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ADC/ADI – Lei 9868/99.

MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E


JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES

Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.

Última atualização legislativa: nenhuma.

Última atualização jurisprudencial: 01/07/20 – Info 964 (art. 27)

Última atualização questões de concurso: 28/03/2023.

Observações quanto à compreensão do material:


1) Cores utilizadas:
 EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
 EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
 EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação,
especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe
na Lei 9.868/99).
 EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)

2) Siglas utilizadas:
 MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base

LEI No 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999.

Dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e


da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal
Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E DA
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

Art. 1o Esta Lei dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e
da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

CAPÍTULO II
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

Seção I
Da Admissibilidade e do Procedimento da
Ação Direta de Inconstitucionalidade

Art. 2o Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade : (Vide artigo 103 da Constituição
Federal)

I - o Presidente da República; (TJSC-2009) (PGEAM-2010) (TJPR-2012) (DPESP-2012) (PGEAC-


2012) (Cartórios/TJPI-2013) (PCBA-2013) (MPT-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PCPI-
2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (MPPR-2008/2017)
(PGESC-2014/2018) (MPMG-2018) (PGESP-2018) (PCES-2019) (PGM-Florianópolis/SC-2022) (PGM-
Recife/PE-2022)

II - a Mesa do Senado Federal; (TJSC-2009) (PCAP-2010) (TJPR-2012) (TJBA-2012) (DPEMS-


2012) (DPESP-2012) (PGEAC-2012) (PCBA-2013) (MPT-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (PCPI-2014)
(Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT1-2015) (TRT2-2015) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (MPPR-
2008/2017) (PGESC-2014/2018) (PGESP-2018) (PCES-2019) (DPEBA-2021) (PGM-Florianópolis/SC-2022)

III - a Mesa da Câmara dos Deputados; (TJSC-2009) (PCAP-2010) (TJPR-2012) (TJBA-2012)


(DPEMS-2012) (DPESP-2012) (PGEAC-2012) (PCBA-2013) (MPT-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (PCSP-
2014) (Cartórios/TJMG-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (PCPA-2016) (PCPE-
2016) (MPPR-2008/2017) (PGESC-2014/2018) (MPMG-2018) (PGESP-2018) (PCES-2019) (DPEBA-2021)
(PGM-Florianópolis/SC-2022)

#Atenção: A Mesa do Congresso Nacional não tem legitimidade para propor esta ação.

IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal ;


(TJSC-2009) (TJDFT-2011) (TJBA-2012) (TJPA-2012) (MPAP-2012) (MPSP-2012) (DPEMS-2012) (DPESP-
2012) (TRF4-2012) (PGEAC-2012) (PCBA-2013) (MPT-2013) (DPECE-2014) (Cartórios/TJDFT-2014)
(Cartórios/TJSP-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (DPEBA-2016) (PCPA-2016)
(PCPE-2016) (MPPR-2008/2017) (PGESC-2014/2018) (PGESP-2018) (PGETO-2018) (PCMG-2018) (PCES-
2019) (DPESC-2012/2021)

V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal; (TJSC-2009) (PGEAM-2010)


(MPAL-2012) (MPSP-2012) (DPESP-2012) (PGEAC-2012) (PCBA-2013) (MPT-2013) (Cartórios/TJSP-2014)
(PGM-Cuiabá/MT-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015) (TRT1-2015) (TRT2-2015) (TRT8-2015)
(PGM-Salvador/BA-2015) (PGEMA-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (MPPR-2008/2017) (PGESC-
2014/2018) (MPMS-2018) (PGESP-2018) (PGETO-2018) (Cartórios/TJRS-2019) (PCES-2019) (MPMG-2021)
(PGEAL-2021) (PGM-Recife/PE-2022) (Aud. Fiscal-SEFAZ/PE-2022)

VI - o Procurador-Geral da República ; (DPU-2007) (TJSC-2009) (TJPR-2010) (MPPI-2012)


(MPRS-2012) (MPSC-2012) (DPESP-2012) (PGEAC-2012) (Cartórios/TJPI-2013) (PGDF-2013) (PCBA-
2013) (PCGO-2013) (MPT-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (PCSP-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-
2015) (TRT1-2015) (TRT2-2015) (DPEBA-2016) (PCPA-2016) (PCPE-2016) (MPPR-2008/2017) (PGESC-
2014/2018) (PGESP-2018) (PCES-2019) (PGM-Recife/PE-2022)

VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ; (DPU-2007) (TJGO-2009) (TJSC-
2009) (TJPR-2010) (PGEAM-2010) (MPRS-2012) (MPSC-2012) (DPESP-2012) (PGEAC-2012) (TJMA-2013)
(PCBA-2013) (MPT-2013) (DPECE-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (TJMS-2015)
(Cartórios/TJMG-2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (DPEBA-2016) (PCPA-2016)
(PCPE-2016) (PGM-São Luís/MA-2016) (MPPR-2008/2017) (PGESC-2014/2018) (PGESP-2018) (PGETO-
2018) (PCMG-2018) (Cartórios/TJRS-2019) (PCES-2019) (DPESC-2021) (TJMG-2022) (PGM-Recife/PE-
2022)

(PCMG-2018-Fumarc): Segundo precedentes do STF, a comprovação da relação de pertinência


temática em ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade NÃO
é exigida para o Conselho Federal das Ordem dos Advogados do Brasil. BL: art. 2º, VII Lei 9868 e
art. 103, VII, CF.

(TJGO-2009-FCC): Conforme a disciplina do controle de constitucionalidade no ordenamento


jurídico brasileiro, o Conselho Federal da OAB pode propor ADI, ADC e ADPF, perante o STF,
sem exigência de pertinência temática. BL: art. 2º, VII Lei 9868 e art. 103, VII, CF.

VIII - partido político com representação no Congresso Nacional ; (MPRO-2008) (TJSC-2009)


(PCRJ-2009) (PGEGO-2010) (TJRJ-2011) (MPRJ-2012) (MPSC-2012) (MPSP-2012) (DPESP-2012) (TRF4-
2012) (PGEAC-2012) (TJMA-2008/2013) (Cartórios/TJPI-2013) (PCBA-2013) (MPT-2013) (MPMT-2014)
(TRF2-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJSP-2014) (TJMS-2015) (TRF5-2015) (Cartórios/TJMG-
2015) (Cartórios/TJRS-2015) (PGERS-2015) (TRT2-2015) (PGEMA-2016) (PGEMS-2016) (PCPA-2016)
(PCPE-2016) (MPPR-2008/2017) (PGESC-2014/2018) (PCSP-2014/2018) (MPMG-2018) (PGESP-2018)
(PGETO-2018) (TJAC-2019) (Cartórios/TJRS-2019) (PCES-2019) (DPESC-2012/2021) (TJPR-2021) (PGEPB-
2021) (Cartórios/TJSC-2021) (PGM-Recife/PE-2014/2022) (MPSE-2022)

(TJAC-2019-VUNESP): Assinale a alternativa que está de acordo com o direito pátrio no que
tange ao controle de constitucionalidade concentrado: A perda superveniente A perda
superveniente de representação parlamentar de Partido Político não o desqualifica para
permanecer no polo ativo da ação direta de inconstitucionalidade. BL: art. 2º, VIII, Lei 9868; art.
103, VIII, CF e entendimento jurisprudencial.

(Cartórios/TJRS-2019-VUNESP): No que diz respeito ao controle de constitucionalidade


brasileiro, é correto afirmar sobre a pertinência temática na ação direta de inconstitucionalidade
(ADI): Os partidos políticos com representação no Congresso Nacional podem ajuizar a ADI,
independentemente de seu conteúdo material, eis que não incide sobre as agremiações partidárias
a restrição da pertinência temática. BL: art. 2º, VIII da Lei 9868 e art. 103, VIII, CF.

#Atenção: #STF: #PCRJ-2009: #PGEGO-2010: #MPT-2013: #TRF2-2014: #Cartórios/TJDFT-2014:


#TRF5-2015: #MPSP-2019: #TJPR-2021: #CESPE: #FGV: Conforme o STF, “Partido político.
Legitimidade ativa. Aferição no momento da sua propositura. Perda superveniente de representação
parlamentar. Não desqualificação para permanecer no polo ativo da relação processual. Objetividade e
indisponibilidade da ação” (ADI 2.618 AgR-AgR, rel. min. Gilmar Mendes, j. 12/8/04).

(TJMS-2015-VUNESP): Segundo a CF/88 e a jurisprudência do STF, são dois exemplos de


legitimados universais para a propositura da ação declaratória de constitucionalidade: o Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e os partidos políticos com representação no
Congresso Nacional. BL: art. 2º, § único, VII e VIII, Lei 9868 e art. 103, VII e VIII, CF.

IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. (TJSC-2009) (PGEAM-


2010) (TJCE-2012) (MPSC-2012) (MPSP-2012) (DPESP-2012) (PGEAC-2012) (PCMA-2012) (DPERR-2013)
(PCBA-2013) (MPT-2013) (Cartórios/TJSP-2014) (PCSP-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (PGERS-2015)
(TRT1-2015) (TRT2-2015) (DPEBA-2016) (PGEMS-2016) (PCPA-2016) (MPPR-2008/2017) (PCMS-2017)
(PGESC-2014/2018) (MPMG-2018) (PGESP-2018) (PGETO-2018) (PCMG-2018) (Cartórios/TJRS-2019)
(PCES-2019) (DPESC-2012/2021) (PGECE-2021) (PGEPB-2021) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RR-2021)

(TJMA-2013-CESPE): Para ajuizar ação declaratória de constitucionalidade, o partido político com


representação no Congresso Nacional deve estar representado por advogado.

