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 O federalismo fiscal trata das competências tributárias dentro do território nacional e


das regras que regem o desenvolvimento econômico das regiões. Mas, num país de
proporções territoriais imensas, como é o Brasil e de distorções de ordem distributiva de
recursos, há uma imensa dificuldade para o Estado Federado desenvolver essa equidade.
Um conceito genérico define o pacto federativo, como a união de entes
federados dotados de autonomia e submetidos a um poder central, geral, dotado de
soberania. A constituição é a reguladora da federação e das competências de seus entes;
é o texto legal que determina de que maneira funciona o pacto federativo em função de
uma ordem jurídica estabelecida.
As competências administrativas de cada ente federado estão dispostas na Carta Magna
e que a administração pública direta e indireta, da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência. Existem outros princípios inerentes à
administração pública, implícitos ou explícitos por todo o texto constitucional, os quais
FREITAS diz que "revestem-se de eficácia jurídica imediata e direta, no cerne de suas
prescrições, donde segue o dever de retirá-los da vacuidade ou do limbo".
Daniel K. GOLDBERG, diz que, para que um tributo seja "bom", ele deve ser eficiente
do ponto de vista econômico possuindo algumas características: base tributável pouco
manipulável; a arrecadação deve fazer frente as necessidades locais; receitas tributarias
estáveis e previsíveis; carga tributária justa; transparência na sua destinação e a natureza
do tributo deve tornar sua incidência efetiva.
Uma consequência prejudicial da falta de solidariedade e cooperação dos entes da
federação é a guerra fiscal, em que um Estado propicia incentivos fiscais e até mesmo
renuncia a receitas em face da preferência de empresas em instalarem suas fábricas no
seu território. A curto prazo, os resultados são geração de empregos diretos e indiretos e
o fomento da economia local. A longo prazo, porém, toda a federação perde, seja pela
necessidade de conceder os mesmos incentivos a outras empresas já previamente
instaladas, para que permaneçam, seja na falta de arrecadação de recursos que seriam
destinados a cumprir metas sociais, conforme Sérgio Prado e Carlos Eduardo
Cavalcanti, apud Guilherme Bueno de CAMARGO.

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