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Correção da Ficha de Trabalho

Despedidas em Belém
Pág. 150

EDUCAÇÃO LITERÁRIA / PRÉ-LEITURA

1.1. Cada uma das sextilhas constitui uma das partes do poema. Na primeira sextilha,
apresentam-se e concretizam-se os sacrifícios que o povo Português teve de fazer para
conquistar o mar; na segunda parte do poema, reflete-se sobre a importância desses mesmos
sacrifícios.

1.1.1. Na primeira parte, o sujeito poético interpela o mar, personificando-o através da


apóstrofe (“Ó mar salgado”)e caracterizando-o por meio da metáfora e da hipérbole: o sal tem
origem nas lágrimas (metáfora do sofrimento e da dor) dos Portugueses. A intensificação da
dor coletiva e anónima é ainda marcada pela anáfora (“Quanta(o)s”).

Na segunda parte, a reflexão sobre a importância dos sacrifícios inerentes à conquista do mar
é introduzida pela pergunta retórica “Valeu a pena?”.

1.2. Embora sem o referir diretamente, o poema aponta para os feitos de navegação
portugueses na época dos Descobrimentos. O mar é Português no sentido em que foram os
Portugueses que primeiro o desbravaram e superaram os obstáculos que se lhes
apresentavam, como a passagem do Cabo Bojador, na costa ocidental africana (por Gil Eanes,
em 1434). Essa glória causou, ao mesmo tempo, muito sofrimento humano, não só aos que
partiam em viagem rumo ao desconhecido e, muitas vezes, à morte, mas também aos
familiares (pais, noivas, filhos) que ficavam à espera do incerto regresso de quem partia.

Págs. 152-154

EDUCAÇÃO LITERÁRIA / LEITURA

1.1. Os marinheiros e os soldados estão ansiosos por partir (“Cum alvoroço nobre e cum
desejo”), sentindo-se destemidos (“Temor nenhum”) e inteiramente solidários com o seu
capitão, Vasco da Gama (“Estão pera seguir-me a toda a parte”).

2.1.1.b.; 2.d.; 3. a.; 4. c.

2.1.1.Onde o doce Tejo mestura o licor e branca areia co salgado Neptuno.2.1.2. a. Lisboa; b.
mar; c. mitológico; d. épico; e. Ulisses; f. personifica.

3. Os soldados precisavam de “esforço” (perseverança, empenho).

4.1. O texto refere a presença “De mil religiosos diligentes” que acompanhavam os nautas “Em
procissão solene” (est. 88, vv. 6-7).5. O narrador do episódio é Vasco da Gama; o narratário, o
rei de Melinde.
5.1. As formas verbais “Partimo[s]” e “contemplo”, o pronome pessoal “nos” e o determinante
possessivo “meus” referem-se ao narrador; o pronome pessoal “te” e o vocativo “ó Rei”
referem-se ao narratário.

6.1. Vasco da Gama relembra a “dúvida e receio” (est. 87, v. 7) que o levavam a mal poder
conter as lágrimas.

6.2. Os que ficam estão pessimistas (“Por perdidos as gentes nos julgavam” – est. 89, v. 2),
descontentes e já com saudades (“Saudosos na vista e descontentes” – est. 88, v. 4). Este
estado de espírito não é partilhado pelos que se encontram prestes a embarcar, que, como se
afirmara na estância 84, se sentem confiantes e ansiosos por partir. Por seu turno, tanto os
homens como as mulheres demonstravam pessimismo – as mulheres, chorando, os homens,
em fundos suspiros.

7.1. A mãe tenta dissuadir o filho, frisando que o seu sustento (material e afetivo) na velhice
depende dele e que, sem ele, ficará desamparada. A esposa considera que, sem o amor do
esposo, não consegue viver; morrendo, o esposo deita a perder a vida que também é a da
amada (o amor é o sustentáculo da vida).

7.2. Resposta pessoal.

Sugestão de resposta:

Estas manifestações representam o sentimento de um grupo (as mães e as esposas – e, em


última análise, os familiares dos que partem), pois as ânsias, os sentimentos e os sofrimentos
manifestados seriam sentidos por todos, e não apenas por uma mãe ou por uma esposa. O
sentido de grupo é, pois, sugerido quer pelo recurso ao discurso direto, quer pelo facto de os
lamentos serem secundados pelos velhos, pelas crianças e pela Natureza.8. Vasco da Gama
decide não efetuar as despedidas convencionais.

8.1. Fá-lo para não intensificar a mágoa dos que partiam (e dos que ficavam) e para impedir
que a comoção dissuada os nautas de embarcarem.

9. Em ambos os textos se representa poeticamente o sofrimento gerado pela partida dos


marinheiros rumo a um destino incerto, realçando-se, sobretudo, o plano do amor familiar –
ilustrados pelas figuras da mãe e da noiva/esposa.GRAMÁTICA1.1. a. relacionais; b.
qualificativos.

1.2. a. (adjetivos) relacionais; b. nomes; c. grau.

1.3.1. dulcíssimo, frigidíssimo, vaníssimo.

(Nota: O superlativo absoluto sintético de frio e doce também admite a forma friíssimo e
dolcíssimo, respetivamente.)

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