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Apostila

Canto Coral
Professora Luciana Porto
Alongamentos

- Braços
- Ombros
- Cabeça
RESPIRAÇÃO

1 – Inspirar pela boca e nariz, soltar com braços indo


em direção a coxa (de cima para baixo)
3x (aumentando os segundos)

2 – Assoprar Vela
Fricativas
Nas consoantes fricativas sonoras ocorre a vibração das
pregas vocais e a produção sonora. Nas consoantes
fricativas surdas não há som.
Nesse exercício é utilizado os pares de consoantes
fricativas e surdas que possuem a mesma configuração
dos lábios e dentes.
Arremesse uma bola lentamente, através de um
suspiro, com a emissão de um glissando
descendente. Quanto maior for o glissando, maior
o controle respiratório e exploração dos registros.
Exercícios de exploração vocal e imitação sonora
através de glissandos podem ajudar a descoberta
da voz de cabeça.
Nota de memória

Dó acima do dó central = [u]

Quando a mente estiver focada, quase todos os


cantores conseguem lembrar uma nota dada.
Começar os próximos exercícios depois dos cantores
emitirem o dó4.
Unificação Vogais
• [u] - começar o aquecimento com a vogal [u] ajuda a
criar ressonância e espaço consistente na parte
posterior da boca. Se imaginarmos engolir algo ou
bocejarmos, sentiremos a passagem do ar frio no fundo
da boca, desta forma, o palato mole se levantará e criará
o espaço de ressonância da vogal [u] cantada. Para
ajudar a promover esse espaço, Leck recomenda utilizar
a metáfora de segurar uma cesta de basquete imaginária
em frente do corpo.
• [i] - O [i] promove um som focado e com ressonância
frontal. Leck sugere que os dedos indicadores sejam
colocados nos cantos dos lábios para manter a vogal em
posição vertical e os lábios arredondados, semelhantes
ao [u].
• [e] deve ser verticalizado e com a fôrma semelhante a
do [i]. Para isso, Leck recomenda que os indicadores
continuem colocados nos cantos da boca, porém, para
fazer uma pequena diferenciação do gesto do [i], cruzar
as mãos.
• [o] deve ser arredondado como o [u], mas, com a
mandíbula levemente abaixada. Leck sugere que
imaginemos uma bola de praia, daquelas grandes e
coloridas, e a seguremos acima da cabeça. A metáfora
da bola ajuda a pensar o [o] mais “arredondado”.
• [ɑ] requer maior abertura da boca e deve ser feita com a
língua e a mandíbula abaixadas e relaxadas. Para auxiliar
no relaxamento da mandíbula e abertura da boca, Leck
propõe que, no decorrer do vocalize, o dedo indicador
desça do meio dos olhos, passando pelo nariz e boca,
até ser colocado no queixo.
Esse gesto proporciona a abertura vertical da boca, que
é ideal para o canto coral. Como o autor relembra: “as
vogais cantadas requerem mais espaço na boca do que as
vogais faladas”, por isso, suas fôrmas e emissões são
diferentes em cada situação. (LECK, 2009, p.28)
Unificação das vogais
O primeiro exercício de aquecimento vocal pretende unificar e moldar
cada uma das cinco vogais orais básicas com consistência,
executando-as separadamente, na sequência sugerida: iniciando com
a vogal [u], seguida de [i], [e], [o] e [ɑ]

[u]

[i]

[e]

[o]

[a]
Âncoras de aprendizagem
[e] = Em geral, cantores brasileiros, incluindo as
crianças, têm certa dificuldade para cantar a vogal
[e]. Muitas vezes, essa vogal soa com escape de ar,
sem foco, semelhante à fala.

[a] = Outra forma de fazer o “a” trazendo mais


relaxamento, sem risco de criar uma tensão no
maxilar, fazendo um carinho no rosto.
Unificação Vogais
[u], [i], [e], [o] e [ɑ]
Trabalhando todas as vogais
• [u], [i], [e], [o] e [ɑ]
• Fazer os gestos correspondentes
Uniformizar [i] e [u], combinando a frontalidade e brilho do [i]
com o espaço orofaríngeo e “redondez” do [u]. É importante
deixar a mandíbula relaxada para manter o espaço de
ressonância e não movimentar tanto os lábios, os quais
devem ser arredondados para conseguir consistência e
uniformidade nas vogais.