#Atenção: No controle concentrado de constitucionalidade, a petição inicial nem sempre precisa


ser assinada por advogado. Essa exigência de assinatura da inicial atinge apenas: a) partido
político com representação no Congresso Nacional; e b) Confederação Sindical ou Entidade de
Classe de âmbito nacional. Os demais legitimados têm capacidade postulatória presumida ou
especial.

#Atenção: #STF: #DOD: #PCMA-2012: #DPERR-2013: #PCECE-2021: #CESPE: #FGV: A


entidade de classe de âmbito nacional, por ser um legitimado especial, deverá provar que a
legislação questionada guarda relação de pertinência temática com as finalidades institucionais
dessa entidade. STF. Plenário. ADI 2903, Rel. Min. Celso de Mello, j. 1/12/05.

#Atenção: #STF: #DOD: #PGECE-2021: #PGEPB-2021: #CESPE: Para ser considerada


entidade de classe de âmbito nacional e, assim, ter legitimidade para propor ações de
controle abstrato de constitucionalidade, é necessário que a entidade possua associados em
pelo menos 9 Estados-membros: A CF/88 e a lei preveem que a “entidade de classe de
âmbito nacional” possui legitimidade para propor ADI, ADC e ADPF. A jurisprudência do
STF, contudo, afirma que apenas as entidades de classe com associados ou membros em
pelo menos 9 (nove) Estados da Federação dispõem de legitimidade ativa para ajuizar ação
de controle abstrato de constitucionalidade. Assim, não basta que a entidade declare no
seu estatuto ou ato constitutivo que possui caráter nacional. É necessário que existam
associados ou membros em pelo menos 9 (nove) Estados da Federação. Isso representa 1/3
dos Estados-membros/DF. Trata-se de um critério objetivo construído pelo STF com base
na aplicação analógica da Lei Orgânica dos Partidos Políticos (art. 7º, § 1º, da Lei 9.096/95).
STF. Plenário. ADI 3287, Rel. Marco Aurélio, Relator p/ Acórdão Ricardo Lewandowski, j.
05/08/20 (Info 988 – clipping).

#Atenção: A pertinência temática aplica-se a todas as ações de controle concentrado de


constitucionalidade.

Parágrafo único. (VETADO)

Art. 3o A petição indicará:

I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do


pedido em relação a cada uma das impugnações; (PGEGO-2010)

#Atenção: #STF: Substancial alteração do parâmetro de controle: “Posicionamento da Corte no


sentido de aceitar, em casos excepcionais, o conhecimento da ação, com vistas à máxima efetividade
da jurisdição constitucional, ante a constatação de que a inconstitucionalidade persiste e é atual.
[ADI 2.087, rel. min. Dias Toffoli, j. 12-4-2018, P, DJE de 8-5-2018.]”

II - o pedido, com suas especificações.

Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando


subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato
normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação . (DPEMT-
2009) (PGEGO-2010) (TJPI-2012) (TJSP-2013)

Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente


SERÃO LIMINARMENTE INDEFERIDAS pelo relator. (TJPR-2008) (PGEGO-2010) (MPMG-2011)
(PGERO-2011) (PGM-Salvador/BA-2015) (Cartórios/TJRS-2019)

Parágrafo único. CABE AGRAVO da decisão que INDEFERIR a petição inicial. (TJPR-2008)
(PGEGO-2010) (MPMG-2011) (PGERO-2011) (DPEMS-2012) (MPSC-2014)

(DPEMS-2012-VUNESP): Assinale a alternativa correta sobre o processo e julgamento da ação


direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o STF: Cabe
agravo da decisão que indeferir a petição inicial. BL: art. 4º, §único, Lei 9868.

Art. 5o PROPOSTA a ação direta, NÃO SE ADMITIRÁ DESISTÊNCIA. (TJPI-2007) (TJMA-


2008) (MPMT-2008) (DPECE-2008) (TJRJ-2011) (TJRO-2011) (MPMG-2011) (PGERO-2011) (MPAL-2012)
(DPEMS-2012) (TJSP-2013) (PCRO-2009/2014) (MPAC-2014) (MPSC-2014) (TJDFT-2015) (MPBA-2015)
(TRT1-2015) (Cartórios/TJMG-2016) (PGESC-2018) (PGETO-2018) (PCSP-2018) (TJAL-2019) (MPSP-2019)
(PGEMS-2021) (PGEPA-2022) (PGM-Recife/PE-2022) (Aud. Fiscal-SEFAZ/PE-2022)

Parágrafo único. (VETADO)

(TJRJ-2011-VUNESP): Em se tratando de ADI, o STF firmou o entendimento de que ação dessa


natureza não é suscetível de desistência. BL: art. 5º desta Lei.

#Atenção: Existe vedação expressa em relação à ADI proposta tanto no art. 5º, caput desta Lei
quanto no Regimento Interno do STF.

(TJRO-2011): Na ação direta de inconstitucionalidade não se permite a desistência, e os Ministros


do STF não estão vinculados à causa de pedir. BL: art. 5º desta Lei.

Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou
o ato normativo impugnado. (TJMT-2014)

Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do


recebimento do pedido.

Art. 7o NÃO SE ADMITIRÁ INTERVENÇÃO DE TERCEIROS no processo de ação direta


de inconstitucionalidade. (PGEPE-2009) (PCPB-2009) (DPEGO-2010) (MPDFT-2011) (MPMG-2011)
(TRF1-2011) (PGERO-2011) (TJBA-2012) (MPGO-2012) (TJMA-2013) (DPERR-2013) (TRF5-2013) (PCRO-
2009/2014) (MPMT-2014) (MPSC-2014) (DPEMG-2014) (Cartórios/TJSE-2014) (DPESP-2015) (DPEES-
2016) (Cartórios/TJMG-2017) (TJAL-2019) (TJAC-2019)

#Atenção: Apontamentos sobre o amicus curiae:

#Atenção: #DOD: Conceito e finalidade: É alguém que, mesmo sem ser parte, em razão de sua
representatividade, é chamado ou se oferece para intervir em processo relevante com o objetivo de
apresentar ao Tribunal a sua opinião sobre o debate que está sendo travado nos autos, fazendo
com que a discussão seja amplificada e o órgão julgador possa ter mais elementos para decidir de
forma legítima.

#Atenção: #DOD: Nomenclatura: Amicus curiae, em uma tradução literal do latim, significa
“amigo da corte” ou “amigo do tribunal”. Obs.: amici curiae é o plural de amicus curiae.
#Atenção: #DOD: Natureza jurídica: A maioria da doutrina defende que o amicus curiae seria
uma forma de intervenção anômala de terceiros. Para o Min. Luiz Fux, no entanto, o amigo da
Corte não é parte nem terceiro, mas apenas agente colaborador.

#Atenção: #DOD: Quem pode ser amicus curiae? Pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade
especializada, com representatividade adequada.

§ 1o (VETADO)

§ 2o O relator, CONSIDERANDO a RELEVÂNCIA DA MATÉRIA e a


REPRESENTATIVIDADE DOS POSTULANTES, PODERÁ, por despacho irrecorrível,
ADMITIR, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou
entidades. (PGEPE-2009) (PCPB-2009) (PCRO-2009) (MPRO-2010) (DPEGO-2010) (MPDFT-2011)
(PGERO-2011) (TJBA-2012) (TJCE-2012) (TJDFT-2012) (MPGO-2012) (MPSP-2012) (TRF2-2009/2013)
(TJMA-2013) (DPERR-2013) (MPMT-2014) (DPEMG-2014) (DPEPB-2014) (TRF1-2011/2015) (DPESP-
2015) (DPEES-2016) (MPT-2017) (PGM-BH/MG-2017) (DPERJ-2021) (PCBA-2022)

#Atenção: #STF: #DOD: #TJBA-2019: #MPAP-2021: #DPERJ-2021: #CESPE: #FGV: A decisão do


Relator que INADMITE o ingresso do amicus curiae é recorrível? O tema ainda não está
pacificado. Temos 2 duas posições sobre o tema: i) É recorrível a decisão denegatória de
ingresso no feito como amicus curiae. É possível a impugnação recursal por parte de terceiro,
quando denegada sua participação na qualidade de amicus curiae. STF. Plenário. ADI 3396
AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, j. 6/8/20 (Info 985); ii) É irrecorrível a decisão denegatória de
ingresso no feito como amicus curiae. Assim, tanto a decisão do Relator que ADMITE como a
que INADMITE o ingresso do amicus curiae é irrecorrível. STF. Plenário. RE 602584 AgR/DF,
rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, j. 17/10/18 (repercussão geral) (Info
920).

#Atenção: #STF: É excepcional a participação de terceiro no processo subjetivo. Tendo em vista a


limitada abrangência da representatividade da agravante, sendo certo, ainda, que a tese por ela
defendida já se encontra titularizada por entidades admitidas como amici curiae com
representatividade mais ampla, mostra-se legítimo o indeferimento de seu pedido de ingresso no
feito como amicas curiae. STF, ADI 5.464, rel. min. Dias Toffoli, j. 27-10-17, Plenário, DJE 17-11-17.

#Atenção: #STF: O requisito da representatividade adequada exige do requerente, além da


capacidade de representação de um conjunto de pessoas, a existência de uma preocupação
institucional e a capacidade de efetivamente contribuir para o debate. Havendo concorrência de
pedidos de ingresso oriundos de instituições com deveres, interesses e poderes de
representação total ou parcialmente coincidentes, por razões de racionalidade e economia
processual, defere-se o ingresso do postulante dotado de representatividade mais ampla. STF,
RE 808.202-AgR, rel min. Dias Toffoli, j. 9-6-2017, Plenário, DJE de 30-6-17.

