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Última atualização legislativa e jurisprudencial: 14/03/22 - Info 607 (art. 19 - entendimento superado).
2) Siglas utilizadas:
MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base
legal, etc).
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:
Art. 1º Qualquer cidadão SERÁ PARTE LEGÍTIMA [obs.: é o único legitimado] para pleitear a
ANULAÇÃO ou a DECLARAÇÃO DE NULIDADE de atos lesivos ao patrimônio da União, do
Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de
economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União
represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de
instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou
concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas
incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de
quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. (TJPI-2007)
(PGECE-2008) (DPEMA-2009) (TRF1-2009) (PGEPE-2009) (MPSE-2010) (DPEAM-2011) (MPF-2011)
(PCRJ-2009/2012) (TJBA-2012) (TJCE-2012) (MPMT-2012) (MPPI-2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012)
(DPESE-2012) (PFN-2012) (MPPR-2011/2013) (DPEDF-2013) (TRF5-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (PGDF-
2013) (PCES-2013) (MPGO-2010/2014) (MPSC-2012/2013/2014) (DPERS-2014) (TRF2-2014)
(Cartórios/TJDFT-2014) (PCPI-2014) (TRT2-2014) (MPT-2009/2015) (Cartórios/TJRS-2013/2015) (MPAM-
2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (PGEPR-2015) (PGERS-2015) (TRT1-2015) (DPEBA-2010/2016)
(TJDFT-2011/2014/2016) (TJAM-2016) (PGEAM-2016) (PCPA-2016) (PGM-POA/RS-2016) (PGEAC-
2014/2017) (Cartórios/TJMG-2015/2016/2017) (DPERO-2017) (Cartórios/TJRJ-2017) (PCAC-2017) (PGM-
BH/MG-2017) (MPMS-2011/2013/2018) (PGESC-2014/2018) (MPBA-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (PGM-
Manaus/AM-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (DPEMG-2009/2019) (MPMG-2010/2014/2017/2018/2019)
(TJPA-2019) (TJRO-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PGM-Boa Vista/RR-2019) (MPAP-2012/2021) (DPESC-
2012/2021) (TJGO-2021) (DPEGO-2021) (DPERJ-2021) (PGEAL-2021) (PGEMS-2021) (PCMG-2021)
(PCMS-2021) (TCEAM-2021) (TCDF-2021) (TJMG-2005/2008/2009/2022) (TJMA-2013/2022) (DPEMS-
2014/2022) (DPETO-2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (MPCSC-2022) (TCEES-2023) (TCERJ-2023)
#Atenção: #DPEGO-2021: #FCC: Como requisito para a propositura é ser cidadão (art. 5º, LXXIII
da CF), e formalmente isso significa ter título de eleitor, aquele que, a partir dos 16 anos estiver
munido deste documento, poderá ajuizar ação popular.
#Atenção: #STF: #MPMS-2018: O STF entende que não se presta a ação popular a impugnar atos
normativos genéricos, mas apenas para impugnar atos efetivamente lesivos ao Estado. STF. 1ª T.
AO 1.725-AgR, rel. Min. Luiz Fux, DJe 11.03.15.
#Atenção: #STJ: #DPEGO-2021: #FCC: Conforme entendimento do STJ, a ação popular não é
meio adequado para controle em abstrato de constitucionalidade de atos legais. Eis uma decisão
que corrobora tal entendimento: "(...) 3. De acordo com a jurisprudência desta Corte Superior, "A ação
popular é imprópria para o controle da constitucionalidade das leis pelo sistema concentrado. Admite-se,
apenas, quando a declaração de inconstitucionalidade for incidenter tantum" (REsp 958.550/SC, Rel.
Ministro JOSÉ DELGADO, Primeira Turma, DJe 24/4/08). 4. No caso concreto, a ação popular é
manejada, inegavelmente, para efetuar o controle de constitucionalidade da Lei n. 2.099/2003 do Município
de Niterói, razão pela qual deve ser extinta, sem apreciação do mérito, por inadequação da via eleita. 5. Como
ensina MARÇAL JUSTEN FILHO, "a ação popular não é meio para o controle em abstrato da
constitucionalidade de atos legais" e, por isso, o "ato impugnado por meio de ação popular deve
ter sido praticado por agente público no exercício de competência administrativa" (Curso de
direito administrativo. 13. ed. São Paulo: Thomson Reuters, 2018, p. 1196). 6. Recurso especial da
municipalidade provido. (STJ. 1ª T., REsp 1870470/RJ, Rel. Min. Sérgio Kukina, j. 22/09/20)"
#Atenção: #STJ: #TJGO-2021: #TCDF-2021: #CESPE: #FCC: A jurisprudência do STJ “entende ser
possível a declaração incidental de inconstitucionalidade em Ação Popular, desde que a controvérsia
constitucional não figure como pedido, mas sim como causa de pedir, fundamento ou simples questão
prejudicial, indispensável à resolução do litígio principal, em torno da tutela do interesse público”. STJ. 2ª
T., AgInt no REsp 1.705.539/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 22/4/19.
(TCDF-2021-CESPE): A respeito de mandado de segurança, ação popular e ação civil pública, julgue
o item a seguir: Pode o STJ, em ação popular, declarar incidentalmente a inconstitucionalidade da
norma atacada, se a controvérsia constitucional for a causa de pedir.
#Atenção: #CESPE: O STJ entende pacificamente que cabe julgamento antecipado da lide em
ação popular. Consoante jurisprudência do STJ, não há cerceamento do direito de defesa quando
o juiz tem o poder-dever de julgar a lide antecipadamente, dispensando a realização de audiência
para a produção de provas ao constatar que o acervo documental é suficiente para nortear e
instruir seu entendimento (AgRg no AREsp 431.164/RJ, Rel. Min. Humberto Martins, 2ª Turma, j.
11/3/14).
