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Normas programáticas são disposições que indicam os fins sociais a serem atingidos pelo
Estado como a melhoria das condições econômicas, sociais e políticas da população, e, por
serem normas meramente enunciativas de programas e metas constitucionais, não possuem
efeitos concretos e imediatos.
A norma programática vincula os comportamentos públicos futuros, razão pelo qual, no Brasil,
todas as normas constitucionais são imperativas e de cumprimento obrigatório.
Apenas os dispositivos que versam sobre direitos e deveres individuais e coletivos, por
possuírem todos os elementos necessários à sua executoriedade direta e integral, podem ser
considerados normas constitucionais de eficácia plena e aplicabilidade imediata. Algumas
normas têm aplicabilidade imediata e eficácia contida.
A gratuidade dos transportes coletivos urbanos aos maiores de 65 anos é uma norma
constitucional de eficácia plena e aplicabilidade imediata.
Para a moderna teoria constitucional, que define a constituição como um regime aberto de
regras e princípios, estes, por sua flexibilidade e abstração, mesmo quando jurídicos, não
podem ser considerados como normas constitucionais, mas apenas como normas
programáticas, representando uma pauta de valores a ser seguida pelo legislador na edição de
novas regras.
O direito de greve do servidor público foi reconhecido por preceito constitucional de eficácia
contida. Eficácia Limitada.
Celetista Estatutário
Direito de greve Art. 9 da CF/88 Art. 37, VII da CF/88
Norma constitucional de eficácia Norma constitucional de eficácia
contida limitada
As normas programáticas são dotadas de eficácia jurídica, pois revogam as leis anteriores com
elas incompatíveis; vinculam o legislador, de forma permanente, à sua realização; condicionam
a atuação da administração pública e informam a interpretação da lei pelo Poder Judiciário.
Os direitos fundamentais de primeira dimensão são aqueles que outorgam ao indivíduo direitos
e obrigações e prestações sociais estatais, caracterizando-se, na maioria das vezes, como
normas constitucionais programáticas.
§ 4º
O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja
criação tenha manifestado adesão
Os direitos e garantias expressos na CF/88 excluem outros de caráter constitucional
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, uma vez que a enumeração constante
no art. 5º da CF é taxativa.
Embora esteja previsto na CF/88 que os tratados aprovados em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por 2/3 dos votos dos respectivos membros, equivalham às emendas
constitucionais, não há, na atualidade, registro do ato ou convenção internacional que tenham
sido aprovados de acordo com esse trâmite.
ADPF 132 Ministros do Supremo A ADPF 132/RJ, que foi recebida como ADI, foi
Tribunal Federal (STF) ajuizada pelo Governador do Rio de
reconhecerem a união Janeiro, Sérgio Cabral, pedia uma
homoafetiva como união interpretação técnica conforme a
estável constituição para a aplicação do regime
jurídico das uniões estáveis, previsto no
artigo 1.723 do Código Civil, às uniões
homoafetivas de funcionários públicos civis
daquele estado.
A ADI 4227, protocolada na Corte inicialmente
como ADPF 178, foi proposta pela Vice-
Procuradora-Geral da República, Deborah
Duprat, em julho de 2009, então Procuradora-
Geral da República em exercício
No julgamento, relatado pelo Ministro Ayres
Britto, a votação foi unânime, por dez a zero (o
Ministro Dias Toffoli se considerou impedido de
participar do julgamento, por ter apresentado
pareceres favoráveis às questões quando era
Advogado-Geral da União)
Associações e a CF/88 XVII É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a
de caráter paramilitar
XVIII A criação de associações (sem fins lucrativos) e, na forma da
lei, a de cooperativas (lucro) independem de autorização,
sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento
XIX Associações só poderão ser Trânsito em julgado
compulsoriamente dissolvidas
Atividades suspensas Decisão judicial
XX Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer
associado
As entidades associativas, quando expressamente
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
judicial ou extrajudicialmente
Ajuizamento de ações judiciais em Representação
defesa dos associados, as associações processual
precisam de autorização expressa
destes (regra geral: art. 5º, XXI)
No caso de mandado de segurança Substituição
coletivo, não é necessário cumprir processual
tal condição (art. 5º, L XX; Súmula
nº 629 do STF)
Uma decisão judicial que pleitear suspender a atividades de uma associação não necessita
aguardar uma decisão transitada em julgado.