Harmonia I, V I

No final, para sustentar bem a vogal [u] , “puxar” o bico para


Frente.
Mola
Observar a mola se esticando com facilidade e e
suavidade fornece um símbolo visual da voz indo
com facilidade e sem esforço do grave para o agudo.
Manter o relaxamento da garganta e língua.

Pensar no [ɑ] como na palavra inglesa “father”.


O [a] não possui a colocação ideal, soando “aberta”, com a
laringe alta, com pouco uso da voz de cabeça e com um
acento desnecessário na nota aguda
A boca abre mais quando você canta as notas agudas e
menos quando canta as notas graves, assim como a mola, já
que ela se estica ao máximo na nota mais aguda e retorna à
posição original no início e final do exercício

Trabalhar também glissando – quintas e oitavas com


a mola
Fazer esse exercício balançando as mãos perto das
sobrancelhas de dentro pra fora, sentindo a pulso.
Deixe o pescoço solto, sentindo amplidão em todo
peito.
Pensar na voz ressoando na região da testa e
sobrancelhas. Não confundir leve com soproso.
Exercícios Aquecimento
• Br – Sentindo o palato mole subir - Manter
esterno para cima

Mi, Me, Ma, Mo, Mu – Segurar uma nota só fazendo


os gestos / Uma nota para cada grupo (sustentar)
Inverta as mãos e coloque-as sobre a face. Sinta a
elevação.
A consoante “n” coloca a voz para frente, o [i] ressoa
frontalmente e o [e] ressoa bem próximo do [i].
Com as bochechas levantadas pelo dorso das
mãos, formando uma letra “v”, a mandíbula fica
relaxada, promovendo a abertura da cavidade oral
para que o [ɑ] seja produzido com espaço
verticalizado
As três vogais abordadas são
realizadas com a língua mais alta e
são articuladas com a boca mais
fechada. A movimentação sugerida é
a de manter as mãos acima da
cabeça, fazendo pequenos círculos.
Tal movimentação mantém a
ressonância vívida e as mãos
levantadas influenciam na afinação
precisa
Antecedidos pelo [i], o [e] e o [ɑ] ressoam mais
frontalmente e o [i], que também é antecedido pelo [ɑ],
ganha mais espaço de ressonância. O [v] é uma
consoante vibratória e auxilia tal colocação frontal.
Simular um um arremesso na nota mais aguda,
reproduzindo espaço de ressonância criado no palato
mole, na emissão das notas agudas
Obs – usar gesto da mola
Fazer com “vivuva”
Começar com as mãos no coloco e nos agudos elevar
o braço, retornando depois para o colo. O objetivo do
vocalize é ampliar e uniformizar os registros vocais. O
[m] produz vibração labial, auxiliando a produção do
[i] frontal e a vogal [ɑ] deve ressoar no mesmo lugar
do [i]. (LECK, 2009, p.41)
Fazer esse exercícios com as mãos girando de dentro pra fora na altura
das sobrancelhas, como se fosse puxar o som para fora dos olhos.

PING PONG
Os dedos indicadores se movem no ritmo da melodia e
o mais importante é manter a ressonância frontal. O [i]
ajuda o [o] que deve soar na mesma colocação. E o
“ng” ajuda a manter a ressonância frontal.
Fazer flexionando os joelhos.
As duas mãos se movem para frente com cada
linha descendente. No legato final, os braços
vão para frente devagar. As mãos ajudam o
som a vir para frente. Os sons mais graves tem
tendência a ir pra garganta, o gesto ajuda.
Podemos também estalar os dedos nas
semínimas do primeiro compasso .
Unificando [i] [u]
Para esse exercício, as duas vogais precisam estar
redondas, consistentes e verticais. Para esse exercício, o
“u” influencia no arredondamento da vogal “i”,
deixando um som agradável.

