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Cópia de RELATÓRIO POS GRADUAÇAO
Cópia de RELATÓRIO POS GRADUAÇAO
1. INTRODUÇÃO
das causas dos óbitos por DIP. Se considerarmos a faixa de 80 anos ou mais, a sepse foi a
responsável por 86,0% dos óbitos por DIP e 4,2 % de todos os óbitos.
Neste contexto, a abordagem precoce do agente infeccioso, tanto no sentido do
diagnóstico como no controle do foco infeccioso pode ser um grande aliada para que seja
dada a assistência necessária ao paciente e garantindo melhor prognóstico. Embora nem
sempre seja fácil detectar o foco primário da infecção, esta deve ser uma preocupação
recorrente na equipe de saúde visando melhor assistência quanto à sepse e do choque
séptico, pois o correto reconhecimento do foco primário do processo infeccioso possibilita
a realização de exames específicos, que podem conduzir à identificação dos microrganismos
responsáveis e a terapia medicamentosa correta (CARDOSO e KALE, 2016).
Outro fator para prevenção da sepse é o conhecimento dos focos de
contaminação, em especial, entre os pacientes em uso de ventilação mecânica, cerca de
24,1% apresentaram casos de sepse e choque séptico nos hospitais brasileiros, sendo a
taxa de incidência nos hospitais públicos, o dobro da taxa das instituições privadas
(16,1%) (BATISTA et al ., 2011).
Deve-se ressaltar que as comorbidades , em especial: Diabetes Mellitus, Neoplasias e
Hipertensão Arterial Sistêmica, o agente infeccioso , tipos de procedimentos e o tempo de
internação influenciam diretamente no desenvolvimento de sepse e choque séptico, contudo
esses dados não foram apresentados pelo ILAS e não foram discutidos nesse estudo.
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2. DESENVOLVIMENTO
Teve-se início da desconexão da vm: 19/03/23 com 17 dias de VM. Com início do
desmame simples da vm: 20/03/23 às 9:00 onde apresentou sucesso do desmame da VM: No
dia 24/03/23 foi realizado troca de traqueóstomo por presença de secreção com episódio de
broncoaspiração durante procedimento de troca. Seguiu em processo de desconexão e
desmame em dias consecutivos, retornando à em 29/03 apenas durante à tarde após
broncoscopia (efeito anestésico) sendo desconectada ainda no turno. No dia 04/04 apresentou
queda de hipotensão importante com a necessidade de DVA, sendo reconectada novamente
a vm. No dia 07/04 teve novo episódio de PCR com volta em 3 ciclos e com nova troca de
TQT n 7,0.
Peso Estimado 80 kg
Devices: TOT (04/03) SNE (D1) Permcath SCD (?); CVC VFE (DI entre 05 e 07 de
março);
SCV: Noradrenalina dobrada 20ml (0.5 mcg/kg/min), Dobutamina 12ml/h (5mcg/kg/min).
Ausculta; RCR em 2T, s/s. Variações: PAM 57-62 mmhg. FC: 100-110 bpm.
TGI: Dieta por SNE- zero no momento. Em uso de omeprazol 40mg/dia. Sem evacuar
desde a internação.
Abdome: Globoso por adiposidade, hipertimpânico, algo distendido sem massas ou VMG
palpáveis.
R/M: Anúrica; presença de urina residual purulenta em SVA realizada no período diurno |
BH: +761ml/12h. Última HDL em 08/03 (?). Dx: 97 - 146/ Cr: 3.8, Na: 141, K: 3,4*, Mg:
2,4, Ca ion: 1,15, Alb: 2.7, PT: 5.2/ H/I: T: 34-37,3 graus (ÀS 20HS). Uso de Meropenem
(DI: 08/03).
Cuidados Farmacêuticos :
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Cuidados Nutricionais:
Paciente evolui com boa tolerância a TNE com fórmula polimérica normocalórica e
normoproteica, em administração intermitente no volume de 50ml de 3/3h (8x/d), na vazão
de 20ml/h. Volume infundido: 350ml % de adequação da dieta: 87,5%.