(TJMS-2020-FCC): A Constituição Federal estabelece que a Arguição de Descumprimento de


Preceito Fundamental, dela decorrente, será apreciada pelo STF, na forma da lei. A esse propósito,
considerada a regulamentação da matéria à luz da jurisprudência da referida Corte, admite-se o
ingresso de amici curiae na ADPF, pela aplicação, por analogia, do estabelecido em lei
relativamente à ação direta de inconstitucionalidade, desde que demonstradas a relevância da
matéria e a representatividade dos postulantes. BL: art. 138, caput, NCPC c/c art. 7º, §2º, Lei 9868
e Entend. Jurisprud..

#Atenção: #DOD: #STF: #TRF1-2015: #TJMS-2020: #CESPE: #FCC: A Lei 9.882/99 (Lei da ADPF)
não possui previsão expressa acerca do amicus curiae, o que não impede, porém, sua intervenção
quando do julgamento de ADPFs. A aplicação decorre de aplicação analógica do art. 7º, §2º, da Lei
9.868/99 (Lei da ADI) e é louvável medida que visa conferir maior legitimidade democrática às
decisões de cariz objetivo da Corte. A título de exemplo, vejamos o seguinte julgado do STF:
“Diante do exposto, com base no disposto no art. 7º, §2º, da Lei 9.868/99, aqui aplicável por analogia, e o
art. 138, caput, do CPC, admito a Associação dos Magistrados Brasileiros – AMB, como amicus curiae,
facultando-lhe a apresentação de informações, memoriais escritos nos autos e de sustentação oral por ocasião
do julgamento definitivo do mérito da presente ADPF”. (STF. Decisão monocrática. ADPF 403/SE, rel.
Min. Edson Fachin, j. 26/06/18).

(TJAL-2015-FCC): A ação declaratória de constitucionalidade observa processo objetivo que


admite a manifestação de órgãos ou entidades a título de amici curiae, ainda que o permissivo
legal específico que autorizaria sua intervenção tenha sido vetado pelo Presidente da República.
BL: art. 7º,§2º da Lei 9.868/99.

(TJDFT-2012): Embora não seja admitida a intervenção de terceiros no processo da ADI, o STF
vem permitindo o “amicus curiae”, para possibilitar à sociedade um mais amplo debate da
questão constitucional. BL: art. 7º,§2º da Lei 9.868/99.

#Atenção: Uma das características do controle concentrado de constitucionalidade é a


inadmissibilidade de intervenção de terceiros (art. 7º, caput desta Lei). Mas o relator,
considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por
despacho irrecorrível, admitir a manifestação de outros órgãos ou entidades (art. 7º, §2º desta
Lei), o que abre espaço para a figura do amicus curiae, conforme já decidiu o STF na ADI 2238.
Assim, pode-se dizer que a atuação do amicus curiae tem natureza sui generis.

Art. 8o Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-


Geral da União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no
prazo de quinze dias. (AGU-2010) (PGERO-2011) (PCBA-2022)

Art. 9o Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos
os Ministros, e pedirá dia para julgamento.

§ 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de


notória insuficiência das informações existentes nos autos, PODERÁ o relator REQUISITAR
informações adicionais, DESIGNAR perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a
questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e
autoridade na matéria. (AGU-2010) (TJCE-2012) (MPMT-2014) (PGEMS-2014) (DPESP-2015) (TRF1-
2015) (MPBA-2015/2018) (PGESP-2018) (DPEMG-2019)

(MPGO-2016): É possível a apuração de questões fáticas, tanto que se admite, por exemplo, a
designação de peritos em caso de necessidade de esclarecimentos de circunstância de fato. BL: art.
9º, §1º, da Lei.

(PGM-Recife/PE-2014-FCC): Ao dispor sobre o processamento da ação direta de


inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade, a Lei 9.868/99, expressamente
autoriza a realização pelo STF de audiências públicas para ouvir depoimentos de pessoas com
experiência e autoridade na matéria, em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou
circunstância de fato ou, de notória insuficiência das informações existentes nos autos. BL: art. 9º,
§1º, da Lei.

§ 2o O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais
federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua
jurisdição. (AGU-2010)

§ 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão


realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.

Seção II
Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade

Art. 10. SALVO no período de recesso, a MEDIDA CAUTELAR na ação direta SERÁ
CONCEDIDA por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no
art. 22 [obs.: quórum de 8 Ministros], após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou
a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias . (TJTO-2007)
(TJMA-2008) (DPEPI-2009) (PGEPA-2011) (MPGO-2012) (PCMA-2012) (DPERR-2013) (TJMT-2014)
(MPAC-2014) (TRF2-2014) (DPEPA-2015) (MPT-2015) (PFN-2015) (TJAL-2019) (Cartórios/TJRS-2019)
(MPSC-2021)

(TJMT-2014-FMP): É possível a concessão de medida liminar nas ações diretas de


inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal. BL: art. 10, Lei 9868/99 e art. 102, I, “p”, CF.

(TJMA-2008): Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por
decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, após a audiência dos órgãos ou
autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado. BL: art. 10 desta Lei.

§ 1o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-


Geral da República, no prazo de três dias.

§ 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, SERÁ FACULTADA sustentação oral aos


representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição
do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal . (MPGO-2012) (PCBA-2022)

(PCBA-2022-IBFC): Acerca da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADI por


Omissão) e do seu julgamento pelo STF, analise a afirmativa a seguir: No julgamento do pedido
de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e
das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional, na forma estabelecida no
Regimento do Tribunal. BL: art. 10, §2º, Lei 9868.

§ 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a


audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.

Art. 11. CONCEDIDA a MEDIDA CAUTELAR, o Supremo Tribunal Federal fará publicar
em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva
da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver
emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste
Capítulo. (MPCE-2011) (TJMS-2012) (PGM-Cuiabá/MT-2014) (DPEPA-2015) (TRF5-2015) (TJAL-
2015/2019) (Cartórios/TJMG-2019)

§ 1o A MEDIDA CAUTELAR, dotada de eficácia contra todos, SERÁ CONCEDIDA com


efeito ex nunc [obs.: regra geral], SALVO se o Tribunal entender que DEVA CONCEDER-LHE
eficácia retroativa. [obs.: efeito ‘ex tunc’ – exceção] (DPEMT-2009) (DPEGO-2010) (MPDFT-2011)
(PGEPA-2011) (PGEMG-2012) (PCMA-2012) (MPSP-2013) (DPEPR-2014) (PGM-Cuiabá/MT-2014)
(PGM-São Paulo/SP-2014) (TJAL-2015) (DPEPA-2015) (TRF5-2015) (PGERS-2015) (TRT16-2015)
(PGEMA-2016) (TJRS-2018) (MPMG-2018) (PGETO-2018) (PCSP-2018) (TJRJ-2011/2019)
(Cartórios/TJMG-2016/2019) (TJPR-2019) (Anal. Judic./TRF4-2019)

(TJPR-2019-CESPE): O STF pode, por decisão da maioria absoluta de seus membros, deferir
pedido de medida cautelar em ação declaratória de constitucionalidade, determinando que juízes
e tribunais suspendam o julgamento de processos que envolvam a aplicação de lei ou de ato
normativo objeto da referida ação até o seu julgamento definitivo. Nesse sentido, a medida
cautelar em ação declaratória de constitucionalidade, até o julgamento final da ação, produzirá
efeito vinculante e eficácia ex nunc. BL: art. 11, §1º c/c art. 21 Lei 9868/99.

#Atenção: Cumpre destacar que o art. 11 da Lei 9868/99, em que pese esteja no capítulo relativo a
ADI, também se aplica à ADC. Tal raciocínio decorre do art. 21 da Lei 9868/99, que assim dispõe:
“O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de
medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os
juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato
normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.”. Percebe-se, portanto que o comando é geral
(“juízes e os Tribunais”), motivo pela qual se depreende ser vinculante. Além disso, não prevê
retroação dos efeitos: pelo contrário, o § único do art. 21 prevê perda automática da eficácia
cautelar se o Tribunal não julgar o feito em 180 dias.

(MPMG-2018): De acordo com a Lei 9.868/99, é coreto afirmar: a medida cautelar, na Ação Direta
de Inconstitucionalidade, será dotada de eficácia contra todos, e concedida com efeito ex nunc,
salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. BL: art. 11, §1º, Lei
9868/99.

§ 2o A concessão DA MEDIDA CAUTELAR TORNA APLICÁVEL a legislação anterior


ACASO EXISTENTE, SALVO expressa manifestação em sentido contrário. [obs.: efeito
repristinatório tácito = efeito automático.] (DPEMT-2009) (MPCE-2011) (PGEPA-2011) (PGERO-2011)
(TJMG-2012) (TJMS-2012) (DPEMS-2012) (PCMA-2012) (DPERR-2013) (DPEPR-2014)
(PGM-Cuiabá/MT-2014) (TJAL-2015) (PGEPR-2015) (MPF-2017) (PGEAC-2017) (TJRS-2018) (MPMG-
2018) (PGETO-2018) (MPSP-2011/2013/2019) (TJRJ-2013/2019) (TJPR-2019) (MPPR-2019) (Cartórios/TJRS-
2019) (TJGO-2021) (MPDFT-2021) (Cartórios/TJGO-2021) (PGERS-2021) (PCSP-2018/2022)

(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: A declaração final de inconstitucionalidade, quando


proferida em sede de fiscalização normativa abstrata, considerado o efeito repristinatório que lhe é
inerente, importa em restauração das normas estatais anteriormente revogadas pelo diploma
normativo objeto do juízo de inconstitucionalidade. BL: art. 11, §2º, Lei 9868/99 e Entend.
Jurisprud.

