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Revisão de Véspera

MP-MG | Oficial do MP e Analista do MP (Conhecimentos Gerais)

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Revisão de Véspera
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REVISÃO DE VÉSPERA

DIREITO CONSTITUCIONAL - Prof.ª Taís Flores ............................................. 3


ÉTICA - Prof.ª Dineia Anziliero ......................................................................... 19
DIREITO CONSTITUCIONAL - Prof. Ben Hur Botelho .................................... 24
LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Luana Porto ................................................. 34
DIREITO ADMINISTRATIVO - Prof.ª Franciele Kühl ....................................... 44
REDAÇÃO - Prof.ª Luana Porto ....................................................................... 51
LEGISLAÇÃO - Prof. Ubirajara Martell............................................................. 63
GESTÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO - Prof. Rafael Ravazolo ......................... 69
LEGISLAÇÃO - Prof. Ariel Zvoziak .................................................................. 80
DIREITO ADMINISTRATIVO - Prof. Ariel Zvoziak ........................................... 90

Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
Concursos Públicos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso,
recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.

Bons estudos, Equipe Ceisc.

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DIREITO CONSTITUCIONAL - Prof.ª Taís Flores

Prof.ª Taís Flores


@taisflor

A norma produz seus efeitos


Tem aplicabilidade imediata
imediatamente

Social direitos e garantias


º
fundamentais, art. 5 , § 1º
Regula casos concretos ou
possui meios judiciais para
EFICÁCIA

isso
Mandado de Injunção, art. 5o,
LXXI
produz efeitos no
ordenamento jurídico

efeitos jurídicos típicos das


revoga as leis incompatíveis
normas em geral

Jurídica Efeitos negativos


proíbe o legislador de fazer
leis que sejam incompatíveis

parâmetro para controle de


constitucionalidade quanto ao
ordenamento infraconstitucional
Não há normas
constitucionais
parâmetro de interpretação do
Efeitos positivos
sem eficácia texto constitucional

jurídica.

PLENA CONTIDA LIMITADA


 IMEDIATA - produz  IMEDIATA - produz  MEDIATA - só
efeitos desde a entrada efeitos desde a entrada produzirá efeitos após
em vigor da CF em vigor da CF regulamentada por lei

 DIRETA - Independe  DIRETA - Independe  INDIRETA - depende


de regulamentação por de regulamentação por de regulamentação por
lei lei lei

 INTEGRAL - produz,  NÃO INTEGRAL -  REDUZIDA - só


desde logo, todos os admite regulamentação produz efeitos mínimos
seus efeitos possíveis que restringirá seu negativos
alcance

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NORMAS CONSTITUICIONAIS DE EFICÁCIA LIMITADA

Princípio programático Princípio institutivo ou organizativo

Diretrizes a serem cumpridas para Regras para futura criação e estruturação de


concretizar os fins sociais do Estado órgãos e entidades

Estabelece programas a serem realizados IMPOSITIVAS – obrigação de legislar.


pelo Poder Público
FACULTATIVAS – legislação
regulamentadora é opção

NORMAS CONSTITUICIONAIS DE EFICÁCIA LIMITADA

Princípio programático Princípio institutivo ou organizativo

Art. 173, § 4º: A lei reprimirá o abuso do IMPOSITIVAS


poder econômico que vise à dominação dos
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e
mercados, à eliminação da concorrência e
extinção de Ministérios e órgãos da
ao aumento arbitrário dos lucros.
administração pública

Art. 216, § 3º: A lei estabelecerá incentivos FACULTATIVAS


para a produção e o conhecimento de bens
Art. 216, § único: Lei complementar poderá
e valores culturais.
autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste
artigo.

Princípios
SOCIDIVAPLU
Fundamentais

Separação de
Art. 1º ao 4º
Poderes
Princípios
Fundamentais
Objetivos
CONGAERPRO
Fundamentais

Princípios da relações AINDA NÃO


internacionais CONPREI RECOS

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Forma de Estado Estado federal

Forma de Governo Republicano

Sistema Brasileiro

Sistema de Governo Presidencialista

Regime Político Democracia

soberania

cidadania

SoCiDiVaPlu
Fundamentos da
República dignidade da
Federativa do pessoa humana
Brasil

valores sociais do
trabalho e da livre
iniciativa

pluralismo político

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Alternância no poder
Todo o poder emana do em um período de
Temporariedade tempo, para impedir o
povo, que o exerce por meio monopólio da mesma
(periodicidade)
de representantes eleitos ou pessoa ou grupo
hegemônico ligado por
diretamente, nos termos laços
desta Constituição.

Agentes públicos são


igualmente
PRINCÍPIO Responsabilidade dos responsáveis perante
REPUBLICANO governantes a lei, em uma
República não deve
haver privilégios.

Investidura no poder e
acesso aos cargos
públicos em igualdade
Eletividade
de condições para
todos que atendam os
requisitos

construir uma sociedade livre, justa e solidária;

ConGaErPro garantir o desenvolvimento nacional;

Objetivos da RFB
erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir
as desigualdades sociais e regionais;

promover o bem de todos, sem preconceitos de


origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.

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independência nacional

prevalência dos direitos humanos

autodeterminação dos povos

não-intervenção

igualdade entre os Estados


PRINCÍPIOS DAS RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
defesa da paz

AINDA NÃO CONPREI RECOS solução pacífica dos conflitos

repúdio ao terrorismo e ao racismo

cooperação entre os povos para o progresso da


humanidade

concessão de asilo político

A autodeterminação dos povos


IN independência nacional
D defesa da paz
NÃO não-intervenção
CON concessão de asilo político
PRE prevalência dos direitos humanos
I igualdade entre os Estados
RE repúdio ao terrorismo e ao racismo
CO cooperação entre os povos para o progresso da humanidade
S solução pacífica dos conflitos

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Dimensão Características

1ª Dimensão Liberdades negativas clássicas - direitos civis e políticos - o direito à


vida, à liberdade, à propriedade, à liberdade de expressão, à
liberdade de religião, à participação política,

2ª Dimensão Liberdades positivas - sociais, econômicos e culturais

3ª Dimensão Solidariedade/fraternidade – Direitos difusos/transindividuais -


desenvolvimento ou progresso, ao meio ambiente, à
autodeterminação dos povos, bem como ao direito de propriedade
sobre o patrimônio comum da humanidade e ao direito de
comunicação

4ª Dimensão democracia, a informação e ao pluralismo (político, religioso, jurídico


e cultural) e de normatização do patrimônio genético

5ª Dimensão Direito à paz

6ª Dimensão Direito à água potável

VOTADOS EM 2
TURNOS NAS CASAS
EQUIVALENTE A EC
LEGISLATIVAS E
APROVADOS POR 3/5
SOBRE DIREITOS
HUMANOS
SUPRALEGALIDADE
ENQUANTO NÃO
(acima da lei/abaixo da
VOTADOS
TRATADOS CF)
INTERNACIONAIS

LEI
DEMAIS MATÉRIAS INFRACONSTITUCIO
NAL

Consciência
Inviolabilidade
da liberdade
Crença
Liberdade
religiosa
Livre exercício
dos cultos
Locais de
Garantia
cultos
Proteção
Liturgias

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VIDA PRIVADA,
HONRA E
IMAGEM (X)

DE DOMICÍLIO
INVIOLABILIDADE
(XI)

DE
COMUNICAÇÕES
(XII)

Imagem que a
Objetiva sociedade tem sobre a
pessoa

HONRA

O que a pessoa pensa


Subjetiva
de si própria

O que as pessoas pensam sobre


o ofendido

Social ou Objetiva

PF e PJ

IMAGEM imagem física do indivíduo, capturada


por recursos tecnológicos, como
Retrato fotografias ou filmagens, bem como
por meios artificiais, como pinturas e
caricaturas

imagem do autor que participa de


Autoral
obras coletivas

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Sigilo bancário e fiscal


• implícitos no art. 5º, X (direito à intimidade).
• Supremo Tribunal Federal: “o chamado sigilo fiscal nada mais é que um desdobramento
do direito à intimidade e vida privada” (HC 87.654, voto da Min. Ellen Gracie).
• Quebra do sigilo fiscal: pode ser decretada por autoridade judiciária e também por
Comissão Parlamentar de Inquérito.
o Somente a CPI Federal, Estadual ou Distrital poderão decretar a quebra do sigilo
fiscal.
• Quebra do sigilo bancário: Pode ser quebrada por autoridade judiciária, bem como por
CPI (federal, distrital e estadual). Assim como na quebra do sigilo fiscal, Ministério Público
e a CPI Municipal não podem decretar a quebra do sigilo bancário.

Regra Inviolabilidade

INVIOLABILIDADE
DE DOMICÍLIO Flagrante delito,
QUALQUER
desastre, prestar
HORÁRIO
socorro
Exceção – Violação
sem consentimento
do morador
Determinação
DE DIA
judicial

Regra Inviolabilidade Escuta telefônica


INVIOLABILIDADE
Investigação
DE
criminal
COMUNICAÇÕES Exceção – Violação DECISÃO
sem consentimento
do proprietário JUDICIAL
Instrução
processual penal

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Prova colhida através de interceptação telefônica para fins de investigação criminal/instrução


processual penal pode ser usada como prova emprestada.
SERENDIPIDADE – STF admite a validade de prova colhida em interceptação telefônica que
comprove novos fatos criminosos ou envolvimento de outras pessoas, inclusive se o novo crime
é punido com detenção.
Se, na serendipidade, se encontram provas de envolvimento de agente com foro por prerrogativa
de função – remessa dos autos à instância competente.

Informação
Habeas Data
personalíssima
Direito de
Informação
Informação de
Mandado de
Interesse
segurança
ATENÇÃO coletivo

Direito de Mandado de
certidão Segurança

Inafastabilidade da
Jurisdição

Vedação de tribunais
ad hoc
GARANTIAS
JURISDICIONAIS
Tribunal do Juri

Juiz Natural

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Anterioridade e reserva
penal
Irretroatividade da lei
penal
Morte - salvo guerra
Personalização da pena DECLARADA

GARANTIAS Invidualização da pena Banimento


MATERIAIS

Penas proibidas Cruéis

Prisão civil Perpétuas

Restrições à extradição Trabalhos forçados

Brasileiro Nato Não é permitida

Antes da
Crime comum
naturalização
Brasileiro
Naturalizado
EXTRADIÇÃO Tráfico ilícito de
Antes ou depois da
entorpecentes e
naturalização
drogas afins

Possível Tratado de extradição

Estrangeiro
Crime político ou de
Impossível
opinião

CRIMES COM PREVISÃO CONSTITUCIONAL (Art. 5º, XLII, XLIII e XLIV)

Inafiançáveis e imprescritíveis Ração


Racismo
Ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático

Inafiançáveis e insuscetíveis 3TH


de graça ou anistia
3T – Tortura, Tráfico e Terrorismo
H – Hediondos

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habeas-corpus

GRATUIDADE -
habeas-data
LXXVII

atos necessários
ao exercício da
cidadania

HABEAS CORPUS

Finalidade Tutela da liberdade de locomoção (ir, vir e permanecer)


Espécies Preventivo
Repressivo

Impetrante Pessoa Física


Pessoa Jurídica
Paciente Pessoa Física
Coator Autoridade Pública
Pessoas privadas
Observações Gratuito
Sem advogado

HABEAS DATA

Finalidade Conhecer/retificar informações da pessoa do impetrante


Espécies Repressivo - esgotamento das vias administrativas
Impetrante Pessoa Física
Pessoa Jurídica
Impetrado Órgãos Públicos
Bancos de dados de interesse público
Observações Gratuito

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MANDADO DE SEGURANÇA

Finalidade Proteger direito líquido e certo não amparado por HC ou HD


Espécies Preventivo
Repressivo
Impetrante Pessoa Física
Pessoa Jurídica (pública ou privada)
Impetrado Autoridade pública
Agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público
Observações Caráter residual, prazo decadencial de 120 dias

TEORIA DA ENCAMPAÇÃO NO MS
Aplicável quando ocorre a indicação equivocada da autoridade coatora, caso em que, aplicando-
se a teoria, desde que cumpridos os requisitos (Súmula 628, STJ), haverá o ingresso da
autoridade coatora correta ou da pessoa jurídica a que ela pertença no feito para convalidar o
vício e, permitindo-se o julgamento do mandamus. A mesma teoria é admitida na impetração de
habeas Data.

