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1. Como você se sente por ter escolhido essa profissão (área de atuação)?
PRA: Bastante bem: de certa forma, a profissão me escolheu, posto que desde muito
cedo comecei a viajar, primeiro pelo Brasil, depois pela América do Sul e, finalmente,
ao completar 21 anos, decidi estudar na Europa, por meus próprios meios e obtendo
meus próprios recursos. Foi uma escolha que me preparou para uma vida nômade e
aventureira e nunca me arrependi de ter-me lançado ao mundo em fase ainda precoce e
sem sequer ter terminado o segundo ano da graduação. Como minha intenção era
estudar fora do Brasil, pode-se dizer que realizei meu intento. Quando regressei ao
Brasil, depois de quase sete anos na Europa, eu já estava preparado, digamos assim,
para tornar-me diplomata. Mas, antes, não tinha pensado: “tropecei” com a carreira, se
ouso dizer. Até então, eu só queria derrubar o governo militar.
3. Qual sua formação acadêmica? Você considera que ela foi fundamental para o
sucesso profissional?
PRA: Ciências Sociais, ou humanidades, no sentido lato, e acredito que ela foi
fundamental no ingresso e sucesso na carreira escolhida. Desde muito cedo inclinei-me
para os estudos sociais, com forte ênfase na história, na política e na economia,
complementados por uma dedicação similar a geografia, antropologia, línguas e cultura
refinada, de uma maneira geral. Sou basicamente um autodidata e creio que isso
facilitou-me enormemente o ingresso na carreira, pois quase não necessitei de muito
estudo para os exames de ingresso. Aliás, entre a decisão de fazer o concurso (direto, no
meu caso) e o ingresso efetivo, decorreram pouquíssimos meses (três).
5. Quando você iniciou sua carreira você tinha definido alguns objetivos e metas de
onde queria chegar?
PRA: Não especialmente: nunca fui carreirista, no sentido tradicional do termo, e não
me preocupava em ser embaixador ou ocupar qualquer posto de distinção. O que me
seduzia era a profissão em si, a mobilidade geográfica, o conhecimento de novos países,
a possibilidade de estar sempre aprendendo, estudando, viajando. Sou basicamente um
estudioso, um observador da realidade, um “compilador” de informações e análises e
um escritor improvisado. Todo o resto me é secundário.
6. Como você integra as diversas esferas de sua vida (trabalho, família, lazer, esporte,
cursos, etc.)? Está satisfeito?
PRA: Imenso sacrifício para consegui fazer tudo aquilo que tenho vontade, pela simples
razão que eu tenho vontade de ler tudo, o tempo todo, em qualquer circunstância, assim
como tenho vontade de viajar, de participar de atividades acadêmicas e intelectuais,
tendo ao mesmo tempo de me desempenhar em funções atribuídas pela burocracia no
meio de tudo isso. Ora, é praticamente impossível conciliar tantas vontades, e ainda ser
um marido perfeito, um pai de família perfeito e outras coisas da vida social e
relacional. Em síntese, esses outros aspectos foram de certa forma sacrificados no
empenho pessoal em ler, estudar e escrever. Reconheço essas imperfeições, mas não se
pode ter tudo na vida: escolhas são inevitáveis, e as minhas estão do lado da leitura, do
saber e da escrita. São atividades nas quais eu me realizo plenamente. Em outros
termos, ninguém consegue integrar todos os seus interesses perfeitamente, e algum
aspecto (ou vários) acaba sempre sendo sacrificado; no meu caso, são horas de sono, de
lazer, de simples far niente, e também certa negligência familiar, reconheço. Não
pratico esportes, a não ser caminhadas moderadas, já em idade madura. Pratico leituras,
com alguma intensidade, eu diria intensíssima, e sobretudo o gosto da escrita. No mais,
sou um pouco eremita...
9. Dentro da perspectiva de sua carreira tem alguma coisa que você gostaria
especialmente de evitar?
PRA: Sim, talvez eu devesse ter dedicado menos atenção aos livros e mais às pessoas,
mas essas são escolhas que fazemos deliberadamente, por opções próprias, pensadas ou
não. Quem tem a compulsão pela leitura e pela escrita, não consegue acalmar-se a
menos de satisfazer o seu “vicio”, daí o sacrifício de outros aspectos da vida social que
muita gente valoriza em primeiro lugar. Por outro lado, nunca, na carreira, fui obrigado
a assumir obrigações que eu mesmo não desejasse assumir, como por exemplo trabalhar
em áreas para as quais eu não me sinto talhado nem tenho a mínima vontade de
experimentar: administração, por exemplo, ou cerimonial, ou talvez ainda consular. São
áreas nas quais eu provavelmente me sentiria infeliz, pois o meu terreno natural são os
estudos, de qualquer tipo: geográfico, político, econômico, cultura, antropológico, no
sentido amplo. Todas as áreas funcionais de caráter geográfico, político ou sobretudo
econômico me servem perfeitamente. Aliás, nunca me pediram para trabalhar em áreas
nas quais eu não gosto, e se me pedissem eu não teria nenhuma hesitação em recusar,
mesmo podendo incorrer em alguma falta funcional ou ser sancionado por isto. Sou um
pouco anarquista, e não gosto de fazer o que me mandam e sim o que eu decido e gosto
de fazer.
Por outro lado, jamais me pediram para escrever ou dizer algo que violentasse minha
consciência, e eu não hesitaria um segundo em recusar-me terminantemente, como
algumas vezes me recusei a defender determinados pontos de vista, que não eram os
meus. Por outro lado, jamais enfrentei a obrigação de escrever naquele estilo clássico,
ou chatérrimo, que é o diplomatês habitual, cheio de adjetivos hipócritas e de pura
formalidade vazia: não tenho espírito, paciência nem disposição para esse tipo de
enrolação. Costumo escrever o que penso, sem qualquer concessão a formalismos.
Sobretudo, não costumo produzir bullshits, muito freqüentes nesta profissão...
10. Você tem objetivo em longo prazo na sua carreira? Você tem uma visão de futuro
profissional?
PRA: Acredito que o diplomata deve servir antes à Nação do que a governos, deve
defender valores, e não se subordinar a teses momentaneamente vitoriosas que por
alguma eventualidade confrontem esses valores. Já escrevi algo a esse respeito, e
remeto a meu trabalho: “Dez Regras Modernas de Diplomacia” (Chicago, 22 jul. 2001;
São Paulo-Miami-Washington 12 ago. 2001, 6 p., n. 800; ensaio breve sobre novas
regras da diplomacia; revista eletrônica Espaço Acadêmico, a. 1, n. 4, setembro de
2001; link: http://www.espacoacademico.com.br/004/04almeida.htm).
11. Você se considera realmente bom em quê? Quais são seus pontos fortes? E como
você aproveita seus pontos fortes no seu trabalho?
PRA: Creio que sou capaz de fazer análises contextuais que envolvam conhecimento
histórico, embasamento econômico e situação política, ou seja, tenho instrumentos
analíticos e amplos conhecimentos que me permitem situar qualquer problema (ou
quase) em um contexto mais amplo, e daí extrair alguns elementos de informação para a
instrução de um processo decisório que tenha em conta o interesse nacional. Toda a
minha vida eu estudei o Brasil e o mundo, visando tornar o primeiro melhor, num
mundo que nem sempre é cooperativo. Registre-se que eu não pretendo tornar o Brasil
melhor para si mesmo, ou seja, uma grande potência ou qualquer pretensão desse
gênero, que encontro simplesmente ridícula. Eu pretendo tornar o Brasil melhor para os
brasileiros, ponto. Contento-me apenas com isso. Minha perspectiva, a despeito de ser
um funcionário de Estado, não é a do Estado. Não pretendo trabalhar no Estado, para o
Estado, com o Estado: minha perspectiva é a dos indivíduos concretos, e meus objetivos
são promover os indivíduos, se preciso for contra o Estado. Não tenho nenhum culto ao
Estado e nem pretendo torná-lo maior ou mais poderoso, apenas mais eficiente para
servir aos indivíduos, não a si mesmo. Desespera-me essas pretensões nacionalistas
estatizantes, pois elas se fazem, em geral, em detrimento do bem-estar individual da
maior parte dos cidadãos.
Por outro lado, não me considero patriota, no sentido corriqueiro do termo. Sou
brasileiro por puro acidente geográfico, pois poderia ter nascido em qualquer outro país
ou em qualquer outra época, por puro acaso. Gostaria de reiterar esse ponto, com toda a
ênfase que me é permitida. Não sou dado a patriotismos, nem a chauvinismos
ultrapassados e ridículos. A nacionalidade, repito, é um acidente geográfico, ou talvez
seja a naturalidade, da qual decorre a primeira. Parto do pressuposto da unidade
fundamental e universal da espécie humana. Sou brasileiro, como poderia ter sido
esquimó, hotentote ou pigmeu, e ninguém seria responsável por esses acasos
demográficos, nem mesmo meus pais, posto que ninguém “fabrica” uma pessoa com
base em especificações pré-determinadas. Somos em parte o resultado da herança
genética (em grande medida, talvez mais do que o indicado ou desejável, mas talvez não
a parte mais decisiva de nossas personalidades); em parte o resultado do meio social e
cultural no qual crescemos, e das influências que experimentamos involuntariamente em
diversas etapas formativas de nosso caráter; e em parte ainda (o que espero mais
substancial ou importante), somos o produto de nossa própria formação ativa, dos
estudos empreendidos e dos esforços que fazemos nós mesmos para moldar nossas
vidas, nosso estilo de comportamento e nossa maneira de pensar, com base em escolhas
e preferências que adotamos ao longo da vida. Devemos sempre assumir
responsabilidade pelo que somos, e jamais atribuir ao meio ou a qualquer herança
genética determinados traços que podem eventualmente revelar-se menos funcionais
para nosso desempenho profissional ou intelectual.