(DPEMS-2022-FGV): João, pipoqueiro em uma pequena cidade do interior do país, que acabara
de ser empossado como vereador, procurou o defensor público da comarca e informou que
almejava ajuizar a ação constitucional cabível em face dos engenhos produtores de açúcar, que
considerava responsáveis pela diminuição da qualidade do ar e pelo fato de as praças da cidade
ficarem cobertas de fuligem em determinados períodos do ano, o que impedia a sua utilização
pelos munícipes. Ao ouvir a narrativa, o defensor público respondeu, corretamente, que a ação a
ser ajuizada é o(a): ação popular. BL: art. 1º, da LAP e art. 5º, inciso LXXIII, CF.
(DPESC-2021-FCC): Acerca da ação popular: Abrange, dentre seus possíveis objetos, a defesa do
patrimônio público. BL: art. 1º, da LAP e art. 5º, inciso LXXIII, CF.
(MPT-2015): Analise a seguinte proposição a respeito das ações constitucionais: A ação popular
está presente no sistema jurídico brasileiro de forma contínua desde a Constituição de 1946.
#Atenção: #MPT-2015: #DPESC-2021: #FCC: Acerca dos antecedentes históricos da ação popular,
Bernardo Gonçalves Fernandes explica: “Sustenta a doutrina que a ação popular tem uma origem
remota advinda do Direito romano e uma origem próxima que remonta ao século XIX, nas intituladas Leis
Comunais da Bélgica de 1836 e França de 1837. No Brasil, a ação popular surge na Constituição de 1934
(n° 38, art. 113), desaparece na Constituição Polaca de 1937 e volta na Constituição de 1946 (art. 141,
parágrafo 38), e na seguinte de 1967 (art. 150, parágrafo 31; e na Emenda Constitucional n° 01 de 1969,
art. 153, parágrafo 31). Atualmente, encontra-se no art. 5°, LXXIII, da Constituição da República de 1988 .
(Fonte: FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 9. ed. Salvador.
JusPODIVM, 2017, pp. 652-653). Na esfera constitucional, cumpre ressaltar que a primeira
Constituição a dispor sobre a ação popular foi a de 1934, em seu art. 113, n. 38. Contudo, ela foi
suprimida na Constituição de 1937, retornando com a de 1946. Em suma, prevista originalmente
na Constituição de 1934, a ação popular foi o primeiro instrumento processual voltado à tutela de
direitos transindividuais no ordenamento jurídico brasileiro.
#Atenção: #MPGO-2010: De forma bem simples, a ação popular tem como legitimado ativo o
CIDADÃO em pleno gozo dos direitos políticos; Já a ação civil pública tem um rol mais amplo de
legitimados ativos como, por exemplo, o MP e a Defensoria Pública. Ambos tutelam direitos
coletivos.
#Atenção: A ação popular e a ação de improbidade são consideradas ações concorrentes, isto é,
ações que embora variando quanto a causa de pedir ou aos seus legitimados ativos, prestam-se a
atingir o mesmo resultado. Enquanto a primeira anula e determina o ressarcimento do dano, a
segunda apura as irregularidades (dimensão do dano) e visa aplicar sanção quanto ao ato
praticado. Assim, uma não impede a propositura da outra, na verdade, se completam.
(MPMG-2012): Em matéria de ação popular, é correto afirmar: A invalidez dos atos lesivos de
empresas privadas subvencionadas por verbas públicas será limitada a repercussão que eles
causarem sobre as contribuições dos cofres públicos. BL: art. 1º, §2º, LAP.
§ 3º A PROVA DA CIDADANIA, para ingresso em juízo, SERÁ FEITA com o título eleitoral,
ou com documento que a ele corresponda. (PCDF-2005) (TJPI-2007) (TJSE-2008) (DPECE-2008)
(PGECE-2008) (TRF1-2009) (PGEPE-2009) (MPPR-2011) (DPEAM-2011) (MPTO-2012) (DPESC-2012)
(TRF5-2013) (TJMG-2008/2009/2014) (MPMS-2011/2014) (TJDFT-2014) (MPGO-2014) (PGEAC-2014)
(PCPI-2014) (MPAM-2015) (DPERN-2015) (DPESP-2015) (MPT-2015) (TJAM-2016) (PGEAM-2016)
(MPSP-2006/2017) (Cartórios/TJRJ-2017) (PGESE-2017) (PCAC-2017) (MPMG-2014/2018) (PCBA-2018)
(DPEMG-2009/2019) (TJPA-2019) (DPEGO-2021) (PGEMS-2021) (DPEMS-2022) (DPERO-2017/2023)
(TCEES-2023)
#Atenção: No caso, a ação popular foi proposta por pessoa jurídica (sociedade empresária) para
anular ato lesivo ao meio ambiente. Ocorre que o STF possui entendimento sumulado de que a
pessoa jurídica não detém legitimidade para propor ação popular: “Súmula 365-STF: Pessoa
jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.”
(MPMG-2018): O sujeito ativo da ação popular é o cidadão, ou seja, o eleitor, que é a pessoa
natural no gozo de sua capacidade eleitoral ativa. A comprovação da condição de eleitor deve ser
feita por meio do título de eleitor. BL: art. 1º, §3º da LAP.
(TJMG-2014): Além da ação civil pública, também a ação popular constitui instrumento de tutela
do patrimônio ambiental. Todavia, a legitimidade ativa para a sua propositura é concedida apenas
àquele que ostente a condição de cidadão, ou seja, a pessoa física no gozo de seus direitos
políticos. BL: art. 1º, §3º da LAP e art. 5º, LXXIII, CF.