Estando o cidadão brasileiro de fato e de direito filiado a alguma entidade associativa, esta
terá legitimidade para representa-lo judicial e extrajudicialmente, não havendo, por isso,
necessidade de autorização expressa para tanto. Dessa forma, é possível que o Sindicato a que
está filiado João apresente defesa em processo administrativo disciplinar em relação ao qual
aquele não tenha se manifestado e para evitar a preclusão.
Sigilo bancário Pode ser quebrado pelo juiz e pela Receita Federal não
Sigilo fiscal CPI (inclusive estaduais) pode/declarada a
inconstitucionalidade da LC nº
105/2001, art. 3º
Material velado/intensivo I 2013
Direito Constitucional
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Em relação a possibilidade de quebra
do sigilo bancário diretamente pelo MP,
o CESPE considera inadmissível
Sigilo telefônico Juiz e CPI A CPI pode determinar a quebra do
sigilo telefônico (acesso a lista de
ligações na operadora)
Interceptação Aparelhos eletrônicos captam os pulsos telefônicos ou a voz decodificada pelo
telefônica telefone
É causa de reserva de jurisdição
Protegida pelo art. 5, XII -é inviolável o sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no
último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal
A gravação de conversa telefônica sem autorização judicial ou de um dos
interlocutores, em regra é ilícita
CPI não pode decretar
Gravações Realizada em um determinado ambiente, por meio de microfones (captam as
ambientais vozes humanas proferidas em um ambiente)
Protegida com base no direito geral à intimidade art. 5º, X - são invioláveis a
intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação
A gravação ambiental é lícita, só será ilícita se violar a intimidade ou a
privacidade
Não conflita com a CF a norma legal que atribua à Receita Federal do Brasil o afastamento do
sigilo de quaisquer dados relativo ao contribuinte.
De acordo com a jurisprudência firmada pelo STJ, o MP está autorizado, desde que para fins de
instrução processual penal, a requerer, diretamente, sem prévia autorização judicial, a quebra
de sigilo bancário ou fiscal dos agentes envolvidos em delitos sob investigação.
De acordo com o STF, o TCU e, dado o princípio da simetria, os tribunais de contas estaduais
detêm a ligitimidade para requisitar, diretamente, informações que impliquem a quebra do
sigilo bancário.
Um servidor público gravou, por conta própria, conversa telefônica em que um empresário lhe
oferecia, indevidamente, quantia em dinheiro em troca da obtenção de facilidades em
procedimento licitatório. Munido dessa evidência, o servidor público representou ao Ministério
Público. Nessa situação hipotética, apesar de o servidor público não ter autorização judicial
para realizar a gravação, a prova gerada é considerada lícita, conforme jurisprudência do STF.
Conforme a jurisprudência do STF, a gravação de conversa realizada por um dos interlocutores
é considerada como prova lícita, não configurando interceptação telefônica, e serve como
suporte para o oferecimento da denúncia, tanto no que tange à materialidade do delito como
em relação aos indícios de sua autoria. O direito à não produção de provas contra si decorre do
princípio do devido processo legal, devidamente consagrado no nosso sistema constitucional.
Todo princípio processual deriva do devido processo legal.
Gravar clandestinamente conversa entre agentes policiais e presos, com o objetivo de obter
confissão de crime, constitui prova ilícita e viola o direito ao silêncio, previsto
constitucionalmente.
Caso não tenha condições de contratar advogado, João poderá impetrar habeas corpus em seu
próprio favor, no intuito de obter sua liberdade, bem como de fazer sua defesa técnica nos
autos do processo judicial, caso seja advogado.
Gravar clandestinamente conversa entre agentes policiais e presos, com o objetivo de obter
confissão de crime, constitui prova ilícita e viola o direito ao silêncio, previsto
constitucionalmente.
O direito à liberdade de reunião deve ser exercido de forma pacífica e sem armas, sendo
desnecessária autorização ou prévio aviso à autoridade competente.
O acesso amplo de qualquer advogado aos elementos de prova produzidos por órgão com
competência de polícia judiciária, independentemente da sua transcrição nos autos, é
expressão do direito à ampla defesa, previsto na CF.
