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Direitos Fundamentais
Casos Práticos
DESC: são direitos cujo conteúdo terá que ser determinado por opções do legislador
ordinário. O conteúdo não está completamente determinado na CRP, não são
incondicionais = normas programáticas. São normas programáticas, consagram um
programa a ser seguido pelo Estado. Há uma delegação constitucional no legislador,
no sentido de que defina e concretize o direito. Estamos perante normas
constitucionais que impõem fins de ordem económica, social e cultural de realização
gradual (direitos sob reserva do possível), daí que estejam mais próximas das
normas-princípio do que das normas-preceitos.
DLG dispersos: Certos direitos não são formalmente fundamentais porque não se
encontram no catálogo de DLG da constituição (24.º a 57.º). O artigo 17.º, por
aplicação também do artigo 16.º, permite que outros direitos fundamentais fora do
catálogo possam beneficiar do regime dos DLG: são direitos fundamentais de
natureza análoga aos DLG. Aplica-se o artigo 18.º, ex vi art. 17.º Munidos dos
critérios da determinabilidade, e, por isso, aplicabilidade direta (quanto à estrutura
da norma) e da fundamentalidade (ao nível do seu conteúdo). Assim, é possível
encontrar DLG fora do catálogo:
-Ainda dentro da Parte I da CRP: arts. 20.º, 21.º, 61.º, 62.º, etc.
Sempre que num DESC se ler “todos têm direito a x”, este é um DF de
natureza análoga aos DLG. Posteriormente, esse mesmo artigo poderá conter
incumbências, logo esses números serão normas programáticas
-Dentro da CRP: arts. 103.º/3, 124.º/1, 268.º, 269.º, etc.
-Em legislação ordinária: arts. 483.º do CC, art. 2.º da Lei 15/98
-No Direito Internacional
Este mesmo critério permite também descortinar direitos que formalmente são DLG,
mas que materialmente não o são:
Garantias institucionais – devem-se-lhe aplicar, com as necessárias adaptações,
o regime dos DLG. Logo, esta distinção não será problemática.
Há certos tipos de preceitos que, não revestindo a natureza de DF, mantém uma
relação estreita com estes. Estamos a falar das garantias institucionais como
instrumentos potenciadores das condições jurídicas objetivas, económicas e
Condições gerais objetivas de efetivação dos DF: pode-se considerar que estas
fazem parte das “camadas evolventes do direito” que visam efetivar. Isto é
relevante ao nível de revisões constitucionais, porque não estão incluídas no
limite material de revisão consagrado no art. 288.º/d).