(TJMG-2008): Bola Sete Ltda. ajuizou ação popular contra o Município de Belo Horizonte para
pleitear a anulação de ato lesivo ao patrimônio municipal consistente em deferir à empresa “Dona
da Bola”, mediante decreto, a exploração de todos os bares e restaurantes existentes nos parques
municipais, sem, entretanto, promover a necessária licitação. O juiz indeferiu a inicial. Recorreu a
autora, alegando: 1) que o ato administrativo é claramente ilegal e praticado com desvio de
finalidade; 2) que o Município não observou a forma legal para a edição do decreto; e 3) que não
lhe pode ser tolhido o direito de disputar, em licitação regular, a prestação dos referidos serviços.
Segundo os fatos acima relatados, assinale a alternativa que representa o resultado a que chegou o
Tribunal: confirmou a decisão de origem. BL: art. 1º, §3º da LAP e Súmula 365 do STF.
#Atenção: No caso, a ação popular foi proposta por pessoa jurídica ("Bola Sete Ltda"). Portanto,
está correto o indeferimento da inicial, extinguindo o processo sem resolução do mérito. Segundo
a Súmula 365-STF, "Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular."
Art. 2º SÃO NULOS os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo
anterior, nos casos de: (PGEES-2008) (TRF3-2011) (PCAL-2012) (PCRJ-2012) (DPERR-2013) (PGEGO-
2013) (Cartórios/TJSP-2014) (PCTO-2014) (TRT1-2015) (MPSC-2010/2013/2016) (PGEAC-2017) (PGM-
Fortaleza/CE-2017) (MPMG-2010/2018) (PCSP-2018) (TJRO-2019) (Cartórios/TJAL-2019)
(Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019) (Anal. Judic./TRF3-2019) (TCDF-2021)
(TJMA-2022) (DPERO-2023)
a) a INCOMPETÊNCIA FICA CARACTERIZADA quando o ato não se incluir nas atribuições
legais do agente que o praticou; (TRF3-2011) (PGERO-2011) (DPERR-2013) (PGEGO-2013) (PGEAC-
2017) (MPMG-2018) (Cartórios/TJDFT-2019) (Cartórios/TJPR-2019) (PCES-2019)
(MPMG-2018): De acordo com a Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965, são nulos os atos lesivos ao
patrimônio, nos casos de incompetência, vício de forma, ilegalidade do objeto, inexistência dos
motivos e desvio de finalidade. Segundo a referida Lei, a incompetência fica caracterizada quando
o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; o vício de forma consiste na
omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência
ou seriedade do ato; a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação
de lei, regulamento ou outro ato normativo; a inexistência dos motivos se verifica quando a
matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou
juridicamente inadequada ao resultado obtido; e o desvio de finalidade se verifica quando o
agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra
de competência. BL: art. 1º e §2º da LAP.
Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, ou das
entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas especificações do artigo
anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais, enquanto compatíveis com a natureza deles.
Art. 4º SÃO TAMBÉM NULOS os seguintes atos ou contratos, praticados ou celebrados por
quaisquer das pessoas ou entidades referidas no art. 1º.
a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, estatutárias, regimentais ou
internas;
b) o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor FOR inferior ao constante de escritura,
contrato ou avaliação. (MPMG-2012) (MPSC-2012)
(MPMG-2012): Em matéria de ação popular, é correto afirmar: É nulo o ato jurídico cujo valor real
do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior ao constante de escritura, contrato ou avaliação.
BL: art. 4º, II, “b”, LAP.
(MPSC-2012): Segundo a lei 4717/65, podem ser declarado nulos, atos ou contratos, praticados ou
celebrados por quaisquer das pessoas ou entidades referidas na lei, que realizarem operação
bancária ou de crédito real, quando o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior
ao constante de escritura, contrato ou avaliação. BL: art. 4º, II, “b”, LAP.
a) o respectivo contrato houver sido celebrado sem prévia concorrência pública ou
administrativa, sem que essa condição seja estabelecida em lei, regulamento ou norma geral;
b) no edital de concorrência forem incluídas cláusulas ou condições, que comprometam o seu
caráter competitivo;
c) a concorrência administrativa for processada em condições que impliquem na limitação das
possibilidades normais de competição.
IV - As modificações ou vantagens, inclusive prorrogações que forem admitidas, em favor do
adjudicatário, durante a execução dos contratos de empreitada, tarefa e concessão de serviço público,
sem que estejam previstas em lei ou nos respectivos instrumentos.,
V - A compra e venda de bens móveis ou imóveis, nos casos em que não cabível concorrência
pública ou administrativa, quando:
a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, ou constantes de instruções
gerais;
b) o preço de compra dos bens for superior ao corrente no mercado, na época da operação;
c) o preço de venda dos bens for inferior ao corrente no mercado, na época da operação.
a) houver sido praticada com violação das normas legais e regulamentares ou de instruções e
ordens de serviço; (Cartórios/TJMG-2015)
VII - A operação de redesconto quando sob qualquer aspecto, inclusive o limite de valor,
desobedecer a normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais.
b) o valor dos bens dados em garantia, na época da operação, for inferior ao da avaliação.
IX - A emissão, quando efetuada sem observância das normas constitucionais, legais e
regulamentadoras que regem a espécie.
(MPMG-2014): Sobre a ação popular, é correto dizer: É cabível para a proteção da moralidade
administrativa, ainda que inexistente o dano material ao patrimônio público, ou seja, a lesão tanto
pode ser efetiva quanto legalmente presumida, pois que a lei estabelece casos de presunção de
lesividade, para os quais basta a prova da prática do ato naquelas circunstâncias para considerar-
se lesivo e nulo de pleno direito. BL: art. 4º, da LAP e art. 5º, inciso LXXIII, CF e Entend.
Jurisprud.