MS COLETIVO

Finalidade Proteger direito líquido e certo coletivo, transindividual ou individual


homogêneo
Espécies Preventivo
Repressivo
Impetrante Partido político com representação no CN
Organização sindical, entidade de classe e associação legalmente
constituída e em funcionamento há pelo menos 01 ano

Impetrado Autoridade pública


Agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público
Observações Caráter residual

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MANDADO DE INJUNÇÃO

Finalidade Suprir falta de norma regulamentadora que torne inviável o


exercício de direitos e liberdades constitucionais
Espécies Sem classificação – Ver no STF o MI 3608 (abril/2014) em que o
STF diz isso
Impetrante Pessoa Física
Pessoa Jurídica
Impetrado Autoridade a quem compete a iniciativa da Lei
Observações Efeito inter partes
STF - concretismo moderado

AÇÃO POPULAR

Finalidade proteger contra lesão


Patrimônio público
Moralidade administrativa
Meio ambiente
Patrimônio histórico e cultural
Legitimidade Ativa Cidadão
Legitimidade Passiva Pessoas públicas ou privadas
Observações Isento de custas – exceto má-fé

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Na forma da Lei
NATURALIZAÇÃO
Ordinária Ato discricionário do chefe do
Art 12, II, a executivo
SE originário de países de
língua portuguesa: 1 ano
residência ininterrupta +
idoneidade moral

Residentes no país há mais


de 15 anos ininterruptos

Extraordinária
Ato vinculado Sem condenação penal
Art 12, II, b

Requerimento

Cargos privativos de
brasileiro nato (art.
12, § 3º)

6 assentos no
conselho da
república
Distinções entre
brasileiros

Extradição

Propriedade de
empresa jornalística
e de radiodifusão

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Presidente e Vice-Presidente da
República;

Presidente da Câmara dos


Deputados;
Cargos privativos de
brasileiros natos
Presidente do Senado Federal;

Ministro do Supremo Tribunal


Federal;

carreira diplomática;

oficial das Forças Armadas.

Ministro de Estado da Defesa

Atividade nociva ao
interesse nacional
NACIONALIDADE

Cancelamento da
naturalização
PERDA DA

Sentença judicial
transitada em julgado

Outra naturalidade
originária
Aquisição voluntária de
Exceção
outra nacionalidade
Imposição de
naturalização estrangeira
para brasileiro

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ESPÉCIE DE
OBJETIVO NOMENCLATURA QUEM TEM
COMPETÊNCIA
Privativa União
União
Concorrente Estados
LEGISLATIVA Editar leis DF
Estados
Suplementar DF
Municípios
Exclusiva União
Realização de União
MATERIAL atividades, serviços Estados
públicos Comum
DF
Municípios
REMANESCENTE OU Realizar o que não é
vedado pela CF Estados
RESIDUAL

Os §§ perigosos

Art. 22, Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre
questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

Art. 23, Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União
e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento
e do bem-estar em âmbito nacional.

Art. 24,
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer
normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no
que lhe for contrário.

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ÉTICA - Prof.ª Dineia Anziliero

Prof.ª Dineia Anziliero


@profdineiaanziliero

Um cidadão que buscava atendimento lhe solicitou uma informação pública que deve ser
fornecida pela sua instituição. Entretanto, seu chefe solicitou que você omita essa informação
solicitada para não prejudicar a imagem do seu departamento.

Caso você omita a informação, como avaliaria esse comportamento: seria ele ético ou
antiético?

O tema de ética na administração pública e no mundo das organizações está em voga na


atualidade, reforçando a necessidade emergente dos gestores públicos promoverem condutas
éticas no contexto de trabalho.

Somos influenciados a todo o tempo por nossos pares, superiores e pelo contexto cultural
em que estamos inseridos e, por isso, é necessário estar atento a essas influências e agir
conforme os princípios éticos do servidor público.

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1) A atitude do Auxiliar Judiciário de Serviços Gerais é

(A) errada, pois os assuntos profissionais discutidos no Tribunal devem ser mantidos em
sigilo.
(B) correta, pois conhecendo o assunto discutido poderá contar as novidades para os colegas.
(C) discreta, pois o funcionário só está ouvindo sem que seja visto pelos presentes na reunião.
(D) interessada, pois se os participantes da reunião necessitarem de algo ele se apresentará
para atendê-los.
(E) inteligente, pois conhecendo o conteúdo das discussões mostrará aos superiores como é
bem-informado.

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2) Ética no Setor Público pode ser qualificada como:


I. agir de acordo com o que está estabelecido em lei e, também, com os valores de justiça e
honestidade.
II. responsabilidade do servidor público por aquilo que fez e, também, por aquilo que não fez mas
que deveria ter feito.
III. equilíbrio entre a legalidade e finalidade do ato administrativo, visando à consolidação da
moralidade administrativa.
IV. não omitir a verdade, ainda que contrária aos interesses da Administração.
V. respeito ao cidadão, não protelando o reconhecimento dos seus direitos nem criando
exigências além das estritamente necessárias.
Estão corretas:

(A) apenas as afirmativas I e V.


(B) apenas as afirmativas I, III e V.
(C) apenas as afirmativas III e V.
(D) apenas as afirmativas II e V.
(E) as afirmativas I, II, III, IV e V.

GABARITO COMENTADO:
1) Letra A.
É vedado E INADEQUADO ao servidor público fazer uso de informações privilegiadas obtidas
no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros.

2) Letra E.
O servidor público é quem determinará o papel ético.
Na administração pública, é a partir dele que todos as atos serão praticados.
Seu maior compromisso é servir à sociedade e demonstrar comportamento inquestionável,
preservando sempre o interesse coletivo e agindo sempre com impessoalidade, zelando pela
eficiência, visto que o descrédito da sociedade no serviço público vem de sua ineficiência.

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Exemplo:
Um colega de trabalho está realizando impressões de material para uso pessoal na
impressora do trabalho. Ao questioná-lo sobre os motivos pelos quais ele está utilizando a
impressora do trabalho para esse fim, ele responde:
“São poucas folhas e não vai fazer diferença no orçamento”.

A ética

a harmonização entre os
conceitos de bem e de mal,
a análise e a valoração da
estudo numa determinada
conduta humana
sociedade e num
determinado momento.

No serviço público

O mesmo conceito é E concentra seu


seguido enfoque maior

no servidor

e no desempenho
de seu serviço.

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A conduta ética

o agente sabe o que está e o que não está em seu poder fazer

o que é possível e desejável para um ser humano.

Saber o que está em nosso poder significa:


* não se deixar levar pelas circunstâncias,
* nem pelos instintos,
* nem por uma vontade alheia,
* mas afirmar nossa independência e nossa capacidade de autodeterminação.

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DIREITO CONSTITUCIONAL - Prof. Ben Hur Botelho

Prof. Ben Hur Botelho


@prof.benhurbotelho

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Inicialmente, há que se considerar que neste momento, estamos voltados para
concretizar, de forma definitiva tudo aquilo que trabalhamos, de modo que, por meio deste,
poderemos preencher algumas “arestas” daquilo que ainda não nos tenha gerado a segurança
necessária para nossa prova. Claro, sabemos que ansiedade é algo que, embora muito
importante seja afastada, por vezes, é dificil. Porém, no que toca ao conteúdo, neste espaço
vamos, juntos, firmar aqueles pontos que o Instituto Consuplan traz maior afinadade no que toca
à parte em que compartilhamos no curso regular; não deixando, claro, de reconhecer que todo
conteúdo deve ter sido visto por você, eis que a organização proposta pelo CEISC vai ao
encontro do conteúdo pleno.
Quanto ao conteúdo que trabalhamos no curso regular:
2 Aplicabilidade das normas constitucionais. 2.1 Normas de eficácia plena, contida e
limitada. 2.2 Normas programáticas. [...] 5 Poder judiciário. 5.1 Disposições gerais. 5.2
Órgãos do poder judiciário. 5.2.1 Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 5.2.1.1 Composição
e competências. 6 Funções essenciais à justiça. 6.1 Ministério Público. 6.1.1 Disposições
gerais. 6.1.2 Princípios, garantias, vedações, organização e competências. 6.1.3 Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP). 6.2 Advocacia Pública. 6.3 Defensoria Pública.

Sendo assim, vamos - ratificando - tratar daqueles principais pontos, a fim de que, se
ainda não concretizamos realizemos ou, se já, tornem maciços para nossa materialização da
vaga.

1 APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS


A fim de que, de fato, tenhamos uma suma do conteúdo, vamos, de pronto, atacar a
melhor doutrina, eleita, para este ponto, por ser adotada pelo STF e, majoritariamente, cobrada
em concursos públicos, que é JAS, José Afonso da Silva, muito embora, importante considerar
posicionamento de Maria Helena Diniz (MHD) também.
Segundo José Afonso da Silva (2004), as normas de natureza constitucional apresentam
uma tríplice característica, pois expressam eficácia plena, contida ou limitada.

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1.2 Eficácia Jurídica e Eficácia Social


Considerando JAS, ordinariamente:
[...] não há norma constitucional alguma destituída de eficácia. Todas elas irradiam
efeitos jurídicos [...] A eficácia social designa uma efetiva conduta acorde com a
prevista pela norma; refere-se ao fato de que a norma é realmente obedecida e aplicada;
[...] eficácia jurídica da norma designa a qualidade de produzir, em maior ou menor
grau, efeitos jurídicos, ao regular, desde logo, as situações, relações e
comportamentos de que cogita; [...] Por isso é que, tratando-se de normas jurídicas,
se fala em eficácia social em relação a efetividade, porque o produto final objetivado
pela norma se consubstancia no controle social que ela pretende, enquanto a eficácia
jurídica é apenas a possibilidade de que isso venha a acontecer. (DA SILVA, 2004,
pp.65/66) (grifos meus).

EM SÍNTESE:

Todas as normas jurídicas serão juridicamente eficazes, umas mais, outras menos; mas,
nem todas terão eficácia social que, consoante Temer (2008, p.25), “se verifica na hipótese de a
norma vigente, isto é, com potencialidade para regular determinadas relações, ser efetivamente
aplicada a casos concretos”, ou seja, alcançar exatamente aquilo que se quer conceder por meio
da norma jurídica.

1.3 Eficácia Plena


São aquelas que, consoante José Afonso da Silva (2004), receberam do constituinte
normatividade plena, ou seja, força suficiente para, de pronto, alcançar seus objetivos, não sendo
necessárias normas complementares para dar efetividade à sua meta. O que pode acontecer
tanto pelo texto original, aquele promulgado na carta, quanto ao texto advindo por meio de suas
emendas ou, em hipoteses do art. 5º, §3º da CRFB/881.

Imediatas Autoaplicáveis

IDAI
Diretas Integrais

1“Art. 5º, § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às
emendas constitucionais.” (BRASIL, 1988 – EC Nº 45/2004).

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Alguns exemplos:

▪ Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o


Executivo e o Judiciário.
▪ Art. 5º, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante;

1.4 Eficácia Contida


Tal qual as normas de Eficácia Plena, não precisam normativas especiais para que surtam
seus efeitos. Porém, aqui - e a nomenclatura já nos antecipa -, poderá haver, por norma posterior,
uma contenção àquilo que, outrora, constava como pleno. Ou seja, temos na contida, uma plena
que poderá, posteriormente, por força de normas infraconstitucionais ou, até mesmo por fatos
que estejam previamente previstos na própria constituição, serém limitadas.

Talvez integrais Diretas

CON TIDA Autoaplicáveis


Imediatas

Alguns exemplos:

▪ Limitação pela própria CRFB/88: ESTADO DE DEFESA - Art. 136, §1º - I - restrições
aos direitos de: a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; b) sigilo de
correspondência; c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; ESTADO DE SÍTIO
- Art. 139. [...] I - obrigação de permanência em localidade determinada; II - detenção
em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns; III -
restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações,
à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na
forma da lei; IV - suspensão da liberdade de reunião; V - busca e apreensão em
domicílio; VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; VII - requisição de bens.
O que, em regra, como a liberdade de reunião e inviolabiliadade às correspondências
era pleno, em medidas de segurança pública o Estado prevê contenções.
▪ Limitação infraconstitucional, autorizada pela CRFB/88: “Art. 8º Para inscrição
como advogado é necessário: [...] II - diploma ou certidão de graduação em direito,
obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; [...] IV -
aprovação em Exame de Ordem;” [Estatuto da OAB, Lei nº 8.906/1994], contendo o
que, em regra, de acordo com o art. 5º, XIII, da CRFB/88, prevê “é livre o exercício de
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a
lei estabelecer;”; ou seja, plena como regra, podendo, em vista da peculiaridade da
função, exigir-se, nos termos da lei, qualificação.