De acordo com a CF, os tratados internacionais de direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, terão status de norma constitucional. Tais tratados podem fundamentar tanto o
controle de constitucionalidade quanto o controle de convencionalidade.
Cidadão brasileiro que tiver trinta anos de idade poderá ser candidato a senador, desde que
possua pleno exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral, filiação partidária e
domicílio eleitoral no estado pelo qual pretenda concorrer.
Writs
“Habeas- Sempre que alguém sofrer ou se Ilegalidade
corpus” achar ameaçado de sofrer violência
Abuso de poder
ou coação em sua liberdade de
locomoção
Mandado de Proteger direito líquido e certo, não Autoridade pública
segurança amparado por "habeas-corpus" ou Agente de pessoa jurídica no exercício de
"habeas-data", quando o atribuições do Poder Público
responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder
Mandado de segurança coletivo Pode ser Partido político com
impetrado por representação no
Congresso Nacional
Organização sindical
Entidade de classe
O mandado de segurança pode ser impetrado contra autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício do poder público, como é o caso dos agentes de pessoas jurídicas que
executem, a qualquer título, atividades e serviços públicos.
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação
no Congresso Nacional em favor de qualquer pessoa ou coletividade, independentemente do
prazo de constituição e funcionamento do partido e da condição da(s) pessoa(s) beneficiada(s)
pela impetração. Assim, o partido PAIE pode intentar mandado de segurança coletivo para a
defesa de direito individual heterogêneo de qualquer filiado seu. O MSC apenas se destina a
tutela de direitos coletivos ou individuais homogêneos, conforme já se manifestou o STF, com
amparo no artigo 21, da Lei n. 12.016, de 2009.
Segundo a Constituição Federal, qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. O
Ministério Público, se não propuser a ação, atuará como custus legis, obrigatoriamente.
Somente o cidadão poderá propor a ação popular, não podendo o MP fazê-lo (art. 5º, inciso
LXXIII, da CF).
NACIONALIDADE
Brasileiros
Natos/originária = Nascidos na RFB, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
critérios como sangue ou não estejam a serviço de seu país/Jus Soli
território Nascidos no estrangeiro, pai ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da RFB/Jus Sanguinis
Nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
sejam registrado em repartição brasileira competente/Jus
Sanguinis + registro
Nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira que venham
a residir na RFB e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade pela nacionalidade brasileira/ Jus Sanguinis +
residência no Brasil
Naturalizados/derivada Forma da lei, adquiram a Exigidas aos originários de países de
=bilateral/pedido do nacionalidade língua portuguesa apenas 1 ANO DE
sujeito e por aceitação do brasileira/nacionalidade RESIDÊNCIA ININTERRUPTA e
Estado ordinária discricionária IDONEIDADE MORAL
Estrangeiros de qualquer Residentes na RFB há mais de 15
nacionalidade/nacionalidade anos ininterruptos e sem
Extraordinária doutrina e condenação penal, desde que
jurisprudência entendem que é REQUEIRAM a nacionalidade
um ato vinculado brasileira
Portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favo de brasileiros serão
atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na CF/88/Nacionalidade
ordinária discricionária
A Constituição Federal exige a condição de brasileiro nato ao ocupante aos cargos de ministro
do STF e de procurador geral da República. PGR não precisa ser brasileiro nato.
O cargo de Presidente do CNJ só pode ser ocupado por brasileiro nato, pois quem exerce
aquele é o presidente do STF.
Brasileiro naturalizado pode ser senador ou deputado federal. Só não pode ser é presidente
dessas Casas.
A função de cidadãos no Conselho da República sõ podem ser ocupados por brasileiros natos
(são 6).