Meus pontos fortes, portanto, são minha capacidade analítica, meus conhecimentos
acumulados e meu devotamento à causa dos indivíduos, não dos Estados, e sempre tento
passar esses pontos à frente de qualquer outra consideração. Não hesito em defender
meus pontos de vista, mesmo contra meus interesses imediatos, que poderiam
recomendar uma acomodação com a situação presente – a lei da inércia é uma das mais
disseminadas na humanidade – ou com autoridades de qualquer tipo. Não costumo fazer
concessões a autoridades apenas para obter vantagens pessoais, e acho essa atitude
basicamente correta (ainda que a um custo por vezes enorme no plano pessoal). Talvez
seja teimosia de minha parte, mas considero isso antes uma virtude, do que um defeito.
Enfim, tendo concepções fortes sobre determinados temas, me é muito mais fácil
preparar e expor posições do interesse do Brasil, com base em conhecimentos
previamente acumulados, o que me dispensa de longas pesquisas ou buscas em
arquivos.
14. O que você pensa que acontecerá à sua carreira nos próximos dez anos?
PRA: Nada de muito relevante, posto que não sou carreirista e não faço da carreira o
centro de minhas preocupações intelectuais ou sequer materiais. Estou na carreira
diplomática, como poderia estar na academia ou em alguma outra atividade que tenha a
ver com o estudo, o esforço intelectual, a análise e a elaboração de propostas. Sou
basicamente um intelectual e a carreira para mim é secundária. Provavelmente vou me
aposentar nos próximos dez anos, e aí dispor de todo o meu tempo livre para me dedicar
àquilo de que mais gosto: leitura, redação, um pouco de aulas e palestras, viagens,
alguns prazeres materiais (como a gastronomia, ou a gourmandise, por exemplo) e
espero ter condições físicas de continuar escrevendo, ensinando e colaborando com a
elevação intelectual da sociedade pelo maior tempo possível. Se me sobrar tempo
gostaria de consertar algumas coisas que encontro muito erradas no Brasil, como por
exemplo: a corrupção (generalizada em todas as esferas), a desonestidade intelectual nas
academias, a miséria material de grande parte da população (que decorre, em minha
opinião, de políticas erradas e do excesso de poderes conferidos ao Estado), enfim, tudo
aquilo que sabemos errado em nosso País.
15. O que você aconselharia para alguém que estivesse iniciando na mesma área?
PRA: Seja estudioso, dedicado, honesto intelectualmente, esforçado no trabalho, um
pouco (mas apenas um pouco) obediente, inovador, curioso, questionador – mas
ostentando um ceticismo sadio, não uma desconfiança doentia –, tente aprender com as
adversidades, trate todo mundo bem (e, para mim, da mesma forma, um porteiro e um
presidente), não seja preguiçoso (embora dormir seja sumamente agradável), cultive as
pessoas, mais do que os livros (o que eu mesmo não faço), seja amado e ame alguém,
ou mais de um... Enfim, seja um pouco rebelde, também, pois a humanidade só avança
com aqueles que contestam as situações estabelecidas, desafiam o status quo, tomam
novos caminhos, propõem novas soluções a velhos problemas (alguns novos também).
No meio de tudo isso, não se leve muito a sério, pois a vida é uma só – sim, sou
absolutamente irreligioso – e vale a pena se divertir um pouco. Tudo o que eu falei ou
escrevi acima, parece sério demais. Não se leve muito a sério, tenha tempo de se
divertir, de contentar a si mesmo e os que o cercam.
Por puro acaso, recebendo hoje mais um "enésimo" comentário a este post meu:
reparei que foram a ele acrescentados 128 novos pequenos posts, feitos de comentários
e perguntas de leitores, e respostas minhas, quando assim era requerido ou me era
possível fazê-lo.
Como continuo recebendo questões e demandas sobre a carreira, por vezes repetitivas,
algumas divertidas, a maior parte muito sérias e consistentes, algumas perfeitamente
malucas (também temos a nossa cota de malucos na carreira, assim que os que entrarem
vão se sentir à vontade).
Como as pessoas não lêem TUDO o que já escrevi sobre essas questões, neste blog, em
outros blogs, ou no site pessoal, várias fazem exatamente as mesmas perguntas ou
similares.
Por isso resolvi colar aqui, de forma totalmente transparente, todas as perguntas e todas
as respostas, apenas tendo o cuidado de retirar o nome dos que escreveram de forma
identificada.
Acho que pode ajudar alguns.
Ou pelo menos divertir outros...
Paulo Roberto de Almeida
128 comentários:
Xxxx disse...
Realmente muito instrutivas as dicas... e perigosas, sobretudo a quem deseja que sua
vontade seja obedecida somente em função da autoridade de que é ocasionalmente
revestida, e não em função do conhecimento objetivo de causa em que se baseia.
23/05/09 18:23
XXxxxx disse...
achei este blog por acaso, no meio de uma pesquisa se sirvo para o serviço diplomático,
sou meio autodidata e me peguei estudando história do Brasil em pleno sábado a tarde
quando a maioria das mulheres brasileiras estão no cabelereiro, e como você disse meu
maior defeito é - não tenho nenhum respeito pela hierarquia ou pela autoridade - não
gosto muito desta estória de chefe, sub-chefe e todos os chefes acima e abaixo, isto pode
ser um empecilho real, e como voce não tenho pretensões de carreira visto já estar na
casa dos 50 anos, mas estou interessada em prestar concurso para a diplomacia, voce
acha meu perfil por demais anarquista ?
01/06/09 13:00
Xxxxx disse...
Tenho 18 anos, faço direito e desde sempre sou encantada pela carreira diplomatica.
Lendo o post , então, me deu mais vontade ainda. Faltam alguns anos pra eu tomar uma
decisão efetiva de carreira, mas a diplomatica ganha pouco a pouco o meu coração. Vou
começar a visualiza-la mais como um objetivo a seguir. Já que tenho muito caminho a
trilhar.
01/08/09 16:59
Xxxxxxx disse...
Oi. Eu tenho 36 anos e meu sonho é ser diplomata. Pergunto se há alguma possibilidade
promissora na carreira, estando eu com essa idade? Eu tenho possibilidade de chegar ao
ultimo posto? Muito obrigado.
10/08/09 22:23
Paulo R. de Almeida,
Junto-me à turma das idades avançadas para a carreira – 29 anos. Tive o privilégio de
dedicar somente aos estudos. Graduei-me Matemática e Administração. Obtive o título
de mestre em Estatística e Economia. Neste momento, defendo tese de doutorado. A
carreira diplomática é um atalho...
19/09/09 16:36
Xxxxxxx disse...
Dr. Paulo,
Anônimo disse...
Dr, Paulo
Xxxxxxxx disse...
O QUE FAÇO COM A MINHA CABEÇA?
Txxxxxx Hxxxxxx
28/10/09 11:41
Dxxxxx disse...
Exmº. Dr.Paulo Roberto de Almeida,
Primeiramente gostaria de prestar congratulações e respeito por vossa biografia, de fato
inspiradora, acredito que para todos nós aspirantes à carreira diplomática.
Tenho 31 anos, sou odontólogo, professor auxiliar de uma Universidade pública no Rio
de Janeiro e dou início, no atual momento, ao doutorado em minha área.
Entretanto, a carreira diplomática sempre me foi no mínimo instigante e exatamente
pela curiosidade e pela compulsão literária, sinto-me impelido a enveredar-me por este
caminho de evolução intelectual, profissional e humano. Acerca deste
último campo, me chamou muito à atenção o lado humanista da profissão, o de servir
aos brasileiros, não somente ao Estado.
Tendo-se em vista as desigualdades sociais de nosso país, como a carreira diplomática
pode ajudar a aliviar as claras deficiências de desenvolvimento humano em nosso país?
Pelo que devemos primar em nossas carreiras para transformar crescimento do Estado,
muitas vezes fomentado pela atividade diplomática, em consequente desenvolvimento
humano?
Cordialmente,
Dxxxxx Mxxxxxxx
03/11/09 02:48
Xxxxx disse...
Olá Sr. Paulo.
Tenho 23 anos, sou formado em Administração Hoteleira e pretendo iniciar meus
estudos para ingressar na carreira diplomática no início de 2010. Neste princípio, sinto-
me um tanto confuso no que diz respeito ao que fazer, por onde começar. Como
pretendo dedicar, no mínimo, os próximos dois anos de minha vida apenas aos estudos,
estou a procura de um curso preparatório que responda a todas as questões as quais hoje
desconheço. O Sr. poderia indicar-me algum?
Buscando informações encontrei seu blog e gostaria muito de ter a sua opinião. Dois
anos, "integrais", são o suficiente? Como já disse, pretendo dedicar-me apenas a isso.
Acho que o sonho e a força de vontade são o princípio, mas infelizmente não bastam.
Aguardo suas colocações com ansiedade.
Grato.
Atenciosamente.
Jxxx Dxxxxxxx
09/11/09 16:22
Anônimo disse...
Boa tarde, Sr. Paulo Almeida
Bem, tenho 17 anos. Sempre tive muita facilidade com as matérias de humanas como
História,Geografia e Português. Aprendo línguas estrangeiras com extrema facilidade,
sou fluente em Inglês e Francês.
Por causa dessa paixão pelo estudo das línguas e culturas, decidi prestar Letras na USP.
Porém, a carreira diplomática muito tem me cativado - assim como a muitos outros.
