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Bakunin- Deus e o Estado

Resumo

INTRODUÇÃO
1.DISPUTAS ENTRE MARX E BAKUNIN –AIT

Contexto: Congresso da Baliséia, Suiça 1869.


 Questões discutidas no congresso
Direito de herança e o aumento dos poderes do conselho geral.

BAKUNIN MARX

O papel do Estado nos processos revolucionários

Análise mais aprofundada da Questões politicas determinadas pelas


natureza do Estado- questões questões econômicas- O Estado segue
econômicas e políticas. Materialismo os moldes da classe econômica
dialético - não só as questões dominante que estiver no poder.
econômicas determinam as questões
políticas mas também, as questões
políticas e culturais exercem
influencias nas questões econômicas.

No momento em que existe o Estado Proletariado organizado enquanto


existe uma burocracia – tipo de classe dominante e detentor do poder
estrutura organizada que que se politico.
compõe a partir de regras e
procedimentos preestabelecidos. A
classe dominante vai sempre
trabalhar para manter seus interesses,
autopreservação e ampliação do
poder.
Confere ao estado uma autonomia, o Estado proletário se utilizaria do
Estado não é só um instrumento nas poder político para destruir a
mãos das classes dominantes. O burguesia
Estado vai sempre conciliar os
interesses com a classe econômica
dominante - a burguesia.
Uma vez que o proletariado A extinção das classes sociais
conquiste o poder político ele é a dissolveria naturalmente o Estado.
nova classe dominante com interesses
distintos das massas.
A via eleitoral não era uma opção Fim das classes sociais, fim do
uma vez que o intuito não era tomar o princípio do Estado - manutenção da
Estado e sim destruí-lo e substitui- lo classe dominante.
pelas organizações trabalhadoras
horizontais que iriam constituir as
funções políticas, administrativas e
econômicas. A única via era a
revolucionária.
Não se pode vencer a burguesia Tomada do poder através da via
dentro do jogo burguês. eleitoral – em sociedades que já
existiam democracias representativas
consolidadas. O proletariado
organizado em partidos comunistas
que através das eleições poderiam se
constituir como classe dominante.
Crítica voltada aos homens de ciencia Tomada do poder através da força
revolucionária- em sociedade
absolutistas e monárquicas.

Conclusões MARX
O estado só é um aparato repressivo nas mãos das classes dominantes
Todas as questões políticas estão subordinadas a questões econômicas.
Proletariado deve se constituir como partido político para confrontar a
burguesia.
Existem duas vias para se tomar o poder do estado – Eleitoral e Revolucionária.

Conclusões BAKUNIN
A burocracia é a classe dirigente do Estado- havendo Estado há burocracia.
A burocracia dirigindo o Estado vai tender a usar o poder político para perpetuar
seus próprios interesses e perpetuar a própria dominação
A tomada do poder político não deve ser um dos objetivos da revolução operaria
por que ele não conferiria a emancipação dessa classe.

 Temas presentes no resumo a seguir: O método dialético, o evolucionismo, o


papel da ciência, os conceitos de liberdade, livre- arbítrio e o materialismo.

2.NATURALISMO BAKUNIANO E O DESENVOLVIMENTO DIALÉTICO

Escrvidão divina
Escravidão animal Liberdade humana
(termo transitótio)

 Posição materialista evolucionista


 Inevitável evolução do mundo/humanidade
 O homem é governado pelas mesmas leis que governam a natureza
 Ele se torna mais livre na medida em que conhece essas leis que governam o
próprio ser e o mundo
 Condições essenciais para o progresso da humanidade: Animalidade humana, o
pensamento/ciência e revolta/liberdade.
 Pensamento religioso: Inicio da negação progressiva da animalidade em busca
da ciência
 Os traços que criam a humanidade: A reflexão, a possibilidade de abstração e a
razão – nenhum desenvolvimento humano pode realizar- se contrariamente a
essas leis.
 A humanidade é também a negação refletida e progressiva da animalidade- ato
de desobediência e ciência.
 Essa desobediência não faz parte da vontade humana de se libertar e sim da
evolução natural da humanidade
 Negação do ponto de partida, que permite o movimento e, portanto, o
desenvolvimento.
 Concepção dialética

Os desvios artificiais à evolução


 Religião/ Ideia divina: Fato necessário e inelutável do desenvolvimento,
porém não deve permanecer sempre necessária.
 O desenvolvimento histórico da humanidade segue seu curso natural e é
determinado por certas leis naturais - Natureza.
 Natureza como a soma das transformações reais das coisas que se produzem
e se produzirão em incessantemente em seu seio.
 Crítica contra a ideia de Deus no sentido de questionar uma ordem de coisas
que não seguem do desenvolvimento natural da realidade, com sua
complexidade inerente e sua solidariedade universal, que não pode ser
abarcado nem pelo espírito cientifico mais desenvolvido.
 O que Bakunin chama de natureza universal outros homens chamam de Deus
 Logo as leis da natureza não refletem para o homem o desenvolvimento
natural com suas leis inerentes, mas sim as manifestações da vontade divina,
impostas artificialmente à humanidade.
 O sentido de lei natural excluí a possibilidade de um criador
 Inerência das leis nas coisas x Lei arbitrária
 A religião se transforma em um entrave artificial do desenvolvimento, que
será naturalmente superado pelo desenvolvimento inelutável da ciência
 A ciência não é a finalidade do desenvolvimento natural e sim a liberdade e
ele pode se tornar mais um entrave artificial para esse progresso

2. O PAPEL DA CIÊNCIA
 Não há possibilidade de abarcar todos os aspectos das leis naturais
 Anomalias, exceções e acaso - As regras gerais nada mais são do que
abstrações extraídas pelo nosso pensamento, do desenvolvimento real das
coisas, que não dão conta de toda a complexidade da própria evolução
natural.
 Defendia a ciência racional liberta dos dogmas da metafisica
 Ciência que não se restringe a análise de um objeto procurando ter uma
compreensão da totalidade da realidade; Não apresenta suas hipóteses como
imperativo obrigatório.
 Não deduz suas hipóteses a um sistema absoluto procurando impor essas
como verdades e forçando a natureza a aceita-las
 Importância da experiência como pressuposto da ciência racional
 A ciência absoluta nunca se realizará uma vez que a realidade, será sempre
mais complexa do que a capacidade de aprende-la
 A necessidade de saber do homem, aquilo que o torna humano, deve sempre
permanecer incompleto
 A ciência para ele só pode compreender o que é permanente em suas funções
contínuas
 Ela compreende o pensamento sobre a realidade e não a realidade em si
mesma, o pensamento da vida e não a vida
 É necessário contentar- se com os limites das possibilidades das pesquisas
desenvolvidas e procurar apreender o movimento da realidade através do
pensamento, que em nenhum momento será a própria realidade
 Por mais desenvolvida que esteja a ciência ela nunca não pode prever as
formas que a vida social assumirá em numa sociedade futura, ela pode
apenas definir fatores que decorrem, de modo lógico, de uma rigorosa crítica
da sociedade atual
 Esse é a sua crítica aos governos dos homens de ciência
 Valorização do real em contraposição à capacidade de apreensão da
realidade

3.LIVRE-ARBÍTRIO E LIBERDADE

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