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1.5 Eficácia Limitada


Normas de eficácia limitada, tal qual expressa sua nomenclatura, estão limitadas em sua
produção, uma vez que, conforme Lenza (2021, p.225), “não têm o condão de produzir todos
os seus efeitos, precisando de norma regulamentadora infraconstitucional a ser editada pelo
Poder, órgão ou autoridade competente, ou até mesmo de integração por meio de emenda
constitucional [...]”, ficando, daí consoante José Afonso da Silva (2004), com minimos efeitos
para sua expontânea produção, sendo esses, aqueles de, por exemplo, vincular o responsável
pela edição da norma em efetivá-la, contendo, assim, eficácia jurídica imediata [lembre-se, essa
todas terão], com efeito vinculante, efeitos sociais mediatos, indiretos e diferidos [efeitos
posteriores], o que, na visão de “JAS” (2004), as tornam MEDIATAS, INDIRETAS e
REDUZIDAS:
▪ Condicionam legislação futura;
▪ Estabelecem deveres aos legisladores;
▪ Informa a concepção de Estado e sociedade, a fim de inspirar e proteger direitos e
deveres;
▪ Constituem sentido teleológico à aplicação das normas jurídicas;
▪ Condicionam às atividades discricionárias do Estado; e
▪ Criam direitos e deveres subjetivos. (LENZA, 2021)

Ainda, as normas de eficácia limitada podem ser dividas, consoante “JAS” (2004), em
duas espécies:
▪ normas de sentido institutivo/organizativo - conforme sua nomenclatura, podemos
observar que, quando estamos diante de institutivas, estamos diante da criação,
organização e estruturação de instituições do Estado, seja na administração
centralizada, seja na descentralizada. As institutivas podem, ainda, serém de natureza
impositiva ou facultativa, sendo as primeiras aquelas que vinculam o legislador ao
dever de criar a lei, enquanto as facultativas permitem ao legislador observar acerca
da conveniencia ou não da norma. Exempo: Art. 25. § 3º “Os Estados poderão,
mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum;”;
▪ normas de princípio programático - conforme sua nomenclatura, tratam de observar
por meio da norma, programas a serem implementados de forma conjunta e distributiva
pelo Estado, visando à realização de fins sociais. Exemplos: Art. 6º - Direitos sociais;
Art. 7º - Direitos dos trabalhadores urbanos e rurais; Art. 196 - Direito à saúde; Art. 205
- Direito à educação; e Art. 215 - Direito à cultura.

27
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1.6 Por Maria Helena Diniz


▪ Normas supereficazes ou com eficácia absoluta - são, segundo autora, aquelas
que estão dispostas no art. 60, §4º da CRFB/882, como sendo de natureza intangível,
haja vista, nem mesmo poderem sofrer alterações constitucionais, o que, somente se
daria por uma nova constituinte; segundo Diniz, elas contem força paralisante, de tal
modo que nenhuma norma, nem mesmo de cunho constitucional, poderá atingi-las, eis
que, nestas, causam um efeito paralisante;
▪ Normas com eficácia plena - tal qual aquelas observadas na via classificatória de Da
Silva (2004), essas também dispoe de plena eficácia jurídica e social, podendo, de
imediato produzir seus efeitos, bem como, por meio de alterações na norma
constitucional, pelas vias de emenda ou, conforme art. 5º, §3º;
▪ Normas com eficácia relativa restringível - aqui, de igual maneira, poderemos
comparar com a classificação exposta por José Afonso da Silva, quando expoe acerca
das caracteríticas das normas de natureza contida, que, a primeira vista serão plenas,
mas que são passíveis de contenção, por meio de uma alteração fática ou normativa,
como os casos exemplificados de Estado de Defesa, Estado de Sítio e Exame da
Ordem dos Advogados do Brasil;
▪ Normas com eficácia relativa complementável ou dependente de
complementação legislativa - neste ponto, a professora Maria Helena retrata, certa
forma, o que Da Silva (2004) observa como sendo aquelas normas de natureza
limitada, quais dependem de lei complementar ou ordinária para efeitos sociais futuros,
muito embora, por terém eficácia jurídica, causem, desde então, efeitos paralisantes
em normas que as precedem e sejam contrárias aos seus objetivos. Maria Helena
Diniz também as divide em espécies institutivas e programáticas, quais podem servir
como exemplo, os mesmos tratados em José Afonso da Silva.

2 “Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de
Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias
individuais.” (BRASIL, 1988).

28
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1.7 Normas de eficácia exaurida e aplicabilidade esgotada


Normas que tenham surtido seus efeitos e, portanto, esgotaram sua aplicabilidade, por
conta do cumprimento do seu papel, por exemplo, art. 2º ADCT. 3

Plena

JAS Contida

Limitada
Principais
diferenças Absoluta

Plena
MHD
Restringível

Complementar

2 PODER JUDICIÁRIO
Neste espaço, de igual forma, vamos traçar alguns pontos que acreditamos que são
imprescindíveis para nossa revisão no que toca ao “Poder Judiciário”, partindo de uma análise
do texto constitucional e, nos espaços de maior peculiaridade, descrever a maneira pela qual
poderemos melhor concretizar tais pontos e assimilar para questão disposta.
Outrossim, justamente por estarmos reafirmando e concretizando conteúdos, dar-me-ei
ao direito de apontar, neste espaço, os principais artigos do respectivo título.

3“Art. 2º. No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia
constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País.”(BRASIL,
1988).

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Disposições gerais - ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO:

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

I - o Supremo Tribunal Federal;


I-A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

Disposições gerais - DO QUINTO CONSTITUCIONAL:

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados,
e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais
de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com
mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos
de representação das respectivas classes.

Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao


Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para
nomeação.

Disposições Gerais - GARANTIAS e VEDAÇÕES MAGISTRADOS:

Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:


I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II,
153, III, e 153, § 2º, I.

Parágrafo único. Aos juízes é VEDADO:


I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos
do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

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DA RESERVA DE PLENÁRIO:

Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do
respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público.

Súmula Vinculante nº 10. Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão
de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no
todo ou em parte.

COMPETÊNCIAS STF e STJ:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo-lhe [...]

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça [...]

PRECIPUAMENTE,
GUARDA DA CRFB/88

JULGAR EM RECURSO JULGAR EM RECURSO


PROCESSAR E JULGAR
ORDINÁRIO – ART. 102, II EXTRAORDINÁRIO –
ORIGINARIAMENTE – ART. 102, I
ART. 103-A (SÚMULAS VINCULANTES) ART 102, III
RECURSOS AOS
REMÉDIOS
CRIMES COMUNS: CONSTITUCIONAIS, QUANDO CAUSAS JULGADAS EM
PRESIDENTE/VICE QUANDO DENEGADOS ÚNICA OU ÚLTIMA INSTÂNCIA
MEMBROS CN POR TRIBUNAIS PELOS TRIBUNAIS SUPERIORES
MINISTROS STF SUPERIORES; TRATAR DE LEI, ATO OU
PGR TRATADO, QUE CONTRARIEM À
E CRIMES POLÍTICOS CRFB/88, DIRETO OU
CONFLITOS TRIBUNAIS INDIRETAMENTE
SUPERIORES:
ENTRE STJ, TSE, TST E STM;
E ENTRE ESSES E OUTROS.

CRIMES COMUNS:
GOVERNADORES/VICE
CRIMES COMUNS E DE
RESPONSABILIDADE:
MEMBROS DOS TRF’S E TJ’S E DO MP
QUE OFICIEM NESTES, E TCE/TCM.
PROCESSAR E JULGAR
ORIGINARIAMENTE – MS/HD: MINISTROS DE ESTADO,
ART. 105, I COMANDANTES DA “MAE” E MEMBROS
DO STJ; HC: GOVERNADOR/VICE,
MEMBROS TRIBUNAIS INFERIORES,
TCE/TCM, MINISTROS ESTADO,
COMANDANTES “MAE”.

STJ JULGAR EM RECURSO


ORDINÁRIO – ART. 105, II
HC EM ÚNICA OU ÚLTIMA INSTÂNCIA,
QUANDO DENEGADOS POR TRF’S E
TJ’S;
MS EM ÚNICA INSTÂNCIA TRF’S E TJ’S;
ESTADO/ORGANIZAÇÃO
ESTRANGEIRA E MUNICÍPIO/CIDADÃO.

QUANDO CAUSAS § 3º - relevância: ações penais;


JULGADAS EM ÚNICA OU improbidade administrativa; valor
JULGAR EM RECURSO ÚLTIMA INSTÂNCIA da causa superior a 500 salários;
ESPECIAL – ART. 102, III PELOS TRF’S E TJ’S, inelegibilidade; contrarie
DIVERGINDO LEI jurisprudência dominante STJ;
FEDERAL OU TRATADO. outras hipóteses em lei.

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LEGITIMADOS PARA ADI, ADC e ADPF4:

Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de


constitucionalidade.

I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

Consideração ao art. 103:


▪ Entidade de classe - nacional - min. em 09 Estados* - constituída há, pelo menos,
1 ano; Pertinência temática - Mesa da Assembleia legislativa; Governadores;
Confederação sindical; e entidade de classe; Chefe do Executivo - legitimidade
não extensiva; Capacidade postulatória - Partidos políticos; Confederações e
entidade;

4“Art. 2º Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental: I - os legitimados para a ação direta
de inconstitucionalidade;” (BRASIL, 1999).

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3 DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS


Do Ministério Público

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do


Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses
sociais e individuais indisponíveis.

§ 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a


independência funcional.
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo,
observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus
cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e
títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e
funcionamento.
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias. [...]

Art. 128. O Ministério Público abrange:


I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II - os Ministérios Públicos dos Estados.

Da Advocacia Pública

Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão


vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei
complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
§ 1º A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre
nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de
notável saber jurídico e reputação ilibada.

Da Defensoria Pública

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do


Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático,
fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em
todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e
gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.

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LÍNGUA PORTUGUESA - Prof.ª Luana Porto

Prof.ª Luana Porto


@profa.luanaporto

1) COMPREENSÃO DE TEXTO
• Ler significa atribuir sentido ao texto.
• Para desenvolver uma leitura adequada, é preciso conseguir responder à pergunta
essencial sobre o texto: O que o texto quer dizer?

O que cuidar na análise e compreensão de texto?

identificação

Tipos textuais
traços
linguísticos
Gêneros
textuais

Prssupsotos e
Ideias implícitas
inferências
Texto

Culta/formal

Linguagem

Coloquial/informal
Coesão e
coerência

Atenção especial para os tipos textuais:

Narrativo

Descritivo

Dissertativo

Argumentativo

Injuntivo

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Tipos textuais Gêneros textuais Inferência

• Narração x • Entrevista; • Atenção ao


descrição; • Conto; comando da
• Dissertação x • Crônica; questão;
argumentação; • Reportagem; • Informação implítica
• Injunção. • Notícia.
no texto.

Inferência
• Atenção ao comando da questão;
• Informação implícita no texto.

2) Domínio dos mecanismos de coesão textual

catáfora

referencial

anáfora
Tipos de
coesão
sentido e
sequencial progressão
textual

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Conetivos/conjunções

Ideia de

Adição E, nem, não só ... Mas também, tanto ... Como / quanto ...

Adversidade Mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, não


obstante, nada obstante, a despeito de, apesar de, sem
embargo ...

Alternância Ou, ou ... Ou, ora ... Ora, quer ... Quer, seja ... Seja, nem ... Nem
...

Conclusão Logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, então, assim,
consequentemente, dessa forma (maneira), desse modo,
destarte, dessarte, por essa razão, por esse motivo, em vista
disso, ora pois ...

Explicação Porque, pois, porquanto ...

Causa Porque, que, como, visto que, visto como, já que, uma vez que,
desde que, dado que, pois, pois que, por isso que, porquanto
...

Concessão Embora, ainda que, ainda quando, mesmo que, conquanto,


posto que, posto, suposto, (se) bem que, sem que, nem que,
que, apesar de que, por mais que, por menos que ...

Condição Caso, se, sem que, uma vez que, desde que, dado que,
contanto que, com a condição que, salvo se, exceto se, a
menos que, a não ser que ...

Consequência Tal, tão, tamanho, tanto ... Que, de tal maneira que, de tal modo
que, de tal forma que, de tal sorte que, de maneira que, de
modo que, de forma que, de sorte que, sem que ...

Conformidade Conforme, consoante, segundo, como ...

Comparação Como, que, mais, menos, maior, menor, melhor e pior ...

36
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Que / do que, tal ... Qual, tanto ... Quanto / como, como, assim
como, bem como, como se ...

Tempo Quando, antes que, depois que, até que, tanto que, agora que,
... Logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as
vezes que, cada vez que, apenas, mal, que, enquanto, eis
senão quando, eis senão que, sem que ...

Proporção À proporção que, à medida que, ao passo que, enquanto, ...


Quanto (ou tanto) ... Mais (ou menos) ...

Finalidade Para que, a fim de que, porque (no sentido de para que).

Informação extra sobre os pronomes relativos

Emprego de pronomes relativos

Onde só deve ser empregado para fazer A razão onde melhor se justifica a irrelevância
alusão a lugar; da educação familiar está alicerçada na ideia
Cujo indica posse e não deve ser seguido de de que a escola apresenta melhor método de
artigo; ensino do que os pais.
Em alguns casos, conforme regras de Um país cujo o povo precisa de melhores
regência, o pronome relativo pode vir escolas deve investir em educação.
precedido de artigo. A escola com a qual todos simpatizam é
aquela que promove aprendizagem e
desenvolvimento de competências.

3) Colocação pronominal
Os pronomes átonos, que são me, nos, te, vos, se, o(s), a(s), lhe(s), juntam-se a um
verbo e podem estar em três posições diferentes, e essa posição obedece às regras de
colocação pronominal.

Fique ligado!
• Não iniciar frase ou oração com pronome átono.
• Observação a palavras atrativas e a locuções verbais.