A discriminação entre brasileiros Extradição/ Brasileiro nato Não pode ser extraditado
natos e naturalizados não podem rol taxativo Brasileiro Não pode ser Salvo em
Material velado/intensivo I 2013
Direito Constitucional
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ser estabelecida em lei, podendo naturalizado extraditado crime comum
haver apenas as discriminações cometido
constitucionais antes da
naturalização
Tráfico de
drogas
cometido
antes ou
depois da
naturalização
Estrangeiro Pode ser Só não pode
extraditado ser
extraditado
por crime
político ou de
opinião
Participação no Conselho da República
Cargos privativos de brasileiros natos
Propriedade de empresa Brasileiros natos
jornalística Naturalizados há mais de dez
anos
Pessoas jurídicas constituídas
sob as leis brasileiras e que
tenham sede no país
Apesar de a prestação de serviço militar ser obrigatória, a recusa em cumpri-la é admitida sob
a alegação do direito de escusa de consciência, cabendo, nesse caso, às forças armadas
atribuir áquele que exercer esse direito serviço alternativo em tempo de paz, cuja recusa
enseja como sanção a declaração da perda dos direitos políticos.
ADPF 72
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos
incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e
XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das
obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades,
os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
Salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo
vedada sua vinculação para qualquer fim
Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo
Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável
Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria
Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa
Projeto de emenda constitucional que vise alterar o §4º do art. 60 da CF, de maneira a abrogar
a cláusula pétrea consistente na periodicidade do voto, não ofende a Constituição, já que
inexiste vedação expressa de que o poder constituinte reformador ab-rogue clásulas pétreas.
Caso determinado deputado estadual perca seu mandato eletivo por infidelidade partidária, o
deputado que assumir o mandato em seu lugar deve, necessariamente, ser do partido político
pelo qual o primeiro tenha sido eleito.
A proteção do direito à vida tem como consequência a proibição da pena de morte em qualquer
situação, da prática de tortura e da eutanásia.
Aos suplentes de senadores e deputados federais são garantidas as mesmas prerrogativas dos
titulares, ainda que aqueles não estejam em exercício.
Considera-se inconstitucional por violação a uma das cláusulas pétreas proposta de emenda
constitucional em que se pretenda abolir o princípio da separação de poderes.
O Poder Judiciário é autônomo e independente, dele fazendo parte, entre outros órgãos, o
Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça.
A remoção dos grupos indígenas de suas terras é proibida pela Constituição Federal, exceto em
caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco a população indígena, ou ainda no
interesse da soberania do País, desde que, em todos os casos, haja referendo do Congresso
Nacional. A remoção dos grupos indígenas de suas terras é proibida pela Constituição Federal,
exceto em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco a população indígena
(REFERENDO), ou ainda no interesse da soberania do País (DELIBERAÇÃO).
A forma federativa de Estado, caracterizada pela divisão territorial do poder, foi gravada na CF
como cláusula pétrea.
De acordo com o STF, é inconstitucional lei distrital que disponha sobre bingos e loterias, por
desrespeitar competência legislativa privativa da União. É inconstitucional a lei ou ato
normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive
bingos e loterias (Súmula Vinculante nº 2).
É de competência exclusiva da União legislar sobre direito civil, comercial, penal, processual,
eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.
Constitui competência concorrente entre União, estados e Distrito Federal legislar sobre águas,
energia, informática, telecomunicações e radiofusão.
Os municípios poderão, mediante leis aprovadas por suas respectivas câmaras municipais,
instituir regiões metropolitanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios
limítrofes, com o objetivo de oferecer soluções para problemas e carência de interesse comum.
Art. 25 § 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de
municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções
públicas de interesse comum.
No DF, cabe à União organizar e manter o Poder Judiciário, o MP, a Defensoria Pública e as
Polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros Militar. Emenda constitucional nº 69, de 29 de
março de 2012 altera os arts. 21, 22 e 48 da constituição federal, para transferir da união para
o distrito federal as atribuições de organizar e manter a defensoria pública do distrito federal.
Material velado/intensivo I 2013
Direito Constitucional
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No exercício da denominada competência remanescente, os estados-membros podem legislar
sobre transporte municipal.
A União, dentro do seu juízo discricionário, pode delegar, por meio de lei específica, assuntos
de competência legislativa privativa a determinado estado da federação, sem necessidade de
estender essa delegação a todos os estados.
Organização do Estado
Embora não existam atualmente territórios federais, a CF admite que eles possam ser criados
por lei complementar federal. Como descentralizações administrativas-territoriais da União, os
territórios carecem de autonomia e são considerados entes federativos.