#Atenção: #STF: #TJRJ-2013: #MPF-2017: #MPSP-2011/2019: #TJGO-2021: #MPDFT-2021:


#Cartórios/TJGO-2021: #PGERS-2021: #PCSP-2022: #CESPE: #FCC: #Fundatec: #VUNESP: A
declaração final de inconstitucionalidade, quando proferida pelo STF em sede de fiscalização
normativa abstrata, importa - considerado o efeito repristinatório que lhe é inerente - em
restauração das normas estatais anteriormente revogadas pelo diploma normativo objeto do
juízo de inconstitucionalidade, eis que o ato inconstitucional, por ser juridicamente inválido
(RTJ 146/461-462), sequer possui eficácia derrogatória. Doutrina. Precedentes (STF). STF.
Plenário. ADI 2867, Min. Rel. Celso de Mello, j. 03/12/03. Desse modo, a declaração da
inconstitucionalidade de uma norma pelo STF acarreta o efeito repristinatório em relação à
legislação anterior, que por ela havia sido revogada. Exemplificativamente, se a “Lei 2” revoga a
“Lei 1”, a posterior declaração da inconstitucionalidade da “Lei 2” produz efeito repristinatório
em relação à “Lei 1”, que volta a viger em todo o período em que esteve no ordenamento jurídico
a “Lei 2”. Como, em regra, a declaração da inconstitucionalidade da “Lei 2” opera efeitos
retroativos (ex tunc), retirando-a do ordenamento jurídico desde o seu nascimento, a anterior
revogação da “Lei 1” é desfeita (essa revogação, na verdade, não ocorreu!) e, com isso, esta volta a
viger em todo o período, sem interrupção. Conforme explica Marcelo Novelino: “Nos casos em que
a decisão proferida pelo STF declarar a inconstitucionalidade de uma lei com efeitos retroativos (ex tunc), a
legislação anteriormente revogada voltará a produzir efeitos, desde que compatível com a Constituição.
Ocorre, portanto, o fenômeno conhecido como efeito repristinatório tácito. Isso ocorre porque a lei
inconstitucional é considerada um ato nulo, ou seja, com um vício de origem insanável. Sendo este
vício reconhecido e declarado desde o surgimento da lei, não se pode admitir que ela tenha revogado uma lei
válida. (...)” (Manual de Direito Constitucional. 9ª ed., São Paulo: Método, 2014, p. 475).

(PCSP-2018-VUNESP): Assinale a alternativa correta a respeito do Controle de


Constitucionalidade no Brasil: A medida cautelar deferida na Ação Direta de
Inconstitucionalidade, que será em regra dotada de eficácia contra todos de efeito ex nunc, torna
aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo manifestação expressa em sentido contrário.
BL: art. 11, §§1º e 2º, Lei 9868/99.

(PGM-São Paulo/SP-2014-VUNESP): No que se refere às decisões concessivas de medida


cautelar, proferidas pelo STF, nas ações diretas de inconstitucionalidade, é correto afirmar, como
regra geral, que a norma tem sua eficácia suspensa, com efeito vinculante, ex nunc e erga omnes. BL:
art. 11, §§1º e 2º, Lei 9868/99.

#Atenção: #DPERR-2013: #PGM-São Paulo/SP-2014: #CESPE: #VUNESP: A eficácia de uma


liminar concedida em sede de ADI opera, regra geral, com efeitos ex nunc, podendo ter efeitos ex
tunc, em caráter excepcional, se o STF assim o declarar expressamente, demonstrando a
conveniência da medida. Ademais, a concessão de medida cautelar torna aplicável a legislação
anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário, nos exatos termos do
art. 11 §2º desta Lei.

(PCMA-2012-FGV): Acerca da concessão de medidas cautelares em ações de controle abstrato de


constitucionalidade, assinale a afirmativa correta: A medida cautelar em ação direta de
inconstitucionalidade tem efeitos ex nunc, ressalvada a possibilidade de concessão de efeitos
retroativos à decisão. BL: art. 11, §§1º e 2º, Lei 9868/99.

Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e
de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das
informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do
Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo
diretamente ao Tribunal, que TERÁ a FACULDADE de julgar definitivamente a ação. (MPGO-
2012) (PGEMG-2012) (DPERR-2013) (MPMG-2018)
Capítulo II-A
(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão

Seção I
(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 

Art. 12-A.  PODEM PROPOR a AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR


OMISSÃO os legitimados à propositura da AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE e
da AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE . (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).
(TJGO-2009) (TJMS-2010) (TJPE-2011) (TRT2-2016)

Art. 12-B.  A petição indicará: (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). (TJMS-2010)

I - a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimento de dever


constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa;  (Incluído
pela Lei nº 12.063, de 2009). (TRF4-2010) (DPERO-2012) (TRF1-2015) (PGEAC-2017) (PGM-Curitiba/PR-
2019)

II - o pedido, com suas especificações. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Parágrafo único.  A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, se for o caso,


será apresentada em 2 (duas) vias, devendo conter cópias dos documentos necessários para
comprovar a alegação de omissão. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Art. 12-C.  A petição inicial inepta, não fundamentada, e a manifestamente improcedente


serão liminarmente indeferidas pelo relator. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Parágrafo único.  Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. (Incluído pela Lei nº
12.063, de 2009). (TJPE-2011) (DPERR-2013) (Cartórios/TJMG-2016)

Art. 12-D.  PROPOSTA a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, NÃO SE


ADMITIRÁ desistência. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). (TJPE-2011) (Cartórios/TJMG-2016)
(TRT2-2016) (PGETO-2018) (MPSP-2019) (PGEMS-2021) (PCBA-2022)

Art. 12-E.  APLICAM-SE ao procedimento da AÇÃO DIRETA DE


INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO, no que couber, as disposições constantes da
Seção I do Capítulo II desta Lei .  (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). (TRF2-2009) (TJCE-2012)
(TJMA-2013) (DPEPR-2014)

(TJCE-2012-CESPE): No que se refere ao controle de constitucionalidade no ordenamento jurídico


nacional, assinale a opção correta: Na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, admite-se
a participação do amicus curiae, bem como de peritos especializados na realização de audiências
públicas. BL: art. 7º, §2º c/c art. 9º, §1º1 e art. 12-E desta Lei.

§ 1o  Os demais titulares referidos no art. 2 o desta Lei PODERÃO MANIFESTAR-SE, por
escrito, sobre o OBJETO DA AÇÃO e PEDIR a JUNTADA DE DOCUMENTOS reputados úteis
para o exame da matéria, no prazo das INFORMAÇÕES, bem como APRESENTAR
MEMORIAIS. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). (TRF1-2011)

1
Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade. § 1o
(VETADO) § 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes,
poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação
de outros órgãos ou entidades. (...) Art. 9o Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o
relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento. § 1o Em caso de necessidade de
esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes
nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para
que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas
com experiência e autoridade na matéria. (...)
Art. 2o Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade: (Vide artigo 103 da Constituição
Federal)
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Parágrafo único. (VETADO)

(TRF1-2011-CESPE): Considerando a disciplina constitucional a respeito do controle de


constitucionalidade das leis e dos atos normativos, assinale a opção correta: Uma vez proposta a
ADI por omissão, todos os demais legitimados podem manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da
ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o exame da matéria, no prazo das
informações, bem como apresentar memoriais. BL: art. 12-E, §1º desta Lei.

§ 2o  O relator PODERÁ SOLICITAR a manifestação do Advogado-Geral da União, que


deverá ser encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). (TRF2-
2009) (Cartórios/TJMT-2014)

§ 3o  O Procurador-Geral da República, nas ações em que não for autor, TERÁ VISTA do
processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso do prazo para informações . (Incluído pela Lei nº
12.063, de 2009). (TRF2-2009) (Cartórios/TJMT-2014)

Seção II
(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 

Art. 12-F.  Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por decisão
da maioria absoluta de seus membros, observado o disposto no art. 22, PODERÁ CONCEDER
MEDIDA CAUTELAR, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela OMISSÃO
INCONSTITUCIONAL, que DEVERÃO PRONUNCIAR-SE no prazo de 5 (cinco) dias. (Incluído
pela Lei nº 12.063, de 2009). (DPU-2010) (TJPE-2011) (TJAC-2012) (TJRS-2012) (PCMA-2012) (DPERR-
2013) (Cartórios/TJDFT-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (PCPI-2014) (TRF5-2011/2015) (TRT1-2015) (PFN-
2015) (Cartórios/TJMG-2016) (MPT-2017) (MPBA-2018) (TJAL-2019) (PGEMS-2021)

(TJAC-2012-CESPE): O STF pode conceder medida cautelar em ação direta de


inconstitucionalidade por omissão, em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, por
decisão da maioria absoluta de seus membros, após audiência dos órgãos ou autoridades
responsáveis pela omissão constitucional. BL: art. 12-F desta Lei.