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Palavras negativas

Advérbios

Palavras atrativas
Pronomes
indefinidos,
demonstrativos e
relativos
Gerúndio regido de
preposição em
PRÓCLISE
Conjunções
subordinadas

Exclamativas e
Frases
interrogativas

Futuro do
presente do -rei
indicativo
MESÓCLISE
Futuro do
pretérito do -ria
indicativo

Orações iniciadas
por verbo

Orações iniciadas
por gerúndio

Frases no
ÊNCLISE imperativo
afirmativo

Junto a infinitivo
precedido de
artigo

Verbo infinitivo
não flexionado,
regido da
preposição a

38
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4) Regência

► Segundo Cegalla, “A sintaxe da regência ocupa-se das relações de dependência que as


palavras mantêm na frase.” (CEGALLA, 2008, p. 483).
► Exemplo: Elemar precisa de dinheiro.

Termo regente Termo regido

Regra para análise de regência


A) Observar se o termo (nome ou verbo) exige complemento;
B) Identificar que preposição insere corretamente o complemento.
► Eu gosto de livros de literatura brasileira.
► Minha casa é paralela à rua da praia.

Outros exemplos:
► Esta é a caneta de que gosto.
► Vanessa é a colega a quem fiz referência na reunião.
► Os professores são as pessoas com quem sempre converso.
► Os projetos sociais em que confio são os da minha universidade.

39
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5) Crase

adverbiais

Locuções femininas prepositivas

conjuntivas

à moda de, à
maneira de
Expressões
Crase subentendidas
Faculdade, loja,
obrigatória empresa
A aquela, a aquele, a
aquilo

À qual = ao qual

Termo regente com


preposição A + termo
regido com artigo A

Diante de “até”

Crase
Nomes próprios femininos
facultativa

Pronomes possessivos
femininos

6) Emprego dos porquês

Porque Porquê Por que Por quê

•Justificativa •Substantivo •Perguntas •Perguntas,


•= pois •Precedido de diretas e exclamações e
artigo, pronome indiretas (início afirmações no
ou numeral e meio da frase) final da frase
• = razão pela •sozinho
qual
•= pelo qual

40
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7) Pontuação
Emprego da vírgula

8) Funções sintáticas
Função sintática é conteúdo estudado em estrutura de frases, orações e períodos. Existem
muitas funções sintáticas importante, mas na prova do CEBRASPE, é preciso ter domínio sobre
duas funções específicas:
► Sujeito;
► Complemento (de verbo e de nome).

Sujeito: termo sobre o qual se fala e com o qual o verbo concorda.

Professores e alunos iniciaram as aulas ontem.

Complemento: complemento de verbo transitivo e de nome que carece de “resposta”; nesses


casos, o complemento deve aparecer sempre que houver nomes e verbos dependentes de
outras expressões para alcançarem e significação completa nas orações.

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Complementos verbais
► Objeto: é um termo relacionado ao verbo. Tem a função de completar o sentido
do verbo. Pode ser:
► 1. Direto: termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo direto.
Não é precedido de preposição.
Exemplo: O rapaz comprou uma casa.

2. Indireto: termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo


indireto por intermédio de preposição.
Exemplo: A moça precisou de ajuda.
► Observação: há verbos que admitem a troca de um objeto indireto por pronome
lhe(s).
► Exemplo: A loja enviou aos clientes cartão de Natal.→ A loja enviou-lhes cartão
de Natal.

Exemplos:
Raiva bovina ainda sobrevoa a região.
VTD OD

Agricultar morre em acidente.


VI

Hospitais precisam de doação de sangue.


VTI OI

Atenção!
João proferiu um discurso elogioso ao pai.
VTD OD

João proferiu um discurso que foi elogioso ao pai.


VTD OD especificação do “discurso” = OS Adj. Restritiva

42
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Fique de olho: o complemento verbal pode aparecer em expressão nominal ou expressão


oracional.

João afirmou sua predisposição ao jogo.


VTD complemento verbal = OD (expressão nominal)

João afirmou que estava predisposto ao jogo.


VTD complemento verbal = OSSOD (expressão verbal)

Complemento nominal: é o termo que completa o sentido de um nome.

Exemplos:

► A obra de arte é semelhante a um anjo triste.


► A confiança na justiça deve prevalecer sobre a descrença.

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DIREITO ADMINISTRATIVO - Prof.ª Franciele Kühl

Prof.ª Franciele Kühl


@prof.frankuhl

Conceito, fontes e princípios da Administração Pública


Administração Pública a) Sentido funcional, objetivo ou material: tarefas
administrativas
b) Sentido orgânico, subjetivo ou formal: estrutura de entes,
agentes e órgãos, estrutura do Estado.
Fontes do direito Primárias: Constituição Federal, leis e princípios
administrativo Secundárias: Jurisprudência, doutrina, costume e práxis
administrativa
Princípios basilares Supremacia do interesse público e indisponibilidade do
interesse público.
Princípios L Legalidade
constitucionais I Impessoalidade
M Moralidade
P Publicidade
E Eficiência
Outros princípios Autotutela
estudados Razoabilidade e proporcionalidade
Ampla defesa e contraditório
Continuidade do serviço público
Hierarquia
Motivação
Isonomia
Sindicabilidade

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Organização da Administração Pública


Estudo sobre a forma como a Administração Pública organiza-se através
descentralização e desconcentração, cuidado, há a Administração Pública direta e indireta, os
particulares em colaboração da Administração Pública não são considerados Administração
Pública. Os particulares podem executar serviço público através de delegação (forma de
descentralização), o contrato poderá de ser de concessão ou permissão, já a autorização precisa
apenas de um ato unilateral da Administração Pública:

As autarquias são uma das espécies de entidade administrativa da Administração Pública


indireta, elas executam atividade típica estatal e, portanto, recebem os mesmos privilégios que
a Administração Pública direta. Conforme o artigo 37, inciso XIX, da CF, elas são criadas
diretamente por lei, já as demais entidades da Administração Indireta são autorizadas por lei.
Lembre-se, também, que as autarquias são pessoas jurídicas de direito público, já as
fundações públicas (quando não especificada a natureza na questão), as empresas públicas e
sociedade de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado.

45
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46
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Licitações e contratos
Licitações é a sucessão de atos necessários para que a Administração Pública possa
adquirir um bem, serviço, fornecimento de um produto, para que ela possa vender um bem,
efetuar um contrato administrativo com o particular. O dever de licitar está na Constituição
Federal, art. 37, inciso XXI: ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.
Veja que a própria Constituição refere-se a obrigatoriedade de licitar, esse dever é imposto
para que princípios como da supremacia do interesse público, da isonomia/igualdade, da
moralidade, da pessoalidade, entre outros, sejam observados!

47
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Contudo, há situações em que a Administração não precisará licitar, são as chamadas


contratações diretas, as que mais caem em prova são: inexigibilidade de licitações e dispensa
de licitações (também chamada de licitação dispensável), sugiro a leitura do art. 74 e 75, da Lei
14.133/21.
Seguem algumas dicas sobre licitações e contratos:

48
Revisão de Véspera
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49
Revisão de Véspera
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50
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REDAÇÃO - Prof.ª Luana Porto

Prof.ª Luana Porto


@profa.luanaporto

Redação da banca Instituto Consulplan: o que você precisa saber para se


preparar?
A redação, em provas de concurso público, pode ser requisitada em questões discursivas
sobre o conteúdo programático ou próprio do cargo ou em prova de redação. A banca
INSTITUTO CONSULPLAN é uma banca que transita muito bem entre os dois tipos de prova. E,
neste post, vamos focar no estilo de prova de redação, que implica abordagem de temas
contemporâneos, observando-se o estilo da banca nos últimos certames.
Em 15 de janeiro de 2023, a banca aplicará prova de redação para os cargos de nível
médio e superior do Ministério Público de Minas Gerais. Então, momento oportuno para saber o
que esperar da prova e como se preparar para a escrita.
No processo de preparação para a prova de redação em prova da banca CONSULPLAN,
três ações são essenciais:
1) Ler com atenção dos textos motivadores para se “ambientar” como o tema, mas
lembrar que os textos apresentados não devem ser copiados na redação;
2) Treinar a redação dissertativo-argumentativa, pois esse é o formato de redação
que a banca exige;
3) Observar temas de provas anteriores para conhecer o perfil da banca e buscar
leitura sobre temas de temáticas semelhantes.

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Como deve ser o texto a ser produzido na prova?


Deve ser um texto que demostre informatividade (conhecimento atualizado sobre o tema)
e argumentação (opinião fundamentada) sobre uma dada temática.
Além disso, há outros traços essenciais:
1. A redação deve apresentar a estrutura dissertativo-argumentativa, havendo:

• introdução, com contextualização do tema e tese a ser defendida;


• desenvolvimento, com exploração de pelo menos dois argumentos diferentes para
comprovar a tese;
• conclusão, com parágrafo objetivo que pode sintetizar a ideia central sobre o tema
apresentada no texto ou expor uma reflexão ou intervenção para a solução de problema
se o tema permitir essa abordagem.

2. Há necessidade de uso adequado de elementos coesivos e atenção a regras gramaticais.


Assim, se você quiser introduzir justificativas para uma afirmação, introduza-as com
conetivos causas, como porque, já que, posto que, uma vez que.
Agora, se você explorar citações de pensadores para construir argumentos, use conetivos
como conforme, de acordo com, segundo. E lembre-se de que as ideias acionadas precisam ser
associadas à sua linha de raciocínio e não podem ficar “soltas” no parágrafo.
Sobre questões gramaticais, cuide emprego de vírgulas, acento e crase, evite frases muito
longas e muito curtas e mantenha progressão textual.

3. Elaborar uma boa redação bem implica, ainda, saber escrever e ler o que se pede na proposta
de redação, atendendo ao solicitado. Por isso, a importância de treinar a escrita por meio de
redação de textos sobre temas anteriores apresentados pela banca.

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Exemplos de temas de redação de concursos anteriores:


Instituto Consulplan - 2021 - TJM-MG - Analista Judiciário - Analista Judiciário

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INSTITUTO CONSULPLAN - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA - SEM


ESPECIALIDADE
A Prova de Redação é de caráter habilitatório e classificatório, constituída de 1 (uma)
Redação.
Para a Prova de Redação, o candidato deverá formular texto com extensão mínima de 20
(vinte) e máxima de 30 (trinta) linhas, sob pena de perda de 1 (um) por cada linha abaixo do
limite mínimo exigido, e não poderá efetuar consulta a quaisquer fontes ou meios de consulta
para auxílio na resolução e interpretação. Será desconsiderado, para fins de pontuação, qualquer
fragmento de texto que for escrito fora do local apropriado ou que ultrapassar a extensão máxima
permitida.
A resposta à Prova de Redação deverá ser manuscrita em letra legível, com caneta
esferográfica de corpo transparente, de tinta azul ou preta, não sendo permitida a interferência
e/ou a participação de outras pessoas, salvo em caso de candidato na condição de pessoa com
deficiência que esteja impossibilitado de redigir textos, como também no caso de candidato que
tenha solicitado atendimento especial para este fim, nos termos do Edital. Nesse caso, o
candidato será acompanhado por um fiscal da CONSULPLAN devidamente treinado, para o qual
deverá ditar o texto, especificando oralmente a grafia das palavras e os sinais gráficos de
pontuação.
O candidato receberá nota zero na Prova de Redação se: fugir à modalidade de texto
solicitada e/ou ao tema proposto; apresentar textos sob forma não articulada verbalmente
(apenas com desenhos, números e palavras soltas ou em verbos); apresentar qualquer sinal
que, de alguma forma, possibilite a identificação do candidato; for escrita a lápis, em parte ou em
sua totalidade; estiver em branco; e, apresentar letra legível e/ou incompreensível.

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Agora, observe um exemplo de redação para a proposta:

Em países democráticos, como Brasil e Estados Unidos, é comum haver


discussões sobre a liberdade de expressão, que nem sempre é respeitada por civis,
Introdução
políticos e autoridades. No entanto, nesses dois países ela é direito fundamental e
sua não garantia é uma clara afronta à Constituição. Dessa forma, não se pode
admitir que seja relativizado o direito à liberdade de se expressar sob pena de
indicar punição severa a quem infringir esse preceito legal.
Em países democráticos, como Brasil e Estados Unidos, é comum haver
discussões sobre a liberdade de expressão, que nem sempre é respeitada por civis, 1º § de

políticos e autoridades. No entanto, nesses dois países, ela é direito fundamental e desenvol-

sua não garantia é uma clara afronta à Constituição. Dessa forma, não se pode vimento

admitir que seja relativizado o direito à liberdade de se expressar sob pena de (item 1)

indicar punição severa a quem infringir esse preceito legal.


