Você está na página 1de 3

Aromas, perfumes e odores: Uma proposta pedagógica para o ensino de

química orgânica por meio de oficinas temáticas


1
Bianca Ramos Jaccon . bia_2511@hotmail.com
2
Janaina Schulis Araujo . janainaschulis@ufpr.br
1
Thalita Vieira da Luz . thalitavieira@yahoo.com.br

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo demonstrar as diversas formas que o ensino contextualizado
pode servir como interação dos alunos com a prática do ensino de ciências e com o seu cotidiano. Tendo como
base de especulação a aplicação de uma oficina pedagógica no Colégio José Guimarães, oportunizada pela
disciplina de Instrumentalização do Ensino de Química, a oficina foi elaborada de forma a aguçar nos alunos a
curiosidade da química por trás da produção de perfumes e sua importância na sociedade, na economia e na vida
dos mesmos. A oficina pedagógica como recurso didático, traz com ela uma diversidade de aplicações das
ciências, aqui em específico no ensino de química orgânica e como seus aportes didáticos são amplos, fazendo
com que a criatividade tanto dos elaboradores da mesma, como daqueles que desfrutarão dela seja explorada. .

Palavras-Chave: aromas; perfumes; oficinas temáticas; química orgânica.

1. Introdução
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), a Química participa do
desenvolvimento científico-tecnológico com importantes contribuições específicas, cujas
decorrências têm alcance econômico, social e político (BRASIL,1997). Por abranger diversas
áreas da natureza humana, ela tem o caráter de desenvolver a capacidade crítica do ser
humano enquanto cidadão, buscando ampliar sua visão de mundo, instigando - o a questionar
o mundo, possibilitando que o mesmo interprete a realidade ao qual está inserido, buscando
compreender as problemáticas presentes no seu cotidiano, analisando as causas que resultam
na problemática em si e por fim propondo possíveis soluções para o problema apresentado,
de modo a modificar a sua realidade, fazendo - o compreender a importância da sua
participação dentro da sociedade, de forma a não se conformar diante da realidade que lhe é
apresentada, mas sim, buscar formas de modificá-las com o objetivo de torná-la melhor para
todos. Muito além de decorar fórmulas e símbolos com o intuito de atingir uma nota para
poder passar para a próxima etapa do processo de aprendizagem, como é observado com
grande frequência nas metodologias tradicionais de ensino, torna-se necessário buscar novas
metodologias que visem a formação de cidadãos cientificamente e tecnologicamente
alfabetizados, capazes de apresentarem um posicionamento crítico da Ciência e Tecnologia,
compreendendo sua influência e seus impactos tanto no âmbito social, como cultural,
político, ambiental, etc., potencializando sua compreensão de mundo.
Os recursos didáticos são ferramentas que visam promover o ensino, estimulando os
alunos por meio de atividades dinâmicas e diferenciadas. A utilização desses recursos requer
uma organização e planejamento bem definidos, por parte do professor, para que os objetivos
esperados sejam alcançados. A utilização de recursos didáticos promovem um maior interesse
por parte do aluno, bem como uma melhor compreensão do conteúdo trabalhado pelo
professor, facilitando a retenção do conhecimento, visto que o uso de atividades diferenciadas
permite que o aluno crie uma espécie de pontos de referência entre o conteúdo e a sua
vivência diária. Entre os recursos que podemos destacar estão jogos, filmes, revistas,
simuladores, estudos de campo e oficinas pedagógicas.
As Oficinas Temáticas são recursos de estudo e reflexão realizados por meio de
atividades práticas realizadas coletivamente, baseadas em temas, nas quais são desenvolvidas
diferentes tarefas, mediante situações concretas e significativas, que buscam promover ao
aluno o desenvolvimento de diferentes habilidades, competências e conhecimentos. A
utilização de Oficinas Temáticas proporciona uma maior interação entre professor e aluno,
em um ambiente extrovertido e agradável, que possibilita que o aluno apresente seus
conhecimentos prévios e adquiridos ao longo da disciplina, bem como suas dificuldades.
Quando o professor apresenta diferentes experiências sobre um determinado tema, em suas
mais variadas situações, deixando de lado o tradicionalismo presente no processo de ensino -
aprendizagem, o aluno é capaz de relacionar e contextualizar significativamente o
conhecimento científico com seu cotidiano . Por meio de práticas problematizadoras, o aluno
transforma-se em protagonista da construção do seu conhecimento, muito além de um agente
passivo, capaz de construir ideias a respeito do que se é observado, desmistificando possíveis
equívocos desenvolvidos no decorrer das atividades. Ao se tornar o sujeito ativo do processo
de ensino - aprendizagem, o aluno torna-se apto a refletir sobre as situações apresentadas,
pois é desafiado a buscar por respostas plausíveis que justifiquem aquilo que está sendo
apresentado à ele. É por meio da leitura de mundo que constrói-se um cidadão mais crítico e
reflexivo, capaz de analisar o que lhe está sendo apresentado, compreender o que está
acontecendo e explicar de forma significativa possíveis causas e soluções do que foi
apresentado.
6. Referências

BONFIM, Danúbia Damiana Santos; COSTA, Priscila Caroza Frasson; NASCIMENTO


JÚNIOR, William do. A ABORDAGEM DOS TRÊS MOMENTOS PEDAGÓGICOS NO
ESTUDO DE VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA. REVISTA EXPERIÊNCIAS EM
ENSINO DE CIÊNCIAS, Mato Grosso, ano 2018, 11 ago. 2020. Disponível em:
https://fisica.ufmt.br/eenciojs/index.php/eenci/article/view/224. Acesso em: 27 out. 2022.

LORENZETTI, Leonir; SIEMSEN, Giselle Henequin; OLIVEIRA, Silvaney de. Parâmetros


de alfabetização científica e alfabetização tecnológica na educação em química: analisando a
temática ácidos e bases. ACTIO: Docência em Ciências, Paraná, 2017. Disponível em:
https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/5019. Acesso em: 27 out. 2022.

JR, Wilmo E. Francisco; FERREIRA, Luiz Henrique; HARTWIG, Dácio Rodney.


Experimentação Problematizadora: Fundamentos Teóricos e Práticos para a Aplicação em
Salas de Aula de Ciências. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, São Paulo, ano 2008, 30 nov.
2008.

SIMONI TORMÖHLEN GEHLEN. Scielo. Momentos pedagógicos e as etapas da situação


de estudo: complementaridades e contribuições para a Educação em Ciências. São Paulo:
Scielo, 2012. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ciedu/a/ML7c8VPgB8hqrB3vPCNww8p/?lang=pt. Acesso em: 27
out. 2022.

Você também pode gostar