DA COMPETÊNCIA
Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, É COMPETENTE para conhecer da ação,
processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para
as causas que INTERESSEM à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município. (PGECE-
2008) (PGEPB-2008) (PGEPE-2009) (MPPR-2011) (MPMT-2012) (MPPI-2012) (DPESE-2012) (PCRJ-2012)
(DPERR-2013) (MPPR-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (DPERN-2015) (PGEPR-2015) (PCDF-2015) (TJDFT-
2014/2016) (TRF4-2016) (Cartórios/TJRJ-2017) (DPERS-2018) (DPEMG-2019) (MPGO-2022)
§ 3º A propositura da ação PREVENIRÁ a jurisdição do juízo para todas as ações, que
FOREM posteriormente intentadas contra as mesmas partes e sob os mesmos fundamentos.
(PGESE-2005) (TJPI-2012) (MPSC-2012) (DPEPA-2015)
#Atenção: Desde a Lei 6.513/77, é cabível liminar em ação popular, que acabou com a polêmica,
inserindo o §4º no art. 5º da Lei de Ação Popular.
Art. 6º A ação SERÁ PROPOSTA contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades
referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que HOUVEREM
AUTORIZADO, APROVADO, RATIFICADO ou PRATICADO o ATO IMPUGNADO, ou que,
por omissas, TIVEREM DADO OPORTUNIDADE À LESÃO, e contra os beneficiários diretos do
mesmo. (PGECE-2008) (MPRO-2010) (MPPR-2011) (TJCE-2012) (TJMA-2013) (MPMS-2013) (MPMT-
2014) (DPEPR-2014) (MPAM-2015) (MPDFT-2015) (DPEPA-2015) (DPESP-2015) (TJAM-2016) (DPERO-
2017) (TRF2-2017) (MPBA-2018) (MPMG-2010/2017/2019) (TCEAM-2021) (DPEMS-2022) (PGERO-2022)
(TCESC-2022)
(MPMG-2014): Sobre as normas processuais aplicáveis à Ação Popular, pode-se afirmar: A ação
será proposta contra as pessoas públicas ou privadas relacionadas ao ato lesivo, contra as
autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou
praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os
beneficiários diretos do mesmo. BL: art. 6º, LAP.
§ 2º No caso de que trata o inciso II, item "b", do art. 4º, quando o valor real do bem for inferior
ao da avaliação, citar-se-ão como réus, além das pessoas públicas ou privadas e entidades referidas
no art. 1º, apenas os responsáveis pela avaliação inexata e os beneficiários da mesma.
#Atenção: #DPU-2015: #CESPE: A teor do que dispõe o art. 6º, §3º da LAP, não há um prazo
certo para que a pessoa cujo ato foi impugnado requeira a sua migração para o polo ativo da
ação, mas, tão somente, abre oportunidade para que o faça.
(TCEAM-2021-FGV): No que concerne à ação popular, é correto afirmar que: a pessoa jurídica
cujo ato seja impugnado pode deixar de contestar e associar-se em litisconsórcio com o autor
popular. BL: art. 6º, §3º, LAP.
(DPEPR-2014-UFPR): Assinale a alternativa correta: Na ação popular, a entidade pública cujo ato
seja objeto de impugnação poderá abster-se de contestar o pedido ou atuar ao lado do autor. BL:
art. 6º, §3º, LAP.
(MPSC-2010): A pessoa jurídica de direito público, cujo ato seja objeto da ação popular, citada,
pode atuar ao lado do autor, aderindo à inicial, caso se afigure útil ao interesse público. BL: art. 6º,
§3º, LAP.
(MPPR-2019): Nos termos da Lei da Ação Popular, assinale a alternativa correta: Ao MP é vedado,
em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado. BL: art. 6º, §4º, LAP.
#Atenção: O art. 6º, §5º da LAP não fixa marco temporal para a formação do litisconsórcio. Além
disso, não precisa de concordância do autor da ação.
(MPSP-2017): Com relação à ação popular em defesa do patrimônio público, é correto afirmar que
qualquer cidadão pode habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular. BL:
art. 6º, §5º, LAP.
#Atenção: A Lei 4.717/65 que disciplina a ação popular, prevê no seu artigo 6º, § 5º, que é
facultado a qualquer cidadão se habilitar como litisconsorte ou assistente do autor de ação
popular. Conclui-se da leitura dos arts. 119 e 124 do CPC/15 que para que a assistência seja
possível, é necessário existir interesse jurídico.
DO PROCESSO
(DPESE-2022-CESPE): Sob o aspecto processual, a ação popular é uma ação civil regida, em regra,
pelo procedimento ordinário. BL: art. 7º, caput, LAP.
a) além da citação dos réus, a intimação do representante do Ministério Público; (DPEAC-2012)
(Anal. Judic./TRF1-2017) (MPDFT-2021)
(MPPR-2019): Nos termos da Lei da Ação Popular, assinale a alternativa correta: Ao despachar a
inicial, o juiz deverá ordenar a intimação do representante do MP. BL: art. 7º, I, “a”, LAP.
b) a requisição, às entidades indicadas na petição inicial, dos documentos que tiverem sido
referidos pelo autor (art. 1º, § 6º), bem como a de outros que se lhe afigurem necessários ao
esclarecimento dos fatos, FICANDO prazos de 15 (quinze) a 30 (trinta) dias para o atendimento.
(MPDFT-2021)
II - Quando o autor o preferir, a citação dos beneficiários far-se-á por edital com o prazo de 30
(trinta) dias, afixado na sede do juízo e publicado três vezes no jornal oficial do Distrito Federal, ou
da Capital do Estado ou Território em que seja ajuizada a ação. A publicação será gratuita e deverá
iniciar-se no máximo 3 (três) dias após a entrega, na repartição competente, sob protocolo, de uma
via autenticada do mandado.
