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Despedidas em Belém
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1.1. Cada uma das sextilhas constitui uma das partes do poema. Na primeira sextilha,
apresentam-se e concretizam-se os sacrifícios que o povo Português teve de fazer para
conquistar o mar; na segunda parte do poema, reflete-se sobre a importância desses mesmos
sacrifícios.
Na segunda parte, a reflexão sobre a importância dos sacrifícios inerentes à conquista do mar
é introduzida pela pergunta retórica “Valeu a pena?”.
1.2. Embora sem o referir diretamente, o poema aponta para os feitos de navegação
portugueses na época dos Descobrimentos. O mar é Português no sentido em que foram os
Portugueses que primeiro o desbravaram e superaram os obstáculos que se lhes
apresentavam, como a passagem do Cabo Bojador, na costa ocidental africana (por Gil Eanes,
em 1434). Essa glória causou, ao mesmo tempo, muito sofrimento humano, não só aos que
partiam em viagem rumo ao desconhecido e, muitas vezes, à morte, mas também aos
familiares (pais, noivas, filhos) que ficavam à espera do incerto regresso de quem partia.
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1.1. Os marinheiros e os soldados estão ansiosos por partir (“Cum alvoroço nobre e cum
desejo”), sentindo-se destemidos (“Temor nenhum”) e inteiramente solidários com o seu
capitão, Vasco da Gama (“Estão pera seguir-me a toda a parte”).
2.1.1.Onde o doce Tejo mestura o licor e branca areia co salgado Neptuno.2.1.2. a. Lisboa; b.
mar; c. mitológico; d. épico; e. Ulisses; f. personifica.
4.1. O texto refere a presença “De mil religiosos diligentes” que acompanhavam os nautas “Em
procissão solene” (est. 88, vv. 6-7).5. O narrador do episódio é Vasco da Gama; o narratário, o
rei de Melinde.
5.1. As formas verbais “Partimo[s]” e “contemplo”, o pronome pessoal “nos” e o determinante
possessivo “meus” referem-se ao narrador; o pronome pessoal “te” e o vocativo “ó Rei”
referem-se ao narratário.
6.1. Vasco da Gama relembra a “dúvida e receio” (est. 87, v. 7) que o levavam a mal poder
conter as lágrimas.
6.2. Os que ficam estão pessimistas (“Por perdidos as gentes nos julgavam” – est. 89, v. 2),
descontentes e já com saudades (“Saudosos na vista e descontentes” – est. 88, v. 4). Este
estado de espírito não é partilhado pelos que se encontram prestes a embarcar, que, como se
afirmara na estância 84, se sentem confiantes e ansiosos por partir. Por seu turno, tanto os
homens como as mulheres demonstravam pessimismo – as mulheres, chorando, os homens,
em fundos suspiros.
7.1. A mãe tenta dissuadir o filho, frisando que o seu sustento (material e afetivo) na velhice
depende dele e que, sem ele, ficará desamparada. A esposa considera que, sem o amor do
esposo, não consegue viver; morrendo, o esposo deita a perder a vida que também é a da
amada (o amor é o sustentáculo da vida).
Sugestão de resposta:
8.1. Fá-lo para não intensificar a mágoa dos que partiam (e dos que ficavam) e para impedir
que a comoção dissuada os nautas de embarcarem.
(Nota: O superlativo absoluto sintético de frio e doce também admite a forma friíssimo e
dolcíssimo, respetivamente.)