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Neste eBook abordamos sobre como é feita uma avaliação de riscos para o PGR

- Programa de Gerenciamento de Riscos, que entrou em vigor juntamente com


a nova NR-1 em Janeiro de 2022, subs tuindo o an go PPRA.

Já está preparado para u lizar as tabelas de gradações, matriz e outros critérios


de risco para a nova vigência da Norma?

Veja a seguir!

O Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR

Avaliação dos Riscos Ocupacionais

Definindo os critérios de riscos para o PGR

Gradações de Probabilidade e Severidade

Matriz de Risco

Métodos de Controle e Ação


O Programa de Gerenciamento de Riscos

O PGR é o Programa de Gerenciamento de Riscos (Ocupacionais), documento que


entrou em vigor junto com a nova NR-1. O PGR é basicamente a concre zação do
Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) em formato de documento. Com a
vinda deste documento, o PPRA deixou de exis r, o que implicou em uma adaptação de
muitas empresas para atender a nova NR-1 e o novo gerenciamento de riscos.

nr-1 gro pgr


Algumas empresas ainda estão elaborando PPRA, mesmo após o PGR entrar em vigor.
Outras apenas trocam a capa do an go PPRA e con nuam avaliando os riscos da
mesma maneira que antes. O GRO/PGR possui uma estrutura diferente do PPRA e esta
prá ca não pode ser aplicada. Para o PGR deve-se especificar o nível de cada risco
ocupacional través das devidas definições e critérios para avaliação de riscos.

A nova NR-1 redefiniu o conceito de risco ocupacional, e isso afeta a avaliação de riscos:

Perigo/fator de risco: Fonte com o potencial de causar lesões ou agravos à saúde.


Elemento que isoladamente ou em combinação com outros tem o potencial intrínseco
de dar origem a lesões ou agravos à saúde.

Risco ocupacional: Combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde


causados por um evento perigoso, exposição a agente nocivo ou exigência da a vidade
de trabalho e da severidade dessa lesão ou agravo à saúde.

De acordo com a nova NR-1, o PGR deve ser composto por dois documentos base:

Inventário de Riscos;

Plano de Ação.

O inventário de riscos é onde consta todos os riscos ocupacionais, com todas as especi-
ficações necessárias. O plano de ação é o cronograma das ações para que se controle
todos estes riscos. Um inventário mal elaborado resulta em um plano de ação
ineficiente.

Neste material vamos dar foco para a avaliação de riscos, que é uma das mais cruciais
etapas para compor o inventário de riscos de maneira adequada para o PGR.

A seguir, veja sobre a avaliação de riscos.


Avaliação de Riscos Ocupacionais

A avaliação de riscos é um dos primeiros passos para que, posteriormente, seja monta-
do o inventário de riscos. O mo vo de se dar tanta importância neste processo é que
com a nova NR-1 e o PGR, os riscos precisam ser reavaliados para que tenham os seus
respec vos níveis definidos dentro da matriz de risco. É possível aproveitar informa-
ções do PPRA atual, inclusive sobre os riscos, porém é necessário que seja traçado um
nível de risco para cada risco ocupacional, de acordo com a matriz desenvolvida.

Na avaliação dos riscos ocupacionais devem ser avaliados todos os perigos levantados
nas a vidades, para que se chegue a um risco defini vo. A matriz de risco é basicamen-
te uma tabela onde se traça dois valores: probabilidade e severidade. O resultado
representa o nível do risco. Estes valores podem ser qualita vos e/ou quan ta vos.

ATENÇÃO: não confuda risco com nível de risco. Risco é basicamente a exposição ao
perigo, onde o perigo é uma situação com probabilidade de causar dano. Quando se
avalia a severidade do dano que essa situação pode gerar, é possível iden ficar o nível
do risco através da associação entre probabilidade e severidade. O risco é a situação
em si, enquanto o nível do risco representa se este risco é baixo, moderado ou
extremo. Esta informação deve constar no inventário de riscos.

EXEMPLO: A exposição ao ruído é um risco ocupacional. Porém, como saber o nível


desse risco? Veja bem, não estamos nos referindo aos decibéis do ruído, mas sim ao
nível do risco ocupacional em si. Os decibéis do ruído coletados nas medições regis-
tram, quan ta vamente, os valores do ruído e não o nível do risco. Para se chegar ao
nível do risco, seria necessário saber se a exposição a esse ruído seria prejudicial à
saúde do trabalhador (severidade).

Caso ocorra alguma doença originária deste ruído, seria essa uma doença reversível?
De acordo com a exposição, qual seria a probabilidade de esse dano acontecer? O
resultado dessas duas perguntas, em conjunto, irão determinar o nível do risco.