Embora a Federação seja um dos princípios fundamentais da CF, nada impede que o direito de
secessão seja introduzido no ordenamento jurídico brasileiro por meio de emenda
constitucional. A união entre estados, DF e municípios é indissolúvel.
Compete aos Estados-membros, por meio de lei estadual, respeitado o período a ser fixado em
lei complementar federal, criar, fundir e desmembrar municípios, após consulta prévia às
populações dos municípios envolvidos e divulgação e publicação dos respectivos estudos de
viabilidade.
Consideram-se terras da União as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das
fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação
ambiental, e as áreas de fronteiras. Art. 20, II da CF/88 as terras devolutas indispensáveis à
defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de
comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei/ áreas de fronteiras não.
As terras devolutas pertencem aos estados, com exceção das terras devolutas indispensáveis
à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de
comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei.
Poder executivo
O presidente da República detém competência privativa para dispor, mediante decreto, sobre a
organização e funcionamento da administração federal, podendo, inclusive, criar e extinguir
órgãos públicos. Segundo o art. 84, VI, a da CF/88: competente privativamente ao Presidente
da República dispor, me diante decreto, sobre a organização e funcionamento da
administração federal quando não implicar aumento de despesas nem criação ou extinção de
órgãos públicos.
O AGU, utilizando-se do poder regulamentar previsto na CF, pode conceder indulto e comutar
penas, desde que por delegação expressa do presidente da República.
Organização e
funcionamento da
administração federal,
quando não implicar
aumento de despesa nem
O Presidente da República poderá criação ou extinção de
delegar as seguintes atribuições órgãos públicos Ministros de Estado
Extinção de funções ou
Procurador-Geral da República
cargos públicos, quando
(PGR)
vagos
Conceder indulto e comutar
Advogado-Geral da União
penas
(AGU)
Prover cargos públicos
O presidente da Republica só pode ser processado, pela prática de infrações penais comuns ou
crimes de responsabilidades, após o juízo admissibilidade por 2/3 dos membros da Câmara dos
Deputados.
Sempre que for instaurado, no Senado Federal, processo por crime de responsabilidade contra
o presidente da República, este ficará suspenso de suas funções até o julgamento definitivo do
processo.
Caso seja denunciado por crime de responsabilidade ou pela prática de infrações penais
comuns, o presidente da República deverá ficar suspenso de suas funções tão logo a denúncia
ou queixa-crime seja recebida pela Câmara dos Deputados. Instauração do processo pelo
Senado Federal.
Caso o presidente da República pratique ato que atente contra o exercício dos direitos
políticos, individuais e sociais, estará cometendo crime de responsabilidade, que pode ser
atacado mediante o oferecimento de acusação, por qualquer pessoa residente no país, à
São alternativas as sanções de perda do cargo do presidente e de inabilitação, por oito anos,
para o exercício de função pública.
Poder Legislativo
O Poder Legislativo é composto por deputados federais, eleitos pelo sistema proporcional, e
por senadores, eleitos pela maioria absoluta do total de eleitores de casa unidade da
Federação. Sistema majoritário do total dos votos válidos.
Uma CPIs só poderão ser criadas pela Câmara do Deputados e pelo Senado Federal, em
conjunto ou separadamente, mediante requerimento da maioria absoluta dos deputados e (ou)
senadores. 1/3.
Uma CPI pode, por autoridade própria e sem a necessidade de intervenção judicial,
determinar, mediante decisão motivada e fundamentada, a quebra do sigilo de dados
telefônicos. Quebra do sigilo das comunicações telefônicas não pode.
Segundo posicionamento do STF, por força do princípio da simetria, as CPIs estaduais têm
poderes para quebrar sigilo bancário e de seus investigados, independentemente de ordem
judicial. O municipal ainda não foi decidido.
É permitido a ampliação da atuação de CPI para além da finalidade para a qual ela tenha sido
criada, ainda que seja descobertos elementos novos não previstos originalmente no ato de
instauração dessa CPI.
O Tribunal de Constar da União (TCU) é órgão auxiliar do Congresso Nacional no que toca ao
controle externo e pode fiscalizar as contas de pessoa jurídica de direito privado que receba
recursos financeiros da União.
Cabe ao Congresso Nacional, como órgão titular do controle externo, julgar, em caráter
definitivo, as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos. Cabe ao TCU.