§ 1o  A MEDIDA CAUTELAR PODERÁ CONSISTIR na suspensão da aplicação da lei ou


do ato normativo questionado, no caso de OMISSÃO PARCIAL, bem como na suspensão de
processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou AINDA em outra providência A SER
FIXADA pelo Tribunal. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). (TJAL-2015) (TRT1-2015) (MPT-2017)
(PCBA-2022)

(PCBA-2022-IBFC): Acerca da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADI por


Omissão) e do seu julgamento pelo STF, analise a afirmativa a seguir: A medida cautelar em ADI
por Omissão poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado,
no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos
administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal. BL: art. 12-F, §1º, Lei
9868.

(MPT-2017): Assinale a alternativa correta: Em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade por


Omissão, perante o Supremo Tribunal Federal, é cabível medida cautelar, a qual poderá consistir
na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão parcial,
bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em
outra providência a ser fixada pelo Tribunal. BL: art. 12-F, caput e §1º, Lei 9868.

(TJAL-2015-FCC): É cabível a concessão de medida cautelar em sede de ação direta de


inconstitucionalidade por omissão para suspender a aplicação da lei ou do ato normativo
questionado, no caso de omissão parcial. BL: art. 12-F, §1º, Lei 9868.

§ 2o  O relator, julgando indispensável, ouvirá o Procurador-Geral da República, no prazo de 3


(três) dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

§ 3o  No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos
representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão
inconstitucional, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. (Incluído pela Lei nº 12.063, de
2009).

Art.12-G.  Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar, em seção
especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União, a parte dispositiva da decisão no
prazo de 10 (dez) dias, devendo solicitar as informações à autoridade ou ao órgão responsável pela
omissão inconstitucional, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I do
Capítulo II desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Seção III
(Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009).

Da Decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 

Art. 12-H.  Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto no


art. 22, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias. (Incluído
pela Lei nº 12.063, de 2009). (TJPE-2013) (Cartórios/TJMT-2014) (Cartórios/TJMG-2015) (MPBA-2018)
(TJGO-2021) (PGERS-2021) (PCPR-2021) (MPGO-2010/2022) (PCSP-2022)

(PCPR-2021-UFPR): Assinale a alternativa correta a respeito do controle de constitucionalidade no


direito brasileiro: Declarada a inconstitucionalidade por omissão, será dada ciência ao poder
competente para a adoção das providências necessárias. BL: art. 12-H, caput, da Lei 9868.

§ 1o  Em caso de OMISSÃO imputável a órgão administrativo, as providências DEVERÃO


SER ADOTADAS no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado
excepcionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse
público envolvido. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). (TJRO-2011) (PGEMG-2012) (TJPE-2011/2013)
(MPT-2013) (DPERS-2014) (Cartórios/TJMT-2014) (TJDFT-2015) (Cartórios/TJMG-2015) (MPMG-
2011/2018) (MPBA-2018) (TJAC-2019) (MPSC-2016/2019) (TJGO-2009/2021) (DPERJ-2021) (PGERS-2021)
(MPGO-2010/2022) (PCBA-2022) (PCSP-2022) (Anal. Judic./TRT9-2022)

(MPBA-2018): Sobre o controle de constitucionalidade, levando em conta a legislação


constitucional, assinale a alternativa correta: Declarada a inconstitucionalidade por omissão para
tornar efetiva norma constitucional será dada ciência ao Poder competente para a adoção das
providências necessárias e, em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências
deverão ser adotadas no prazo de 30 dias, ou em prazo razoável a ser estipulado
excepcionalmente pelo STF, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse
público envolvido. BL: art. 12-H, caput e §1º, da Lei 9868 e art. 103, §2º, CF.2

(PGEMG-2012-Fumarc): Assinale a alternativa correta: A Ação Direta de Inconstitucionalidade


por Omissão visa reparar a falta de medida regulamentadora de artigo com eficácia limitada da
Constituição Federal, gerando determinações administrativas ou apelos ao legislador para que
preencham a lacuna do ordenamento, gerada pela falta de norma regulamentadora. BL: art. 12-H,
caput e §1º, da Lei 9868 e art. 103, §2º, CF.

2
Art. 103. (...) § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se
tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
§ 2o  Aplica-se à decisão da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que
couber, o disposto no Capítulo IV desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). (PGEAL-2009)

CAPÍTULO III
DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

Seção I
Da Admissibilidade e do Procedimento da
Ação Declaratória de Constitucionalidade

Art. 13. PODEM PROPOR a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato


normativo FEDERAL: (Vide artigo 103 da Constituição Federal) (TJGO-2009) (PGEAC-2012) (TRF5-
2015) (MPMS-2013/2018) (Aud. Fiscal-SEFAZ/PE-2022)

I - o Presidente da República;

II - a Mesa da Câmara dos Deputados;

III - a Mesa do Senado Federal;

IV - o Procurador-Geral da República.

Art. 14. A petição inicial INDICARÁ:

I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido;

II - o pedido, com suas especificações;

III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da


ação declaratória. (TJSE-2008) (AGU-2012) (Anal. Judic./STF-2013) (TJMT-2014) (PGEMS-2014)
(MPGO-2016) (MPMG-2017) (MPBA-2018) (DPEMA-2018) (PGESP-2018) (Cartórios/TJRS-2019)

#Atenção: #STF: #DOD: #MPGO-2016: #MPMG-2017: #MPBA-2018: A Lei 9.868/99, ao tratar


sobre o procedimento da ADC, prevê, em seu art. 14, os requisitos da petição inicial. Um desses
requisitos exigidos é se demonstre que existe controvérsia judicial relevante sobre a lei objeto
da ação. Em outras palavras, só cabe ADC se houver uma divergência na jurisprudência sobre a
constitucionalidade daquela lei, ou seja, é necessário que existam juízes ou Tribunais
decidindo que aquela lei é inconstitucional. Se não existirem decisões contrárias à lei, não há
razão para se propor a ADC. É possível que uma lei, dias após ser editada, já seja objeto de
ADC? É possível preencher o requisito da “controvérsia judicial relevante” com poucos dias de
vigência do ato normativo? SIM. Mesmo a lei ou ato normativo possuindo pouco tempo de
vigência, já é possível preencher o requisito da controvérsia judicial relevante se houver
decisões julgando essa lei ou ato normativo inconstitucional. O STF decidiu que o requisito
relativo à existência de controvérsia judicial relevante é qualitativo e não quantitativo. Em
outras palavras, para verificar se existe a controvérsia não se examina apenas o número de
decisões judiciais. Não é necessário que haja muitas decisões em sentido contrário à lei. Mesmo
havendo ainda poucas decisões julgando inconstitucional a lei já pode ser possível o
ajuizamento da ADC se o ato normativo impugnado for uma emenda constitucional (expressão
mais elevada da vontade do parlamento brasileiro) ou mesmo em se tratando de lei se a matéria
nela versada for relevante e houver risco de decisões contrárias à sua constitucionalidade se
multiplicarem. STF. Plenário. ADI 5316 MC/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. 21/5/2015 (Info 786).

(DPEMA-2018-FCC): A ação que tem como pressuposto fático a existência de decisões de


constitucionalidade, em processos concretos, contrárias à posição governamental é conhecida
como ação declaratória de constitucionalidade. BL: art. 14, III, Lei 9868.

#Atenção: José Afonso da Silva explica que a ação declaratória de constitucionalidade “é uma ação
que tem a característica de um meio paralisante de debates em torno de questões jurídicas fundamentais de
interesse coletivo; terá como pressuposto fático a existência de decisões de constitucionalidade, em
processos concretos, contrárias à posição governamental; seu exercício gera um processo
constitucional contencioso, de fato, porque visa desfazer decisões proferidas entre as partes, mediante sua
propositura por uma delas; tem natureza de meio de impugnação antes que de ação, com o mesmo objeto das
contestações, sustentando a constitucionalidade da lei ou ato normativo”. Para o autor, a ADC “gera um
processo constitucional contencioso, de fato, porque visa a desfazer decisões proferidas entre partes,
mediante sua propositura por uma delas. Nesse sentido, ela tem verdadeira natureza de meio de impugnação
antes que de ação, com o mesmo objeto das contestações apresentadas nos processos concretos, sustentando a
constitucionalidade da lei ou ato normativo federal e sem as contrarrazões das partes contrárias. Então, a
rigor, não se trata de processo sem partes e só aparentemente é processo objetivo, porque, no
fundo, no substrato da realidade jurídica em causa, estão as relações materiais controvertidas
que servem de pressupostos de fato da ação.” (Fonte: José Afonso da Silva. Curso de Direito
Constitucional Positivo, 10a edição, 1995, p. 59-60.)

(Anal. Finanças e Controle/CGU-2006-ESAF): Sobre controle de constitucionalidade, assinale a


única opção correta: É requisito de admissibilidade da ação declaratória de constitucionalidade a
demonstração de existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição
objeto da ação declaratória. BL: art. 14, III da Lei 9868/99.

Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando


subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato normativo
questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de declaração
de constitucionalidade.

#Atenção: O objeto da ADC abrange somente a lei federal (não contemplando a estadual), e é
necessário que se demonstre a controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição
objeto da ação declaratória (art. 14, III desta Lei).

Art. 15. A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente


SERÃO LIMINARMENTE INDEFERIDAS pelo relator. (DPERR-2013) (TJDFT-2016)

Parágrafo único. CABE AGRAVO da decisão que indeferir a petição inicial. (DPERR-2013)

Art. 16. Proposta a ação declaratória, NÃO SE ADMITIRÁ DESISTÊNCIA. (TJRJ-2011)


(TRT2-2016) (PGESP-2018) (MPSP-2019) (Aud. Fiscal-SEFAZ/PE-2022)

Art. 17. (VETADO)

Art. 18. NÃO SE ADMITIRÁ INTERVENÇÃO DE TERCEIROS no processo de ação


declaratória de constitucionalidade. (PCRO-2009) (TRF1-2011)

§ 1o (VETADO)

§ 2o (VETADO)

Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, será aberta vista ao Procurador-Geral da
República, que deverá pronunciar-se no prazo de quinze dias.