Sob esse viés, é oportuno registrar que, entre os
diferentes direitos expressos na Constituição, a liberdade de 2º § de
expressão constitui direito especialmente fundamental, pois sua garantia é desenvol-
essencial para a dignidade do indivíduo e, ao mesmo tempo, para a estrutura vimento
democrática de nosso Estado. Como exemplo, se o sujeito não pode dizer o que (item 2)
sente ou pensa, tem sua integridade violada, sua voz, sufocada, tornando-se objeto
em uma sociedade que clama por gente pensante. Assim, permitir a livre expressão
de pensamento é meio para oportunizar a construção da subjetividade e do

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protagonismo das pessoas sobre suas vidas e posições sobre os mais variados
temas.
Além disso, considera-se que há uma diferenciação ente liberdade de
expressão e comunicação violenta, esta marcada por discursos de ódio, agressivos 2º § de
e com forte potencial para difamação e ferimento à honra. E isso faz com que se desenvol-
deva compreender que a defesa do direito À liberdade de expressão não torna esse vimento
direito absoluto. Ou seja, é preciso limitar a verbalização - oral ou escrita - de (item 3)
discursos que podem ser ofensivos, promover violência ou incitação a crimes, como
ataques à democracia. Em outras palavras, deve-se, por meio da atuação
legislativa e, consequentemente do setor judiciário, criar sistema de
regulamentação da liberdade de expressão para que esse direito não seja usado
como subterfúgio para profusão de discursos e ações que podem ser ensejadores
de ações delituosas.
Diante do exposto, evidencia-se que a liberdade de expressão é um direito
fundamental e sua não garantia é uma clara afronta à Constituição. No entanto esse
Conclusão
direito não é absoluto. Dessa forma, não se pode permitir discursos que distorcem
a conceituação desse direito e incitam crimes, como ferir a honra e o ato de difamar
alguém, o que, caso ocorra, deve ser objeto de investigação e punição severa com
um caráter pedagógico também para que se crie a cultura da liberdade
comunicativa sem agressão.

Tendo-se em vista que uma boa redação requer boa habilidade de compreensão da proposta
de redação, propomos a seguinte avaliação do texto apresentado como “resposta” à proposta de
redação da banca CONSULPLAN:
a) O texto segue a estrutura de uma redação dissertativo-argumentativa?
b) O texto é escrito, em termos de correção linguística, de forma adequada?
c) O texto atende, em termos temáticos, ao assunto sobre o qual foi solicitada a
redação?

As respostas a essas questões são apresentadas na videoaula e constituem exercícios


para treino de redação.

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ANOTE AS DICAS!

Antes de passar a limpo uma redação em prova, realize uma rápida e objetiva
avaliação do texto produzido, respondendo às perguntas a seguir:
a) O texto segue a estrutura de uma redação dissertativo-argumentativa?
b) O texto é escrito, em termos de correção linguística, de forma adequada?
c) O texto atende, em termos temáticos, ao assunto sobre o qual foi solicitada
a redação?

Tipos de argumentos
a) Comparação ou contraste
b) Exemplificação
c) Causas e/ou efeito
d) Testemunho de autoridade
e) Alusão histórica
f) Dados concretos

Expressões para iniciar a conclusão


• Diante do exposto, ...
• Em síntese, ...
• A partir disso, pode-se afirmar que ...
• Tendo em vista esses argumentos, ...
• Com base no exposto, fica claro que...
• Pode-se, portanto, registrar que...
• Em virtude dos fatos mencionados …
• Considerando esses aspectos …
• Em vista dos argumentos apresentados …
• Dado o exposto …
• Tendo em vista os aspectos observados …
• Em virtude do que foi mencionado …
• Por todos esses aspectos …
• Pela observação dos aspectos analisados …

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Conetivos para introduzir o parágrafo de conclusão


• Diante disso
• Assim
• Por conseguinte
• Destarte
• Por isso
• Portanto

Expressões de ligação para introduzir o parágrafo de conclusão


• Considerando o exposto
• Tendo-se em vista os argumentos elencados
• Por fim, para ..., é ...

Elementos coesivos
A coesão sequencial é verificada no texto pela presença de mecanismos linguísticos que
encadeiam ideias, frases, orações, parágrafos.

Sentido Conector

Prioridade, Em primeiro lugar, primeiramente, principalmente,


relevância primordialmente, sobretudo, etc.

Tempo Então, enfim, logo depois, imediatamente, logo após, a


(frequência, duração, princípio, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente,
ordem, em seguida, afinal, finalmente, agora, atualmente, hoje,
sucessão, frequentemente, constantemente, às vezes, eventualmente, por
anterioridade, vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo
posterioridade, etc.) tempo, simultaneamente, nesse meio tempo, enquanto, quando,
antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que,
todas as vezes que, cada vez que, apenas, etc.

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Exemplo:
Ações para a sustentabilidade ambiental são cada vez mais urgentes no planeta em
função das recentes queimadas, desmoronamentos de terra, desequilíbrio climático,
aquecimento global. Finalmente, parcela significativa da população - especialmente a de jovens
- tem entendido que é preciso preservar os recursos naturais, proteger a fauna e a flora para
quer um planeta longevo, seguro e capaz de abrigar a todos sem riscos.

Sentido Conector

Adição, Além disso, (a)demais, outrossim, ainda mais, ainda por cima, por outro lado,
continuação também, e, nem, não só... mas também, não apenas... como também, não
só... bem como, etc.

Certeza, Decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem


ênfase dúvida, inegavelmente, com toda a certeza, etc.

Exemplo:
Estudos sobre violência no Brasil mostram que ela assume várias facetas, que dão origem
a diversos tipos de violência, como a social, a institucional, a física, a psicológica. Embora nem
todos conheçam os conceitos de cada uma, possível percebê-las no dia a dia quando se assiste
a notícias de brigas nas ruas, agressão policial, mulheres vítimas de violência doméstica, etc.
Isso quer dizer que a violência não só é recorrente em diferentes contextos, mas também está
quase naturalizada na sociedade brasileira, situação que merece discussão em vista dos efeitos
da propagação das práticas de violência no país.
Estudos sobre violência no Brasil mostram que ela recorrente contra homossexuais no
país, que é a nação que mais mata população LGTB no mundo. Certamente, esse não é uma
liderança internacional de que se deve ter orgulho. Ao contrário, essa situação é vexatória e
revela, sem dúvida alguma, que precisamos discutir as causas dessa violência de gênero e
medidas para contê-la.

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Sentido Conector

Ilustração, Por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a
esclarecimento saber, ou seja, ou melhor, aliás, ou antes, etc

Propósito, Com o fim de, a fim de, com o propósito de, para que, a fim de
intenção, que, com o intuito de, com o objetivo de, etc.
finalidade

Resumo, Em suma, em síntese, em resumo, portanto, assim, dessa


recapitulação, forma, dessa maneira, logo, por isso, por consequência, etc.
conclusão

Exemplo:
A pirâmide etária brasileira deve ser invertida em poucos anos, pois, se hoje há mais
jovens do que brancos, em 30 anos a população de cabelos brancos será mais numerosa do
que a que a de crianças, adolescentes e adultos jovens. E uma das razões para isso é o aumento
de casais dinks, ou seja, aqueles que optam por não ter filhos. Eles, com o intuito de investirem
seus recursos em si mesmos, deixam de procriar, e é resultado é uma nação que cada vez mais
vai ter menos crianças.

Sentido Conector

Causa e Por consequência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de,
consequência, em virtude de, assim, de fato, com efeito, tão (tanto, tamanho)... que,
explicação porque, porquanto, pois, já que, uma vez que, visto que, como (=porque),
portanto, logo, que (=porque), de tal sorte que, de tal forma que, visto que,
dado que, como, etc.

Exemplo:
A desigualdade social no Brasil atual ilustra um passado histórico de diferenciação entre
colonizador e colonizado, senhor feudal e escravo, aristocrata e plebeu, uma vez que essas
categorias opostas na esfera social sempre existiram. Sem interesse dos líderes políticos e dos
detentores de poder de mudar a diferença de força entre os primeiros - com mais recursos - e os
segundos - praticamente sem possibilidades de ascensão, a desigualdade permanece. Logo,
ela é retrato do passado que se impõe - infelizmente - no presente.

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Sentido Conector

Contraste, Pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, porém, menos, mas,
oposição, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, apesar de, ainda que,
restrição, mesmo que, por menos que, a menos que, a não ser que, em contrapartida,
ressalva, enquanto, ao passo que, por outro lado, sob outro ângulo, etc.
concessão

Exemplo:
O Brasil é um dos países com a maior produção agrícola. De vários tipos de carne a frutas
e verduras, a nação exposta comida para saciar a fome daqueles podem comparar os produtos
daqui. Em contrapartida, muitos brasileirinhos morrem de fome, vivendo na pobreza ou na
absoluta miséria. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e
Alimentação (FAO), que apontam que mais de 5,2 milhões de brasileiros passaram um dia inteiro
ou mais dias sem consumir alimentos ao longo do ano. Esse número - revelador da fome no
Brasil - mostra que, enquanto uns usufruem da boa e farta comida do Brasil, outros ficam sem
tê-la e, quiçá, sem nunca poderem ter a chance de experimentá-la.
Durante a primeira década do século XX, os ritmos musicais que dominavam no Brasil
eram o choro e o samba. Agora, é a vez do funk impor-se sobre os demais gêneros, pelo menos
em relação ao número de acessos na internet a álbuns de Ludmila e MC Guimê, dois dos mais
expressivos funkeiros do país. De certo, essa forma de manifestação artística tem agradado a
sujeitos que se veem representados por vozes que expressam seu modo de pensar e viver, o
que, antes, não era possível em um país em que favelados não tinham direito à escrita artística,
muito menos à música. Em outras palavras, negros e pobres pareciam ser mudos apesar de
terem fala e produção. Como resultado desse apagamento da arte da periferia, o funk precisa
convencer a todos de que é arte, mesmo que da cultura de massa, para se fazer respeitado.
A coesão permite dois processos distintos:
a) A sequenciação do texto;
b) A referenciação de termos e ideias.
Para isso, alguns elementos linguísticos são essenciais:

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Dúvidas comuns sobre a prova de redação


Podem surgir, na elaboração da redação, algumas dúvidas:

Que tipo de linguagem adotar na introdução: pessoal ou impessoal?


Pessoal ou impessoal, sem mesclar as formas discursivas.

Há um número mínimo e máximo de linhas para redação de cada parágrafo?


Não, mas é interessante não haver discrepância entre os parágrafos. Normalmente, a introdução
e a conclusão são partes menores do texto.

Se não for apresentada a tese na introdução, a redação é zerada?


Não, pois a avaliação é do texto como um todo. O importante é ter a tese nos primeiros
parágrafos para poder ser desenvolvida. Por isso, orientamos registrar a tese na introdução.

Qual a extensão da redação solicitada pelo Instituto Consulplan?


Normalmente, o mínimo é 20 e o máximo é 30 linhas.

Como é avaliada a redação pela banca?


Normalmente, o edital de cada prova define isso, mas é importante observar que a banca
costuma cobrar:
a) Argumentação e informatividade dentro do tema proposto - AI (originalidade, suficiência,
correção, relevância e propriedade das informações);
b) Coerência e Coesão - CC (organização adequada de parágrafos, continuidade e progressão
de ideias, uso apropriado de articuladores);
c) Morfossintaxe - M (emprego de pronomes, relação entre as palavras, concordância verbal e
nominal, organização e estruturação dos períodos e orações, emprego dos tempos e modos
verbais e colocação de pronome);
d) Pontuação, acentuação e ortografia - PO.

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LEGISLAÇÃO - Prof. Ubirajara Martell

Prof. Ubirajara Martell


@concursoceisc

Seção IV
Das Funções Essenciais à Justiça
Subseção I
Do Ministério Público

Art. 119 - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional


do Estado, a que incumbe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis.
Parágrafo único - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a
indivisibilidade e a independência funcional.

Art. 120 - São funções institucionais do Ministério Público:


I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública
aos direitos constitucionalmente assegurados, promovendo as medidas necessárias à sua
garantia;
III - promover inquérito civil e ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
IV - promover ação de inconstitucionalidade ou representação para o fim de intervenção
do Estado em Município, nos casos previstos nesta Constituição;
(Inciso com redação dada pelo art. 3º da Emenda à Constituição nº 88, de 2/12/2011.)
V - expedir notificação nos procedimentos administrativos de sua competência,
requisitando informação e documento para instruí-los, na forma da lei complementar
respectiva;
VI - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar
respectiva;
VII - requisitar diligência investigatória e instauração de inquérito policial, indicados os
fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
VIII - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua
finalidade, vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidade pública.
(Artigo regulamentado pela Lei Complementar nº 34, de 12/9/1994.)

Art. 121 - Além das funções previstas na Constituição da República e nas leis, incumbe
ao Ministério Público, nos termos de sua lei complementar:
(Vide Lei Complementar nº 61, de 12/7/2001.)
I - exercer a fiscalização de estabelecimento prisional ou que abrigue idoso, menor,
incapaz ou portador de deficiência;
II - participar de organismo estatal de defesa do meio ambiente, do consumidor, de política
penal e penitenciária e de outros afetos à sua área de atuação.
(Artigo regulamentado pela Lei Complementar nº 34, de 12/9/1994.)