Material velado/intensivo I 2013
Direito Constitucional
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De acordo com o dispositivo na CF, compete ao Tribunal de Contas da União apreciar, para fins
de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração
direta e indireta, incluídas as nomeações para cargos de provimento em comissão. Só efeito.
Excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão.
A fiscalização exercida pelo Congresso Nacional sobre a administração pública federal, no que
diz respeito aos aspectos financeiros, não alcança as empresas públicas e as sociedades de
economia mista que se sujeitam ao regime jurídico próprio das empresas privadas.
Embora os TCs não detenham competência para declarar a inconstitucionalidade das leis ou
atos normativos em abstrato, eles podem, no caso concreto, reconhecer a desconformidade
formal ou material de normas jurídicas com a CF/88, deixando de aplicar ou providenciando a
sustação de atos que considerem constitucionais.
As decisões do TCs não são imunes à revisão judicial, mas, quando imputarem débito ou multa,
constituirão título executivo extrajudicial.
Compete ao STF, a iniciativa de proposição de lei complementar que disponha sobre o estatuto
da magistratura.
O projeto de lei de iniciativa do STF e dos demais tribunais superiores deverá ser iniciado,
mediante o respectivo depósito junto à mesa, no Senado Federal. Só para senador e comissão
do Senado.
A matéria constante de projeto de lei rejeitado no Congresso Nacional só pode ser objeto de
novo projeto, na mesma legislatura, mediante proposta assinada pela maioria absoluta dos
membros de qualquer uma das Casas. Mesma sessão legislativa e não legislatura. O art. 44 §
único da CF/88 diz que cada legislatura terá duração de 4 anos.
A CF consagrou, em seu texto, a iniciativa popular, sem restrição de matérias, para promover
proposta de emenda constitucional.
É vedada a edição de medidas provisórias relativas a matéria de direito civil. DIREITO PENAL,
PROCESSUAL PENAL E PROCESSUAL CIVIL (VEDADA A EDIÇÃO DE MP SOBRE ESSAS
MATÉRIAS).
As medidas provisórias, cujo prazo de validade é de 60 dias, prorrogável por mais 60 dias,
devem ser votadas em sessão conjunta do Congresso Nacional.
A reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que
tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo será permitida apenas uma vez, por igual
período.
Poder Judiciário
Existe vedação absoluta para os juízes exercerem qualquer outro cargo ou função pública.
Salvo/magistério (art. 65§ único, I).
A CF/88 admite (facultativo) a instituição de órgão especial no âmbito dos tribunais com
número superior a vinte e cinco julgadores e com o limite máximo e o mínimo de componentes
fixados pelo respectivos regimentos internos. Mínimo de 11 e o máximo de 25
membros/regulamentado pela CF/88.
Nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores DEVERÁ ser constituído órgão
especial, com o mínimo de 11 e o máximo de 25 membros, para o exercício das atribuições
administrativas e jurisdicionais da competência do tribunal pleno. Poderá (facultativo).
Aos tribunais de justiça é assegurada autonomia para elaborar sua proposta orçamentária,
respeitados os limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias, que deve ser
encaminhada dentro do prazo convencionado com o Poder Executivo, caso contrário serão
considerados, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, valores médios dos
orçamentos do tribunal nos últimos anos.
É possível a cessão de precatórios, mas somente produzirá efeitos após a comunicação, por
meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora.
De acordo com o entendimento do STF, não compete à Justiça do Trabalho processar e julgar
as ações de indenizações por dano moral, com base em acidente de trabalho, ainda que
propostas por empregado contra empregador. Segundo o STF, a justiça do Trabalho é
competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais
decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador.
Compete à Justiça comum o processo e o julgamento de ações de indenização por dano moral
decorrente de acidente do trabalho proposta por empregado contra empregador. Justiça do
Trabalho.