Art. 20. Vencido o prazo do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os
Ministros, e pedirá dia para julgamento.

§ 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de


notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações
adicionais, DESIGNAR perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão ou
fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade
na matéria. (DPESP-2015) (MPBA-2015/2018) (PGESP-2018)

§ 2o O relator poderá solicitar, ainda, informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais
federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma questionada no âmbito de sua
jurisdição.

§ 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão


realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.
Seção II
Da Medida Cautelar em Ação Declaratória
de Constitucionalidade

Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão DA MAIORIA ABSOLUTA de seus
membros, PODERÁ DEFERIR pedido de medida cautelar na ação declaratória de
constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais SUSPENDAM o
julgamento dos processos que ENVOLVAM a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação
até seu julgamento definitivo . (DPECE-2008) (TJPR-2008) (DPEPI-2009) (TJCE-2012) (MPRS-2012)
(DPERO-2012) (PGEMG-2012) (PCMA-2012) (Cartórios/TJBA-2013) (DPEPR-2014) (TRF2-2014) (PCPI-
2014) (TJDFT-2015/2016) (TCESP-2017) (PGESP-2018) (PCSP-2018) (MPSC-2021)

(TJDFT-2015-CESPE): À luz da legislação e da jurisprudência do STF pertinente ao tema, assinale


a opção correta acerca do controle de constitucionalidade: Cabe medida cautelar em ADC que
determine a suspensão de processos que envolvam a aplicação da norma em análise na ADC até
que haja o julgamento definitivo do pedido principal. BL: art. 21, Lei 9868/99.

Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal FARÁ


PUBLICAR em seção especial do Diário Oficial da União A PARTE DISPOSITIVA DA DECISÃO,
no prazo de dez dias, DEVENDO o Tribunal proceder ao julgamento da ação NO PRAZO DE
CENTO E OITENTA DIAS, SOB PENA DE perda de sua eficácia. (DPECE-2008) (DPEPI-2009)
(PCMA-2012) (PCPI-2014) (TJDFT-2016) (PGESP-2018)

(PGESP-2018-VUNESP): Na ação declaratória de constitucionalidade com pedido cautelar n°19,


ajuizada pelo Presidente da República, o Plenário do STF, por votação unânime, declarou a
constitucionalidade dos arts. 1° , 33 e 41 da Lei Federal 11.340/06, conhecida como ‘Lei Maria da
Penha’, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, em
consonância ao art. 226, § 8° da CF/1988. A decisão analisou em conjunto a ADC n° 19 e a ADI n°
4.424. Considerando este cenário, é correto afirmar sobre o controle de constitucionalidade: o STF,
por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na
ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os
Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato
normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo, devendo, nesse caso, publicar em seção
especial do Diário Oficial da União, no prazo de dez dias, a parte dispositiva da decisão e
proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua
eficácia. BL: art. 21, Lei 9868/99.

CAPÍTULO IV
DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
E NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

Art. 22. A decisão sobre a CONSTITUCIONALIDADE ou a INCONSTITUCIONALIDADE


da lei ou do ato normativo SOMENTE SERÁ TOMADA SE presentes na sessão pelo menos oito
Ministros. (PCRO-2009) (TJMS-2010) (MPMG-2010/2011) (TRF1-2011) (TJRJ-2013) (DPERR-2013)
(MPMT-2014) (DPEPA-2015) (PGETO-2018) (PGESC-2018) (PCSP-2018) (TJAL-2019) (Cartórios/TJRS-
2019)

(MPMG-2011): Consoante a Lei 9.868/99, que dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta
de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o STF, é correto
afirmar que a decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou ato
normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros. BL: art. 22, Lei
9868.

Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a


inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem
manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou
de ação declaratória de constitucionalidade . (MPMG-2010) (DPEGO-2010) (TRF1-2011) (TJRJ-2013)
(MPF-2013) (TJPR-2014) (MPMT-2014) (PGESC-2018) (PGETO-2018) (TJAL-2019) (Cartórios/TJRS-2019)
(DPERJ-2021)

Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de


constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que
possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos
Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro
sentido. (MPMG-2010) (MPMT-2014)

Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou


procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á
procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória. (MPDFT-2009) (MPPB-2011)
(PCGO-2012) (TRF5-2015) (TRT1-2015) (MPGO-2016) (TRT2-2016) (DPEMA-2018) (TRF3-2018)
(Cartórios/TJRS-2019) (TJSP-2021)

#Atenção: #STF: #TRF5-2015: #MPGO-2016: #CESPE: O indeferimento de liminar em ADI,


pouco importando o fundamento, não dá margem à apresentação de reclamação. STF. Plenário,
Rcl 2.810-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 18/11/04. (...) Inadmissibilidade. Oposição contra
decisão que indefere liminar em ADI. Fundamentação do indeferimento. Irrelevância. Pedido
não conhecido. Agravo improvido. Revisão da jurisprudência do STF. Precedentes. Não se
admite reclamação contra decisão que, em ADI, indefere, sob qualquer que seja o fundamento,
pedido de liminar. STF. Plenário. Rcl 3458 AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 29/10/07. 3
#Comentários sobre o julgado acima: A medida liminar não possui, como as decisões definitivas
nos processos objetivos de controle, caráter dúplice. É dizer, sua não concessão não produz
qualquer efeito. Assim, diante da não concessão de liminar em ADI, não se pode afirmar
erroneamente que a norma é, portanto, constitucional - dado o caráter precário da decisão. Por
isso, não cabe reclamação diante da não aplicação da norma, só se podendo falar em reclamação
após a declaração definitiva de inconstitucionalidade do objeto impugnado.
##Comentários sobre o julgado acima: Acerca do tema, Pedro Lenza explica que a ADI “tem
caráter dúplice ou ambivalente, pois, conforme estabelece o art. 24, da Lei n. 9868/99, proclamada a
constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente a eventual ação
declaratória e, no mesmo passo, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação
direta ou improcedente eventual ação declaratória. [...] O STF, revendo posição anterior, definiu que
o indeferimento da cautelar não significa a confirmação da constitucionalidade da lei com efeito
vinculante. Portanto, na medida em que não se poderá sustentar o efeito vinculante da decisão de
indeferimento, conforme anotou o STF, 'não se admite reclamação contra decisão que, em ação
direta de inconstitucionalidade, indefere, sob qualquer que seja o fundamento, pedido de liminar.'
( Rcl 3458-ArR/2007)" (LENZA, 2013, p.364-379).

(TJSP-2021-VUNESP): Quanto aos efeitos da declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo


Tribunal Federal, é correto afirmar: A ação direta de inconstitucionalidade ou declaratória de
inconstitucionalidade tem natureza dúplice: a procedência do pedido na ação direta de
inconstitucionalidade resulta na declaração de inconstitucionalidade do ato impugnado, o que
também é válido para a hipótese contrária, ou seja, o julgamento de improcedência equivale à
declaração da constitucionalidade do ato impugnado. BL: art. 24, Lei 9868/99.

(MPDFT-2009): A ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de


constitucionalidade são consideradas ações dúplices, quanto aos efeitos da decisão. BL: art. 24, Lei
9868/99.

Art. 25. Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou ao órgão responsável pela
expedição do ato. (MPMG-2010) (MPAC-2014)

Art. 26. A decisão que DECLARA a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou


do ato normativo em AÇÃO DIRETA ou em AÇÃO DECLARATÓRIA É IRRECORRÍVEL,
RESSALVADA a interposição de embargos declaratórios, NÃO PODENDO, igualmente, SER
objeto de ação rescisória. (DPU-2007) (TJPR-2008) (DPECE-2008) (PGEPB-2008) (DPEMT-2009) (PCRO-

3
(TRF5-2015-CESPE): No tocante às ações de controle concentrado, assinale a opção correta com base no
entendimento do STF: A despeito do caráter dúplice da ADI, o indeferimento de medida cautelar não dá
margem à propositura de reclamação, visto que essa decisão não possui efeito vinculante. BL: Entend.
Jurisprud.
2009) (PGERS-2011) (DPERO-2012) (TRF5-2013) (AGU-2013) (PGERN-2014) (TRF1-2015) (TJDFT-2016)
(MPF-2017) (MPBA-2015/2018) (DPEPE-2018) (Cartórios/TJRS-2019) (DPERJ-2021) (PCPR-2021)

(DPEPE-2018-CESPE): No procedimento da ação direta de inconstitucionalidade, é cabível a


oposição de embargos de declaração, com o objetivo de obter a modulação dos efeitos da decisão.
BL: art. 26, da Lei 9868/99 e STF, ADI 2791 ED/PR.