Cuidados Nefrologia:
Paciente grave , em uso de dva: nora 5 ml/h com pam 76. Ventilação por tqt em vm: pcv,
peep 5 fio2 35 sato2 94%. Persiste anúrica, bh 327 ml/24h.
Conduta:
Manter realização de HD diária. Avaliar CDL (baixo fluxo? recirculação?). Paciente com
baixa efetividade de HD (ureia em ascensão apesar da hd e acidose). Acompanhamento
conjunto.
Cuidados Enfermagem
-R/M: anurica - drc dialítica prévia | última hd 10/04 com 1500ml de uf intercorrendo com
hipotensão, necessitando de otimização de nora | bh: - 935 ml/24h || nas últimas 24h,
apresentou 01 pico hiperglicêmico à noite e 01 vale hipoglicêmico ao meio dia | - ext: ppp,
frias, tec = 4 seg| | úlcera sacral grau 3 + lp tissular profunda em calcâneo direito |
edemaMSD/ +2/+4 ulcerada| edema mmii 1+/4 | sem necrose de lesões de punho e dorso da
mão, mas não avaliado região sacral, realizado curativos com hidrogel.
Condutas: Desmame de dva > deixo em 04ml/h/ Realização de curativos em região sacra
g3, utilizado hidrogel/Curativo em dorso e punho em msd, utilizado hidrogel e age/ feito
curativo em calcâneo direito, retirado tecido necrótico, usado hidrogel. Mudança de
decúbito/ ssvv e glicemia capilar /supervisiono banho no leito e cuidados intensivos,
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Cuidados Fisioterapia:
Intercorrências do internamento:
Choque séptico de foco indeterminado (chd? itu?) -> resolvido
Pcr (04/03) em aesp -> iot -> rce após 4 ciclos.
- RNC em 25/03 > encefalopatia séptica (?) | tc de cranio (15/03) sugestiva de insulto
isquêmico crônico.
HDA: paciente com história de dispneia ao repouso iniciada em 23/02, associada à tosse
seca e desorientação. negava febre. internada em upa para investigação. durante internação
evoluiu com rnc após crise convulsiva e PCR em 04/03 durante hemodiálise.
Comorbidades: drc dialítica, has, dm2, dlp, amaurose bilateral (retinopatia diabética?),
epilepsia, nega alergias. - uso domiciliar de depakene 500mg 2x/dia e fenobarbital
100mg/dia, além de sertralina 50mg/dia; filho relata que paciente tem epilepsia desde os 8
anos de idade.
Dados vm:
- altura: 157 | peso predito: 50 i vc-4ml/kg: 196 | 6ml/kg: 298 | 8ml/kg: 397
Exame físico:
Neuro: sem sedação (desligada à tarde) ---> para avaliação do despertar
Hemodinâmica: em uso de nora 12 ml/h. fc 71 bpm. pa 157/67 (90) mmhg
Respiratório: tqt, sob vm, modo pcv, pc 13, peep 5, ti 0,90, fr 16/16, fio2 35%. spo2 94%
AP: sp +, reduzido em bases, com roncos em ápices
STB : mucosanguinolenta, moderada quantidade
2.1.6 Desfecho
Após quase um mês de internação, paciente segue com quadro clínico grave, com
necessidade de DVA, realização de HD. Porém segue-se com tentativas de desmame de VM
por TQT quando possível, através de avaliação de despertar diário. Paciente segue em
cuidados Intensivos.
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3. EXAMES COMPLEMENTARES
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Hemograma Completo
LEUCOGRAMA Adulto ....: 4000 - 11000 Leucócitos por mm³ ..........: 12240/mm³ 4 a 7
anos: 6000 - 15000 8 a 12 anos: 4500 - 13000
Gasometria Arterial
REFERÊNCIAS
JORGE, R.L.N. et al. Choque séptico.Rev Med Minas Gerais 2016; 26 (Supl 4): S9-S12.