Gostaria de saber qual curso de graduação seria o mais apropriado para obter êxito
nessa carreira. Relações Internacionais, Ciências Sociais, ou até mesmo a combinação
de uma dessas com Letras?
Muito obrigada pela atenção,
Cxxxxxx Gxxxxxxxx
12/11/09 14:22
Xxxxxxxxx disse...
Boa tarde, Sr. Paulo Almeida.
Bem, tenho 17 anos. Sempre tive muita facilidade e gosto pelas matérias de humanas,
tais como Português, História e Geografia. Línguas estrangeiras são meu grande hobby,
falo francês e inglês fluentemente.
Exatamente por esse apreço pelas línguas e culturas estrangeiras, optei pelo curso de
Letras na Usp no vestibular desse ano. Porém, a carreira diplomática muito tem me
atraído - assim como a muitos outros.
Gostaria de saber qual o curso de graduação é o mais adequado para seguir a carreira
diplomática. Seria interessante, além de ter tal graduação, ser letrada?
Muito obrigada!
12/11/09 14:27
Xxxxxxx disse...
Boa Tarde, Sr. Paulo Almeida.
Bom, Tenho 17 anos. Sempre gostei de matérias como, História, Geografia
(Geopolítica) e Português.
Línguas estrangeiras, conhecimento sobre outras culturas, assuntos políticos e
econômicos é de grande atração para mim.
Eu gostaria de saber o que um profissional formado em Comércio Exterior faria como
diplomata?
Não se tem tempo para cursos (fora os de aperfeiçoamento da carreira),
Esportes ou Dança?
Obrigada!
20/11/09 13:41
Xxxxxxxxx disse...
Caro Professor Paulo,
Escrevo-lhe porque pressinto que, com sua ajuda, eu possa obter resposta a uma
pergunta sobre a carreira diplomática que me deixa, já há algum tempo, apreensivo.
Vamos lá.
Para que o senhor possa compreender melhor o motivo de minha preocupação,
apresento minha situação. Tenho 25 anos, nível superior completo e um forte desejo -
para muitos injustificável - de ingressar no Itamaraty. Minha lucidez me indica, no
entanto, que, iniciando minha preparação para o concurso neste momento, serei
aprovado dentro de dois ou três anos. E tenho receio de que o ingresso na carreira com
cerca de 28 anos me comprometa no que diz respeito ao meu futuro profissional.
Isto porque percebo que há, de certo modo, um limite de idade implícito para aprovação
no concurso de admissão, tendo em conta que o candidato aprovado pretenda ascender
de maneira satisfatória e plena na carreira. Suponho, por exemplo, que um sujeito de 35
anos que seja aprovado no concurso dificilmente alcance o ápice da carreira, em termos
hierárquicos.
A questão que me atormenta é, então e por fim, a seguinte: qual idade - ou faixa etária -
poderia ser apontada como tal limite?
Ademais, bajulações à parte, comento que seu espaço na rede muito me impressionou,
tanto por conta da qualidade dos textos e das opinões quanto por conta da nobreza da
iniciativa de divulgar aos interessados dados sobre a carreira.
Até.
20/11/09 22:24
Vxxxxxxx disse...
Dr Paulo,
Tenho 17 anos e estou cursando o ensino médio. Ainda não me decidi completamente
pela carreira diplomática, mas já tenho certeza de que quero fazer um curso de Relações
Internacionais, por isso, tenho feito o PAS (Programa de Avaliação Seriada) da UnB,
para, no futuro, poder cursar essa universidade. Tenho, porém, uma imensa vontade de
estudar nos Estados Unidos e já até entrei em contato com agências que possam
intermediar e me auxiliar durante o processo, inclusive já até vi uma universidade do
meu agrado (University of Washington). Porém, tenho duas dúvidas: a primeira é se,
por acaso, eu me decidir pela carreira diplomática, será vantajoso ter estudado fora? A
segunda é a mesma dúvida, só que numa situação mais genérica: o Sr. acha que é
realmente vantajoso estudar nos EUA em relação às universidades brasileiras (no curso
de Relações Internacionais)?
Desde já agradeço a resposta.
04/12/09 22:02
Anônimo disse...
Olá. Eu estudei na Escola Americana de Brasília e tenho o diploma técnico de tradutora
intérprete. Sempre foi uma profissão que eu admirei. Sou formada em pedagogia, sou
funcionária pública e tenho interesse em ser diplomata. Gostaria de saber como é o
horário de trabalho dos diplomatas. Vocês trabalham no horário comercial de 8:00 às
18:00? E o horário é maleável? Vocês podem entrar às 10:00 e sair às 20:00 se
quiserem? Os jantares e reuniões informais nos finais de semana para tratar de negócios
são computados como horas trabalhadas ou não? Fico feliz que o senhor responda as
perguntas de pessoas interessadas na carreira diplomática. Obrigada pela ajuda e
consideração. Um abraço da Xxxxxxx.
11/12/09 09:02
Xxxxxxxxx disse...
Dr.Paulo, sua informações me são muito oportunas. Tenho interesse na carreira
diplomática e gostaria de saber quais seriam exatamente as atribuições de um 3°
secretário (primeiro nível de carreira). Se puder esclarecer, agradeço.
14/12/09 21:22
Anônimo disse...
Olá. Primeiramente eu gostaria de agradecer por você ter respondido a minha pergunta.
Eu tenho mais algumas dúvidas.
Você havia me dito que os diplomatas têm muito trabalho (e viagens) nos finais da
semana. E quantos finais de semana por mês você têm que trabalhar? Quantas vezes por
mês você viaja para fora do Brasil?
Dxxxxxxxx disse...
Prazer!!!
Moro em Santa Cruz do Sul uma cidades de porte médio do interior do Rio Grande do
Sul, tenho 15 anos.
Estou interessado em fazer a graduação em Relações Internacionais em uma
universidade federal possilvelmente a UFRGS ou UFSM, contudo, sou proveniente de
escola pública e de certo modo noto que grande parte das admissões nesses concursos
os alunos são provenintes de escolas particulares como por exemplo o Itamaraty...
O fato de eu provir de escola pública é algum tipo de impencilho?
Há também tenho outra dúvida, o serviço militar(não me refiro ao alistamento) é
obrigatório para passar no concurso? Quanto tempo?
E apenas mais uma dúvida que condições físicas de saúde são essas que o Itamaraty
exige?
Certo de vosa compreensão aguardo as respotas...
Obrigado
Obs.: Adorei seeu blog
03/01/10 13:16
Xxxxxxx disse...
Prazer!!!
Sou de Santa Cruz do Sul uma cidade de médio porte do interior do Rio Grande do Sul,
vou fazer 16 anos em abril.
Tenho interesse na área diplomática e pretendo cursar Relações Internacionais numa
universidade federal...
Tenho algumas dúvidas que se não pedir demais gostaria que o senhor respondesse:
* O fato de eu provir de escola pública me prejudica de alguma forma?
* Tenho ter serviço militar obrigatoriamente (não me refiro ao alistamento ao serviço
propriamente dito)?
* Que condições de saúde são essas que o Itamaraty se refere?
Xxxxxx disse...
Chegamos ao ano de 2010 e acredito que o futuro da diplomacia e das relações
internacionais no Brasil se modificou desde o texto ''As relações internacionais como
oportunidade profissional'' onde o senhor responde a todas as duvidas dos jovens que
pretendem cursar RI.
Pois bem, tenho 17 anos e esse ano pretendo prestar para uma faculdade pública (USP
ou UNB) em busca da formação em RI, mas focada para a diplomacia. É o que tomo
como ambição para o meu futuro desde os 15 anos. Sempre fui auto ditada e não tenho
dificuldades em relação a estudo e leitura, muito pelo contrário, tomo isso como um
hobbie. Minha principal preocupação é na verdade o tempo médio que levaria para a
minha formação intelectual a nivel de concorrer a uma vaga no Itamaraty ( e o tempo
que eventualmente não haveria ''mercado'' para mim ) e se esse ramo, o da diplomacia,
tras ainda algum tipo de preconceito em relação a mulher em papeis de poder.
Anônimo disse...
Olá!
Sou Mxxxxxx, tenho 22 anos, terminarei a faculdade de Ciências Contábeis em 2011.
Por enquanto não falo outro idioma além do português, mas pretendo iniciar curso de
inglês e francês depois de concluir a faculdade e, mais adiante, aprender espanhol(por
motivos pessoais não posso fazê-los ao mesmo tempo). Gostaria de parabenizá-lo pela
sua trajetória e pelo seu blog. Minha dúvida: é necessário falar, compreender, escrever e
ler os três idiomas em nível avançado para ingressar na carreira diplomática?
Cordialmente,
Xxxxxxxx
18/02/10 23:27
Anônimo disse...
Boa tarde,
Primeiramente gostaria de dar parabéns pelo seu ótimo e esclarecedor blog.
Gostaria de lhe perguntar se eu teria condições de concorrer a uma vaga no IRB com
estas qualificações: tenho 30 anos, sou bacharel em ciência política, morei 4 anos no
exterior mas não possuo qualquer certificado de proeficiência apesar de falar e escrever
em inglês e alemâo. Tenho alguma chance?
Desde já lhe sou grato pela atenção.
Xxxxxxx
23/03/10 17:27
Xxxxxx disse...
Prezado Paulo Roberto de Almeida
Meu nome é Xxxxx ,sou servidor público(RFB) e professor de História da rede pública
de ensino.Cursei Ciências Sociais na UFAM,mas não concluí a graduação.Atualmente,
sou estudante de Filosofia(UNISUL),francês e inglês,e,desde os 14 anos(isso já faz
algum tempo), aspirava seguir a carreira diplomática.Por diversas razões tive que adiar
tal objetivo.