#Atenção: #TRF5-2013: #TRF1-2015: #DPEPE-2018: #CESPE: #MPBA-2015/2018: Em relação ao


art. 26 da Lei 9868/99, segundo o STF, é cabível a oposição de embargos de declaração para fins
de modulação dos efeitos de decisão proferida em ação direta de inconstitucionalidade, ficando
seu acolhimento condicionado, entretanto, à existência de pedido formulado nesse sentido na
petição inicial. STF. ADI 2791 ED/PR, rel. orig. Min. Gilmar Mendes, rel. p/ Ac. Min. Menezes
Direito, 22.4.09.
(TRF5-2013-CESPE): Em relação ao controle de constitucionalidade das leis e dos atos normativos,
assinale a opção correta: É cabível a oposição de embargos de declaração para fins de modulação dos
efeitos de decisão proferida em ação direta de constitucionalidade. BL: art. 26, da Lei 9868/99 e STF,
ADI 2791 ED/PR.

(TCESP-2017-FCC): Assinale a alternativa correta com relação à ação direta de


inconstitucionalidade no ordenamento jurídico brasileiro. A decisão que declara a
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta não pode ser objeto de ação
rescisória. BL: art. 26, da Lei 9868/99.

Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões
de SEGURANÇA JURÍDICA ou de EXCEPCIONAL INTERESSE SOCIAL, PODERÁ o Supremo
Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, RESTRINGIR os efeitos daquela
declaração ou DECIDIR que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro
momento que venha a ser fixado . (DPEDF-2006) (TJMA-2008) (PGEPB-2008) (DPEMT-2009) (PGEAL-
2009) (PGEPE-2009) (PCPI-2009) (AGU-2009) (TRF4-2009/2010) (TJMS-2010) (DPEGO-2010) (PGEGO-
2010) (PGEMT-2011) (PGEPA-2011) (PGERO-2011) (MPSP-2011/2012) (TJDFT-2012) (MPF-2012)
(PGEMG-2012) (PGESP-2012) (PCPA-2012) (DPERR-2013) (Cartórios/TJES-2013) (PGEAC-2012/2014)
(TJPA-2014) (MPMT-2014) (DPEGO-2014) (Cartórios/TJDFT-2014) (PGERN-2014) (PGM-Cuiabá/MT-
2014) (DPESP-2010/2015) (TJSP-2015) (MPBA-2015) (DPERN-2015) (PCDF-2015) (TRT2-2015) (PGEMS-
2014/2016) (TRT1-2015/2016) (TRF5-2009/2013/2017) (MPRO-2017) (MPT-2017) (TJCE-2014/2018)
(MPMG-2010/2018) (PGESC-2018) (TJRJ-2012/2013/2019) (MPSC-2019) (DPEMG-2019) (MPPR-2017/2021)
(DPERJ-2021) (Cartórios/TJGO-2021) (PCPR-2021)

#Atenção: #DOD: Modulação dos efeitos do julgado no caso de processos objetivos de


constitucionalidade: No julgamento de ADI, ADC ou ADPF, a Lei prevê expressamente que o
STF poderá modular os efeitos da decisão que julga determinado ato contrário à CF. Em outras
palavras, a Lei permite que o STF determine que os efeitos da declaração de
inconstitucionalidade somente valham a partir da decisão proferida (ex nunc) ou ainda a partir
de determinada data futura (efeitos prospectivos). Vejamos o quadro abaixo:
Regra: efeitos EX TUNC (retroativos)
Excepcionalmente o STF pode, pelo voto de, no mínimo, 8 Ministros (2/3):
* restringir os efeitos da declaração; ou Desde que haja razões de:
* decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em * segurança jurídica ou;
julgado; ou * excepcional interesse social
* de outro momento que venha a ser fixado.

#Atenção: #STF: #DOD: Exige-se quórum de MAIORIA ABSOLUTA dos membros do STF para
modular os efeitos de decisão proferida em julgamento de recurso extraordinário repetitivo,
com repercussão geral, no caso em que NÃO tenha havido declaração de inconstitucionalidade
da lei ou ato normativo. STF. Plenário. RE 638115 ED-ED/CE, Rel. Min. Gilmar Mendes, j.
18/12/19 (Info 964).

#Atenção: #DOD: #Cuidado: Qual é o quórum para que o STF, no julgamento de recurso
extraordinário repetitivo, com repercussão geral reconhecida, faça a modulação dos efeitos da
decisão?
• Se o STF declarou a lei ou ato inconstitucional: 2/3 dos membros.
• Se o STF não declarou a lei ou ato inconstitucional: maioria absoluta.

#Atenção: #STF: #DOD: Possibilidade de decretação, de ofício, da modulação dos efeitos da


decisão proferida em ADI: Caso o STF, ao julgar uma ADI, ADC ou ADPF, declare a lei ou ato
normativo inconstitucional, ele poderá, de ofício, fazer a modulação dos efeitos dessa decisão.
Ex: no julgamento de uma ADI, o STF decidiu que determinado artigo de lei é inconstitucional.
Um dos legitimados do art. 103 da CF/88 opôs embargos de declaração pedindo a modulação
dos efeitos. Ocorre que o STF considerou que esses embargos eram intempestivos. O STF,
mesmo não conhecendo dos embargos, poderá decretar a modulação dos efeitos da decisão.
STF. Plenário. ADI 5617 ED/DF, Rel. Min. Edson Fachin, j. 2/10/18 (Info 918).

(TJRJ-2019-VUNESP): Assinale a alternativa correta no que se refere aos efeitos da decisão


judicial no controle abstrato de constitucionalidade: No direito brasileiro, no tocante ao controle
abstrato, o entendimento adotado é de que a lei inconstitucional é existente, porém nula, e a
decisão que a reconhece tem natureza declaratória, com efeitos, em regra, retroativos. BL: art. 11
da Lei 9.882/99 e art. 27 da Lei 9.868/99 e entendimento jurisprud. STF.

#Atenção: #MPSP-2012: #PGEAC-2012: #TJRJ-2019: #MPPR-2021: #FMP: #VUNESP: No Direito


brasileiro, o entendimento adotado é de que a lei é existente, porém nula. O STF adota a teoria da
nulidade, de origem norte-americana, onde a norma já nasce eivada de nulidade, ou seja, a regra é
o efeito ex tunc no controle concentrado de constitucionalidade, declarando a
inconstitucionalidade do ato impugnado, bem como retirando todos os seus efeitos desde o início
de sua vigência.4 Cumpre ressaltar que Hans Kelsen adotou a teoria da anulabilidade, ou seja, a
regra é o efeito ex nunc, sendo assim, a norma seria retirada do ordenamento jurídico a partir da
publicação da parte dispositiva da decisão no diário de justiça, mas seus efeitos pretéritos são
conservados. Esta é a exceção, segundo o art. 27 da 9.868/99 e o art. 11 da Lei n. 9.882/99, que
disciplinam que, diante de razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá
o STF, por maioria de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos daquela decisão ( ex nunc) ou
decidir que ela só tenha eficácia a partir do seu trânsito em julgado ou do outro momento que
venha a ser fixado (efeito pró-futuro).

(MPSC-2019): Para a modulação temporal dos efeitos da decisão que declara a


inconstitucionalidade de lei ou ato normativo devem ser observados dois requisitos, a saber:
razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, e o quórum de dois terços dos
membros do Tribunal. BL: art. 27, Lei 9868/99.

#Atenção: #PGEAC-2014: #TJCE-2018: #CESPE: #FMP: Conforme previsão do art. 27 da Lei


9.868/99, o STF pode modular os efeitos de atos jurídicos produzidos com base em lei
inconstitucional.

(DPEMG-2019): A respeito do sistema brasileiro de controle concentrado de constitucionalidade,


assinale a alternativa correta: O STF, por maioria de dois terços de seus membros, ao declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e por razões de segurança jurídica ou de
excepcional interesse social, poderá restringir os efeitos da declaração de inconstitucionalidade.
BL: art. 27, Lei 9868/99.

(TJPA-2014-VUNESP): No que se refere à técnica de modulação dos efeitos da decisão, o STF


poderá, ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, restringir os efeitos da decisão
ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que
venha a ser fixado desde que haja razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social e
maioria de dois terços dos membros do Tribunal, sendo possível a modulação no controle difuso e
concentrado da constitucionalidade. BL: art. 27 da Lei 9868/99. (TRF5-2017)

(DPERR-2013-CESPE): No que concerne às ações por meio das quais o STF realiza o controle
concentrado de constitucionalidade, assinale a opção correta: A produção de efeitos da decisão de
mérito proferida pelo STF na ADI não se condiciona ao trânsito em julgado. BL: art. 27, Lei
9868/99.

(PGESP-2012-FCC): Assinale a alternativa correta: As decisões de procedência, pelo STF, nas


Ações Diretas de Inconstitucionalidade interpostas contra leis federais ou contra leis estaduais
possuem eficácia contra todos, mas aquele Tribunal pode, pelo voto de dois terços de seus
membros, determinar que essas decisões só tenham eficácia a partir do trânsito em julgado. BL:
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STF – ADI 875/DF: (…) o princípio da nulidade continua a ser a regra também no direito brasileiro. O
afastamento de sua incidência dependerá de um severo juízo de ponderação que, tendo em vista análise
fundada no princípio da proporcionalidade, faça prevalecer a ideia de segurança jurídica ou outro
princípio constitucional manifestado sob a forma de interesse social relevante. (...)
art. 27, Lei 9868/99.

(TJDFT-2012): Em caso de controle difuso de constitucionalidade, a jurisprudência da Excelsa


Corte consagrou entendimento que admite, excepcionalmente, a modulação temporal da
declaração de inconstitucionalidade, com efeitos prospectivos, desde que a decisão seja por
maioria de 2/3 e se reconheça a presença de razões de segurança jurídica ou de exponencial
interesse social. BL: art. 27 da Lei 9.868/99 e jurisprudência do STF. (MPPR-2017)

(MPF-2012): Para o STF, É possível modular-se os efeitos da declaração de inconstitucionalidade


no controle difuso. BL: art. 27 da Lei 9.868/99 e jurisprudência do STF.

