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O Rio de Janeiro carrega consigo uma vasta história, tendo diversos

tipos de esculturas e prédios tombados e importantes para a nossa cidade.


Andar pelo centro do Rio é encontrar uma grande quantidade de arquiteturas
diferentes, sendo de épocas antigas e atuais. Não é nenhum pouco difícil de
encontrar museus ou casas de leis de séculos passados e que são
preservados até hoje e carregam toda uma história do lado de dentro e do lado
de fora. Como um exemplo que temos na Cinelândia, mais específico na Praça
Floriano Peixoto, onde se tem uma grande quantidade de prédios históricos em
um só quarteirão.

Conseguimos ali encontrar o Palácio Pedro Ernesto, atual Câmara


Municipal do Estado do Rio de Janeiro, o ‘’Theatro Municipal’’ que é um dos
mais antigos teatros clássicos da América Latina e que forma a maior
quantidade de bailarinos até hoje, sendo também o maior formador do nosso
continente. Ali também se encontra Biblioteca Nacional, que carrega consigo
uma vasta história não só do nosso estado mas como uma quantidade de livros
absurda que conta tudo sobre nosso país e até mesmo da história de outros
continentes, nós fornecendo ainda mais conhecimento para que possamos nos
aprofundar.

A experiência de andar por essa praça e ver estes prédios, entrar e


conhecê-los melhor, faz com que os olhos se encham de orgulho por aprender
um pouco mais da cidade em que vivemos. Olhar ao redor de toda a Cinelândia
e ver esculturas feitas para homenagear símbolos que já estiveram na nossa
cidade ou tiveram alguma influência para que algo ocorresse e antes sem ao
menos conhecer. Ver tais monumentos e pesquisar mais sobre os mesmos me
deu uma amplitude muito grande e uma vontade maior ainda de continuar
conhecendo o Rio de Janeiro e levar até outras pessoas para conseguirem ter
os mesmos sentimentos.

Hoje consigo afirmar aquela velha frase ‘’quem mora no Rio quase não o
conhece’’ e agora com orgulho posso falar que não só conheço como vou
continuar conhecendo e essa vontade continuará aumentando conforme novos
lugares eu for conhecendo. Aqui consigo explicar um pouco deste sentimento e
demonstrar algumas das esculturas e prédios que nossa cidade carrega.
O Palácio Pedro Ernesto, atual Câmara Municipal do Estado do Rio de
Janeiro, localizado na Praça Floriano Peixoto, foi fundado em 1923 e antes
mesmo de se tornar a Câmara Municipal, foi a sede do Conselho Municipal da
prefeitura do Rio, sede do ministério da educação e até mesmo da Assembléia
Legislativa do estado da Guanabara em 1975, sempre chamando a atenção
por ter estilo totalmente eclético. O Palácio por anos foi conhecido como uma
tribuna livre para o manifesto político e artístico tendo uma boa parte viva da
história do Brasil em seu entorno.