Porém,de uns tempos para cá,o desejo voltou,e de forma intensa,quase que
vocacional;um sentimento forte,ardente,uma convicção de que "é isso!".Logo deparei-
me com uma concreta realidade:o desafio.O problema é que o tempo passou.Hoje tenho
35 anos,considerado velho para os padrões de admissão.Confesso que o fator TEMPO é
o que menos importa para mim,pois o que me move não é um desejo de
promoção,reconhecimento ou escalada dentro da estrutura da carreira,mas a experiência
e a satisfação da realização de uma meta,um objetivo e algo que realmente me dá
prazer:o diálogo,o debate,a reflexão crítica e aprofundada dos temas de relevância para
o país,respirar o mesmo ar e beber na mesma fonte de tantos intelectuais e que ,pela
simples razão de estarmos juntos,seria tremendamente satisfatório para mim.Reconheço
a longa estrada e peço algumas orientações acerca da melhor estratégia para atravessá-
la.Estou me programando para o concurso de 2015,estudando como autodidata,fazendo
cursos das matérias específicas e guardando recursos para um período de estudos no
exterior.Confesso que ao ler alguns comentários sobre a questão da idade fiquei um
pouco apreensivo.Gostaria de saber sua opinião sobre esta questão (Idade-vou estar com
40 anos em 2015) e sugestões sobre estratégias para admissão no concurso.
Reitero minha admiração pelo homem e pensador Paulo Roberto de Almeida.
26/03/10 16:39
Agora o Xxxxx.
Nao entendo porque apenas em 2015: isso é falta de confiança em si mesmo. Acho que
você deveria estudar intensamente para tentar entrar antes, se possivel no ano que vem,
fazendo cursinho e se preparando adequadamente, a menos que voce nao tenha diploma
de graduacao.
Acho que 40 anos inviabiliza uma carreira "normal", mas se seu objetivo é apenas
entrar, então vá em frente, entre e seja feliz.
Paulo Roberto de Almeida
26/03/10 18:27
Xxxxxxxxxxx disse...
Prezado Xxxxxx,
eu peço desculpas pela minha intervenção em sua conversa com o mestre Paulo
Roberto, contudo, foi impossível não me comover com seus comentários. Eu gostaria de
lhe dar algumas sugestões:
1) - pegue o edital do concurso no site do MRE o link é este
http://sistemas.mre.gov.br/kitweb/datafiles/IRBr/pt-
br/file/Edital_abertura_CACD_2010_publicado_no_DOU(1).pdf
4 ) - Não sei o tempo que dispõe, mas seja obssessivo, leia compulsivamente.
8) - Valorize o seu conhecimento e não se importe com a idade, até por que a atual
gestão do Itamaraty nos mostra que muita coisa pode mudar no futuro em relação à
carreira. [Só não sei se digo felizmente ou infelizmente]
Comece a estudar "ontem", pois se sente que tem vocação verá que valerá a pena.
9 ) - Só faça um preparatório como o curso Clio e outros quando tiver lido bastante, pois
do contrário, apenas jogará dinheiro fora.
Um conselho: Só não se iluda achando que na carreira todos são intelectuais como o
mestre Paulo Roberto.
Quem derá que fosse assim !
27/03/10 12:14
Xxxxxxxxx disse...
Sr. Paulo R. de Almeida,
Muito oportuno este blog. Admiro sua dedicação e destreza em responder a cada uma
das dúvidas aqui apresentadas.
Eis a minha atual situação: ingressei no curso de RI, mas me transferi para História. Não
me arrependo de ter "nadado contra a corrente" de expectativas a meu respeito, a
História me permite uma visão abrangente não apenas da formação da nossa Nação,
como também do mundo. Além do mais, foi ali que descobri a paixão pela pesquisa:
tenho dois projetos, um a ser submetido esse ano ao Probic, que já possui aprovação da
coordenação do curso (aprovação em expectativas, devo dizer) e outro que pretendo
desenvolver após o retorno às RI. Além das pesquisas, me propus a escrever e publicar
artigos acadêmicos; um já foi submetido, inclusive, ao Congresso Acadêmico da Defesa
Nacional. Admito: sou aprendiz ainda, mas com capacidade de progredir sem maiores
dificuldades. Tais planos de desenvolvimento de pesquisas e publicações de artigos são
o resultado daquilo que sinto prazer em fazer: estudar, ler, pesquisar e escrever. E não
tenho o intuito de dedicar minha vida à algo que não me traria tal satisfação. Como o Sr.
é o primeiro diplomata com quem tenho contato, é possível, pois, desenvolver pesquisas
e estudos na área diplomática e da política externa em geral, paralelamente ao ingresso à
carreira em si?
Xxxxxxxx disse...
Muito obrigado por fazer um blog excelente como esse, que me fez refletir sobre a
carreira diplomática (a qual pretendo seguir).
Meu nome é Wilson, tenho 15 anos e, há pouco mais de um ano, tenho interesse em
cursar direito e, ao fim deste, diplomacia. Tenho procurado dicas em inúmeros sites
sobre como tornar-se um diplomata, porém nenhum foi tão satisfatório como este.
Gostaria, se não for muito abuso, que o senhor pudesse me passar algumas dicas sobre o
curso, como estudar etc.
Xxxxxxx disse...
Sr. Paulo R. de Almeida,
Me identifiquei muito com o Sr. Sempre disponível para responder todas as perguntas.
Estou me preparando para prestar o concurso. Já fiz muitas pesquisas sobre a carreira,
entretanto, ainda não encontrei ninguém que me esclarecesse sobre a frequencia das
mudanças de residência. Quais os critérios utilizados para decidir quem irá para qual
posto? O diplomata tem algum controle sobre isso? É possível ele não ir? Qual o nível
de estabilidade que ele pode obter em cada cidade? Pergunto isso pois possuo
dependentes e não seria interessante pra eles viver cada ano em uma parte do mundo,
mas manter uma certa "permanência" em cada local.
Xxxxxx disse...
Há tempos leio tanto o seu blog como a página oficial,para mim é referência
obrigatória,já fiz em 2006 uma prova do CACD,da bibliografia básica muitos livros
principalmente na área de história já tinha lido, a verdade que só eu fiz para analisar o
meu desempenho,não tinha muito tempo nem dinheiro para pagar um curso
preparatório,enfim depois do resultado,começei a me convencer que necessitava de um
mestrado,mas como eu queria estudar na Inglaterra só havia um jeito, bolsas de
estudos,acabei sendo convencida de ir na França e visitar as universidades,ganhei a
passagem fui nas férias, confesso que queria Inglaterra,pesquisei sobre universidades
francesas na área de mestrado em turismo Sorbonne, Poitiers e Avignon, chegando na
França fui convencida pelo departamento internacional da universidade de Avignon de
fazer mestrado em desenvolvimento cultural por se adequar mais ao meu perfil (embora
eu seja formada em turismo),eu realmente gostei da grade curricular do curso e tive uma
péssima impressão da Université Paris I (Sorbonne)...Depois dessa viagem fiquei mais
seis meses no Brasil e arquitetando um plano: ou conseguir bolsa ou trabalhar em um
navio de cruzeiros para então pagar o curso de francês e depois o mestrado,a verdade é
que passei dois anos viajando pelo mundo,voltei para o Brasil julho passado, a
experiência que mais influenciou para almejar uma carreira diplomática (e ainda
influencia) foi em 2004 ter sido escolhida como líder juvenil pela Unesco Chair Institute
da Universidade de Connecticut em um programa para líderes juvenis na área de
direitos humanos, com direito a conferência na universidade e visita a ONU.O que me
passa na cabeça é que creio que tenho capacidade de passar no exame do CACD ( mas
por comodismo não dei o melhor de mim),mas agora estou com 27 anos me mudando
para a europa,com planos de realmente fazer meu mestrado e voltar e tentar o
Itamaraty,creio que possa desenvolver uma técnica de estudo que me possibilite este
efeito estudando lá e só vindo para o Brasil para fazer o exame (espero que ...bom que
no atual governo os números de vagas não diminua), sinceramente a minha dúvida é
mais pela idade ,digamos que se houver exames ano que vem vou ingressar com 28,29
anos...neste caso não deveria olhar também com bons olhos as agências da Onu como
possibilidade? (Sim eu estou confusa não quero mais trabalhar em nada direcionado ao
turismo estou saturada).
Agradeço todas as informações passadas!
23/04/10 23:02
Paulo R. de Almeida disse...
Xxxxxxx,
Vá para a Europa, faça seu mestrado e ao mesmo tempo estude para o concurso e
prepare-se adequadamente para o ingresso na carreira. Eu ingressei na carreira com 28
anos completos, e acho que ate os 32 ou 33 ainda é aceitável em termos de carreira.
Não pense que você vai conseguir uma excelente posição em agências da ONU logo de
início: aquilo é um dinossauro burocrático, com todas as deformações do
apadrinhamento e da proteção.
Você pode, inclusive, tentar fazer o concurso no meio do mestrado, e se passar,
abandona o mestrado e continua no Brasil.
Estude e divirta-se na Europa...
Paulo Roberto de Almeida
24/04/10 09:29
Anônimo disse...
Ola Dr. Paulo,
Tenho 27 anos, inglês fluente - morei 3 anos no Canadá, espanhol avançado, estou
estudando francês e sou bacharel em Geografia. Começei a minha preparação para o
CACD e gostaria de saber até que idade eu poderia tentar ingressar tendo plenas
condições de sucesso carreira. Obrigada,
Xxxxxxx
02/05/10 18:09
Mxxxxx disse...