Estado União, Estados, STF processar e julgar, originariamente o litígio entre Estado (102, I,
Estrangeiro ou DF, Territórios estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, e/CF88)
Organismo o Distrito Federal ou o Território
Internacional
Julgamento STF STF Presidente da República, o Vice-Presidente, os (102,B
crimes comuns processar e membros do Congresso Nacional, seus próprios CF/88)
julgar, Ministros e o Procurador-Geral da República
originariamente
Conflitos entre STF processar Causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o (102, I,f
União/unidades e julgar, Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as CF/88)
de federação originariamente respectivas entidades da administração indireta
Causas em única STJ julgar, Causas decididas em única ou Contrariar dispositivo da (102, III,
ou última mediante última instância, quando a Constituição a,b,c,d
instância recurso decisão recorrida: Declarar a CF/88)
extraordinário inconstitucionalidade de
tratado ou lei federal
Julgar válida lei ou ato de
governo local contestado em
face desta Constituição
Estado Município ou Juízes Federais (109, II/CF88) STJ processar e (105,II,C/
Estrangeiro ou pessoa qualquer compete processar e julgar, CF88)
Organismo residente ou julgar as causas entre originariamente
Internacional domiciliada no Estado estrangeiro ou em recurso
País organismo ordinário as
internacional e causas em que
Município ou pessoa forem partes
domiciliada ou Estado estrangeiro
residente no País; ou organismo
internacional, de
um lado, e, do
outro, Município ou
pessoa residente
ou domiciliada no
País;
Crimes comuns e STJ processar e Crimes comuns, os Crimes Desembargadore (105, I,a
de julgar, Governadores dos comuns e nos s dos Tribunais CF/88)
responsabilidade originariamente Estados e do Distrito de de Justiça dos
Federal responsabilida Estados e do
de Distrito Federal
Membros dos
Tribunais de
Contas dos
Estados e do
Distrito Federal
Membros dos
Tribunais Regionais
Federais
IDC Juiz Federal Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o (art. 109,
Procurador-Geral da República, com a finalidade de §5º da
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de CF/88)
tratados internacionais de direitos humanos dos quais o
Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior
Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou
processo, incidente de deslocamento de competência para a
Justiça Federal
Compete aos juízes federais processar e julgar os crimes políticos e compete ao STF julgar em
recurso ordinário contra as sentenças advindas do julgamento desses crimes.
A competência recursal das causas julgadas pelos juízes federais será sempre do respectivo
tribunal regional federal.
Compete a Justiça Eleitoral julgar o crime político, com recurso ordinário para o STF. Crime
eleitoral definido no Código Eleitoral o órgão que julga é a Justiça Eleitoral. Já crime político
será julgado por Juiz Federal com recurso ordinário para o STF.
Compete ao STF processar e julgar orginalmente, nas infrações penais comuns, os ministros do
próprio STF.
Compete ao STJ processar e julgar originalmente, nos crimes comuns, os prefeitos municipais.
Tribunal de Justiça julga o prefeito e nos crimes federais o juiz federal.
Compete ao STJ julgar às causas e os conflitos entre a União e os Estados da União e o DF, ou
entre uns e outros, incluindo as respectivas entidades da Administração indireta. STF que
julga.
O pedido de extradição solicitado por estado estrangeiro será julgado pelo STJ. Vai ser julgado
pelo STF.
A sentença proferida por tribunal estrangeiro tem eficácia no Brasil depois de homologada pelo
STF. Homologada pelo STJ (“cartório de luxo”).
Julgar um HC em última instância pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e havendo sido
denegada a ordem, caberá recurso ordinário ao STJ.
O CNJ não integra nenhum dos três poderes da República, constituindo órgão autônomo cuja
função é exercer o controle externo do Poder Judiciário. É órgão do Poder Judiciário que fz o
controle interno. Natureza meramente administrativa. Não tem jurisdição.
O CNJ compõem-se de 15 membros, que devem ter mais de 35 anos de idade e menos de 60 e
seis anos de idade, sendo o mandato de 2 anos, admitida uma recondução. Não tem idade
mínima e nem máxima. A recondução não se aplica a todos os membros do CNJ (existe 1 nato).
Embora não disponha de poderes para impor a perda do cargo a magistrado, o CNJ tem
competência para determinar a remoção, a disponibilidade e a aposentadoria compulsória de
magistrado, com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço, bem como aplicar-
lhes outras sanções administrativas.
Princípios institucionais do MP
Unidade Expressos na CF/88 127, §1º
Indivisibilidade
Independência Funcional
Promotor Natural Jurisprudência do STF (após 2011)