III - Qualquer pessoa, beneficiada ou responsável pelo ato impugnado, CUJA existência ou
identidade SE TORNE CONHECIDA NO CURSO DO PROCESSO e ANTES DE PROFERIDA A
SENTENÇA FINAL de primeira instância, DEVERÁ SER CITADA para a integração do
contraditório, sendo-lhe restituído o prazo para contestação e produção de provas, Salvo, quanto a
beneficiário, se a citação se houver feito na forma do inciso anterior. (TJPI-2012) (MPSP-2017)
(TJMG-2022-FGV): Em relação à ação popular, é correto afirmar que o prazo para contestar será
de 20 (vinte) dias prorrogável por igual período. BL: art. 7º, §2º, IV, LAP.
1
Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a
sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la. Parágrafo único. A
assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o
assistente o processo no estado em que se encontre. (...) Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte
principal o assistente sempre que a sentença influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
Leonardo Carneiro da Cunha, o prazo para contestar na ação popular é de 20 dias, prorrogáveis
por mais 20 (vinte), sendo comum a todos os interessados. Sendo o prazo comum, não se aplica o
prazo em dobro para a Fazenda Pública. (Fonte: A Fazenda Pública em Juízo - Leonardo Carneiro
da Cunha - 2016, p. 47). Desse modo, o art. 183, do CPC/2015 somente se aplica quando não
houver regra própria quanto ao prazo. Assim, a lei 4.717/1965 prevê o prazo de 20 dias para
contestar a ação popular, não se podendo falar em prazo em dobro, por haver prazo próprio.
(PGEPE-2018-CESPE): O benefício da contagem em dobro do prazo para manifestações da fazenda
pública não se aplica para a contestação em ação popular. BL: art. 7º, §2º, IV, LAP.
(PGESE-2005-FCC): Sobre a ação popular, é correto afirmar: os integrantes do ato impugnado são
litisconsortes necessários e o prazo para contestar será comum de 20 dias, podendo ser prorrogáveis
por mais 20 dias. BL: art. 7º, §2º, IV, LAP.
V - Caso não requerida, até o despacho saneador, a produção de PROVA TESTEMUNHAL ou
PERICIAL, o juiz ordenará vista às partes por 10 (dez) dias, para alegações, sendo-lhe os autos
conclusos, para sentença, 48 (quarenta e oito) horas após a expiração desse prazo; havendo
requerimento de prova, o processo tomará o rito ordinário. (MPSC-2012) (Anal. Judic./TRF1-2017)
#Atenção: Na ação popular, em regra, a produção de prova testemunhal poderá ser requerida até
o despacho saneador (art. 7º, V, Lei 4.717/65), momento anterior ao início da instrução probatória.
O saneamento do processo, no regime do CPC revogado era feito por ato judicial que a doutrina
denominou despacho saneador; na verdade não era despacho, mas decisão interlocutória. O atual
CPC, no art. 357, caput, denominou este ato do juiz de decisão de saneamento e organização do
processo, que consiste num juízo positivo de admissibilidade relativamente à ação e a um juízo
positivo no que tange à validade do processo (Elpídio Donizetti, Curso Didático de Direito
Processual Civil, 20ª Ed., Atlas, 2017, p. 634).
VI - A sentença, quando não prolatada em audiência de instrução e julgamento, deverá ser
proferida dentro de 15 (quinze) dias do recebimento dos autos pelo juiz.
Parágrafo único. O proferimento da sentença além do prazo estabelecido privará o juiz da
inclusão em lista de merecimento para promoção, durante 2 (dois) anos, e acarretará a perda, para
efeito de promoção por antigüidade, de tantos dias quantos forem os do retardamento, salvo motivo
justo, declinado nos autos e comprovado perante o órgão disciplinar competente.
Art. 8º Ficará sujeita à pena de desobediência, salvo motivo justo devidamente comprovado, a
autoridade, o administrador ou o dirigente, que deixar de fornecer, no prazo fixado no art. 1º, § 5º,
ou naquele que tiver sido estipulado pelo juiz (art. 7º, n. I, letra "b"), informações e certidão ou
fotocópia de documento necessários à instrução da causa.
Parágrafo único. O prazo contar-se-á do dia em que entregue, sob recibo, o requerimento do
interessado ou o ofício de requisição (art. 1º, § 5º, e art. 7º, n. I, letra "b").
Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, SERÃO
PUBLICADOS editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, FICANDO
ASSEGURADO a QUALQUER CIDADÃO, bem como ao REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO
PÚBLICO, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, PROMOVER o
prosseguimento da ação. (MPSP-2005) (PCDF-2005) (MPRO-2010) (TJBA-2012) (TJCE-2012) (MPGO-
2012) (MPMT-2012) (DPEES-2012) (DPESE-2012) (MPPR-2013) (DPESP-2013) (MPAC-2014) (DPECE-
2014) (MPAM-2015) (TJDFT-2016) (TRF3-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (MPMG-2014/2017/2018) (MPPB-
2018) (PGEPE-2018) (MPSC-2012/2019) (Anal./MPRJ-2019) (MPAP-2021) (MPDFT-2021) (PGEMS-2021)
(TCEAM-2021)
(MPPR-2019): Nos termos da Lei da Ação Popular, assinale a alternativa correta: Se o autor
desistir da ação, serão publicados editais nos prazos e condições legais, sendo assegurado ao
representante do MP, dentro do prazo de 90 dias da última publicação feita, promover o
prosseguimento da ação. BL: art. 9º, LAP.
(TRF2-2014): Em ação popular por ato lesivo ao patrimônio público federal, ocorrendo a situação
de abandono do processo (art. 9º da Lei 4.717/65), após intimação pessoal do cidadão autor, o juiz
deverá adotar a seguinte providência: Determinar a publicação de editais na forma prevista na
legislação da ação popular, a permitir que qualquer cidadão ou o MP assuma a ação no prazo
legal. Na eventualidade de não haver qualquer manifestação no sentido de assumir a ação, caberá
ao magistrado extinguir o processo sem resolução de mérito. BL: art. 9º, LAP.