Dr. Paulo,
há alguns anos venho acompanhando o seu blog(ou melhor, os seus blogs), pois o
desejo de seguir a carreira diplomática volta e meia aparece.
Tenho 22 anos e estou terminando meus estudos na Faculdade de Direito, mas acredito
que minha paixão por "ajudar as pessoas e o mundo" só será suprimida se eu me tornar
diplomata.
No entanto, minha única e maior angústia é apenas uma: como conciliar a carreira
diplomática com a vida familiar? É possível manter um casamento sem que o outro
cônjuge tenha que abdicar da carreira dele para seguir comigo nas missões
internacionais?No meu caso, meu namorado é advogado e almeja fazer um concurso
público futuramente.Acredito que isso facilite, estou correta?
E a criação dos filhos?
Por fim, pela experiência do senhor, como é a vida de uma mulher nessa profissão
Obrigado, desde já, pela paciência e gentileza em responder meus questionamentos.
Marcela
14/05/10 18:54
Mxxxx disse...
Dr. Paulo,
há alguns anos venho acompanhando o seu blog(ou melhor, os seus blogs), pois o
desejo de seguir a carreira diplomática volta e meia aparece.
Tenho 22 anos e estou terminando meus estudos na Faculdade de Direito, mas acredito
que minha paixão por "ajudar as pessoas e o mundo" só será suprimida se eu me tornar
diplomata.
No entanto, minha única e maior angústia é apenas uma: como conciliar a carreira
diplomática com a vida familiar? É possível manter um casamento sem que o outro
cônjuge tenha que abdicar da carreira dele para seguir comigo nas missões
internacionais?No meu caso, meu namorado é advogado e almeja fazer um concurso
público futuramente.Acredito que isso facilite, estou correta?
E a criação dos filhos?
Por fim, pela experiência do senhor, como é a vida de uma mulher nessa profissão?
Obrigado, desde já, pela paciência e gentileza em responder meus questionamentos.
Mxxxxxx
14/05/10 18:56
Anônimo disse...
Paulo, tirando a parte do incentivo,no sentido puro da palavra, o que você teria a dizer
para alguém que,pelo que se ouve, se acha ligeiramente incapaz de passar num concurso
como esse.
Amo geografia,história línguas mas eu ainda acho que me falta algo.
19/05/10 20:49
Anônimo disse...
Paulo Roberto, venho já há algum tempo seguindo seu site e blog, com respectivas
publicações e comentários dos leitores.
Confesso que fico admirado com suas dicas acerca da carreira diplomática, tirando
quase todas as dúvidas de quem tem algum interesse em seguir a carreira.
Vamos ao meu caso em específico: Fiquei muitos anos sem estudar, pois acabei
dedicando minha vida ao serviço público, deixando de lado meu crescimento pessoal.
Embora tardiamente, dei início a um curso de inglês (já estou no nível avançado).
Tenho 33 anos, e darei início ao curso de Administração na UFRGS agora em agosto.
Ao longo destes cinco anos, pretendo concluir o inglês, reforçar meu espanhol, e dar
início a um curso de francês.
Meus planos são de prestar o concurso para diplomacia, tão logo termine a faculdade.
Sei que serei um pouco velho aos 38 anos, mas estou pronto para enfrentar esse desafio.
1) Gostaria de saber até que nível de ascenção funcional tenho condições de chegar,
começando com a idade de 38 anos.
Minha dúvida, é pelo fato de que sou casado e tenho uma filha, mas minha esposa apoia
meus planos de dedicar grande parte do meu tempo no aprendizado de idiomas, na
graduação, na leitura prévia de todas as obras indicadas e do que for preciso para isso.
Nos encontramos daqui a cinco anos no Itamaraty. Pode ter certeza disso.
Grande abraço!
Xxxxxxxxx
13/06/10 19:49
1) Gostaria de saber até que nível de ascenção funcional tenho condições de chegar,
começando com a idade de 38 anos.
Ascensao é com s, não com ç. Acho que voce entrando com 38 nao passaria de Primeiro
Secretario antes de entrar no Quadro Especial, e provavelmente se aposentaria nessa
condição. Acho muito tarde para fazer uma carreira satisfatoria.
Anônimo disse...
Bom dia Paulo Roberto.
Continuando, talvez seria tarde para uma carreira satisfatória, mas melhor do que uma
carreira medíocre em uma estatal que não valoriza seus funcionários, que é minha
situação atual.
Então o funcionário pode trabalhar até que idade sem pensar em aposentadoria, para que
possa usufruir de toda a ascensão na carreira?
O que significa "entrar no Quadro Especial? Depois de entrar, não há mais crescimento
na carreira?
Atenciosamente
Xxxxxxxx
14/06/10 08:45
Anônimo disse...
Paulo Roberto,
Isso acontece nos Correios, na Petrobrás, no Banco do Brasil, entre inúmeras fundações,
autarquias, Sociedades Anônimas, etc.
Grande abraço!
Xxxxxxxx
14/06/10 10:48
Paulo R. de Almeida disse...
Ilusao achar que na carreira diplomatica decisoes quanto a promocao, remocao,
designação para funções são isentas de vieses politicos e até pessoais.
Pessoas são humanas, ao que parece, em qualquer lugar, época e circunstância...
Paulo Roberto de Almeida
14/06/10 11:36
Anônimo disse...
Boa noite Paulo.
Sempre me interessei pela carreira diplomática.
No entanto, após formar-me em direito, talvez por uma necessidade imediata, estudei
para as carreiras jurídicas. Desde 2004 sou procurador federal.
Embora estável no serviço público e com uma boa remuneração, sinto que falta algo
para minha realização profissional , talvez porque gosto muito de línguas, política,
história e economia.
Vendo o seu blog, pensei em tentar novamente realizar esse sonho. Porém, embora com
inglês avançado e já tendo lido alguns livros da bibliografia básica do concurso por
prazer (como história e os livros obrigatórios de português) estou com 34 anos.
Acha que ainda há tempo de tentar e ter uma carreira completa?
Anônimo disse...
Prezado Paulo,
Sou analista judiciário há cinco anos, tempo esse suficiente para que eu percebesse que
não me realizaria profissionalmente na área jurídica.
Diante disso, passei a buscar informações sobre outras carreiras e me deparei com o seu
blog.
Desde então, cresce em mim o interesse pela carreira diplomática.
Meu inglês é básico e acabei de completar 31 anos de idade; entretanto, tenho um bom
conhecimento da língua portuguesa, facilidade na redação e interpretação de textos,
aproximadamente quatro horas de tempo livre para estudo por dia, possibilidade de
arcar com os custos de um bom cursinho e viagens ao exterior para aprimoramento de
línguas estrangeiras.
Ainda há tempo de perseguir essa carreira? Se sim, qual deveria ser o primeiro passo
nos meus estudos?
Desde já muito agradecida.
Vxxxxxx
29/06/10 20:58
Mxxx disse...
Então, quem já passou dos 50, melhor não aspirar à diplomacia? Um 3º secretário faz
exatamente o quê? Obrigada.
03/07/10 21:18
Xxxxxxxx disse...
Primeiramente, tenho 19 anos e irei agora para o 4º semestre de Relações Internacionais
numa universidade particular com bolsa integral do Prouni – estudei Fundamental em
escola pública e o Médio em particular com bolsa integral. Considero muito fraco o
ensino, e é gritante a necessidade de uma graduação clássica para ingressar em RI, de
qualquer forma devo concluir o curso. Meu inglês está razoável e já planejei viajar nas
férias de julho do ano que vem para Liverpool pela universidade para aperfeiçoa-lo.
Xxxxxx disse...
Olá, meu nome é Xxxxxxx e moro em Natal/RN. Tenho umas dúvidas acerca do
concurso para MRE / terceiro - secretario. Tomo remédios controlados( antipsicóticos)
mas mesmo assim gostaria de fazer o concurso para Diplomacia. Há algum
impedimento? Ou posso participar do concurso sem nehuma preocupação? Tenho que
me inscrever como deficiente na hora da inscrição do concurso?
18/07/10 15:26
Xxxxx disse...
Olá doutor Paulo Roberto, como vai?
Sou advogada, tenho 27 anos, pós graduada em direito civil. Apesar de atuar na área em
que me especializei, há algum tempo venho acalentando a idéia de tentar o concurso da
diplomacia. Venho de uma família pobre do interior, mas sempre tive interesse em
estudar. Cresci frequentando a biblioteca municipal, lendo os clássicos, amando a
história mundial e do Brasil, a geografia, a gramática, a literatura. Interesso-me
profundamente pelos assuntos ligados à política internacional, e sempre me atualizo
com jornais e revistas. Meu tema de monografia na graduação, inclusive, foi uma
análise sobre o protocolo de Quioto e o aquecimento global, pois sempre gostei de
direito internacional, especialmente os debates ligados ao ramo ambiental.
Penso ter alguma condição de, ao menos, pensar em fazer a prova da diplomacia.
Contudo, possuo um inglês elementar, consigo ler alguns textos mas escrevo pouco. O
mesmo com o italiano. Mas confesso não saber espanhol e francês.
Com toda a sua experiência, especialmente como professor, o senhor acha que tenho
condições de fazer essa prova futuramente?
Desculpe tomar seu tempo, sei que é precioso. Mas é que seu comentário tem para mim
grande valia. Será através dele que decidirei o caminho a traçar. Obrigada.
26/07/10 10:24
Xxxxx disse...
Olá, estudo Direito em uma universidade estadual. Apesar de sempre gostar do curso de
Relações Internacionais, por ter passado imediatamente no curso de Direito resolvi
cursá-lo.