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Art. 122 - Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional, administrativa e


financeira, cabendo-lhe, especialmente:
(Vide Lei Complementar nº 61, de 12/7/2001.)
I - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares
e a fixação do subsídio de seus membros e da remuneração de seus servidores;
(Inciso com redação dada pelo art. 34 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
II - expedir, nos termos desta Constituição, ato de provimento de cargo inicial de carreira
e dos serviços auxiliares, de promoção, de remoção, de readmissão e de reversão;
III - editar ato de aposentadoria, exoneração, demissão e outros que importem vacância
de cargo de carreira ou dos serviços auxiliares;
IV - organizar suas secretarias e os serviços auxiliares das Procuradorias e Promotorias
de Justiça;
V - elaborar regimento interno;
VI - elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias.
(Inciso acrescentado pelo art. 34 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
§ 1º - Os atos de que tratam os incisos I, II, III e VI do caput deste artigo são da
competência do Procurador-Geral de Justiça.
(Parágrafo renumerado e com redação dada pelo art. 34 da Emenda à Constituição nº 84,
de 22/12/2010.)
§ 2º - Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro
do prazo estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Poder Executivo considerará,
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites mencionados no inciso VI do
caput deste artigo.
(Parágrafo acrescentado pelo art. 34 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
§ 3º - Se a proposta orçamentária do Ministério Público for encaminhada em desacordo
com os limites a que se refere o inciso VI do caput deste artigo, o Poder Executivo
procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária
anual.
(Parágrafo acrescentado pelo art. 34 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
§ 4º - Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de
créditos suplementares ou especiais.
(Parágrafo acrescentado pelo art. 34 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
(Vide Lei Complementar nº 94, de 10/1/2007.)

Art. 123 - O Ministério Público Estadual é exercido:


I - pelo Procurador-Geral de Justiça;
II - pelos Procuradores de Justiça;
III - pelos Promotores de Justiça.
§ 1º - Os membros do Ministério Público, em exercício, que gozem de vitaliciedade,
formarão lista tríplice entre os Procuradores de Justiça de categoria mais elevada, na
forma da lei complementar, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado
pelo Governador do Estado para mandato de dois anos, permitida uma recondução,
observado o mesmo procedimento.
(Parágrafo regulamentado pela Lei Complementar nº 21, de 27/9/1991.)
(Vide art. 74 da Lei Complementar nº 30, de 10/8/1993.)
§ 2º - Recebida a lista tríplice, o Governador do Estado, nos vinte dias subsequentes,
nomeará um dos seus integrantes e lhe dará posse.
§ 3º - Caso o Governador do Estado não nomeie ou emposse o Procurador-Geral de
Justiça no prazo do parágrafo anterior, será investido no cargo o mais votado entre os
integrantes da lista, para o exercício do mandato.
§ 4º - O Procurador-Geral de Justiça poderá ser destituído por deliberação da maioria dos
membros do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.
(Parágrafo regulamentado pela Lei Complementar nº 21, de 27/9/1991.)
(Vide Lei Complementar nº 94, de 10/1/2007.)

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Art. 124 - O Ministério Público junto do Tribunal de Contas e do Tribunal de Justiça Militar
será exercido por Procurador de Justiça integrante do Ministério Público Estadual.
(Artigo regulamentado pela Lei Complementar nº 34, de 12/9/1994.)
(Expressão "do Tribunal de Contas e" declarada inconstitucional em 3/4/2003 - ADI 2.068.
Acórdão publicado no Diário Oficial da União em 10/4/2003.)
(Vide art. 1º da Lei Complementar nº 108, de 13/1/2009.)

Art. 125 - É facultada ao Procurador-Geral de Justiça a iniciativa de lei complementar que


disponha sobre:
I - organização, atribuições e Estatuto do Ministério Público, observado o seguinte:
a) ingresso na carreira do Ministério Público mediante concurso público de provas e títulos,
assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Estado de Minas
Gerais, em sua realização, sendo exigidos o título de bacharel em Direito e, no mínimo,
três anos de atividade jurídica, e observando-se, nas nomeações, a ordem de
classificação;
(Alínea com redação dada pelo art. 35 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
b) promoção, por antiguidade e merecimento, alternadamente, de uma para outra
entrância ou categoria, e da entrância mais elevada para o cargo imediato de Procurador
de Justiça, aplicado, no que couber, o disposto no art. 98, II;
c) subsídio fixado em lei, com diferença não superior a 10% (dez por cento) nem inferior a
5% (cinco por cento) de uma categoria da carreira para a subsequente, não podendo
exceder o valor atribuído ao Procurador-Geral de Justiça, que não poderá ser superior ao
que perceber o Desembargador do Tribunal de Justiça;
(Alínea com redação dada pelo art. 35 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
d) aposentadoria dos membros do Ministério Público e pensão de seus dependentes, nos
termos do art. 36 desta Constituição;
(Alínea com redação dada pelo art. 35 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
e) direitos previstos nos incisos VIII, XII, XVII, XVIII e XIX do art. 7º da Constituição da
República, no § 4º e no inciso I do § 6º do art. 31 desta Constituição;
(Alínea com redação dada pelo art. 35 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
II - controle externo da atividade policial, por meio do exercício das seguintes atribuições,
entre outras:
a) fiscalizar o cumprimento dos mandados de prisão;
b) receber, diretamente da autoridade policial, os inquéritos e quaisquer outras peças de
informação;
c) fixar prazo para prosseguimento de inquérito policial;
d) requisitar diligência à autoridade policial;
e) inspecionar as unidades policiais civis ou militares;
f) receber cópia de ocorrência lavrada pela Polícia Civil ou pela Polícia Militar;
g) avocar, excepcional e fundamentadamente, inquérito policial em andamento;
III - procedimentos administrativos de sua competência;
IV - manutenção de curadorias especializadas para atuação na defesa do meio ambiente,
dos direitos do consumidor e do patrimônio cultural do Estado.
Parágrafo único - A distribuição de processos no Ministério Público será imediata.
Parágrafo acrescentado pelo art. 35 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
(Vide Lei Complementar nº 80, de 9/8/2004.)
(Vide Lei Complementar nº 94, de 10/1/2007.)

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Art. 126 - Aos membros do Ministério Público são asseguradas as seguintes garantias:
I - vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por
sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão
colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, assegurada a ampla defesa;
(Inciso com redação dada pelo art. 36 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto no caput e nos §§ 1º e 7º do art. 24
desta Constituição e nos arts. 150, caput, II, e 153, caput, III, e § 2º, I, da Constituição da
República.
(Inciso com redação dada pelo art. 36 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
Parágrafo único - Aplica-se aos casos de disponibilidade e aposentadoria, por interesse
público, o disposto no inciso II deste artigo.
(Artigo regulamentado pela Lei Complementar nº 34, de 12/9/1994.)
(Vide Lei Complementar nº 80, de 9/8/2004.)
(Vide Lei Complementar nº 94, de 10/1/2007.)

Art. 127 - Os membros do Ministério Público se sujeitam, entre outras, às seguintes


vedações:
I - receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas
processuais;
II - exercer a advocacia;
III - participar de sociedade comercial, na forma da lei;
(Inciso com redação dada pelo art. 37 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
IV - exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
V - exercer atividade político-partidária;
(Inciso com redação dada pelo art. 37 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
VI - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílio ou contribuição de pessoa física ou de
entidade pública ou privada, ressalvadas as exceções previstas em lei.
(Inciso acrescentado pelo art. 37 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
§ 1º - As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira,
que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da
instituição.
(Parágrafo renumerado e com redação dada pelo art. 37 da Emenda à Constituição nº 84,
de 22/12/2010.)
§ 2º - Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no inciso V do art. 102 desta
Constituição.
(Parágrafo acrescentado pelo art. 37 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)
(Artigo regulamentado pela Lei Complementar nº 34, de 12/9/1994.)
(Vide Lei Complementar nº 80, de 9/8/2004.)
(Vide Lei Complementar nº 94, de 10/1/2007.)

66
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Subseção II
Da Advocacia do Estado

Art. 128 - A Advocacia-Geral do Estado, subordinada ao Governador do Estado,


representa o Estado judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei
complementar que sobre ela dispuser, as atividades de consultoria e assessoramento
jurídicos do Poder Executivo.
(Caput com redação dada pelo art. 5º da Emenda à Constituição nº 56, de 11/7/2003.)
§ 1º - A Advocacia-Geral do Estado será chefiada pelo Advogado-Geral do Estado,
nomeado pelo Governador entre Procuradores do Estado, integrantes da carreira da
Advocacia Pública do Estado, estáveis e maiores de trinta e cinco anos.
(Parágrafo com redação dada pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 93, de 16/6/2014.)
§ 2º - Subordinam-se técnica e juridicamente ao Advogado-Geral do Estado as
consultorias, as assessorias, os departamentos jurídicos, as procuradorias das autarquias
e das fundações e os demais órgãos e unidades jurídicas integrantes da administração
direta e indireta do Poder Executivo.
(Parágrafo com redação dada pelo art. 5º da Emenda à Constituição nº 56, de 11/7/2003.)
(Vide Lei Complementar nº 35, de 29/12/1994.)
(Vide Lei Complementar nº 75, de 13/1/2004.)
§ 3º - O ingresso na classe inicial da carreira da Advocacia Pública do Estado depende de
concurso público de provas e títulos, realizado com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil, Seção do Estado de Minas Gerais, em todas as suas fases.
(Parágrafo com redação dada pelo art. 5º da Emenda à Constituição nº 56, de 11/7/2003.)
(Vide Lei Complementar nº 81, de 10/8/2004.)
§ 4º - Ao integrante da carreira referida no § 3º deste artigo é assegurada estabilidade
após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho, após relatório
circunstanciado e conclusivo da Corregedoria do órgão.
(Parágrafo com redação dada pelo art. 5º da Emenda à Constituição nº 56, de 11/7/2003.)
§ 5º - No processo judicial que versar sobre ato praticado pelo Poder Legislativo ou por
sua administração, a representação do Estado incumbe à Procuradoria-Geral da
Assembleia Legislativa, na forma do § 2º do art. 62.
(Parágrafo com redação dada pelo art. 5º da Emenda à Constituição nº 56, de 11/7/2003.)
(Vide Lei Complementar nº 126, de 25/6/2013.)

Subseção III
Da Defensoria Pública

Art. 129 - A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, a


que incumbe a orientação jurídica, a representação judicial e a defesa gratuitas, em todos
os graus, dos necessitados.
§ 1º - À Defensoria Pública é assegurada autonomia funcional e administrativa.
(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 75, de 8/8/2006.)
§ 2º - Compete à Defensoria Pública, observados os prazos e os limites estabelecidos na
lei de diretrizes orçamentárias, a elaboração de sua proposta orçamentária.
(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 75, de 8/8/2006.)
§ 3º - No caso de a Defensoria Pública não encaminhar sua proposta orçamentária dentro
do prazo a que se refere o § 2º, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação
da proposta orçamentária anual, os valores constantes na lei orçamentária vigente.
(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 75, de 8/8/2006.)
§ 4º - Ocorrendo a hipótese prevista no § 3º ou desacordo entre a proposta orçamentária
a que se refere este artigo e os limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias, o
Poder Executivo procederá aos ajustes necessários, para fins de consolidação da
proposta orçamentária anual.
(Parágrafo acrescentado pelo art. 1º da Emenda à Constituição nº 75, de 8/8/2006.)

67
Revisão de Véspera
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Art. 130 - Lei complementar organizará a Defensoria Pública em cargos de carreira,


providos na classe inicial mediante concurso público de provas e títulos, realizado com
participação da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Estado de Minas Gerais,
assegurada aos seus integrantes a garantia de inamovibilidade e vedado o exercício da
advocacia fora de suas atribuições institucionais.
(Caput regulamentado pela Lei Complementar nº 65, de 16/1/2003.)
§ 1º - O Defensor Público-Geral da Defensoria Pública será nomeado pelo Governador do
Estado, escolhido dentre três defensores públicos de classe final, indicados em lista tríplice
pelos integrantes da carreira, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.
§ 2º - É obrigatória a criação de órgão da Defensoria Pública em todas as comarcas.
(Vide Lei Complementar nº 65, de 16/1/2003.)

Art. 131 - Às carreiras disciplinadas nas Seções I, II e III e nas Subseções I, II e III da
Seção IV deste capítulo aplica-se o disposto nos arts. 24 e 32 desta Constituição, devendo
os servidores integrantes das carreiras a que se referem as Subseções II e III da Seção
IV ser remunerados na forma do § 7º do art. 24.
(Artigo com redação dada pelo art. 38 da Emenda à Constituição nº 84, de 22/12/2010.)

Subseção IV
Da Advocacia

Art. 132 - O advogado é indispensável à administração da Justiça e inviolável por seus


atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Parágrafo único - É obrigatória a representação das partes por advogado, para ingresso
ou defesa em Juízo, perante juiz ou tribunal estadual.

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GESTÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO - Prof. Rafael Ravazolo

Prof. Rafael Ravazolo


@ravazolo

MODELOS TEÓRICOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Patrimonialista: res publica não é diferenciada da res principis; o


aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder soberano; os
cargos são considerados fatores pessoais.