Podemos fazer um gesto com um circulo


grande de dentro para fora ou utilizar apenas
as mãos para definir melhor a forma das
vogais.
A alternância de semínimas com semicolcheias
gera um contraste rítmico, sugerindo,
respectivamente, articulações em legato e
staccato (sons longos e curtos).
O exercício prioriza a de agilidade vocal e o
movimento sugerido para manter a precisão
rítmica e o ataque vocal leve é o de tocar um
piano no dorso da mão, com a ponta dos
dedos
Nesse exercício, o braço direito roda
em sentido horário. Esse vocalize
começa pelo sons das vogais, indo do
mais aberto ao fechado. A consoante
“m” coloca o som na máscara.
O movimento sugerido é o de arremessar um frisbee, aquele
brinquedo que usamos na praia. preparação, impulso e
arremesso, tudo isso em um movimento contínuo.

Obs: tirar a pausa e fazer apenas o gesto se necessário (mãos


nas bochechas.
Para promover relaxamento corporal e ressonância
frontal, Leck sugere que caminhemos na pulsação
quaternária, levantando os braços alternadamente,
esticando-os até a ponta dos dedos, para que na sílaba
“za” final os braços se lancem para frente, juntos.
Caminhar durante o canto permite que o corpo relaxe,
dando mais energia para os cantores. As mãos para
frente auxiliam a frontalidade do som.
As mãos se esticam para cima
alternadamente, como se fossem tocar
o teto. Dá uma sensação de altura
vertical.
Pensar em um [i] redondo e um [a]
mais pra frente.
Com o objetivo de relaxar o corpo e produzir uma boa
ressonância, a movimentação proposta por Leck é a de
caminhar com os pés alternados nos tempos fortes,
batendo as mãos nas coxas nos tempos fracos. Tal
movimentação ajuda o corpo e a mente a relaxarem.

O [v] promove a vibração de lábios


e mantém as vogais na
ressonância frontal, misturando e
complementando as emissões das
vogais [i] e [o]. No decorrer das
modulações, ao se cantar no
registro agudo, o coro substitui o
[v] pelo [n], desta forma, se canta
“ni-no-ni-noni-i-i-i-no
Afinação
Não descuidar da colocação vocal.

Podemos realizá-lo em uníssono ou


cânone a duas ou mais vozes,
iniciando-o após o “do-re-mi-re-do”
Trabalhando os intervalos
SONORIDADE
Cuidados
• Afinação
• Voz de cabeça inconsistente, soprosa.
• Tensão.
• Ataque brusco demais
• Passagem de registro
• Para melhorar o ataque vocal, importante a prática da
voz de cabeça, realizando exercícios com diversas
explorações vocais (glissandos, vibração de lábio e
língua, imitação de padrões melódicos, boca chiusa etc)
e vocalizes com [u] para criar o espaço de ressonância
necessário para o ataque não soar tão brusco.
• vivenciar diversas manipulações dos articuladores e
ressoadores (por exemplo, abertura horizontal e vertical
da boca, canto com laringe alta e baixa, com e sem
tensões etc), desenvolvendo assim a percepção sobre o
que é correto e incorreto
• Em outros vocalizes aqui estudados, percebemos que a
vogai [i] foi empregada nas notas mais graves,
conferindo o “brilho” para a sonoridade, enquanto que
vogais que promovem maior espaço de ressonância ([u],
[ɑ], [ɔ], [o]) foram usadas nas notas mais agudas. Nesse
exercício, a proposta é oposta: moldar o [i] no agudo, no
espaço do [u], de forma arredondada, vertical,
consistente e diferente do [i] falado que é horizontal.
Para tal molde, é preciso manter os lábios
arredondados.
• Cuidado para o [i] não ficar soproso e laringe alta
demais.
• O [ɑ] foi realizado com a abertura vertical da boca e com
um timbre mais consistente, porém o ataque foi um
tanto brusco na nota aguda
• O [o] soou com espaço de ressonância, com um pouco
de soprosidade nas notas graves e com o agudo sonoro
e focado
• Vogais frontais tem palato mole mais alto. (Bloomer)

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