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CENTRO UNIIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASI

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL

PRÓ REITORIA

INSTITUTO

ARQUITETURA E URBANISMO

QUESTIONÁRIO SOBRE O DOCUMENTÁRIO ‘MENINO 23: UMA


INFÂNCIA PERDIDA’

Ana Beatriz Porcideli Vieira

Emilly Tavares Brígida

Volta Redonda, 2022


Ana Beatriz Porcideli Vieira

Emilly Tavares Brígida

QUESTIONÁRIO SOBRE O DOCUMENTÁRIO ‘MENINO 23: UMA


INFÂNCIA PERDIDA’

Trabalho educacional de acordo com os


conhecimentos obtidos em sala, utilizando
como base para estudos o documentário
“Menino 23 - Infância Perdida no Brasil”; para
parâmetro avaliativo de Bacharel no Curso de
Arquitetura e Urbanismo, do Centro
Universitário Geraldo Di Biase.

Professor Wagner Copola

Volta Redonda, 2022


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4
2. RELAÇÃO DO DOCUMENTÁRIO COM DISCUSSÕES EM SALA ...............................4
3. INFÂNCIA PERDIDA ..............................................................................................................4
4. PRINCIPAL MENSAGEM ......................................................................................................4
5. PERGUNTA 4 ...........................................................................................................................5
6. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................5
1. INTRODUÇÃO
O documentário em questão retrata acontecimentos da década de 40, onde
meninos negros eram retirados de um orfanato no Rio de Janeiros e levados a uma
fazenda no interior de São Paulo pela influente família Rocha Miranda. Esses
meninos com idade de 9 a 12 anos foram expostos a trabalho escravo e situação
precária, além de serem privados de estudo e uma vida digna. A mesma família
que levara os 50 meninos possuía ideias eugenistas (integralistas e nazistas), ou
seja, acreditavam na supremacia branca e na desvalorização do ser humano por
sua raça.

2. RELAÇÃO DO DOCUMENTÁRIO COM DISCUSSÕES EM SALA


Foi discutida em sala de aula o racismo velado no país. De todos os pontos
do documentário esse é um ponto a ser levado em consideração: uma sociedade
cuja a abolição escravizadora havia sido implantada há 40 anos transportando
meninos negros em fase de desenvolvimento para fazendas de famílias
privilegiadas com o intuito de serem objetificados e escravizados como seus
antepassados foram. Esses traços recentes na história demonstram com o país
não tem estrutura para lidar com situações assim, visto que antes deste
documentário e pesquisa serem promovidos muitos nem acreditavam na hipótese
destas situações serem verdadeiras em nosso solo.

3. INFÂNCIA PERDIDA
Devido as atitudes da família Rocha Miranda, crianças negras foram
retiradas do orfanato Romão de Mattos Duarte no Rio de Janeiro e transportadas
para trabalho escravo no interior de São Paulo. Sujeitas às más condições de vida
como privação de estudos, trabalhos forçados sem remuneração e ideologia
política doentia, essas crianças tiveram suas infâncias roubadas ao serem
expostas a situações de riscos, humilhação, más condições de vida e punições
extremas. O fato de terem recebido números ao invés de serem chamados por seus
nomes demonstra a objetificação do ser humano negro e a desmoralização étnica-
racial que sofreram pelas mãos de seus raptores, como a ideia de que ao retirarem
esses meninos da Capital estariam deixando a mesma livre de crianças pobres e
negras.
Pela criação tardia do ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) estas
crianças ficaram à mercê de um estado corruptível que não os protegeu e de
homens ricos com ideologias distorcidas; perdendo a oportunidade de brincarem,
se divertirem, terem acesso a educação e poderem aproveitar como crianças
precisam em sua fase inicial.

4. PRINCIPAL MENSAGEM
Durante todo o documentário se faz notória a existência camuflada do
preconceito racial no Brasil. Uma fala do protagonista mostra claramente como
aquelas pessoas enxergavam essas crianças negras: “Ele chegou e mandou
encostar nós num canto lá, então separou nós como separa boi na mangueira”,
declara Sr. Aloysio contando sobre como foram escolhidos.

A criação de um partido que visa a supremacia branca fazendo apologia ao


fascismo e utilizando crianças negras em situação de vulnerabilidade
socioeconômica e familiar demonstra como a burguesia brasileira, mesmo após 50
anos da abolição da escravidão, mantinha um pensamento arcaico, retrógrado.
Tais fatos revelam como o país possui uma sociedade doente e enfraquecida no
fator histórico, pois ao invés de olharem para o passado e aprenderem repetiram
os mesmos erros e aproveitaram o acontecimento da segunda guerra mundial para
se inspirarem em ideias nazistas e poderem dar voz a suas ideias; com relata o
documentário ao mostrar as reuniões eugenistas que ocorriam na época.

5. PONTO IMPORTANTE PELO ALUNO


É retratada a forma como, principalmente, o Sr. Aloysio se recorda dos fatos
e se sente em relação aos acontecimentos. Porém, além dele, são entrevistados
dois outros meninos que passaram pela mesma situação: Sr. Argemino e o filho
mais velho do Dois, representando seu pai por meio de suas falas que antecederam
o documentário. Todavia, é notória e gritante a diferença entre os três resultados:
Sr. Aloysio, que carrega marcas profundas de seu sofrimento e mostra não ter
superado, Sr. Argemino que demonstra ter bloqueado sua vivencia da época e vive
uma nova vida com sua família e, por último, Dois que levou uma vida fora do
trabalho braçal já que foi enviado de volta ao Rio para aprender determinadas
funções específicas e se tornar o companheiro do próximo herdeiro da fazenda na
qual foram levados de forma ilegal.

6. REFERÊNCIAS
FRANCA, Belisario. Menino 23. Disponível em:
https://www.menino23.com.br/menino-23/. Acesso em: 13 de abr. 2022 [s/d]

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