(MPDFT-2011): Na ação popular, verificada a desistência do autor sem que nenhum eleitor
responda aos editais e habilite-se na causa, o MP poderá promover o prosseguimento da ação, não
se vinculando, contudo, ao pedido, podendo oficiar no sentido de sua improcedência. BL: art. 9º,
LAP e doutrina.
#Atenção: José Afonso da Silva explica que, por defender o interesse da sociedade de uma
maneira global, o MP pode voltar-se contra o autor popular, “nas hipóteses em que sob a capa de
defensor da comunidade, pratique atos danosos ao patrimônio jurídico-legal da comunidade ”
SILVA, José Afonso da. O Ministério Público nos processos oriundos do exercício da ação popular.
Revista dos Tribunais. São Paulo, vol. 366, ano 55, 1966, p.13). Do mesmo modo, Ruy Armando
Gessinger, citado por Mancuso, refere que “o MP deve atuar na ação popular como o requer o
interesse público, não a versão do autor. Não lhe cabe a automática obrigação de defender interesse de
quem o processo demonstre, afinal, não ter direito. É ele órgão da lei por determinação constitucional”.
(Apud. MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Ação Popular: proteção do erário público, do
patrimônio cultural e do meio ambiente. 5ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003, p. 229).
Art. 11. A sentença que, julgando procedente a AÇÃO POPULAR, DECRETAR a invalidade do
ato impugnado, CONDENARÁ ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática
e os beneficiários dele, RESSALVADA a AÇÃO REGRESSIVA contra os funcionários causadores
de dano, quando INCORREREM em CULPA. (PCDF-2005) (MPAM-2007) (MPSE-2010) (TJPI-2012)
(MPSC-2012/2013) (MPDFT-2013) (DPECE-2014) (DPEMS-2014) (DPEPR-2014) (TJPB-2015) (TJAL-2015)
(TJDFT-2016) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJRJ-2017) (MPAP-2021)
(TJPI-2012-CESPE): Acerca de ação popular, assinale a opção correta: Comprovada a lesão, o juiz
poderá condenar o réu à reparação mesmo sem pedido expresso do autor. BL: art. 11, LAP.
Art. 12. A SENTENÇA INCLUIRÁ SEMPRE, na condenação dos réus, o pagamento, ao autor,
das custas e demais despesas, judiciais e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e
comprovadas, bem como o dos honorários de advogado. (MPT-2009) (MPSE-2010) (MPRR-2012)
(MPMG-2014) (DPECE-2014) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPSC-2016) (MPSP-2017) (PCBA-2018)
(MPAP-2021)
Art. 13. A sentença que, APRECIANDO o fundamento de direito do pedido, JULGAR a lide
MANIFESTAMENTE TEMERÁRIA, CONDENARÁ o autor ao pagamento do décuplo das custas.
(MPAL-2012) (PGM-São Paulo/SP-2014) (MPSC-2016) (TRF3-2016)
Art. 14. Se o valor da lesão ficar provado no curso da causa, será indicado na sentença; se
depender de avaliação ou perícia, será apurado na execução. (MPSE-2010) (MPSC-2013) (PGM-São
Paulo/SP-2014)
§ 1º Quando a lesão resultar da falta ou isenção de qualquer pagamento, a condenação imporá
o pagamento devido, com acréscimo de juros de mora e multa legal ou contratual, se houver.
(PGM-São Paulo/SP-2014)
§ 3º Quando o réu condenado perceber dos cofres públicos, a execução far-se-á por desconto em
folha até o integral ressarcimento do dano causado, se assim mais convier ao interesse público.
(TJCE-2012)
§ 4º A parte condenada a restituir bens ou valores ficará sujeita a seqüestro e penhora, desde a
prolação da sentença condenatória.
Art. 15. Se, no curso da ação, ficar provada a infringência da lei penal ou a prática de falta
disciplinar a que a lei comine a pena de demissão ou a de rescisão de contrato de trabalho, o juiz, "ex-
officio", DETERMINARÁ a remessa de cópia autenticada das peças necessárias às autoridades ou
aos administradores a quem COMPETIR APLICAR a SANÇÃO. (PGEPR-2011)
Art. 16. CASO DECORRIDOS 60 (sessenta) dias da publicação da sentença condenatória de
segunda instância, SEM QUE o autor ou terceiro PROMOVA a respectiva EXECUÇÃO. o
representante do Ministério Público a PROMOVERÁ nos 30 (trinta) dias seguintes, SOB PENA de
FALTA GRAVE. (MPSP-2005) (MPPB-2010) (MPSE-2010) (TJPI-2012) (TJCE-2012) (MPMT-2012)
(MPPR-2013) (TJDFT-2016) (MPMG-2014/2018) (MPPR-2019) (MPSC-2010/2016/2019/2021) (PGEMS-
2021)
(MPPB-2010): Não promovida pelo autor ou terceiro, no prazo legal, a execução da sentença
condenatória transitada em julgado em ação popular, o MP, revestido de legitimidade
extraordinária autônoma concorrente, promoverá a execução devida no prazo de trinta dias. BL:
art. 16, LAP.
Art. 17. É SEMPRE PERMITIDA às pessoas ou entidades referidas no art. 1º, ainda que
HAJAM CONTESTADO a ação, PROMOVER, EM QUALQUER TEMPO, e no que as beneficiar a
EXECUÇÃO DA SENTENÇA contra os demais réus. (PGEPR-2011) (TJCE-2012) (TJSP-2012) (MPPI-
2012) (DPEMS-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGM-POA/RS-2016)
(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: Na ação popular, a sentença terá eficácia de coisa
julgada oponível “erga omnes”, exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedente por
deficiência de prova; nesse caso, qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idêntico
fundamento, valendo-se de nova prova. BL: art. 18, LAP.