Hoje neste palácio, foram eleitos 51 vereadores para que estes


pudessem criar leis para que ajudem a cidade do Rio de Janeiro, sendo eles de
diversos partidos políticos e tendo também inúmeros pensamentos divergentes,
levando assim seus projetos aprovados até o executivo e o mesmo sanciona
ou veta os projetos do legislativo, assim vetados, os projetos voltam para está
casa de leis para derrubada ou aprovação destes vetos. No Palácio também
ocorrem diversas ‘’solenidades’’ para entrega de medalhas, como exemplo da
‘’Medalha Pedro Ernesto’’ a maior comenda da cidade do Rio de Janeiro.
Dentro do Palácio Pedro Ernesto existe este monumento da ‘’Galeria
dos Presidentes’’. A galeria simboliza para os vereadores da casa todos os
presidentes desde a época da primeira eleição que ocorreu para a presidência
da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O presidente é responsável por
comandar todas as sessões legislativas, colocar ordem na casa em caso de
desordem, fazer a leitura de todas as atas de todas as presentes sessões do
momento e também arcar com todas as responsabilidades da casa de leis. As
vezes, a mudança da presidência demora bastante a acontecer pelo fato do
presidente conseguir se reeleger nas urnas populares e conseguir também ser
tão popular dentro do plenário que consegue também os votos para continuar
sendo presidente da casa.
Dentro da Câmara Municipal conseguimos encontrar também a escultura
‘’Povr La Patrie’’ que significa ‘’Para a pátria’’. Está escultura se localiza dentro
da ‘’Sala Inglesa’’ que fica logo ao lado do plenário da casa, onde são
realizadas as sessões legislativas. A escultura fica dentro da sala inglesa pois
ali são realizadas diversas reuniões de conselhos deliberativos e até dos
próprios vereadores para poderem discutir sobre projetos e entrarem em
conjunto acordo antes das sessões, ajudando assim ‘’A Pátria’’, como diz a
escultura.
Se continuarmos andando pela Câmara, conseguimos encontrar
diversas esculturas de algumas das pessoas que tiveram grande influência
perante algumas causas sociais e religiosas da nossa cidade, tendo como
exemplo o Ex Deputado e Jornalista Átila Nunes. Ele ficou conhecido por lutar
pela Umbanda, tinha como princípio lutar contra o preconceito que sua religião
sofria, falando também disso em seu programa de rádio e nunca abaixando a
cabeça para ninguém que o contrariasse. Hoje, Átila Nunes não está mais
entre nós, porém, seu filho Átila Nunes que segue o legado do pai até mesmo
com seu programa de rádio na bandeirantes que se chama ‘’Programa
Reclamar Adianta’’ e também sendo deputado. E temos também seu neto, Átila
Nunes Neto, que é vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, sendo ele
o líder de governo da casa, a pessoa que lida diretamente com o poder
executivo.
Logo ao lado da escultura de Átila Nunes, temos a de Frederico Trotta,
que foi um dos mais antigos militares brasileiros, conseguindo ser o terceiro
governador do Território Federal do Iguaçu, sendo nomeado em 1947 pelo ex
Presidente da República Eurico Gaspar Dutra. Trotta apoiava a antiga colônia
agrícola do lata, a colônia na qual abastecia o Porto Velho, que na época tinha
uma enorme carência de pontes e estradas, indicando assim inúmeros projetos
para melhorar, porém, só conseguiram notá-lo de fato na área da educação,
quando criou o Decreto N° 047, de 19 de dezembro de 1947, que determinava
a criação do Curso Normal Regional do Território Federal do Guaporé Carmela
Dutra.
Ao sairmos da Câmara Municipal, damos de cara com o ‘’Theatro
Municipal’’. O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, também localizado na
Praça Floriano Peixoto, foi fundado em julho de 1909 e é considerada até hoje
uma das principais casas de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes
da América do Sul. O teatro é palco de grandes óperas e musicais, sendo a
mais antiga instituição dedicada ao ensino da dança e formação de bailarinos
clássicos no país inteiro. Infelizmente não poderia ter acesso ao seu interno por
estar fechado para espetáculos e visitas, tendo apenas visitas agendas por
conta da pandemia, mas por fora consegue ser algo lindo de se observar por
ter uma arquitetura extremamente bonita.
Andando mais um pouco pela Cinêlandia, conseguimos encontrar este
monumento belo mas, infelizmente, mal cuidado. O monumento histórico
chamado de Ficheiro: Marechal Floriano Peixoto, localizado na Praça Floriano
Peixoto, foi construído em abril de 1910 com o intuito de exaltar a
nacionalidade brasileira, mostrando por toda sua volta povos indígenas,
negros, portugueses e a presença da igreja católica. Na base as grandes datas
da nossa história – 1500, 1822, 1888 e 1889 estão gravadas  e no plano
inferior, as seguintes legendas – “A sã política é filha da moral e da razão” – “O
amor por principio e a ordem por base; o progresso por fim” – “Libertas quae
sera tamen” – “A bem amada Pátria, a gratidão de seus filhos. Nas laterias do
grande monumento, consegue-se ver um grupo representando os silvícolas.
Em outro lado está esculpido um grupo de conquista português que era
lembrado como o lendário Caramuru. Depois, o período da catequese,
simbolizado pelo padre Anchieta. E, para completar sua base, conseguimos ver
um conjunto que representa a colaboração étnica da raça africana. No topo do
monumento conseguimos ver uma figura de mulher, celebrando a Paz e o
Amor e um grupo principal constituído pelo Marechal Floriano Peixoto, com
espada em punho.
Passeando um pouco mais pela Cinelândia, mais específico ao final
dela, de frente para o teatro Riachuelo, temos a praça do Chafariz, onde se
localiza a estátua de Adolfo Bergamini. Adolfo foi um dos fundadores da cidade
do Rio de Janeiro, ele tinha como objetivo se ligar fortemente à todas as
oposições do país, para conseguir em escala nacional, fundar o Partido
Democrático Nacional. Adolfo juntamente com seu partido, promovia diversos
movimentos armamentistas contra o governa da década de 1920, todavia,
esses movimentos não eram bem sucedidos e não conseguiram ir a frente,
tendo como conseqüência o fim do partido. Bergamini após foi um dos
principais oradores de seu próximo comício, sendo convocado para protestar
contra a anulação da eleição de seu opositor Ferdinando Laborial. Adolfo
Bergamini ficou assim conhecido como ‘’Defensor do Direito da Liberdade e da
Democracia’’.
Nesta mesma praça, encontramos também a figura de Mahatma Gandhi,
um ativista indiano que lutou durante as décadas de 1920 a 1940 para que
dessem fim ao regime colonial inglês e que lutava também pela independência
indiana, em função destas oposições. Gandhi ficou conhecido também por
desenvolver a manifestação não violenta, a famosa ‘’Satyagraha’’. Ghandi foi
preso por diversas vezes, mesmo que, nunca usasse a violência, defendendo
as formas pacíficas de protesto, fazendo greves, passeatas, retiros espirituais e
até mesmo jejuns. Esse monumento foi presente do governo da Índia ao antigo
Estado da Guanabara, hoje município, para a divulgação do grande líder, que
pregava a não-violência, um ano apos a sua morte. O monumento que foi feito
por Sankho Chaudhuri, foi fundado em fevereiro de 1965 e é tombado pela
cidade do Rio de Janeiro.
Logo em frente a praça Mahatma Gandhi, encontramos a praça em que
se encontra a estátua do General Francisco de Paula Santander que foi
considerado o ‘’Libertador da Colômbia’’, conhecido também como o ‘’Homem
das Leis’’. Francisco nasceu em 2 de abril de 1792, em Cúcuta. O mesmo
muitos anos após seu nascimento, mais especificamente no ano de 1832 após
a assinatura da constituição de seu país, quando ele havia voltado de seu
exílio, foi-lhe oferecido o cargo interino de presidente da república.
Conseguindo assim também recuperar seus títulos militares e honras que havia
perdido quando foi exilado do país. Francisco terminou seu mandato interino
em abril de 1833 e logo após foi presidente de Nova Granada por quatro anos
e após anos faleceu em 6 de maio de 1940. A estátua mais uma vez foi uma
homenagem ao ‘’Herói Nacional’’ e foi uma oferta do governo colombiano ao
Brasil, em 1941, tendo como autor Francisco de Victor Palma e hoje se
encontra como tombada pela cidade do Rio de Janeiro.

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