Burocrático: surgiu para combater o patrimonialismo, por meio do controle


rígido (a priori) dos processos, da impessoalidade, da legalidade e da
profissionalização. Na prática, possui diversas disfunções que geram
ineficiência.

Gerencial: busca combater as dinfunções burocráticas; tem foco nos


resultados (controle a posteriori) e nos cidadãos; redução de custos,
descentralização da autoridade, flexibilidade, aumento da qualidade dos
serviços, cidadania, governança, accountability, transparência,
contratualização.

69
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MODELO BUROCRÁTICO
Burocracia é uma máquina profissional, que se baseia em regras legalmente definidas,
operadas por funcionários recrutados e preparados para desempenhar tarefas descritas com
exatidão.

Características:

• Formalidade
• Impessoalidade
• Profissionalismo
• Caráter legal das normas e regulamentos
• Caráter formal das comunicações
• Racionalidade e divisão do trabalho
• Hierarquização da autoridade
• Rotinas e procedimentos padronizados
• Competência técnica e meritocracia
• Especialização da administração

Consequências desejadas:

• Previsibilidade do comportamento
Máxima Eficiência
• Padronização do desempenho

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Disfunções (consequências indesejadas):

• Particularismo (interesses de grupos externos)


• Satisfazer interesses pessoais
• Excesso de regras
• Superconformidade às regras
• Excesso de formalidade e papelada
Ineficiência
• Hierarquia/categorização do processo decisório
• Mecanicismo
• Individualismo
• Interrupção do fluxo de informação
• Resistência à mudança/inovação
• Indefinição de responsabilidade
• Exibição de sinais de autoridade
• Dificuldades no atendimento dos clientes

NOVA GESTÃO PÚBLICA - MODELO GERENCIAL

• Conjunto de doutrinas administrativas que orientaram as reformas da Administração


Pública em nível mundial a partir dos anos 70/80.
o Incorporação, pelo serviço público, de alguns pressupostos e inovações da
administração gerencial - privada.

“Estado ganha dinamismo e reduz seu papel de executor ou prestador direto de serviços,
mantendo-se, entretanto, no papel de regulador, provedor ou promotor.”

• Princípios:
o Reorientação dos mecanismos de controle: foco nos resultados;
o Redução do tamanho da máquina administrativa e racionalização de recursos -
eficiência;
o Flexibilidade administrativa: downsizing, empowerment, descentralização, autonomia;
o Controle social - participação cidadã;
o Governança e Governabilidade;
o Transparência e accountability.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

• Governabilidade - capacidade política de governar.


o Conjunto de condições necessárias ao exercício do poder.
□ Forma de governo, relações entre os poderes, sistema partidário e equilíbrio entre
as forças políticas de oposição e situação.
• Governança - capacidade administrativa de implementar as decisões / políticas
públicas.
o Conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para
avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas
e à prestação de serviços de interesse da sociedade.
• Accountability - mecanismos e procedimentos que induzem os dirigentes
governamentais a prestar contas e se responsabilizar pelos resultados de suas ações.

EVOLUÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO

• Século XX - contínua tentativa de modernização de estruturas e processos do Estado.


o Resposta (tardia) às transformações mundiais.
o Mudanças pontuais X sistêmicas;
□ Ex: Decreto-Lei 200/67 - 5 princípios
→ Planejamento, Coordenação, Controle, Descentralização, Delegação.
• Duas principais reformas administrativas (não há unanimidade na literatura)

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PLANO DIRETOR DE REFORMA DO APARELHO DO ESTADO

Quatro
segmentos

GOVERNANÇA NO SETOR PÚBLICO

• Sistema que determina o equilíbrio de poder entre os envolvidos para permitir que o bem
comum prevaleça sobre os interesses particulares (Matias-Pereira).
o Determina como as partes interessadas são ouvidas, como as decisões são
tomadas e como o poder e as responsabilidades são exercidos.
o A boa governança pública tem como propósitos conquistar e preservar a confiança da
sociedade, por meio de conjunto eficiente de mecanismos, a fim de assegurar que as
ações executadas estejam sempre alinhadas ao interesse público.

73
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GOVERNANÇA
Governança pública organizacional compreende essencialmente os mecanismos de liderança,
estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a atuação da
gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da
sociedade.

EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EXCELÊNCIA


• Eficiência - enfatiza os meios, o uso de recursos.
o Relação entre os recursos consumidos (inputs) e os resultados obtidos (outputs);
• Eficácia - grau de alcance do resultado esperado.
o Resultados e objetivos alcançados (outputs), fazer as coisas certas, entregar a
quantidade e a qualidade prometida.
• Excelência - conformidade a critérios e padrões de qualidade/excelência para a
realização dos processos, atividades e projetos
o É um elemento transversal.

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GESTÃO DE PROJETOS
Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado
exclusivo.

• Empreendimentos temporários que fogem da rotina das atividades funcionais - atividades


que têm começo e fim programados e que devem fornecer um produto singular.
→ Ciclo de Vida

• É a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do


projeto a fim de cumprir os seus requisitos.
• É o processo de tomar decisões que envolvem o uso de recursos, para realizar atividades
temporárias, com o objetivo de fornecer um resultado.

5 Grupos de Processos

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10 Áreas do Conhecimento

Comunicações, Recursos,
Integração, Custos, Cronograma,
Partes interessadas, Riscos,
Escopo, Qualidade, Aquisições
Concurseiro Raiz Ignora Concorrente Coxinha,
Passa Rindo E Queima Apostila

GESTÃO POR COMPETÊNCIAS

• Competência = capacidade de gerar resultados (agregar valor) dentro dos objetivos


organizacionais.
o Essa capacidade advém da atuação conjunta de seus Conhecimentos, Habilidades e
Atitudes (CHA) necessários para que possa exercer suas funções (tanto as funções
atuais quanto as futuras, ampliando o Espaço Ocupacional), gerando resultados
positivos para a organização.

• Busca compreender quais são as competências organizacionais críticas para o sucesso


da organização, desdobrá-las em termos de competências profissionais e desenvolvê-las
junto ao quadro de funcionários.
• Competências Organizacionais: que dizem respeito à organização como um todo.
o Prahalad e Hamel: Competências Essenciais (core competences)
□ provê acesso a uma grande variedade de mercados - expansão e vantagem
competitiva;

76
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□ contribui significativamente para os benefícios percebidos pelo consumidor do


produto;
□ é difícil de ser imitada pelos concorrentes.
• Chiavenato:

Organizacionais /
Funcionais Gerenciais Individuais
Essenciais

COMUNICAÇÃO

• Processo de compartilhar informações, de tornar algo comum entre as pessoas = envio,


recebimento e compreensão de símbolos.
o Oral, escrita e não verbal;
o Formal e informal (rede de rumores);
o Canais muito ou pouco ricos;

Processo: 8 elementos

77
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Barreiras

TRABALHO EM EQUIPE

78
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Estágios:

1. Formação: momento inicial de estruturação, conhecimento mútuo.


2. Tempestade: conflito, ajuste e negociação.
3. Normatização: coesão, relações mais próximas entre os membros.
4. Desempenho: execução das atividades.
5. Desintegração: os objetivos foram atingidos e não há mais razão para ela continuar a
existir.

GESTÃO DE CONFLITOS
• “Processo que tem início quando uma das partes percebe que a outra parte afeta, ou pode
afetar, negativamente alguma coisa que a primeira considera importante.”
o Tipos: de relacionamento, de processo e de tarefa.
o Visões: tradicional, humanística, interacionista
o Resultados: funcionais ou disfuncionais

MOPP

• Modelo de Operação Padrão de Promotorias de Justiça


o Estabelecer as rotinas administrativas de apoio à atividade-fim a cargo das Secretarias
das Promotorias de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais e o procedimento
padrão para seu cumprimento.
• “Procedimento Operacional Padrão da Secretaria das Promotorias de Justiça” apresenta
do detalhamento das seguintes rotinas:
o 1. Atender ao público
o 2. Tramitar documentos e procedimentos extrajudiciais
o 3. Tramitar feitos judiciais
o 4. Controlar prazos e pendências extrajudiciais
o 5. Outras atividades

79
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LEGISLAÇÃO - Prof. Ariel Zvoziak

Prof. Ariel Zvoziak


@profarielz

Estatuto dos funcionários públicos civis do estado de Minas Gerais (Lei nº


869 de 1952)

DO PROVIMENTO
Compete ao Governador do Estado prover, na forma da lei e com as ressalvas estatuídas
na Constituição, os cargos públicos estaduais.

Nomeação

Promoção
PROVIMENTO
FORMAS DE

(INCONSTITUCIONAL por ser


Transferência troca de carreira que precisaria
de novo concurso)
Reintegração
(REVOGADO) Desistir da
Readmissão exoneração

Reversão

Aproveitamento

LINHA DO TEMPO DO SERVIDOR

ESTÁGIO
CONCURSO PROVIMENTO POSSE EXERCÍCIO ESTABILIDADE VACÂNCIA
PROBATÓRIO

80
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DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

PERÍODO DE 3
ANOS (Lei fala em 2
e 5 anos, mas se Idoneidade
aplica aqui o prazo moral
constitucional)
Assiduidade
ESTÁGIO PROBATÓRIO

REQUISITOS
APURADOS
Disciplina

Eficiência

A apuração dos requisitos de que trata este artigo


O diretor da repartição ou deverá processar-se de modo que a exoneração do
serviço em que sirva o funcionário possa ser feita antes de findo o período de
funcionário, sujeito ao estágio. Desse parecer, se
estágio probatório, contrário à
Em seguida, o órgão de pessoal formulará parecer escrito,
quatro meses antes da opinando sobre o merecimento do estagiário em relação a confirmação, será
terminação deste, cada um dos requisitos e concluindo a favor ou contra a dada vista ao
informará confirmação.
reservadamente ao órgão estagiário pelo
de pessoal sobre o Se o despacho do governador do estado for favorável prazo de cinco dias.
funcionário. à permanência do funcionário, a confirmação não
dependerá de qualquer novo ato.

PROVIMENTO

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DA VACÂNCIA

VACÂNCIA

Posse em
Transferência
Exoneração Demissão Promoção (INCONSTITUCIONAL) Aposentadoria cargo Falecimento
inacumulável

DOS DEVERES E DA AÇÃO DISCIPLINAR

Dos deveres e proibições


Art. 216 - São deveres do funcionário:
I - assiduidade;
II - pontualidade;
III - discrição;
IV - urbanidade;
V - lealdade às instituições constitucionais e administrativas a que servir;
VI - observância das normas legais e regulamentares;
VII - obediência às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
VIII - levar ao conhecimento da autoridade superior irregularidade de que tiver ciência em
razão do cargo;
IX - zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado;
X - providenciar para que esteja sempre em ordem no assentamento individual a sua
declaração de família;
XI - atender prontamente:
a) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;
b) à expedição das certidões requeridas para a defesa de direito.

Art. 217 - Ao funcionário é proibido:


I - referir-se de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho, às autoridades
e atos da administração pública, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá-los do
ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço;
II - retirar sem prévia autorização da autoridade competente qualquer documento ou objeto
da repartição;
III - promover manifestações de apreço ou desapreço e fazer circular ou subscrever lista
de donativos no recinto da repartição;
IV - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal em detrimento da dignidade da função;
V - coagir ou aliciar subordinados com objetivos de natureza partidária;
VI - participar da gerência ou administração de empresa comercial ou industrial, salvo os
casos expressos em lei;
VII - exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista,
quotista ou comandatário;
VIII - praticar a usura em qualquer de suas formas;
IX - pleitear, como procurador ou intermediário, junto às repartições públicas, salvo quando
se tratar de percepção de vencimentos e vantagens, de parente até segundo grau;
X - receber propinas, comissões, presentes e vantagens de qualquer espécie em razão
das atribuições;
XI - contar a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho
de encargo que lhe competir ou a seus subordinados.

82
Revisão de Véspera
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Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública de Minas


Gerais (Lei nº 14.184 de 2002)

APLICAÇÃO
A lei não se limita a aplicação ao poder executivo, sendo aplicável aos órgãos dos Poderes
Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado, quando no
desempenho de função administrativa.
Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-
se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta lei.
Exemplo disso é o PAD, regulado pelo Estatuto dos servidores!

DISPOSIÇÕES GERAIS

Conceitos:
A UNIDADE DE ATUAÇÃO
INTEGRANTE DA ESTRUTURA DA
ADMINISTRAÇÃO DIRETA E DA
ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO
ÓRGÃO INDIRETA

NÃO TEM PERSONALIDADE JURÍDICA

A UNIDADE DE ATUAÇÃO DOTADA DE


ENTIDADE PERSONALIDADE JURÍDICA

O SERVIDOR OU AGENTE PÚBLICO


AUTORIDADE DOTADO DE PODER DE DECISÃO

83
Revisão de Véspera
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LEGALIDADE
IMPESSOALIDADE
MORALIDADE

PRINCÍPIOS
PUBLICIDADE
FINALIDADE
MOTIVAÇÃO
RAZOABILIDADE
EFICIÊNCIA
AMPLA DEFESA
CONTRADITÓRIO
TRANSPARÊNCIA

PRINCÍPIOS:

• Legalidade - atuação conforme a lei e o Direito.