Porém, tendo em vista não desistir de um 'sonho' antigo, agora, no meio do ano, prestei
Relações Internacionais e passei, em uma faculdade federal(de outro estado)que está
iniciando o curso agora(eles estão no segundo ano de curso, quarta turma).
Gostaria de saber qual seria uma melhor opção pra mim no momento, para que no
futuro eu tenha mais chances de iniciar a carreira diplomática.
Agradeço desde já a ajuda.
03/08/10 16:44
Xxxxxx disse...
Olá. Como vai? Tenho 22 anos e estou no último semestre do curso de Direito. Tenho
muito interesse na área diplomática. Adoro Direito Internacional. Sempre fui
apaixonada por inglês e sempre tive muita facilidade com o português. Porém, quanto a
história e geografia, só tenho o background do que estudei no Ensino Médio, que foi
muito bem feito. Estudei numa escola exigente e dei o meu melhor. Quanto a Economia
e Ciências Políticas, tenho uma base muito superficial. Quanto a francês e espanhol,
nunca estudei essas matérias. Pretendo passar em outro concurso antes de estudar para o
Instituto Rio Branco,pois devido especialmente à minha falta de conhecimento nessas
últimas matérias, penso que levará algum tempo até a minha aprovação no concurso
para admissão à carreira diplomática.
O que o senhor acha ?
14/08/10 11:45
Gxxxxxx disse...
Olá, estou no 2º ano do Ensino Médio e já me decidi por seguir a carreira diplomática.
Faço cursos de inglês, espanhol e francês e sempre tive maior facilidade para a área de
humanas. Porém estou em dúvida entre os cursos de RI ou Direito, ambos na USP. Qual
seria o mais recomendado para o CACD?
Obrigada, e parabéns pelo seu trabalho!
05/10/10 00:24
Xxxxxx disse...
Dr. Paulo Roberto,
Acredito que tenho uma forte vocação acadêmica: além de teoria econômica, leio muito
lógica, fenomenologia, filosofia da ciência em geral e epistemologia das ciências
sociais; e sempre gostei de estudar novas línguas estrangeiras, sobretudo para ter acesso
a bibliografias mais diversificadas (leio em inglês, alemão e holandês). Contudo, o
ambiente universitário da minha cidade e adjacências não é nada propício para se fazer
pesquisa nas áreas que me atraem (aqui só tem desconstrucionistas, adeptos da
hermenêutica filosófica e sociólogos no estilo frankfurtiano, pessoas perto das quais
considero exercer a advocacia um mal menor).
Levando em consideração os posts que pude ler do senhor neste blog acerca de sua
carreira, sinto-me tentado a acreditar que a diplomacia seria uma boa alternativa para
mim na medida em que não apenas me permitiria seguir meu lado acadêmico sem
instabilidades econômicas como também me estimularia ao máximo a desenvolvê-lo e
ainda aplicá-lo cotidianamente no exercício da profissão.
- O CACD é realmente tão inacessível quanto parece e todos dizem que ele é?
- É utópico acreditar que, se eu me concentrar na matéria do concurso pelos próximos 2
anos, passarei no exame tão logo eu termine a faculdade?
Embora eu acredite que seja possível passar em qualquer concurso com a quantidade
certa de tempo e dedicação, não gostaria de ser um estorvo para meus pais por anos a
fio para conseguir realizar esse objetivo, somente vivendo de mesadas e produzindo
apenas sonhos.
Por último, tenho ainda mais uma dúvida, a qual não tenho certeza se o senhor poderá
me esclarecer. Em um eventual Mestrado em Diplomacia, alguma coisa do meu
conhecimento em teoria dos jogos (que é basicamente matemática pura combinada com
axiomas de Economia para modelar escolhas e comportamento estratégico) poderia ser
aproveitada? Ou a carreira no Itamaraty só permitiria abordagens mais "clássicas"?
Bom Dia! Acabo de ler sobre o questionário feito ao senhor por uma aluna do curso de
administração e me identifiquei demais com suas respostas, muito parecido comigo,
pois sou um cara que não respeito hierarquias também, sou meio anarquico e gosto de
tomar minhas decisões por mim próprio. Também fico meio que indignado com todos
os acontecimentos recentes no Brasil, sobretudo no que diz respeito a impunidade e a
corrupção.
Além disso, eu agora tenho mais certeza ainda que essa é a carreira que quero seguir,
tenho determinação, vontade e além de tudo gosto de estudar, sobretudo temas de
economia, relações internacionais e línguas estrangeiras.
Falando sobre línguas estrangeiras, eu tenho vontade após eu passar no concurso estudar
sete línguas estrangeiras, que são além do inglês, espanhol e francês, o alemão, italiano,
russo e chinês, tenho um sonho de falar como nativo todas essas línguas, acredito que
me servirá na carreira e sobretudo é algo como realização pessoal como o senhor
mesmo disse que estuda por isso também. Eu tenho a curiosidade de saber quantas
línguas o senhor fala e se acredita ser possível alguém falar como nativo sete línguas
estrangeiras como pretendo e se o senhor conhecer alguém como tal.
Preciso lhe agradecer pois todo dia que leio seu bog eu ganho mais força ainda para
seguir em direção a essa tão sonhada caminhada que ainda "efetivamente" nem
comecei, considerando que estou no 7º semestre em administração com ênfase em
comércio exterior, onde começarei "efetivamente" no ano que vem.
Ficaria muito grato pela honra de uma resposta do senhor.
Grato,
Mxxxxx Oxxxxxx.
12/11/10 11:15
Xxxxxxx disse...
Xxxxxxxx
Sr. Paulo, o senhor já deve estar exausto de auxiliar jovens que tem como meta principal
a carreira diplomática, e percebo que já tirou dúvidas em varias áreas, embora prefira
focar no concurso.Eu poderia ser mais um desses jovens??
Tenho 16 anos, e me dedico á carreira diplomática desde os 11 anos, tendo como uma
meta principal, embora tenha mantido uma relação de ''amor e ódio'' com ela durante
esses últimos anos, devido aos comentários gerais sobre a impossibilidade de passar no
concurso, mas prefiro não pensar dessa forma.
Já falo inglês e francês fluentemente, e gostaria de aprender espanhol durante a
faculdade, mas estou um pouco em duvida com relação á faculdade.
Sempre pensei em R.I., mas vejo que você, por exemplo, não gosta muito do curso de
R.I., afirmando que são ''fraquinhos'' em geral, e que não fornecem possibilidades de
empregos..
Penso em R.I. devido a semelhança da grade curricular com as materias que caem no
CACD...
Qual você acha que seria a melhor preparação para alguem que está na minha situação,
ainda se rpeparando para ingressar em alguma universidade, e totalmente focalizado no
CACD, disposto a passar anos estudando ininterruptamente para o concurso?
Grato desde já!
07/12/10 23:51
Xxxxxxx disse...
Sr. Paulo, sou eu mais uma vez! Mas desta para agradecer sua gentileza e suas palavras
animadoras, que foram muito importantes para mim.
Muito obrigado!
08/12/10 23:21
Anônimo disse...
Saudações Dr. Almeida,
Primeiramente, me sinto obrigado a expressar a euforia em degustar cada palavra que o
Sr. emprega em seus artigos. Tardiamente, encontrei seus blogs, no entanto, tenho muito
tempo livre para compensar o perdido. Bem, tenho 16 anos e sonho com a carreira
diplomática desde o início de 2009. Desde então, comecei a me esforçar neste objetivo;
hoje, possuo inglês avançado e espanhol intermediário. Minha paixão abrupta por
línguas, culturas, enfim, pela "novidade" em si não me deixa outra opção.
Definitivamente, não consigo me imaginar em outra profissão. Sou estudante do 3º ano
em escola pública federal. Tenho acumulado certas conquistas nesta área: já viajei ao
Uruguai (onde me encontrei com o Ex-ministro Celso Amorim), a Colômbia, e a vários
estados do país participando de eventos importantes. Ademais apresentações, contato-
lhe pois pretendo cursar UnB, e estou entre os cursos de Direito, RI e Ciência POlítica.
As minhas inquietações referentes: Direito, acredito ser um curso muito específico,
apesar das posteriores pós-graduações que poderiam ser feitas na área de RI, Direito
Internacional ou outras; RI, acredito ser um curso fantástico, que proporciona muitas
expectativas em relação a fazer intercâmbios durante a graduação e na área de estudo;
Ciência Política, também é um curso fantástico e, pelo que vi na grade curricular, é o
curso, dentre esses três, que mais é flexível, podendo cursar várias matérias opcionas e
adicionais de interessa diplomático.
Contudo, peço desculpas pelo meu português, caso haja algum erro. Espero que tenha
sido claro. E reafirmo minha admiração pelo diplomata que o Sr. é.
Cordialmente, Cxxxxxx Sxxxxxxx.
13/02/11 18:28
Dxxxx disse...
Dr. Paulo,
Muito válido foi ler suas postagens tanto pelo conhecimento como pela sabedoria.
Cursei Direito, advogo no momento e trabalhei 18 anos na Secretaria da Segurança em
SP. Depois cursei pós em Relações Internacionais e encontrei o que procurava, unir o
Direito às relações internacionais.
Tenho 39 anos, marido e filho e a vida estabilizada no que diz respeito à constituição de
família e apoio familiar.
Pelos comentários, fiquei receosa da idade para prestar o exame, contudo, internamente
é algo que me cala muito fundo.
Estou construindo um blog. O Sr. poderia dar sua opinião?
Grata,
Axxxxx
03/03/11 16:44
Anônimo disse...
dr paulo
primeiramente eu quero lhe parabenizar pelo blog, que me foi muito útil e esclarecedor.