Mas como saber se algo tem alta ou baixa probabilidade? E com a severidade, como
fica? Para isso é necessário traçar valores e critérios para a avaliação de riscos. Só é
possível saber se algo tem alta ou baixa probabilidade se antes for definido quais os
critérios de risco para a avaliação.

A seguir, veja sobre os critérios de risco.


Definindo os Critérios de Avaliação de Riscos

Para definir os critérios para a avaliação de riscos, precisamos compreender a probabi-


lidade e a severidade de cada risco ocupacional. A probabilidade está implícita no
perigo, que nada mais é do que o fator de risco. Quando se inclui a severidade nessa
análise, conseguimos então chegar a uma conclusão do risco.

Para que se chegue a algum resultado, precisamos definir o que representa uma alta ou
baixa probabilidade e severidade. Por exemplo, um risco de acidente onde o trabalha-
dor sofre risco de queda, o que definiria a severidade e probabilidade nessa situação?
Como dizer se a severidade é alta ou baixa? Quais os critérios? O primeiro passo é
chegar a estas respostas.

Pode parecer um tanto trabalhoso chegar a tantas conclusões sobre probabilidade e


severidade, já que os riscos ocupacionais são muitos dentro de uma empresa, ainda
mais agora que os riscos ergonômicos e de acidentes deverão estar inclusos no inven-
tário do PGR. Porém, uma vez que se define uma tabela de gradação, tudo fica mais
simples.

No Sistema ESO temos já as tabelas de gradações e matriz sugeridas, que o profissional


pode u lizar, facilitando o mapeamento de riscos e desenvolvimento do PGR dentro
das premissas do GRO da NR-1. Caso queira conhecer, clique aqui.

pgr

Gradações de Probabilidade
e Severidade

Matriz de Risco

Métodos de Controle e Ação


Definindo os Critérios de Avaliação de Riscos

GRADAÇÕES DE PROBABILIDADE E SEVERIDADE

As tabelas de gradação de risco tem a função de definir valores para a probabilidade e


severidade de situações que envolvem riscos ocupacionais. Veja um exemplo abaixo:

Nesta tabela de gradação de severidade, sugerida pela AIHA - American Industrial Hygie-
ne Associa on, fica definido que uma lesão ou doença reversível seria equivalente a uma
severidade de nível 2 (exemplo). Digamos que nível 2 seja classificada como severidade
Baixa, já que 3 seria Média/Moderada. A severidade neste caso seria definida como
Baixa, de acordo com a tabela.

Agora, note que esta tabela pode servir para pra camente todas as situações de severi-
dade. No final das contas, o ruído ou queda vai levar a algum quadro desses que está
exposto na tabela. Um ruído fora de controle pode levar a uma Lesão ou doença crí ca
irreversível que pode limitar a capacidade funcional, caracterizando a severidade como
nível 3.

Com esta mesma tabela pode-se chegar a conclusão também sobre um risco de queda,
de acordo com a altura. O risco de queda em um trabalho em altura poderia ser classifica-
do como Lesão ou doença incapacitante ou mortal, de acordo com a tabela, classifican-
do a severidade do risco como nível 4.

A seguir, veja sobre gradação de probabilidade.


Definindo os Critérios de Avaliação de Riscos

Veja uma tabela de gradação de probabilidade:

Nesta tabela de gradação de probabilidade da AIHA os níveis de exposição são categoriza-


dos de acordo com a porcentagem baseada no LEO - Limite de Exposição Ocupacional.
Exposições > 50% e < 100% do LEO são classificadas como nível 3 (moderadas), por
exemplo.

Esse nível de exposição pode ser tanto para ruído ou qualquer outro risco que tenha sua
medição baseada no LEO (sem considerar o EPI). Este é um dos critérios de probabilidade
que pode ser adotado para a avaliação de riscos.

Veja a seguir uma tabela de gradação de probabilidade baseada no nível de controle


existente:

De acordo com esta tabela, riscos que tenham um controle excelente representam
probabilidade muito baixa, com categoria de nível 1.

A seguir, veja sobre matriz de risco.


Definindo os Critérios de Avaliação de Riscos

MATRIZ DE RISCO

Uma vez adotados os critérios de gradação de probabilidade e severidade, agora é preci-


so desenvolver uma matriz de risco. A matriz mostra o resultado entre probabilidade e
severidade, classificando o nível do risco ocupacional.

Existem diversas possibilidades de matriz de risco, como 3x5, 3x3, 5x5, dentre outras.
Note que ambas as tabelas de gradação possuem 5 níveis de categoria, o que implica em
uma matriz 5x5, neste caso. A matriz de risco portanto surge depois que foram definidas
as gradações de severidade e probabilidade.

Veja a seguir o modelo que u lizamos no Sistema ESO.