• Finalidade - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de
poderes ou competências, salvo autorização em lei.
• Impessoalidade - Aquele que princípio que vem excluir a promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos sobre as suas realizações administrativa. Não é
permitido que os agentes públicos tenham privilégios
• Motivação - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão.
• Razoabilidade e Proporcionalidade - adequação entre meios e fins, vedada a imposição
de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente
necessárias ao atendimento do interesse público.
• Eficiência - busca a otimização dos procedimentos, devendo ser rápida, útil e econômica,
buscando os melhores resultados possíveis.
• Publicidade e Transparência - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas
as hipóteses de sigilo previstas na Constituição.
• Moralidade - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.
• Ampla defesa e Contraditório - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de
alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de
que possam resultar sanções e nas situações de litígio.

84
Revisão de Véspera
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DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

DIRECIONAMENTO: À autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo


de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.
Quando a decisão for contra o Estado, seu prolator recorrerá de ofício para a autoridade que lhe
for imediatamente superior.

PRAZO:

• RECURSO: 10 DIAS
• ALEGAÇÕES DOS DEMAIS INTERESSADOS: 5 DIAS
• DECISÃO: 30 DIAS QUANDO A LEI NÃO FIXAR PRAZO DIFERENTE.
o PODE SER PRORROGADO POR IGUAL PERÍODO, MEDIANTE JUSTIFICATIVA.
LEGITIMIDADE

O titular de direito atingido pela decisão, que for parte no processo;

O terceiro cujos direitos e interesses forem afetados pela decisão;

O cidadão, organização e a associação, no que se refere a direitos e interesses


coletivos e difusos

DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

ANULAÇÃO DOS ATOS

• CONTÉM VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS


• EFEITOS EX TUNC (RETROAGE)
• DECADÊNCIA
o Os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai
em cinco anos da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da
percepção do primeiro pagamento.

85
Revisão de Véspera
MP-MG | Oficial do MP e Analista do MP (Conhecimentos Gerais)

REVOGAÇÃO DOS ATOS

• ATO JURÍDICO PERFEITO


• REVOGADO POR CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE
• RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS
• EFEITOS EX NUNCA (NUNCA RETROAGEM)

CONVALIDAÇÃO

• Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo
a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela
própria Administração.
• Quando o vício for na competência ou na forma.

Organização do MP-MG (Lei Complementar nº 34/1994)

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Instituição permanente
Essencial à função jurisdicional do Estado

Lhe incumbe a defesa da ordem jurídica, do


MINISTÉRIO PÚBLICO

regime democrático e dos interesses sociais e UNIDADE


individuais indisponíveis.

Princípios institucionais INDIVISIBILIDADE

INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL

FUNCIONAL

Ao MP é assegurada autonomia ADMINISTRATIVA

FINANCEIRA

As decisões do MP têm eficácia plena e Ressalvada a competência constitucional dos


executoriedade imediata Poderes Judiciário e Legislativo.
Os órgãos do Ministério Público têm
asseguradas instalações privativas nos
edifícios onde exerçam suas funções,
especialmente nos Tribunais e nos fóruns,
cabendo-lhes a respectiva administração.

86
Revisão de Véspera
MP-MG | Oficial do MP e Analista do MP (Conhecimentos Gerais)

DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

A procuradoria-geral de justiça
DA O colégio de procuradores de justiça
ADMINISTRAÇÃO O conselho superior do ministério público
SUPERIOR A corregedoria-geral do ministério público
A ouvidoria do Ministério Público
As procuradorias de justiça
DE
ÓRGÃOS

As promotorias de justiça
ADMINISTRAÇÃO
O programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor – PROCON/MG
O procurador-geral de justiça
O conselho superior do ministério público
DE EXECUÇÃO Os procuradores de justiça
Os promotores de justiça
A junta Recursal do PROCON – JURDECON
Os centros de apoio operacional
A comissão de concurso
O centro de estudos e aperfeiçoamento funcional
AUXILIARES O centro de autocomposição de conflitos
Os grupos especiais de atuação funcional
Os órgãos de apoio administrativo e de assessoramento
Os estagiários

Dos órgãos da Administração Superior


GERAL DE JUSTIÇA
PROCURADORIA-

Órgão de direção superior do


ministério público
Com no mínimo 10 anos de
Nomeado pelo governador
serviço na carreira

Funcionará em sede própria

Dentre os membros do MPE Indicados em lista tríplice

Chefiada pelo procurador-geral


de justiça
Eleição que se fará mediante
voto obrigatório e plurinominal
de todos os membros do MP

Mandato de dois anos Permitida uma recondução

87
Revisão de Véspera
MP-MG | Oficial do MP e Analista do MP (Conhecimentos Gerais)

Seu órgão especial é denominado Reunir-se-ão na forma desta lei e do


câmara de procuradores de justiça respectivo regimento interno
COLÉGIO DE PROCURADORES

Órgão da administração superior do


ministério público
DE JUSTIÇA

Presidido pelo procurador-geral de


justiça

Integrado por todos os procuradores


de justiça

As decisões serão motivadas e


publicadas, salvo nas hipóteses
legais de sigilo
Homenagens
A exceção são as propostas
referentes a Votos de Ressalvados os casos de
congraçamento e atos notório interesse
assemelhados institucional
CÂMARA DE PROCURADORES DE

Presidida pelo
Procurador-Geral de
Justiça
10 Procuradores de Justiça mais
antigos no cargo
COMPOSIÇÃO
JUSTIÇA

10 Procuradores de Justiça eleitos


pelo Colégio de Procuradores
Mandato de 2 anos

Procurador-Geral de Justiça

MEMBROS NATOS

Corregedor-Geral do Ministério Público

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Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992)

DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

ATOS QUE IMPORTAM


IDEIA DE QUE O AGENTE
ENRIQUECIMENTO
SE BENEFICIOU
ILÍCITO

ATOS DE
ATOS QUE CAUSAM IDEIA DE QUE ALGUÉM
IMPROBIDADE
PREJUÍZO AO ERÁRIO SE BENEFICIOU
ADMINISTRATIVA

ATOS QUE ATENTAM


CONTRA OS PRINCÍPIOS IDEIA DE
DA ADMINISTRAÇÃO SUBSIDIARIEDADE
PÚBLICA

DAS PENAS

Proibição de
Suspensão dos contratar ou
ÍLÍCITO/PENA Multa Civil
direitos políticos receber incentivo
público

COMPARATIVO ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS

Equivalente
Até 3x o
Enriquecimento 8 a 10 Até 14 ao valor do Até 14
valor 10 anos
Ilícito (Artigo 9º) anos anos acréscimo anos
acrescido
patrimonial

Até 2x o Equivalente
Lesão ao Erário 5a8 Até 12 Até 12
valor do ao valo do 5 anos
(Artigo 10) anos anos anos
dano dano

Até 24x o
Atenta contra Até 100x
3a5 valor da Até 4
Princípios (Artigo Não tem valor da 3 anos
anos remuneração anos
11) remuneração
do agente

89
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DIREITO ADMINISTRATIVO - Prof. Ariel Zvoziak

Prof. Ariel Zvoziak


@profarielz

PODERES ADMINISTRATIVOS
DE AGIR
PODER DEVER
NATUREZA JURÍDICA DE PROBIDADE
PRINCIPAIS DEVERES
DE PRESTAR CONTAS
EXCESSO DE PODER
ABUSO DE PODER DE EFICIÊNCIA
DESVIO DE FINALIDADE
PODERES DA
ADMINISTRAÇÃO
REGULAMENTAR (NORMATIVO)

HIERÁRQUICO

DISCIPLINAR
ESPÉCIES
DE POLÍCIA

VINCULADO

DISCRICIONÁRIO

ABUSO DE PODER

EXCESSO DE
COMPETÊNCIA
PODER

ABUSO DE
PODER DIFERENTE DO
INTERESSE
PÚBLICO
DESVIO DE
FINALIDADE
FINALIDADE
DIFERENTE DA
LEI

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PODER HIERÁRQUICO

Distribuição de
competências
Organização
administrativa
Hierarquia
Relação de coordenação
e subordinação
PODER
HIERÁRQUICO
Interno

Discricionário como
regra geral

PODER DE POLÍCIA
Preventivo ou repressivo

Ações antissociais

Administrativo Direito Administrativo

Bens/direitos/atividades da pessoa

Espalhada pelas Pessoas Jurídicas


de Direito Público da Adm. Pública
PODER DE POLÍCIA
DO ESTADO
Repressivo

Infração à lei penal

Judiciário Direito Penal

Privativa de corporações
especializadas

Liberdade da pessoa

91
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Lei cria as
Legislativo limitações
administrativas

PODER DE
POLÍCIA Regulamentação
da lei

Executivo Preventivamente

Controle da
aplicação da lei

Repressivamente

ATRIBUTOS OU CARACTERÍSTICAS
Os atributos costumeiramente apontados pela doutrina no que se refere aos atos resultantes do
exercício regular do poder de polícia são 3:

• Discricionariedade (livre escolha de oportunidade e conveniência);


• Auto executoriedade (decidir e executar diretamente sua decisão sem a intervenção do
Judiciário);
• Coercibilidade (imposição coativa das medidas adotas pela Administração).

92
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ATOS ADMINISTRATIVOS

ELEMENTOS
Lei nº 4.717/65, art. 2º:
São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos
de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.

COMPETÊNCIA
FINALIDADE
FORMA
MOTIVO
OBJETO

Irrenunciável

ELA É: Inderrogável
SUJEITO (QUEM???)

Intransferível

Admite
COMPETÊNCIA delegação/avocação (há
exceções)

Atribuições Vício Excesso de poder

Omissão
Admite convalidação
(COMO REGRA)

93
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ADMITE
REGRA
CONVALIDAÇÃO

VÍCIO DE COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA

EXCEÇÃO NÃO ADMITE ATOS


CONVALIDAÇÃO
(LEI 9.784/99) (MACETE: CE-NO-RA):
NORMATIVOS

DECISÃO DE
RECURSOS
ADMINSTRATIVOS

REGRA ADMITE

DELEGAÇÃO (pra
subordinado ou
de mesmo grau COMPETÊNCIA
hierárquico) EXCLUSIVA
E AVOCAÇÃO

EXCEÇÃO NÃO ADMITE


ATOS NORMATIVOS
(LEI 9.784/99) (MACETE: CE-NO-RA):

DECISÃO DE
RECURSOS
ADMINSTRATIVOS

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Ex: Servidor prestar


benefício à
Mediato Interesse Público
coletividade com
Resultado suas atribuições
(Para que?)
O que se vai Ex: Ocupação de
Imediato – Objeto
concretizar na prática Cargo Público

Genérica (interesse Prevista em todos os


público) atos administrativos
Espécies
Específica (própria de
Prevista em lei Ex: Remoção
FINALIDADE cada ato)
Elemento vinculado

Desvio de finalidade
Vícios Invalida o ato
ou desvio de poder

Vedada (Regra)
Convalidação
Exceção -
Tredestinação

É a materialização, ou
Revestimento exterior do
seja, como o ato se
ato (COMO???)
apresenta no mundo real.

Admite exceções, como


Em regra – escrita verbal, símbolos (Placa de
FORMA

trânsito), etc.

Elemento vinculado

A forma utilizada no ato


Princípio do paralelismo
deve ser a mesma da sua
das formas (simetria)
extinção

Em regra SIM

Convalidação
Há exceção – forma
essencial

95
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De direito Lei que autoriza


Razões de agir
(POR QUE???) Situação que determina a
De fato realização do ato
administrativo.

Lícito

Características Verdadeiro
MOTIVO
Elemento discricionário (nos
Existente
atos discricionários)

Motivo ilícito, inexistente,


Vício
FALSO

Convalidação Vedada (sem exceção)

MOTIVAÇÃO

• Motivo é diferente de motivação


o Motivo é um requisito de todo ato administrativo
o Motivação é a necessidade de exposição do motivo
o Motivação integra o elemento FORMA
o Ou seja, a explicação dos fundamentos de fato e de direito que levaram à prática
daquele ato, é a justificativa de que os pressupostos de fato realmente existiram.
o Assim, motivação é a necessidade de explicar o motivo.
o Portanto, todo ato precisa ter motivo, mas nem todo ato precisa ser motivado
□ Ex.: a exoneração do ocupante de cargo em comissão não precisa ter motivação.

Criar, modificar, extinguir direitos e


obrigações
Finalidade DIRETA
Resultado concreto do ato

Lícito
OBJETO

Deve ser: Possível

Elemento discricionário (nos atos


Certo
discricionários)
Objeto ilícito, impossível, imoral ou
Vícios
indeterminado.

Não (REGRA)
Convalidação
Di Pietro reconhece a possibilidade na
conversão (Concessão x Permissão)

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MP-MG | Oficial do MP e Analista do MP (Conhecimentos Gerais)

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