A dúvida que tenho é de quanto tempo o senhor acha que eu precisaria de estudo para
ter um nível avançado, ou pelo menos necessário para passar no concurso, nos idiomas
francês e espanhol, sendo que estudaria os dois ao mesmo tempo. O sr acha que três
anos de estudo nos dois, seria o suficiente?
grato,
Xxxxxx
04/03/11 02:24
Anônimo disse...
Olá Dr. Paulo
Tenho 14 anos e a pouco tempo li seu blog, estou interessada em ser diplomata mas
tenho algumas duvidas, gostaria de saber se a Matemática é uma matéria de muito peso
para quem quer ser diplomata, pois tenho dificuldade nesta matéria,mas em
contrapartida gosto muito de inglês inclusive faço curso além de gostar de viajar e não
ter problema em ficar longe da família por um longo tempo. E só mais uma curiosidade
gostaria de saber se diplomata tem férias?
01/05/11 17:15
Anônimo disse...
Olá Dr. Paulo
Tenho 14 anos e a pouco tempo li seu blog, estou interessada em ser diplomata mas
tenho algumas duvidas, gostaria de saber se a Matemática é uma matéria de muito peso
para quem quer ser diplomata, pois tenho dificuldade nesta matéria,mas em
contrapartida gosto muito de inglês inclusive faço curso além de gostar de viajar e não
ter problema em ficar longe da família por um longo tempo.
Grata desde já.
Gxxxxxxx
01/05/11 17:41
Anônimo disse...
Boa Noite Dr. Paulo
Muito obrigada por responder minha pergunta, pois eu realmente estava preocupada, sei
que a Matemática é muito importante para a vida, não desprezo a matéria, mas procuro
focar nos meus pontos fortes, e a Matemática não é um deles.
Gxxxxxxxx
02/05/11 21:50
Paulo R. de Almeida disse...
Gxxxxxxx,
Tudo bem que a Matemática não seja o seu ponto forte, mas acredite, tente gostar, ou
fazer, mesmo não gostando. Eu também não gostava, e deixei de lado, antes mesmo da
sua idade, e me arrependi muito depois. Queria ser economista, mas não consegui, pois
justamente não dominava o instrumental matemático, e isso faz uma ENORME
diferença quando precisamos projetar taxas de crescimento, ou elaborar alguma
correlação econômica mais complexa.
Na vida diplomática, também, saber matemática pode nos ajudar em alguma negociação
econômica ou comercial.
Portanto, estude as matérias que você gosta com gosto, e a Matemática mesmo sem
gosto.
Você estará melhor preparada e será uma melhor diplomata.
Cordialmente,
Paulo Roberto de Almeida
03/05/11 00:49
Cxxxxxxx disse...
oi Sr. Paulo.
Primeiro quero vir parabenizar o senhor pelo seu blog.
Tenho 19 anos e estou cursando Ciências Sociais, diga-se de passagem ADORO ciência
politica, por este motivo escolhi o curso.
Bom sem mais delongas, tenho duas dúvidas: Primeiro, devo trocar o curso para
Relações Internacionais, pois lá terei aulas de economia e direito?
Segunda: Interfere na banca avaliadora do concurso, se eu tiver dupla nacionalidade?
Obrigada pela atenção.
07/06/11 14:53
Anônimo disse...
Sr. Paulo,
Dxxxx disse...
Gostaria de saber se é permitido ao diplomata investir na bolsa de valores.
15/12/11 18:02
Mas Paulo, por favor não me entenda como pessimista, minha maior paixão nesse
mundo é a felicidade, até a curtição, mas além dela, a paz de espírito, o conhecimento e,
acima de tudo, o amor. O que eu quero, no futuro, é poder passar isso ao máximo de
gente possível, especialmente para quem precisa (grupo que cada dia me parece mais
aumentar em PG de razão elevada ao cubo). E é aí que entra a diplomacia. Eu vejo essa
carreira, da minha humilde e limitada perspectiva, como a ligação entre uma carreira
política de extrema satisfação profissional; a possibilidade de viajar o mundo e aprender
ao máximo sobre tudo e de todos; e, por fim, a chance de me envolver em ações sociais,
o máximo que eu conseguir. Eu gostaria de saber se estou certo no meu ponto de vista,
além de outra pergunta que me tem me incomodado muito nos últimos meses: Eu tenho
verdadeira paixão pela faculdade de Medicina, não pela profissão em si, mas pelo
conhecimento que o curso proporciona. Você acredita que seja possível cursar Medicina
(como já foi apontado lá em cima, porém meio que fora desse contexto) e, desde já e até
a realização do CACD, estudar as matérias que a prova de ingresso exige? Eu não tenho
problemas com esforço, já sou fluente em inglês e espanhol, amo de paixão todas as
áreas do conhecimento, em especial exatas e humanas. Caso seja algo que beire o
impossível, ou simplesmente não recomendável, eu não teria problemas em seguir
educação em Relações Internacionais ou até Direito. Me perdoe pelo texto longo, mas
você pode me dar uma ideia?
Abraços e obrigado pela atenção, como já dito acima, parabéns pela incrível pessoa que
você mostra ser.
21/12/11 21:56
Anônimo disse...
Olá, Paulo. Tenho 30 anos, sou formada em Letras, e curso meu primeiro ano de
mestrado. Falo inglês e francês e sou apaixonada por história. Sou professora civil,
concursada de uma instituição militar de ensino superior. Antes de ler seu blog, pensava
mudar o rumo de minha carreira e tentar a diplomacia. No entanto, percebo agora que
minha idade já não é mais adequada. No entanto, gostaria de pedir informações sobre as
carreira de oficial e assistente de chancelaria. Quais os atributos necessários para essas
carreiras? Há problemas com a idade nessas posições também?
Grata pela atenção,
Mxxxxx
26/01/12 11:31
Primeiramente seu blog é espetacular, e com certeza vc ouve isso constantemente, mas é
sempre bom reforçar.
Bem, eu tenho uma pergunta um tanto usual, que se fosse respondida me tiraria a dúvida
de prestar ou não o concurso para diplomacia. Portanto espero ansiosamente por sua
resposta!
Eu gostaria de saber se o diplomata tem que viajar muito aos sábados, ou mesmo se
existem algumas atribuições que lhe são cabidas durante esse dia? Me refiro tanto ao
período no Brasil, quanto ao período do exterior.
Isso é de extrema importância pra mim, porque sou adventista do sétimo dia, ou seja,
minha religião guarda o sábado. E depois de ler seu blog, vi que os diplomatas
trabalham muito de final de semana, por isso fiquei com o pé atrás em relação a esse
quesito!
Comentários posteriores:
46 comentários
Misael Angelim
3 anos atrás - Compartilhada publicamente
Olá Sr. Paulo Roberto. Bom, primeiro parabéns pela bela iniciativa que é este blog, sua
sinceridade e disponibilidade para responder a tantas perguntas é admirável. Tenho 17
anos. Estou cursando o 3º ano do ensino médio e do ensino técnico em edificações
(apesar de ser uma área interessante não é algo que quero seguir), ao longo da minha
vida escolar sempre notei que tenho uma facilidade em lidar com matérias como
história, geografia, sociologia, filosofia, idiomas e matemática. Dentro da geografia
sempre fui fascinado pela geopolítica, em história, a admiração é por fatos e
acontecimentos que culminaram no futuro das civilizações e nações existentes e/ou que
já existiram. Semanas atrás li um livro sobre a política externa brasileira e os meus
interesses pela carreira diplomática aumentaram, e por isso aumentei minhas pesquisas
sobre a carreira. Sempre gostei de estar em contato com as áreas que envolvem a
diplomacia, não ser especialista em algo apenas, mas, conseguir ter conhecimentos
sólidos em uma gama de temas que são necessários para a carreira, que por sinal exigem
que haja um constante ritmo de estudos durante a vida, o que é agradável. A sensação
de ser um cidadão brasileiro no e para o mundo me atraem tanto quanto representar meu
país nos diversos locais do nosso planeta. Após esse longo texto cabem minhas
perguntas:
1 - Pelo que descrevi sobre mim, tenho perfil adequado para a carreira? (pergunta
frequente por aqui, mas essa é uma angustia de muitos).
2 - Pode-se construir uma carreira na diplomacia em que não se preze pela promoção
dentro da hierarquia?
3 - No inicio da carreira, quais as funções quotidianas de um terceiro-secretário?
Misael Angelim,
Pelo que vejo voce tem todo o perfil para ser um diplomata, mas precisa estudar mais,
estudar muito, estudar sempre, para as matérias da prova, enquanto estiver concluindo
um curso de graduação qualquer, qualquer um serve, para precisa ser terceiro ciclo
reconhecido pelo MEC.
Você pode ir ao meu site (www.pralmeida.org), e lá tem uma seção de dicas da carreira
diplomática, e vai encontrar respostas para suas outras questões.
Mas isso não é importante, pois o mais relevante é voce começar a se preparar
seriamente desde já. Quando se formar, estará pronto para entrar.
Paulo Roberto de Almeida
Paires Luzitano
3 anos atrás - Compartilhada publicamente
Paires Luzitano, Você está pedindo para ser um militante de suas causas dentro do
serviço público. Acho melhor desistir de ser diplomata. Vc teria dificuldades em
seguir o perfil do diplomata típico, que parece ser um padrão laico, não religioso, e não
politicamente determinado. Quanto ao resto, cada um determina o que pretende fazer da
vida, mas no seu caso, eu não recomendaria o Itamaraty.
