Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE

Departamento de Ciências Sociais – DECISO

Aluna: Thalyta Raquel dos Santos
Disciplina – Teorias do Estado.
Resenha “O conceito de Liberdade” de Mikhail Bakunin
Mikhail Aleksandrovich Bakunin Nasceu em Premukhimo, Rússia foi
um teórico político, sociólogo, filósofo e revolucionário anarquista. É
considerado uma das figuras mais influentes do anarquismo e um dos principais
fundadores da tradição social anarquista. O enorme prestígio de Bakunin como
ativista o tornou um dos ideólogos mais famosos da Europa e sua influência foi
substancial entre os radicais da Rússia e da Europa.

O Tema “liberdade” é amplamente discutido por filósofos desde a Grécia

Antiga até os dias atuais com vários pensadores passando ao longo do tempo
seus próprios ideias de liberdade, um dos filósofos que tem um conceito notável
no campo que pode ser colocado no viés político é Mikhail Bakunin (inclusive o
Bakunin é considerado um dos precursores do Anarquismo) em que o mesmo
descreve no seu livro “O conceito de liberdade”. Em que a liberdade seria
“desenvolvimento pleno de todas as faculdades e poderes de cada ser humano,
pela educação, pelo treinamento cientifico e pela prosperidade material” ou seja
todo individuo desde o seu nascimento tem direito a suprir todas necessidades
que ele possui desde alimentação, saúde, moradia e outras coisas básicas, até
o seu desenvolvimento intelectual e material em vida como uma grande carga
de conhecimento cientifico na área que mais o intriga, até mesmo em ser bem
sucedido em razão financeira para conseguir se sentir bem e livre ao viver em
sociedade.

Como se pode observar no conceito descrito anteriormente, ele só

acontece no que se acompanha do pensamento do Bakunin em sociedade, ou
seja, “eminentemente social, porque só pode ser concretizado em sociedade”
significa dizer que o ser humano tem que estar em constante convivência com
outros para que consiga apresentar as ideias de liberdade, ele não conseguirá
todos esses artifícios ao colocar-se em isolamento dos outros com essa primeira
chegada nas ideias de Bakunin vemos um rompimento do hegelianismo e uma
adesão ao materialismo histórico em que apresenta uma ser humano não como
algo “pronto” e sim como um fruto de suas conquistas, se ligando a liberdade
como algo relacionado como ser vivo real com relação de pensamentos e
sentimentos com necessidades reais, concluindo que a própria liberdade não
seria um termo tão empírico mas uma luta do indivíduo que tem como conquista
a ação, o saber e acomodação de seus sentimentos internos.

Voltando a mais definições do que expressam a liberdade e como essa

ação acontece no ser humano, o Bakunin nos fala a cerca do trabalho e quanto
ele nos torna livre em meio ao convívio em sociedade, pois o trabalho faz parte
da construção do individuo e como uma das características de livre descrita por
Bakunin é ser tratado com igualdade, o trabalho seria um dos meios de garantir
esse tratamento justamente pelo fato de “tomar espaço” em sociedade e lutar
para que essa atividade proporcione a transformação material com uma melhor
moradia, condições de saúde melhoradas pela conquista financeira do trabalho,
melhores alimentações e etc. o que significa dizer melhor qualidade de vida e
libertação mental do desespero de uma vida sem os aspectos fundamentais para
que o ser humano não apenas sobreviva, pois isso ele já possui, mas que
consiga viver.

Uma das outras liberdades que o homem tem que ser capaz de realizar
seria da quebra de uma dependência do mundo natural que ele possui e de
acordo com o autor essa quebra só se torna possui quando o homem começa a
adquirir conhecimento fazendo dessa ferramenta de liberdade de certo modo
fundamental para uma liberdade de pensamento com isso tem por consequência
o fato de que o homem acaba se conhecendo melhor, mas vivemos numa
sociedade em que poder maios conhecido como Estado é quem auxilia esse
conhecimento e também nas categorias de trabalho o que para o pensador será
prejudicial para uma liberdade ser alcançada de fato.

A descrição de Estado para o Bakunin é de uma ferramenta do sistema

capitalista para se assegurar como o sistema político e econômico vigente,
controlando a população com uma autoridade recebida que além de
proporcionar a permanência desse sistema, de certa forma, aliena os seus
cidadãos em relação a politica para que acreditem no Estado e o mantem por
maior parte de tempo possível, acreditando que são os responsáveis pelas
tomadas de decisão que o mesmo faz e que auxiliam sua vida em sociedade
quando na verdade isso não acontece. O Bakunin explica que todo Estado está
ligado a ideia de dominação, pois existe um controle inegável dos cidadãos e ao
mesmo tempo existe a ideia ligada a escravidão proporcionada pelo Estado, pois
em qualquer Estado seja democrático seja de qualquer outra vigência ocorre a
manipulação de que o mesmo trabalha pelo seu povo e seus direitos quando na
verdade é o povo que trabalha pelo Estado sem qualquer ajuda que o Estado se
diz como provedor e muitas vezes se mostra uma das causas da dificuldade para
se alcançar direitos básicos.

Muitas ideias deixam o Estado de fora do poder de dominação que se

perdura, mas a verdade é que de acordo com Bakunin não deveria acontecer,
pois, o Estado se torna sim responsável por uma separação social daqueles
privilegiados pelo Estado vigente em que esses grupos possam usufruir de certo
modo da liberdade de maneira geral que todos os grupos deveriam usufruir em
quanto legitima os demais como menos afortunados, miseráveis e até mesmo
seus papeis na escravidão dos grupos abastados, mantendo um sistema de
relação de poder enquanto existência.

Concluindo no conceito de liberdade para Mikhail Bakunin o ser humano

nasce com direito a tudo que de certo modo não ligamos a liberdade mas com o
longo da leitura do texto dele, vemos que quando conquistamos saúde,
educação (de nível superior tipo tecnológica e cientifica), moradia, alimentação
e de acumulo de materiais, temos uma liberdade bem fundamentada, mas que
é uma liberdade seleciona pelo Estado que possuímos (seja ele qual for) pois,
ele proporciona uma relação de poder, em que existirá o homem que ficará de
fora dessa liberdade almejada e no momento de sua fala o Estado majoritário
seria o projetado pelo sistema capitalista e suas intervenções para se manter
vigente forçando a falta de liberdade que o ser humano já deveria nascer
possuindo em seu básico.