A Matriz de Risco u lizada em nosso PGR é uma matriz no formato 5x5, baseada nas
es ma vas de gradações de Severidade e Probabilidade da AIHA - American Industrial
Hygiene Associa on e European Comission (recomendadas pela Fundacentro). Esta
matriz funciona para avaliações qualita vas e quan ta vas, pois as tabelas de gradações
sugeridas possuem as es ma vas adequadas para ambos as pos de avaliações.

Os níveis de risco presentes na matriz são 5 (cinco): Trivial; Tolerável; Moderado ; Subs-
tancial e Intolerável. Cada nível de risco possui o seu método de controle sugerido,
baseado na es ma va (grau de certeza) da avaliação, onde os riscos de níveis mais altos
têm prioridade de ação. O Sistema ESO gera automa camente essa classificação,
baseado nos valores de probabilidade e severidade.

A seguir, veja sobre os métodos de controle e ação.


Definindo os Critérios de Avaliação de Riscos

MÉTODOS DE CONTROLE E AÇÃO

Os métodos de controle são classificados de acordo com o nível do risco e grau de certeza
da es ma va da avaliação. Os níveis de risco mais altos devem ter prioridade na ação de
controle. A ação de controle é classificada de acordo com a es ma va, que pode ser:
certa (0); incerta (1) e altamente incerta (2).

Esta classsificação padrão dos métodos de controle funciona apenas para o Inventário de
Riscos e não deve ser adotada como método único para o Plano de Ação. Contudo, como
as ações de controle serão feitas baseadas no inventário, estas classificações servem para
definir a prioridade das ações.

Situação Hipoté ca de uma avaliação de risco

Probabilidade: ruído ocupacional em 40 dB (NE) é > 10% e < 50% do LEO (85 dB) permi do
para 8 horas de a vidade, classificando-o como probabilidade de nível 2 (pouco provável),
de acordo com a tabela de gradação AIHA.
Severidade: a severidade de uma doença que possa surgir de um ruído ocupacional
classifica-se como “Lesão ou doenças crí cas irreversíveis que podem limitar a capacidade
funcional”, de acordo com a tabela sugerida, classificando-a como severidade de nível 3
(moderada).
Nivel do Risco: o nível do risco é a probabilidade x (vezes) a severidade. No caso, 2 x 3,
resultando em 6 (moderado) de acordo com a matriz.

Baseado neste resultado, classifica-se o método de controle e ação, de acordo com o grau
de certeza da es ma va da avaliação. Suponha-se que a es ma va seja Certa (0), o
método de controle seria classificado como “3º Moderado: Controle adicional, se
possível/viável”, de acordo com a tabela.
Concluindo

Após definir os critérios para a avaliação de riscos ocupacionais, inicia-se então o proces-
so de avaliação de riscos. Agora é só aplicar estes critérios em todos os riscos ocupaciona-
is iden ficados: riscos sicos, químicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos.

A nova NR-1 especifica que o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) deve ser
implementado por estabelecimento. O PGR, que é o documento que concre za o GRO,
pode ser implementado por unidade operacional, setor ou a vidade.

“1.5.3.1. A organização deve implementar, por estabelecimento, o gerenciamento


de riscos ocupacionais em suas a vidades.

1.5.3.1.1 O gerenciamento de riscos ocupacionais deve cons tuir um Programa


de Gerenciamento de Riscos - PGR.

1.5.3.1.1.1 A critério da organização, o PGR pode ser implementado por unidade


operacional, setor ou a vidade.”

Portanto, a avaliação de riscos deve ser feita baseada no setor, a vidade (cargo) ou
unidade operacional.

A avaliação de riscos no PGR começa primeiro pela definição dos critérios de avaliação,
para então prosseguir para a avaliação de fato. Sem critérios definidos, a avaliação fica
extremamente comprome da, sem contar que se torna improdu va.

Na documentação do PGR deve estar descrito os critérios de avaliação de riscos


adotados, logo no início do documento já após a introdução. A avaliação bem executada
possibilita a boa elaboração do inventário de riscos, que é complementado pelo plano de
ação, completando o Programa de Gerenciamento de Riscos.

Esperamos que tenha gostado deste eBook! Compar lhe


com os profissionais de saúde e segurança do trabalho.

O Sistema ESO agradece a atenção!


Elabore o PGR em nosso software para SST e eSocial

O Sistema ESO é ideal para clínicas do trabalho, assessorias de SST e SESMT de


empresas. Através de nossa plataforma, é possível gerenciar os riscos e exames
ocupacionais, tudo de forma integrada ao eSocial!

No Sistema ESO você não precisa se preocupar em separar as informações para o


eSocial, pois ao elaborar a CAT, ASO e cadastrar os agentes nocivos para PGR e LTCAT,
o sistema automa camente separa as informações que devem ser enviadas nos
eventos.

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