(PGEMT-2011-FCC): Ao julgar ações diretas de inconstitucionalidade tendo por objeto


dispositivos de lei definidora de critérios para o rateio dos Fundos de Participação dos Estados e
do Distrito Federal, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade, sem
pronúncia de nulidade, dos dispositivos atacados, assegurada sua aplicação até 31 de dezembro
de 2012 (ADI 875, ADI 1.987 e ADI 2.727, Rel. Min. Gilmar Mendes, Plenário, publ. DJE de 30-4-
2010). No caso em tela, o STF procedeu à modulação dos efeitos temporais da declaração de
inconstitucionalidade, consoante faculdade prevista expressamente em lei. BL: art. 27 da Lei
9868/99.

(AGU-2009-CESPE): Com relação ao controle de constitucionalidade de normas, julgue o item


seguinte: Segundo entendimento do STF, é possível a utilização da técnica da modulação ou
limitação temporal dos efeitos de decisão declaratória de inconstitucionalidade no âmbito do
controle difuso de constitucionalidade. BL: art. 27 da Lei 9.868/99 e jurisprudência do STF.

(PGEPB-2008-CESPE): O STF, de forma excepcional, tem admitido eficácia ex nunc às declarações


de inconstitucionalidade no âmbito do controle difuso. BL: art. 27 da Lei 9.868/99 e jurisprudência
do STF.

Art. 28. Dentro do prazo de dez dias APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO, o
Supremo Tribunal Federal FARÁ PUBLICAR em seção especial do Diário da Justiça e do Diário
Oficial da União a parte dispositiva do acórdão. (DPU-2007) (AGU-2009) (TRF4-2010) (MPPB-2011)
(MPSP-2011) (PGERS-2011) (TJRJ-2013) (TJRN-2013)

Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade,


INCLUSIVE a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de
inconstitucionalidade sem redução de texto, TÊM EFICÁCIA CONTRA TODOS e EFEITO
VINCULANTE em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal,
estadual e municipal. (PGESE-2005) (DPU-2007) (PCRO-2009) (MPMG-2010) (TRF4-2010) (PGEGO-
2010) (TJRO-2011) (MPPB-2011) (MPSP-2011) (PGERO-2011) (PGERS-2011) (PGEMG-2012) (PGESP-
2012) (AGU-2009/2010/2013) (MPGO-2010/2013) (TJRN-2013) (TRF2-2013) (MPT-2013/2015) (PGEPR-
2015) (TRT1-2015) (PGM-Salvador/BA-2015) (TCECE-2015) (TJRJ-2016) (TJCE-2018) (TRF3-2018) (Anal.
Judic./STJ-2018) (MPPR-2019) (TJSP-2018/2021) (MPRS-2021) (MPSC-2021) (DPERJ-2021)
(Cartórios/TJGO-2021) (Cartórios/TJSC-2021) (PGEAL-2021) (MPM-2021) (PCRJ-2022)

(MPSC-2021-CESPE): Acerca das disposições referentes à jurisdição constitucional, julgue o item a


seguir: O Supremo Tribunal Federal admite pedido de interpretação conforme sem redução de
texto no âmbito de ação direta de inconstitucionalidade. BL: art. 28, § único, da Lei 9.868/99.

#Atenção: #MPT-2013: #TCECE-2015: #Anal. Judic./STJ-2018: #TJSP-2018/2021: #MPRS-2021:


#MPSC-2021: #CESPE: #FCC: #VUNESP: Segundo o princípio da interpretação conforme a
Constituição, instrumento previsto no art. 28, § único, da Lei 9.868/99, diante de normas que
possuem mais de uma interpretação, deve-se adotar a exegese que mais se aproxime da
Constituição. Todavia, essa interpretação só é admitida se houver um espaço de decisão. Se a
norma for literal, embora contra a Constituição, o intérprete não pode contrariar seu texto só para
lei se adapte à Carta Magna. O intérprete não pode se transformar em um legislador. Além disso,
cumpre ressalta que o STF: “ser possível, juridicamente, formular-se, em inicial de ação direta de
inconstitucionalidade, pedido de interpretação conforme, ante enfoque diverso que se mostre conflitante com
a Carta Federal. Envolvimento, no caso, de reconhecimento de inconstitucionalidade". [ADI 3.324, rel. min.
Marco Aurélio, j. 16-12-2004, P, DJ de 5-8-2005.]”
(TCECE-2015-FCC): Em sede de ação direta de inconstitucionalidade, admite-se a utilização das
técnicas de decisão denominadas interpretação conforme à constituição e declaração de nulidade
parcial sem redução de texto. BL: art. 28, § único, da Lei 9.868/99.
#Atenção: #STF: #TJSP-2021: #MPRS-2021: #Cartórios/TJSC-2021: #MPM-2021: #PCRJ-2022:
#CESPE: #FGV: #VUNESP: O princípio da interpretação conforme à Constituição
(Verfassungskonforme Auslegung) é princípio que se situa no âmbito do controle de
constitucionalidade, e não apenas regra de simples interpretação. A aplicação desse princípio
sofre, porém, restrições, uma vez que, ao declarar a inconstitucionalidade de uma lei em tese, o
STF. Em sua função de corte Constitucional atua como legislador negativo, mas não tem o poder
de agir como legislador positivo, para criar norma jurídica diversa da instituída pelo Poder
Legislativo. Por isso, se a única interpretação possível para compatibilizar a norma com a
Constituição contrariar o sentido inequívoco que o Poder Legislativo lhe pretendeu dar, não se
pode aplicar o princípio da interpretação conforme à Constituição, o que implicaria, em verdade,
criação de norma jurídica, o que é privativo do legislador positivo (...)” STF. Plenário. Rp 1417,
Rel. Moreira Alves, j. 09/12/87.

(MPPR-2019): Assinale a alternativa correta: A declaração de constitucionalidade ou de


inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de
inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em
relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.
BL: art. 28, § único, da Lei 9.868/99.

(MPT-2013): De acordo com o texto constitucional sobre controle de constitucionalidade, assinale


a alternativa correta: Não há na Constituição da República disciplina expressa sobre a modulação
temporal dos efeitos das decisões proferidas nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações
declaratórias de constitucionalidade. BL: art. 28, § único, da Lei 9.868/99.

(AGU-2010-CESPE): Para o STF, o indeferimento da medida cautelar na ADI não significa


confirmação da constitucionalidade da lei com efeito vinculante.

#Atenção: O indeferimento da ADI, ou de sua cautelar, pode acontecer por vários motivos,
inclusive pela falta de pressupostos formais. Assim, somente se a decisão de mérito, fosse
denegatória é que se confirmaria a constitucionalidade da lei.

CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Art. 29. O art. 482 do Código de Processo Civil fica acrescido dos seguintes parágrafos:

"Art. 482. ...........................................................................

§ 1o O Ministério Público e as pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato
questionado, se assim o requererem, poderão manifestar-se no incidente de inconstitucionalidade,
observados os prazos e condições fixados no Regimento Interno do Tribunal.

§ 2o Os titulares do direito de propositura referidos no art. 103 da Constituição poderão manifestar-


se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno
do Tribunal, no prazo fixado em Regimento, sendo-lhes assegurado o direito de apresentar
memoriais ou de pedir a juntada de documentos.

§ 3o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá


admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades."

Art. 30. O art. 8o da Lei no 8.185, de 14 de maio de 1991, passa a vigorar acrescido dos
seguintes dispositivos:

"Art.8o .............................................................................

I - .....................................................................................

........................................................................................
n) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua
Lei Orgânica;

.......................................................................................

§ 3o São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade:

I- o Governador do Distrito Federal;

II - a Mesa da Câmara Legislativa;

III - o Procurador-Geral de Justiça;

IV - a Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Distrito Federal;

V - as entidades sindicais ou de classe, de atuação no Distrito Federal, demonstrando que a pretensão


por elas deduzida guarda relação de pertinência direta com os seus objetivos institucionais;

VI - os partidos políticos com representação na Câmara Legislativa.

§ 4o Aplicam-se ao processo e julgamento da ação direta de Inconstitucionalidade perante o Tribunal


de Justiça do Distrito Federal e Territórios as seguintes disposições:

I - o Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações diretas de constitucionalidade ou de


inconstitucionalidade;

II - declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma da Lei
Orgânica do Distrito Federal, a decisão será comunicada ao Poder competente para adoção das
providências necessárias, e, tratando-se de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias;

III - somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou de seu órgão especial, poderá o
Tribunal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do Distrito Federal ou
suspender a sua vigência em decisão de medida cautelar.

§ 5o Aplicam-se, no que couber, ao processo de julgamento da ação direta de inconstitucionalidade


de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica as normas sobre o processo e
o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal."

Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 10 de novembro de 1999; 178o da Independência e 111o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


José Carlos Dias

Este texto não substitui o publicado no DOU de 11.11.1999

(TJPA-2012-CESPE): Resoluções do CNJ e do Conselho Nacional do Ministério Público podem ser


objeto de controle concentrado por meio de ação direta de inconstitucionalidade, de ação
declaratória de constitucionalidade e de ADPF.

#Atenção: O fundamento está nas ADI 3367 e 3831. A admissão como objeto de ADI normalmente
é o precedente para as demais ações do controle concentrado de constitucionalidade (salvo se for
objeto expressamente ressalvado a alguma ação).

  

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