#Atenção: A ação popular tem por objeto o pedido de anulação de ato lesivo ao patrimônio
público, meio ambiente, moralidade, patrimônio histórico e cultural (art. 5º, LXXIII, CF). Assim, se
a ação popular for julgada improcedente ante o reconhecimento da validade do ato impugnado (e
não por mera falta de provas), é possível homologar o arquivamento de procedimento
investigatório que tenha por objeto justamente verificar a validade/legalidade desse ato (arts. 18
da Lei 4.717/65; Pt. n.º 32.600/93). O enunciado da questão exigiu o conhecimento do teor da
Súmula 01 do Conselho Superior do MPSP: "Se os mesmos fatos investigados no inquérito civil foram
objeto de ação popular julgada improcedente pelo mérito e não por falta de provas, o caso é de arquivamento
do procedimento instaurado."
(MPSP-2005): Ante os termos da Lei n.º 4.717/65, se a ação popular for julgada improcedente por
falta de provas, qualquer cidadão poderá intentar outra ação, inclusive com o mesmo
fundamento, desde que se valha de prova nova. BL: art. 18, LAP.
Art. 19. A sentença que concluir pela CARÊNCIA ou pela IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO
ESTÁ SUJEITA ao DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO, NÃO PRODUZINDO efeito senão depois
de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente CABERÁ APELAÇÃO, com efeito
suspensivo. (Redação dada pela Lei nº 6.014, de 1973) (PCDF-2005) (PGECE-2008) (PGESP-2009)
(MPDFT-2009) (DPEBA-2010) (MPPB-2010/2011) (MPSP-2011) (TRF3-2011) (TJPI-2012) (TJCE-2012)
(MPPR-2013) (DPERR-2013) (MPMT-2012/2014) (TJDFT-2014) (MPMG-2014) (DPECE-2014) (PGM-São
Paulo/SP-2014) (PGEPE-2018) (MPPI-2019) (MPSC-2019) (TJSP-2021) (MPAP-2021)
Art. 17-C (...) § 3º Não haverá remessa necessária nas sentenças de que trata esta Lei.
#Atenção: O art. 19, caput, da LAP dispõe que só está sujeita ao duplo grau de jurisdição a
sentença que concluir pela carência ou improcedência da ação. No presente caso, a sentença foi de
parcial procedência, de forma só está sujeita à remessa oficial na parte que julgou improcedente o
pedido formulado na inicial da ação popular. Desse modo, a remessa necessária tem efeito
devolutivo amplo, pois permite que o tribunal adentre amplamente no que foi decidido pelo juiz
de primeira instância. Vejamos o teor da Súmula 325 do STJ: “A remessa oficial devolve ao Tribunal o
reexame de todas as parcelas da condenação suportadas pela Fazenda Pública, inclusive dos honorários de
advogado.”. Portanto, a remessa necessária pode ser parcial, na hipótese de o Poder Público
recorrer apenas de parte da sentença.
#Atenção: A remessa necessária (ou duplo grau de jurisdição obrigatório) é uma condição legal de
eficácia definitiva da sentença que impede o seu trânsito em julgado até que seja apreciada pelo
tribunal hierarquicamente superior ao juízo em que inicialmente tramita a demanda. O duplo
grau de jurisdição, no rito da ação popular, está previsto no art. 19, da LAP. Conforme se nota, a
sentença que julga improcedente a ação popular está sujeita ao duplo grau de jurisdição
obrigatório, não produzindo efeito até que seja confirmada pelo tribunal. A respeito da extensão
da coisa julgada, temos o que dispõe o art. 18, da LAP. Isso significa que a ação popular que for
julgada improcedente sem que tenha havido insuficiência de provas, ou seja, que for julgada
improcedente por qualquer outro fundamento que não seja a falta de provas, fará coisa julgada
"erga omnes", oponível a todos.
#Atenção: #Dica:
Da ação julgada improcedente = sujeita ao duplo grau de jurisdição (reexame
necessário)
Da ação julgada procedente = cabe apelação com efeito suspensivo
§ 1º Das decisões interlocutórias CABE agravo de instrumento. (Redação dada pela Lei nº 6.014,
de 1973) (MPCE-2009) (TJDFT-2014) (Anal. Judic./TJAM-2019) (MPMG-2021)
#Atenção: #DOD: #STJ: #MPMG-2021: Cabe agravo de instrumento contra todas as decisões
interlocutórias proferidas nas ações de improbidade administrativa: Aplica-se à ação de
improbidade administrativa o previsto no art. 19, § 1º, da Lei da Ação Popular, segundo o qual
das decisões interlocutórias cabe agravo de instrumento. A decisão interlocutória proferida no
bojo de uma ação de improbidade administrativa pode ser impugnada por agravo de
instrumento, com base no art. 19, §1º, da Lei 4.717/65, ainda que a hipótese não esteja prevista
no rol do art. 1.015 do CPC. Nas ações de improbidade administrativa, o CPC aplica-se apenas
subsidiariamente, privilegiando-se as normas do Microssistema Processual Coletivo, para
assegurar a efetividade da jurisdição no trato dos direitos coletivos. STJ. 2ª T. REsp 1925492-RJ,
Rel. Min. Herman Benjamin, j. 04/05/21 (Info 695). (...) O STJ possui posição consolidada no
sentido de que “o Código de Processo Civil deve ser aplicado somente de forma subsidiária à Lei
de Improbidade Administrativa” (STJ. 2ª T. REsp 1.217.554/SP, Rel. Min. Eliana Calmon, DJe
22/8/13). Assim, somente se buscará o CPC se não houver regra específica no microssistema de
tutela coletiva.
(MPMG-2021): Assinale a alternativa correta: O Agravo de Instrumento é cabível no caso, não com
amparo no art. 1.015 do CPC, mas por conta da regra do art. 19, § 1°, da Lei 4.715/65, aplicável à ação
civil pública quando esta for omissa e, cumulativamente, a solução adotada para a ação popular
guardar compatibilidade com a ratio e princípios daquela. Logo, havendo norma expressa em
regime processual especial (“Das decisões interlocutórias cabe agravo de instrumento”), não incide o
sistema do CPC/2015. BL: Info 695, STJ.
