013) (TJDFT-2014)
(PCDF-2015) (MPMS-2013/2018) (Cartórios/TJMG-2016/2018) (MPMG-2011/2014/2019)
(Cartórios/TJDFT-2019) (MPAP-2012/2021) (DPEGO-2021) (PGEMS-2021) (TCEAM-2021) (TJMG-
2008/2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

SÚMULA Nº 101: O MANDADO DE SEGURANÇA NÃO SUBSTITUI A AÇÃO POPULAR. (TJRJ-


2013) (PGEPR-2015) (MPMS-2015/2018) (Cartórios/TJMG-2018) (TJAL-2019) (Cartórios/TJDFT-2019)
(DPERO-2017/2023)

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