Paires Luzitano
3 anos atrás - Compartilhada publicamente
Peço perdão pela insistência, pois imagino que o senhor esteja quase sempre muito
ocupado, mas pq o senhor considera importante para a carreira de um diplomata (pelo o
que entendi, é quase indispensável) que ele siga "o perfil do diplomata típico" (padrão
laico, não religioso, e não politicamente determinado)? Qual seria, por exemplo, uma
eventual dificuldade pela qual um diplomata poderia passar caso não se enquadrasse no
perfil supracitado? Muito grato.
Piotr Nikolievich
3 anos atrás - Compartilhada publicamente
Bom dia Dr. Paulo, tenho 38 anos e meu objetivo é somente ser terceiro secretário, de
forma realista eu acredito que tenho chances de ser aprovado no concurso somente aos
45 anos de idade. A minha dúvida é se existe na banca de seleção alguma discriminação
para candidatos com idade um pouco mais avançada?
Lourenco Marinho
1 ano atrás - Compartilhada publicamente
Voce me coloca uma questão complicada. Entrar no Itamaraty aos 45 anos, supondo-se
que consiga (pois o concurso é disputadíssimo) pode representar uma enorme
frustração, pois vc teria colegas na faixa de 25 a 35 anos, e teria sua carreira truncada
em menos de 3 anos, sem possibilidades de promoção. Sendo amigo do conhecimento,
das leituras, do estudo, eu até poderia dizer que vc não perde nada em se preparar,
estudar e fazer o concurso, para ver que tipo de resultado obtem, e isso vc pode fazer
desde este ano. Talvez tentando uma vez, vc consiga avaliar melhor suas possíveis
chances, e depois, se entrar, pode ter uma experiência temporária dentro da diplomacia.
Acho que fui sincero. Paulo Roberto de Almeida
Ilca Matos
4 anos atrás
Olá Dr. Paulo Roberto. Serei objetiva em minha pergunta e peço-lhe que seja bastante
sincero em sua resposta sem receio que ela possa me causar constrangimento ou
provocar desestímulo. Tenho 43, sou formada em Secretariado Executivo e História e
desejo concorrer ao CACD. Evidente que a minha idade será um empecilho para
alcançar grande progressão na carreira, no entanto meu desejo maior é representar o
meu país. Isso é verdadeiramente o mais importante para mim. O que o senhor pensa
sobre o ingresso a carreira diplomática após os 45 anos?
Não precisa desistir, pois vc sempre pode aproveitar algo da carreira, mas é preciso
deixar claro que vc não teria uma carreira plenamente satisfatória, já que teria de
responder a quadros bem mais jovens. Eu diria que vc pode fazer o concurso, e depois
decidir entrar ou não, se passar. Nunca se arrependerá de não ter tentado... PRA
Bom dia, Tenho uma dúvida. Estou terminando meu Doutorado em Filosofia em
Sorbonne. Sou fluente em francês e inglês e fiz muitas pós-graduações. Já sou
funcionária pública federal, mas estou insatisfeita coma carreira. Minha pergunta é,
apesar de todo o meu preparo, há a questão da idade, tenho 40 anos. Você me diria
também para desistir? Obrigada pela atenção e pela disposição de manter esse blog,
Attenciosamente, Uma professora.
Hamilton
4 anos atrás
Não creio que seja assim Dr. PRA. Antes de ir à batalha é necessário estar ciente das
condições do campo de batalha. Perdão por ser impertinente. Sei que são questões
estúpidas (também a meu ver) além socialmente mesquinhas. Apenas curiosidade
amigo. Ninguém se candidata a uma carreira sem antes colocar na mesa tudo, de
maneira clara. Quero deixar claro que não estou interessado em levar meu piano, ou
carro, ou sem vontade de enfrentar o transporte público. Muito pelo contrário, enfrento-
o diariamente com orgulho. Meu objetivo, caso me candidate à diplomacia, é ajudar, e
não esnobar. Obrigado
Hamilton, Faça o seguinte: estude primeiro, passe no concurso, entre para a carreira, e
depois, quando você estiver no Itamaraty, vc se preocupa com carro, casa, etc. OK?
Paulo Roberto de Almeida
Hamilton
4 anos atrás
Obrigado por responder Apenas acrescentando: Caso o carro não seja levado, o
diplomata anda de transporte coletivo (se houver), correto? E caso não haja? Outra
dúvida que tenho é em relação à casa que deixam aqui no Brasil e se todos os
diplomatas que moram em solo brasileiro trabalham no Itamaraty (creio que não).
Obrigado
Diplomata não costuma ter casa propria quando é removido ao exterior, salvo os
bilionários (não conheço nenhum). Todos alugam casas ou apartamentos no mercado
local, aos preços correntes. O MRE tem um auxilio moradia, variavel em função do
custo de vida local e do número de dependentes. Carros geralmente não são levados,
pois as legislações são restritivas, mas havendo possibilidade, tanto o carro, quanto o
piano, e outras coisas tem de caber no limite de peso ou volume pago pelo MRE; o que
exceder é por conta do diplomata. Raríssimos levam carro, alguns piano, a maioria os
trastes normais de uma casa, inclusive moveis grandes. Paulo Roberto de Almeida
Hamilton
4 anos atrás
Caro Dr. PRA Uma questão que veio a mim ultimamente: Como um diplomata lida com
bens como carros, piano, obras de arte, entre outros bens, que são grandes o suficiente
para ser difícil de transportar, mas, ainda assim, móveis. E quanto a moradia? Em caso
de casa própria...
Meu caro Carlos Vesentini, Se você tem 16 anos apenas, deve começar a estudar agora,
sozinho, apenas sozinho, ler tudo o que voce encontrar pela frente que se relacione com
o concurso. Voce terá assim, pelo menos seis ou sete anos de leituras, o que me parece
suficiente para uma boa preparação, mas esta tem de ser constante, intensa, focada.
Você pode, sim, ser autodidata em inglês, adotando vários métodos: comece a ler com
dicionário do lado, leia jornais e revistas pela internet, assista programas e filmes em
inglês na TV e comece a fazer pequenas redações todos os dias ou todas as semanas
nessa língua. Em 3 ou 4 anos você dominará a língua. A carreira em RI abre muitas
portas e eu já escrevi muito sobre isso. Veja em meu site. Paulo Roberto de Almeida
Meu caro Aspirane a Oficial da PM, Não existe a menor possibilidade que você possa
conciliar as duas carreiras; elas são excludentes, não tematicamente, mas
funcionalmente, institucionalmente. A única cumulatividade possível com a carreira
diplomática é a atividade docente, o que eu faço. Você não pode ter nenhuma outra
atividade no setor público ou privado junto com a diplomacia, a não ser a docência. O
diplomata não pode atuar como militar ou vice-versa, isso não existe. Ou seja, continue
sua carreira como Aspirante, e ao mesmo tempo estude para o concurso à diplomacia: se
você entrar, terá de optar por uma das duas. Paulo Roberto de Almeida
Carlos Vesentini
4 anos atrás
Olá Dr. Paulo Tenho 16 anos e tive o interesse pela carreira diplomática esse ano, pois
até o ano passado meu objetivo era outro cargo burocrático (risos), a procuradoria geral.
Minha questão, repetitiva por sinal, é sobre <b>quais as áreas que posso atuar se me
formar em RI</b>. Acho o direito interessantíssimo, mas não tenho paixão pela
advocacia, promotoria e trabalho em varas. Em suma, o mesmo vale para economia,
mas não quero ser um quatro olhos maluco, atrás de uma mesa, desesperado com
finanças. Tenho paixão pela diplomacia, mesmo a burocrática, em especial a externa,
seja em consulados ou missões. Outra pergunta: <b>acha que o nível de inglês ao qual
devemos alcançar no concurso, se consegue com auto-didatismo?</b> Digo, lendo e
praticando, porém sem ajuda de um mestre... Por enquanto é isso. Obrigado
4 anos atrás
Sr. Paulo, em primeiro lugar parabéns pelo blog e muito obrigado pela oportunidade que
nos dá em não só sanar nossas dúvidas, mas como também em manter atualizados todos
os interessados na fascinante carreira diplomática. Tenho 28 anos, sou aspirante a
oficial da polícia militar, possuindo também outra graduação. A polícia militar, como
qualquer outra instituição militar, exige compromisso na carreira, sendo difícil concilia-
la com outras áreas de atuação. Dentro da corporação, porém, existem vários setores
especializados, a exemplo de oficiais médicos, dentistas, músicos e até capelães,
admitindo dessa forma profissionais das mais diversas áreas. A área diplomática, quanto
à exclusividade, mostra-se tão ou mais exigente do que a carreira militar, pois até sua
preparação para ingresso exige compromisso total. Considerando que o atendimento a
um dos quesitos para ingresso seja o de possuir qualquer graduação, pergunto ao senhor
se de alguma forma é possível conciliar as duas carreiras, se existe algum tipo de
atuação diplomática como militar, pois considero a carreira diplomática um dos campos
de atuação profissional mais valorosos da humanidade. Pesquiso diariamente
informações sobre essa possibilidade, de modo que estou altamente determinado a
ingressar na carreira diplomática. Qualquer direcionamento que o senhor puder fornecer
será de grande ajuda, desde já agradeço a sua paciência e atenção.
28 anos é uma excelente idade, mas você vai ter de estudar muito se quiser entrar
rapidamente. Promoção é sempre por mérito e algumas pitadas por relacionamento,
embora ninguém possa impedir alguma chefia desonesta de só promover protegidos,
mas na média o mérito prevalece. O tempo médio depende das vagas acima. Se você
eliminar vários embaixadores de uma vez só, a coisa acelera, mas estou brincando,
claro... Paulo Roberto de Almeida
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