#Atenção: #DOD: Esse art. 19, § 1º, da Lei de Ação Popular foi afetado com a edição do CPC/15 e,
em especial, pela regra do art. 1.015? NÃO. A jurisprudência do STJ considera que a norma da Lei
de Ação Popular que prevê a impugnação de decisões interlocutórias por agravo de instrumento
não é afastada pelo rol taxativo do CPC. Assim, o amplo cabimento do art. 19, § 1º da Lei de Ação
Popular permaneceu em vigor mesmo após o advento do CPC/2015. Vale ressaltar, inclusive, que
o inciso XIII do art. 1.015 do CPC/2015 contempla o cabimento do agravo de instrumento em
“outros casos expressamente referidos em lei”. Assim, a previsão de cabimento do agravo de
instrumento na Lei de Ação Popular não confronta com a regra do art. 1.015 do CPC.
§ 2º Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso,
PODERÁ RECORRER QUALQUER CIDADÃO e também o MINISTÉRIO PÚBLICO. (Redação
dada pela Lei nº 6.014, de 1973) (MPSP-2005) (PCDF-2005) (MPCE-2009) (MPPB-2011) (TRF3-2011) (TJCE-
2012) (MPMT-2012) (TJDFT-2016) (MPSC-2016) (MPMG-2014/2018) (MPPI-2019) (MPPR-2019) (MPGO-
2022)
(MPPI-2019-CESPE): Julgue o seguinte item, acerca de ação popular: O Ministério Público poderá
interpor recurso contra sentença proferida que julgou improcedente o pedido do autor da ação
popular. BL: art. 19, caput e §2º, LAP.
(MPPR-2019): Nos termos da Lei da Ação Popular, assinale a alternativa correta: O MP, bem como
qualquer cidadão, poderá recorrer das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e
suscetíveis de recurso. BL: art. 19, §2º, LAP.
(MPSC-2016): Segundo a Lei n. 4.717/65 (Ação Popular), ao MP cabe, além de acompanhar a ação
popular, apressar a produção probatória do feito, podendo recorrer da sentença contra a
pretensão do autor da aludida ação, faculdade aberta, ainda, a qualquer outro cidadão. BL: art. 6º,
§4º c/c art. 19, §2º, LAP.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 20. Para os fins desta lei, CONSIDERAM-SE ENTIDADES AUTÁRQUICAS:
a) o serviço estatal descentralizado com personalidade jurídica, custeado mediante orçamento
próprio, independente do orçamento geral; (MPGO-2016)
b) as pessoas jurídicas especialmente instituídas por lei, para a execução de serviços de interesse
público ou social, custeados por tributos de qualquer natureza ou por outros recursos oriundos do
Tesouro Público;
c) as entidades de direito público ou privado a que a lei tiver atribuído competência para receber
e aplicar contribuições parafiscais.
Art. 21. A ação prevista nesta lei PRESCREVE em 5 (cinco) anos. (MPSC-2010) (MPAL-2012)
(MPRR-2012) (MPMS-2013) (MPMG-2011/2014) (TJRJ-2014) (TJMS-2015) (DPEPE-2015) (TJDFT-
2014/2016) (TRF3-2016) (PGM-POA/RS-2016) (MPGO-2010/2019) (DPEDF-2013/2019)
Art. 22. APLICAM-SE à ação popular as regras do Código de Processo Civil, naquilo em que
não contrariem os dispositivos desta lei, nem a natureza específica da ação. (PFN-2007) (MPDFT-2015)
(DPERN-2015-CESPE): Assinale a opção correta no que diz respeito à ação popular: A execução
de multa diária por descumprimento de obrigação fixada em medida liminar concedida em ação
popular independe do trânsito em julgado desta ação, conforme posição do STJ. BL: art. 22, LAP.
#Atenção: #STJ: Segundo o STJ, a execução de multa diária (astreintes) por descumprimento de
obrigação de fazer, fixada em liminar concedida em Ação Popular, pode ser realizada nos
próprios autos, por isso que não carece do trânsito em julgado da sentença final condenatória. É
que a decisão interlocutória, que fixa multa diária por descumprimento de obrigação de fazer, é
título executivo hábil para a execução definitiva. (STJ, REsp 1098028/SP, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª T. j.
09/02/10). Por outro lado, na Ação Civil Pública, segundo o Art. 12, § 2º, da Lei 7.347/85, a multa
cominada liminarmente só será exigível do réu após o trânsito em julgado da decisão favorável
ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver configurado o descumprimento.
Portanto, conclui-se que, na Ação Popular, não há esta exigência de aguardar o trânsito em
julgado, segundo o entendimento do STJ acerca do tema.
H. Castello Branco
Milton Soares Campos
Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.7.1965 e republicado no DOU de 8.4.1974
Súmulas Importantes:
STF:
SÚMULA Nº 365: PESSOA JURÍDICA NÃO TEM LEGITIMIDADE PARA PROPOR AÇÃO
POPULAR. (PCDF-2005) (TJMG-2008) (PGECE-2008) (MPRO-2008) (TJAP-2009) (TJBA-2012) (TJAC-
2012) (MPPR-2012) (MPTO-2012) (MPRR-2012) (MPAL-2012) (DPESC-2012) (MPF-2013) (TJDFT-2014)
(PCDF-2015) (MPMS-2013/2018) (Cartórios/TJMG-2016/2018) (MPMG-2011/2014/2019)
(Cartórios/TJDFT-2019) (MPAP-2012/2021) (DPEGO-2021) (PGEMS-2021) (TCEAM-2021) (TJMG-
2008/2022) (PGM-Florianópolis/SC-2022)